sexta-feira, 30 de novembro de 2012

[Resenha] O Palácio da Meia- Noite @Suma_BR

Título : O Palácio da Meia-Noite 
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Suma de Letras
Número de págs: 272
















Cada livro do Zafón que chega em minhas mãos me encanto mais ainda com a forma única que ele tem de contar suas histórias.
Difícil escolher um livro favorito quando eu me sinto culpada por interromper uma leitura de qualquer livro dele no meio.
Dessa vez a história se passa em Calcutá na Índia, onde um casal de irmãos gêmeos será ameaçado de morte por um inimigo do pai deles e serão separados para serem salvos.
Sem nem lembrarem um do outro a avó do menino após perder sua filha para o malvado Jawahal, se vê em uma difícil situação: ficar com apenas uma das crianças e dar a outra para adoção.
A escolha de Aryami ( a avó dos meninos) é ficar com Sheere, já o menino que será chamado de Ben por Carter, diretor da escola que irá acolher o menino até este completar 16 anos.
Afastados e sem saber da existência um do outro, Sheere vive fugindo de cidade em cidade sem endereço fixo com a avó. Já Ben vive uma vida mais feliz com os amigos do orfanato no qual faz parte da Chowbar Society, onde seus amigos prometem lhe ajudar e se unirem sempre que precisarem.
O livro começa narrado por Ian, um desses amigos que consegue realizar o grande sonho de ser tornar médico, no entanto, o que ele presenciou durante sua amizade com Ben e Sheere o marcou para sempre e ele mesmo diz que sente ser ele a contar a história porque os envolvidos não sabe onde estão no presente.
Zafón como sempre guarda todo o suspense para o final onde tudo que foi revelado não é tão verdade assim, ao sabermos quem é Jawahal de verdade nos assustamos e tememos pela vida dos irmãos que sabendo agora do passado resolvem não mais ficar fugindo e enfrentarem o homem que matou seus pais.
O que nos deixa tenso durante a leitura é que não sabemos o que esperar do vilão, e o que de verdade ele é. Para completar uma figura misteriosa ainda aparece volta e meia no orfanato e muitos acreditam ser um vulto que fica ao redor da cama de Ben.
Tudo que acontece é emocionante, desde os irmãos fugindo com os amigos até as histórias do passado na qual o autor nos envolve para explicar porque aquele homem tem tanto interesse em matar os gêmeos mesmo depois de passados 16 anos.
Ben é adorável e Sheere também, senti pena quando eles dizem que não vão mais fugir com a avó porque achei que meio abandonaram a senhora que só fez da vida proteger um deles e optou por separá-los pois acreditava que assim Jawahal não mataria os dois, seria mais seguro.
O final teve um ponto que não gostei, mas não posso contar claro !
Mas lamentei muito essa parte e esperei que tivesse lido errado.
Infelizmente Zafón não nos dá um final mega feliz mas na medida certa para nos prender com mais uma história muito bem contada por esse autor fantástico. Vale muito a pena !

[Resenha] O Cemitério @Suma_Br





Título original: Pet Sematary
Título no Brasil: O Cemitério
Autor: Stephen King 
Editora: Suma de Letras

Número de Págs: 422




Apesar de já ter visto o filme " Cemitério Maldito" mais de dez vezes essa foi a primeira vez que li o livro. O que foi maravilhoso é que com certeza esse é um dos melhores livros que já li de King, se não bastasse eu adorar o filme e a trilha sonora que tinha Ramones cantando a todo vapor " Pet Sematary" o livro é tão bom quanto tudo que já foi lançado dele.
A minha relação com a trilha sonora e a história é daquelas de " primeiro filme de King visto" , bem , na verdade não sei se foi o primeiro porque " Iluminado" ganha mas com certeza foi um dos primeiros.
Mas vamos ao livro. Louis Creed é um médico casado com Rachel que tem 2 filhos : a fofa Ellie e o bebê Gage.
Vindo de Chicago ele se muda com a família para o Maine onde vão morar em uma espaçosa casa, ele vai trabalhar na Universidade e vai achar que achou seu paraíso longe do sogro que sempre o odiou e que inclusive ofereceu dinheiro para que ele se afastasse de Rachel.
Mas nem tudo são flores, ao querer conhecer melhor a região a qual se mudou com a família vai descobrir um Cemitério de animais, gerações e gerações daquela cidade enterraram seus bichinhos de estimação ali, o que lhe faz lembrar da adoração de sua filha por Church, o gato da família.
Inclusive uma de suas brigas com a esposa se deve ao fato de que ele acha que desde pequena - 5 anos - sua filha deve saber o que é a morte e não esperar que o gatinho dure para sempre mas Rachel acha que pode e deve poupá-la de tal sofrimento antes do tempo.
No primeiro dia de trabalho ele vai encarar a morte de um estudante, aquilo que vai chocar não somente ele mas todo o campus não vai parar pelo simples fato do rapaz ter morrido, ele vai aparecer em seus sonhos e fazê-lo voltar ao tal cemitério como se quisesse avisá-lo do perigo que cerca aquele lugar!
Louis e Rachel vão se tornar próximos do casal Jud e Norma, Jud asbe de muitas histórias da região e vai sempre estar ao lado de Louis, inclusive quando sua família viaja e Church morre.
A opção de enterrá-lo no tal cemitério na parte onde segundo o folclore os animais voltam para poupar sua filha da dor é feita sem titubear,mesmo vendo que Jud sabe muito mais do que ousa contar.
Atormentado sobre não ter contado a verdade a família, o gato volta mas bem estranho e com um fedor que nem sua filha que o ama aguenta ficar perto.
Mesmo assim ele vai manter o segredo mas como toda história de King mais mortes virão por aí. Norma, falece, e em seguida Gage , o filho do casal é atropelado por um caminhão.
Muita desgraça? Seria, se não fosse um livro de King onde já esperamos que todos os personagens morram e porque não duvidemos de que eles possam voltar?
Se vocês acharam que ele vai ter a brilhante - ou não!- ideia de querer ressuscitar seu filho no tal cemitério acertaram e o que acontece daí para frente não conto mais porque seria puro spoiler.
King é sempre mestre, o fato como conta, as falas dos personagens e até mesmo a difícil dúvida do que faríamos para ter nossos entes queridos de volta se morressem? Tudo paira no ar e Louis passa a ser um coitado que só pensa em ter sua família normal de volta.
Mas nem tudo é como esperamos.
Excelente é pouco, difícil é não gostar desse livro!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

RESENHA DE "AMY, MINHA FILHA"

Título original: Amy, my daughter
Título no Brasil: Amy, minha filha
Autor: Mitch Winehouse
Editora : Record
Número de páginas: 347








  Jà havia lido uma biografia de Amy que nem de longe era tão emocionante quanto esta. A primeira qu efoi lançada no Brasil era não autorizada escrita por um jornalista inglês que sem ter muito conhecimento da realidade na vida da cantora pelo visto pegou tudo que havia lido nos tablóides e fez um livro. Amy ainda estava viva e o livro focava muito nos escandâlos, era mais um livro para fãs assim como eu sedentos por novidades sem muito mais a ser dito.
No entanto, um ano após sua morte em julho de 2011, o pai de Amy, Mitch Winehouse resolveu lançar esse livro contando sua história com a filha, o que faz qualquer pessoa seja fã ou não é se encantar com o amor que ele tinha por ela. Reza a lenda que pais são sagrados...que são os anjos protetores que nos acompanham sempre. No caso de Amy não entendi porque sua mãe era tão ausente em seus problemas enquanto seu pai era o melhor pai do mundo estando ao lado dela nos momentos tristes e felizes.
Mitch começa contando desde a infância de Amy até sua morte. O que impressiona no livro é que as últimas biografias que li a pessoa ainda está viva e é um relato de sobrevivência ao mundo de drogas e alcóol. Algumas biografias são relatos de mães - como a de Britney Spears- que apelam para um proteccionismo que beira o ridículo. Isso não ocorre com o pai dela, ele não a defende, ele não o defende, ele conta todo o sofrimento que ele passou com ela por causa da dependência , das crises de abstinência e do relacionamento dela com o destrutivo Blake Civil. Por sabermos o final já sentimos pena dele desde o início, Amy era fraca , um gênio no que se referia a cantar ou compor mas muito fraca no que se referisse a lutar pelas drogas, aos poucos, ele mesmo pareceu não eprceber de quando sua filha pulou do baseado para o crack, mas é notório que Blake é visto como o grande vilão, por tê-la introduzido ao mundo das drogas.
O bacana do livro, para quem é fã, e mesmo para quem não é , é que Mitch relata muitas coisas que podemos evr no You Tube se não temos conhecimento das mesmas. A amizade colorida com Pete Doherty e o vídeo que vazou na imprensa mundial dos dois se drogando e pegando em ratinhos, Amy quando ganhou o Grammy com Tony Bennet falando seu nome mas ela não pôde receber o mesmo porque era impedida de entrar nos EUA. Essa é outra história que Mitch explica bem e que eu não sabia da verdade, muitos diziam que os EUA a impedia de entrar, eu sabia que por ser inglesa ela nem precisava de visto, mas para fazer shows pelo que entendi ela não poderia entrar na categoria negócios, por ter sido presa certa vez por porte de drogas, o governo americano pedia para que Amy fizesse um exame anti drogas, o que toda vez dava presença da mesma no organismo da cantora.
O livro todo é a luta de um pai para livrar a filha do vício, Amy chegou ao estrelato muito rápido, influenciada pelo pai taxista que amava cantar e da noite para o dia ela tinha um dos cds mais vendidos do mundo. Mitch fala do primeiro álbum " Frank" com carinho, mas não faz o mesmo com "Back to Black", álbum que tem suas músicas inspiradas na relação que ela teve com Blake com quem foi casada.
De acordo cm Mitch, Amy foi viciada em drogas até 2008, quando trocou o vício por outro...e virou alcóolatra. Foram inúmeras as internações de Amy na London Clinic. Mais uma vez cito que não entendia aonde estava Janis, mãe dela, esse tempo todo. Nâo que eu ache que teria sido diferente, mas era sempre o pai, a mãe nunca estava nos momentos que a filha precisava, era ele quem viajava com Amy, ele que estava com ela no hospital...Janis era divorciada de Mitch mas nada explica o fato dela sumir da vida da filha esse tempo todo, são raros os momentos que ela é citada como estando no local que Amy estava.
Para nós, brasileiros, é bacana a parte em que ele conta que ela veio ao Brasil em janeiro de 2011 e fez 5 shows que foram um sucesso, ela ligou para ele falando muito bem do país , se dizendo encantada com as pessoas e o local, e conforme ele conta, foram poucos dias dela sóbria.
Senti falta dele explicando quando ela fez aquele monte de tatuagem e o que ele achou. Porque ele narra o visual quando ela mudou e apareceu daquele jeito que ficou mundialmente conhecido e de quando ela decidiu colocar silicone, mas não cita as tatuagens da Amy.
Antes de morrer Amy tinha um namorado, Reg, Mitch o adorava e pelo visto Amy se casaria com ele.
Infelizmente não deu tempo, e em julho de 2011 como todos sabemos, Amy bebeu mais uma vez e com não estava bem de saúde não aguentou.
Um livro maravilhoso, para lembrar dessa cantora que nos deixou precocemente mas que sua curta obra marcou muitas pessoas, como eu, que pude estar presente no show dela no Rio e vou guardar com carinho aquele momento, os dvds, cds, sua obra...essas ficam comigo para sempre.