domingo, 31 de janeiro de 2016

[Evento] Tudo que Rolou no 18º Evento da Menina
















Ontem teve evento na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, contamos com a presença de cerca de 52 pessoas. A 1ª edição do ano teve a participação  dos autores Mel Cavichini, Mariza Gualano e Fernando Moreira. Pela primeira vez em formato diferente - antes mais de um autor dividia a mesa - que agradou todos que foram pois puderam fazer mais perguntas aos autores e conhecerem mais cada um deles. 
Logo no início, sorteei 2 kits da Vida e Morte da Intrínseca que os ganhadores não entraram em contato no tempo pedido, e também enreguei o da Luciana Machado que havia ganho pelo blog o kit.
As perguntas para ganharem os kits eram :
1- O que a Kéfera falou para mim e para o Gabriel quando nos encontrou em Paris e que aparece no vídeo dela? Resposta : Ela disse " Encontramos mas brasileiros...estão em Lua de Mel? Hummmm!"
2- Qual o tema da minha última coluna da Galera Record. Resposta : o tema foi sobre Amar ser blogueira 
Os ganhadores foram a Evani Bastos e o Gabriel Sidney, confiram abaixo !















Em seguida comecei o 1º bloco com a Mel Cavichini. Ela é autora de Caso XXI ( acho que consigo colocar a resenha do livro essa semana aqui no blog!) que conta a história de um ET ( o XXI) que vem para o Brasil!
Simpática e amante de ficção científica , Mel mostrou porque gosta de livros do gênero e a razão de ter escolhido como local para sua história o Brasil.








































Assim que terminamos nosso papo, Mel me ajudou com a brincadeira com o público onde a pergunta premiada era : Que famosa atriz tinha apenas 4 anos quando fez parte do elenco de E.T - Um Extra Terrestre? A resposta era Dew Barrymore, mas ninguém acertou, mesmo assim quem foi sorteado levou.

















Sorteamos um exemplar do livro do Mel e quem ganhou foi outra escritora, Thati Machado!

















O segundo bloco começou logo em seguida com a presença da expert em filmes : Mariza Gualano! Autora de Royale com Queijo da Editora Valentina, ela conversou sobre como reuniu as frases de seu livro que unem duas coisas que amamos : comida e cinema!



















Também comentamos sobre injustiças da Academia - como Leonardo Di Caprio e Ian McKellen- e sobre filmes que não alcance do grande público e que merecem ser vistos. O papo poderia ter durado mais de 10 horas, mas infelizmente tínhamos tempo para terminar o evento.
A brincadeira que fiz com a presença da autora foi colocar frases de filmes e pedir que os presentes acertassem de qual frase veio aquele filme...poucos acertaram. Eram filmes como Rambo, Coração Valente, O Poderoso Chefão, Tropa de Elite...
Mesmo quem não acertasse levava o prêmio , vejam os ganhadores abaixo. 











Teve livro de todas as nossas parceiras nos brindes!
O terceiro bloco contou com a participação do autor de Page Not Found, o jornalista Fernando Moreira, autor de Baseado em Fatos Reais ele contou que o blog foi ao ar em 06 de junho de 2006, ou seja 666, número que está presente em uma das 14 histórias que fazem parte do livro.
Perto de completar 10 anos de blog, ele nos contou como pesquisa as postagens que publica e disse que já se importou com comentários sim, mas que hoje releva isso. Inclusive achei muito bacana ele ter lido minha resenha no SKOOB e ter gostado, me mandando um email falando sobre o que publiquei , foi assim que começou nosso contato para trazê-lo para o evento do blog e fiquei muito feliz porque foi um sucesso. Tiveram perguntas da plateia, fatos que ele contou que muitos não sabiam como funcionava e uma discussão bem bacana sobre o que ele pensa das editoras publicarem livros de Youtubers. 



Fernando disse que não crucifica as editoras e entende essas escolha porque as editoras são empresas que precisam lucrar e até para publicarem livros mais cabeça precisam do dinheiro que esses mais comerciais geram.
Foi muito interessante, adorei o bloco. No final fiz uma brincadeira sobre verdades e mentiras e um grupo de pessoas foi sorteado, confiram abaixo. 




































Ao todo foram sorteados 22 livros! Amei a participação de todos, e claro que não poderia faltar as fotos com pessoas muito especiais que me prestigiaram!
FRINI ( MEDIADORA DO CLUBE DO LIVRO SARAIVA) ESTEVE PRESENTE, OBRIGADA AMIGA <3!

THATI MACHADO, AUTORA E BLOGUEIRA ESTAVA NA PLATEIA PRESTIGIANDO, OBRIGADA SUA LINDA!

A ANA CAROLINA E SUA PRINCESA JEDI CLARINHA <3! AMEI VER AS DUAS!



O evento foi lindo, dia 20 de fevereiro tem mais!
Ao contrário de muitos eventos do blog dessa vez livros não foram enviados pelas editoras para sorteio, mas coloquei no sorteio muitos que vieram da parceria que tenho com as editoras abaixo e agradeço muito pela confiança de sempre, sem elas me apoiando no blog não teria como sortear tantos itens!
* Editora Intrínseca
* Galera Record ( parceria como colunista)
* Agir ( parceria como Imprensa) 
* Editora Arqueiro/ Sextante
* Grupo Companhia das Letras  ( incluindo selos Seguinte e Suma de Letras)

Que venha fevereiro <3!

sábado, 30 de janeiro de 2016

Menina que via filmes : Sr. Holmes [Crítica]

Título Original: Mr. Holmes
Título no Brasil : Sr. Holmes
Lançamento 13 janeiro 2016 -  (1h44min) 
Dirigido por Bill Condon
Com Ian McKellen, Laura Linney, Milo Parker mais
Gênero Drama , Policial

Nacionalidade Reino Unido , EUA











O personagem todos conhecemos, afinal o detetive mais famoso do mundo já teve muitos autores excelentes o interpretando. Dessa vez é o gigante inglês Ian McKellen que o interpreta em uma versão vintage, aos 92 anos. O ator tem na vida real 78 anos mas como é ótimo atuando nos convence muito bem nos anos a  mais.
Longe da jovialidade que estamos acostumados, entra em cena um recluso Holmes, que mora em uma casa com apenas a governanta ( a ótima Laura Linney) e seu filho Roger ( Milos Parker). Ele passa os dias tentando finalizar uma história que a memória falha já não lhe ajuda mais, cuidando de um apiário e contando histórias ao interessado Roger que o tem como figura paterna. 
Um pouco parado no começo mas pegando ritmo conforme o filme vai passando, Sr . Holmes encanta não somente pela amizade entre o aposentado e o menino, talvez por terem escolhido o ator certo e um roteiro apropriado para faze-lo brilhar, as percepções de detetive de Holmes estão nas mais simples coisas, até mesmo quando a governanta sempre de mal com a vida mente que foi a um lugar mas foi a outro. 
Há flashblacks sobre um caso que traumatizou Holmes porque ele não percebeu que uma pessoa morreria, e é nele que focam boa parte das lembranças que ele divide com o menino.
Ator de muitas facetas e dominando as cenas como lhe é comum, Ian McKellen não foi indicado ao Oscar por mais uma vez, descaso da Academia que não lhe deu a estatueta merecida até hoje. 
Vale a pena ver esse filme. Me emocionei em pelo menos 2 cenas.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Menina que via Filmes : Joy : O Nome do Sucesso [Crítica]

Título Original : Joy
Título no Brasil : Joy- O Nome do Sucesso
Lançamento 21 de janeiro de 2016 (2h4min) 
Dirigido por David O. Russell
Com Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper mais
Gênero Biografia , Drama , Comédia

Nacionalidade EUA







Joy ( Jennifer Lawrence , maravilhosa e mais uma vez concorrendo ao Oscar!) é uma menina cheia de sonhos, sua mãe passa o dia vendo novelas e mal olha para a cara da filha, sua meia irmã a inveja e implica com ela o tempo todo e seu pai ( Robert De Niro, preciso dizer algo?) se separa da mãe e não para em um casamento que seja. A avó é a única que vê o potencial da moça e acha um absurdo ela ter parado de estudar para cuidar da casa e dos pais. 
Já seu pai acha que ela errou foi quando se casou com Tonny , um cantor falido ( Edgar Ramirez, o ator venezuelano está excelente!). 
A verdade é que agora com 2 filhos para cuidar, o ex marido morando no porão de sua casa, uma mãe que vive um mundo a parte vendo sua televisão e seu pai sendo devolvido pela ex esposa dele, as coisas não poderiam estar piores. Ah sim, podem....Joy ainda trabalha fora e faz todo o serviço de casa. Uma heroína ela.
O filme todo nos compadecemos de como todos que a cercam a exploram de certa forma. E como apesar de ter potencial a sorte não anda do seu lado, ela tem colocado a única casa que moram em mais hipotecas do que imaginou fazer . A razão? Ela é inventora, de um esfregão moderno e como sabe como ninguém como fazer faxina ela crê sem seu produto revolucionário.
O problema é que mesmo conseguindo o patrocínio da nova namorada do pai ( Isabela Rosselini), ela não dá sorte e mesmo convencendo o chefão Neil Walker ( Bradley Cooper) de uma gigante empresa de varejo pela tv, ela se frustra a ver o resultado.
Baseado em fatos reais, Joy é muito mais do que um simples filme, quando se coloca no elenco pessoas que interagem tão bem como o diretor conseguiu. Assim fica fácil para Lawrence se destacar com De Niro duelando na telona em cenas de pai e filha que dão vontade de bater no pai. Dignos de aplausos.
A amizade entre ela e seu ex também é algo considerável no filme, mostrando que nem sempre o apoio vem da família mas de amigos e desconhecidos ( caso de Cooper no filme, ok, que ele tinha interesse ).

Interessante e com uma atuação maravilhosa da nossa eterna Katniss, não tem como não gostar de um filme desses. 

[Resenha] A Canção de Alanna @UnicaEditora

Título Original : Alanna - The First Adventure
Título no Brasil : A Canção de Alanna - A 1ª Grande Aventura
Autora : Tamora Pierce
Editora Única
Número de págs: 254









Quando escolhi esse livro de parceria me interessou ser uma aventura, amo histórias do gênero e queria muito um livro que não fosse super sério. A autora Tamora acertou em muitos pontos mas claro que o público alvo serão os teens de 13 a 16 anos. 
Alanna, a protagonista , tem um grande sonho  : virar uma guerreira. Só que ela sabe que seu destino e de seu irmão já estão definidos pelo pai, e como a mãe já faleceu, eles não tem mais alguém para intervirem a favor deles. De acordo com a vontade do pai deles , Alanna teria que ir aos 11 anos para um convento e seu irmão sairia de casa para morar em um palácio e virar um cavaleiro.
Insatisfeitos com seus destinos eles tem a brilhante ideia de inverterem seus papéis , assim Alanna corta os cabelos e se faz passar pelo irmão, fazendo com que todos pensem que ela é de fato um garoto. Acontece que quando ela chega para os treinamentos, por ser menina, acaba ficando como a mais franca do grupo e a menor mas surpreende a todos com suas estratégias nas batalhas.
Imagina que bacana uma menina fazer papel de menino e provar que é tão boa quanto? Você deve estar pensando que já viu isso em filmes ou em algum livro, mas cabe destacar que esse livro foi escrito originalmente em 1983! Sim, somente agora lançado no país pela  Editora Única, o livro é de um tempo onde trocar de papéis era tabu...e claro que isso não faz da protagonista um homem, mas prova a todos que não temos que definir o que é coisa de um sexo ou de outro.
Pontos para autora que acertaram em uma história bem empolgante que dá para ler em um dia, porque fica bem difícil parar a leitura sem saber se alguém descobrirá a identidade de verdade de Alanna.

Querem ganhar um exemplar? Participem da Promo que está rolando na Fanpage, boa sorte a todos!
























A Promoção seria pela Fanpage mas o Sorteie.me está fora do ar.
Sendo assim, o número de sorteio fica sendo o do comentário nessa postage, ok?

* O ganhador terá 48h após o resultado do sorteio para entrar em contato com o blog. 
* É obrigatório informar endereço para envio do exemplar no Brasil. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Menina que via Filmes : Steve Jobs [Crítica]

Título Original : Steve Jobs
Lançamento 14 de janeiro de 2016 (2h2min) 
Dirigido por Danny Boyle
Com Michael Fassbender, Kate Winslet, Seth Rogen mais
Gênero Biografia , Drama

Nacionalidade EUA










Fui ver esse filme acreditando que tiraria uma boa soneca ! Já tinha visto o filme Jobs ( confira a crítica aqui) em 2013 e lido um livro recentemente ( a resenha vocês conferem aqui) , pela antipatia que passei a nutrir pelo gênio do gênio difícil - sim, há redundância! - achei que já estava de bom tamanho . Mas então meu marido me convence a ir ao cinema porque o filme está concorrendo ao Oscar, porque ele ama a área que trabalha e Jobs tem tudo a ver com ela. Lá fomos nós...e não é que o filme é incrível? Primeiro temos o ator alemão maravilhoso Michael Fassbander como Jobs, ele que já provou seu talento agora também prova a versatilidade interpretando o famoso CEO da Apple. Cheio de manias, o filme já começa mostrando que lidar com ele nunca foi fácil, prestes a lançar um novo produto o teatro está lotado de pessoas influentes e ele dá ordens...muitas! Com um de seus subordinados ele manda que o computador faça algo que não faz...o rapaz diz que isso demora e ele ameaça seu trabalho. É nesse ritmo e pressão que o filme é mostrado. Um Jobs como sempre rico de antipatia e de falas secas como sempre é retratado. Pelo menos no filme somente sua assistente Joanna ( interpretada pela sempre sensacional Kate Winslet) é poupada e tratada com carinho . Sobram farpas para todos que trabalham com ele  , colecionando assim inimigos por onde passe. A história com a filha que ele não queria assumir ganha ares de candidato ao Oscar, são muitas cenas o convencendo de que não é porque foi adotado e não teve amor dos pais biológicos que precisa fazer o mesmo com a filha.
FASSBANDER COMO JOBS E O A DA VIDA REAL
Temos um apanhado da história de Jobs a fundo : o primeiro computador que criou na garagem com seus amigos, a criação da Apple, a criação do NEXT - após demitido - e a volta do poço quando criou tudo que conhecemos bem. 
Fassbander merece a indicação ao Oscar assim como Winslet. Se levarão, não sei. Mas é um filme excelente que nos prende e nos faz ter um pouco mais de simpatia por ele por causa da cena final que os críticos disseram que foi pura invenção. 

[Resenha] Zac & Mia @novo_conceito

Título Original : Zac and Mia
Título no Brasil : Zac & Mia
Autora : A. J Betts
Editora Novo Conceito
Tradução de Sylvio Monteiro
Número de págs: 285











Antes de ler qualquer história ou ver um filme que tenha um paciente com câncer me pergunto se estou pronta. Quem já perdeu um ente querido para a doença sempre se vê lembrando do quanto a pessoa sofreu tentando combatê-la. Recebi Zac & Mia de coração aberto, já tinha lido  a sinopse e até me lembrei de uma peça de teatro que eu amava e que tinha uma história parecida.
Zac tem 18 anos, mas sinceramente achei a fala dele de um menino de 14 anos no máximo. Ele tem câncer e está fazendo tratamento em um hospital que já virou sua segunda casa. Sua mãe, sempre presente, largou tudo que fazia para dar atenção especial ao filho que agora está inchado e careca por causa da quimioterapia . Parece muito triste a história? Em alguns pontos sim, Zac tenta fazer graça do que está passando, se por um lado é bacana ver que quem teria motivos para estar mais desmotivado por causa da doença não se deixa abater, por outro os detalhes nos fazem sentir muita pena do protagonista. Ali naquela quarto branco ele já contou azulejos, já cansou de ver televisão - fazer quimio enjoa e fica impossível amar programas culinários , como também faz a pessoa ficar exausta os programas de dança também se tornam uma tortura - e ter contato com pacientes. Tudo parece sem graça como sempre até que Mia, uma paciente que acabou de chegar no quarto ao lado, agita a rotina de Zac , e nem de longe é paixão à primeira vista. Pelo contrário, Zac não suporta as brigas dela com a mãe, e tem mais pavor das inúmeras vezes que ela coloca a música da Lady Gaga no repeat. 
Nasce uma relação de amor e ódio que é mais apaziguada quando eles se adicionam no Facebook. A rede social que Zac fugia desde que ficou doente. O motivo? Desde que ficou doente ele recebe muitas solicitações de amizade de pessoas que com certeza tem pena dele. Além de ter aquelas que só sabem deixar mensagens de melhoras e isso o irrita muito.
Como Mia sabe exatamente o como é estar doente, os dois constroem uma relação linda a princípio de amizade. Mas com a alta de ambos as vidas vão em direção opostas...bom, nem tanto, Mia logo vai atrás dela para pedir um favor o que faz com que eles voltem a ter contato e descubram que não conseguem viver um sem o outro. 
Mia , assim como ele, está cansada de ser o centro das atenções por estar doente, não aguenta nem o olhar de pena das pessoas na rua quando percebem que ela não é  " completa" como gostaria. 
A história é envolvente, mas continuo achando como citei acima que a autora colocou Zac muito infantil para idade dele. Isso me incomodou um pouco na leitura. De resto, é tudo  bem bacana,gostei de ser passar na Austrália, a autora conseguiu montar uma história onde duas pessoas que não aguentam mais serem vítimas percebem que juntas são muito mais fortes que qualquer doença ou olhar de pena. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Menina que via Filmes : As Virgens Suicidas [Crítica]

Título Original : The Virgins Suicide
Título no Brasil : As Virgens Suicidas
Lançamento 12 de maio de 2000 (1h36min) 
Dirigido por Sofia Coppola
Com Kirsten Dunst, James Woods, Kathleen Turner mais
Gênero Drama , Romance

Nacionalidade EUA
Formato visto : DVD






Depois de ter visto Cinco Graças precisei ver esse filme. Em todas as críticas as pessoas falavam o quão maravilhoso era o filme mas muito lembrava As Virgens Suicidas . Foi assim que consegui emprestado esse dvd que está fora de catálogo.  E devo informar : que filme!
Há sim algumas coisas que remetem ao filme franco-turco, mas as comparações param por aí , são histórias com pontos em comum mas com duas realidade diferentes, se em Cinco Graças as meninas sofrem pressão da sociedade para seguirem uma padrão e serem reclusas. Em As Virgens Suicidas temos 5 irmãs americanas, entre a idade de 13 e 17 anos, todas alunas da mesma escola , onde o pai delas Sr. Lisbon ( James Woods) ensina matemática e assim as controla ainda mais, para deleite de sua esposa Sra. Lisbon ( Turner) . Extremamente católicos eles acreditam que preservam as filhas as proibindo de terem contato com pessoas de sua idade inclusive meninos. O filme é narrado por um dos garotos que é  vizinho delas e que tem uma paixão platônica por elas, assim como todos os outros meninos do bairro e da escola. 
O primeiro ponto de atenção do filme é quando Cecilia, a filha mais nova de 13 anos tenta se matar. Preocupados os pais procuram um médico que recomenda que ela tenha mais contato com outras pessoas de sua idade, assim os pais vão liberando aos poucos a ida na casa delas...até que no meio de uma festa na casa ela consegue o que queria e se mata.
As irmãs ficam abaladas, mas os pais continuam achando que o método de repreensão é o melhor e nem quando Trip ( Josh Hartnett) se " apaixona" por Lux ( Dunst) eles aprovam que o rapaz saia com ela sozinho. O que acabam provando que quando dois querem não há como segurar.
Sem spoilers, mas já sabendo desses pontos, passemos para a avaliação. Coppola faz uma direção acertada, entramos no mundo cheio de regras das meninas, onde até discos de rock são queimados. Há claro, o perigo das decepções, que talvez exista no filme - não li o livro ainda! - para mostrar que os pais não tem como defender seus filhos das decepções.

O ponto crucial entre esse filme e o turco é que a sociedade americana não aprova o que os pais estão fazendo, exemplo disso é que  o pai é demitido quando para de deixar que as filhas frequentem a escola. Para os vizinhos o que fazem com elas é um absurdo. Para os meninos mais novos ou da idade delas, elas são um mistério maior ainda e portanto, objeto de desejo.
Ao prenderem todas em casa porque Lux não volta para casa conforme combinado após o baile de formatura, já sabemos pelo título o que virá pela frente. A vontade de viver de cada uma vai diminuindo , na medida que o mundo que há lá fora não existe para elas.
Forte, mas também delicado. O filme tem atuações maravilhosas que nos deixam pensando no como as atitudes de um casal podem prejudicar - ou reduzir  - a vida de suas filhas. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

[Resenha] Obsidiana - Saga Lux - Livro 1 @EdValentina

Título Original : Obsidian
Título no Brasil: Obsidiana - Saga Lux - Livro 1 
Autora : Jennifer L. Armentrout
Editora Valentina
Número de págs: 319








Eu não sabia quase nada sobre esse livro, e fiz questão de não saber para não estragar as surpresas. Quando o livro chegou aquela capa linda ficou em olhando...aquele cara de olhar penetrante...ok, eu sabia que ele não era da Terra, que era tipo um Marciano - seria mesmo? - por culpa da sinopse. Quando comecei a ler o livro já amei de cara a protagonista...gente, ela tem um blog literário! Tem noção?Kat é gente como a gente , ela posta , é avessa à baladas, sofre no seu canto de saudades do pai que faleceu e tem uma mãe que volta e meia paga micos e fala coisas que ela não esperaria ouvir. 
As coisas em comum do livro não estragam em nada a qualidade da história, nossa protagonista se muda com a mãe para outra cidade, e conhece seus novos vizinhos. E dga-se de passagem, que vizinho! No início rolam alguns xingamentos como " Você parece a boneca retardada da minha irmã" e " você é um babaca!" . Romântico, não? 
O vizinho lindo de morrer se chama Daemon e tem uma irmã bem legal chamada Dee. Kat fica amiga dela, mas apesar de achar   o cara tudo de bom sente uma certa raiva do jeito dele. 
O que obviamente Kat não imagina é que sua paquera de amor e ódio seja de outro planeta, esteja fugindo com sua irmã de outros seres que querem acabar com os dois e que quanto mais se aproxima deles, mais ela própria corre risco.
Talvez o que mais tenha amado no livro não seja a química entre Daemon e Kat, mas sim o sarcasmo com que as falas são conduzidas. A autora nos prende com falas extremamente instigantes fazendo a leitura voar e a gente não conseguir parar de ler.
E preciso falar...eu bati palmas ( ok, não de verdade, não podia soltar o livro) quando em uma cena com um carinha idiota que quer agarrar Kat chega o E.T tudo de bom e a protege, multipliquem esses ETs para as amigas solteiras, por favor!
E fora que...como não amar uma protagonista que como citei acima tem um blog e uma camiseta com os dizeres : " Meu Blog é Melhor que seu Vlog!" Já quero para ontem uma igual! Ainda mais eu que sou team Blog <3!
Deliciosamente envolvente! Já sei que é uma série, com cerca de 5 livros,  e já preciso dos outros !

Menina que via Filmes : Cinco Graças [Crítica]

Título Original : Mustang
Título no Brasil : Cinco Graças
Lançamento 21 de janeiro de 2016 (1h33min) 
Dirigido por Deniz Gamze Ergüven
Com Güneş Nezihe Şensoy, Doğa Zeynep Doğuşlu, Elit İşcan mais
Gênero Drama

Nacionalidade Turquia , França , Alemanha







Prepare-se para esse filme , ele é intenso e revoltante. Para nós que vivemos em um país tão liberal, onde o contato com o sexo oposto não somente é permitido mas muito comum e onde o " mostrar demais" não há limites, filmes que se passam em países muçulmanos sempre chocam. 
Esse em questão se passa em um vilarejo na Turquia, bem distante da capital Istambul, onde, aparentemente é mais liberal. 
Lale, Selma, Ece, Nur e Sonay são 5 irmãs que perderam os pais e vivem com um tio e a avó. A primeira cena mostra elas saindo da escola e se despedindo de uma professora que Lale ama. Em seguida optam por não usarem o ônibus e vão junto com um grupo de meninos até a praia. O que acontece lá, aos olhos brasileiros, não é nada demais. Elas brincam com os meninos montadas em seus pescoços - vestidas! com meias grossas que cobrem as pernas, saia até o joelho e camisa social - e fazem uma guerrinha de água. Nada demais, certo? Mas para o mundo muçulmano um pecado imenso, uma vizinha as vê fazendo isso e começa aí o pesadelo das cinco que param de frequentar a escola e ficam em clausura dentro da própria casa, depois de terem apanhado muito da avó.
A união das irmãs é linda, os preconceitos do tio que as cria não. Ele convence a mãe - avó das meninas - que elas tem que ser criadas para casar, e o primeiro passo é não somente transformarem a casa em uma prisão - com grades e tudo - mas como as fazerem tê-las aulas para serem uma boa esposa ( submissão a gente vê por aqui). 
Sonay tem um namorado e talvez seja ela a única que terá chances de viver um final feliz. Com casamentos arranjados elas se preparam para serem apresentadas para homens que nunca viram na vida, mas que sua avó e seu tio - que confesso que acho que ele também abusava delas , por mais que não há cenas que mostrem claramente isso - achem serem um bom partido. Ou seja, para eles se livrarem delas entregando para homens que mal conhecem é o certo. 
A DIRETORA COM AS CINCO ATRIZES
Há cenas bizarras do tipo exames ginecológicos com as mais velhas para saberem se ainda são virgens. Apenas as duas mais novas são privadas dele. Por mais que não se fale em idades exatas das meninas, a mais velha parece ter 16 e a mais nova onze. Todas tem aulas iguais e o enxoval preparado para cada uma que parte é no mínimo estranho , com livros sobre a primeira vez ( como se elas não soubessem o que vem pela frente!). 
O mais chocante durante o longa é perceber o como isso ainda é atual por mais que achemos ser ultrapassado, nesse exato momento muitas meninas passam por isso, com a desculpa da fé, são criadas para serem entregues precocemente para seus maridos. Algumas vezes homens com o dobro de sua idade.
A história de cada uma é única, teremos a que estará feliz, a que se rebelará, a que aceitará mas depois se arrependerá....e há uma cena específica após um jantar onde todas riem e depois choram muito. O motivo? Deixo para vocês descobrirem. 
Concorrendo ao Oscar desse ano como Melhor Filmes Estrangeiro pela França, Cinco Graças é muito mais do que um filme de adolescentes , é sobre costumes , e como a Turquia tem cada vez mais aumentado sua população muçulmana e os costumes por lá tem ficado rígidos.

Palmas para diretora e para os atores em cena. Com destaque para as 5 jovens. Atuações sem caras e bocas e na medida certa para nos fazer sairmos da sala de cinema impressionadas com o talento de cada uma. 

domingo, 24 de janeiro de 2016

[Canal da Menina ] Leituras de Janeiro de 2016

Vocês que acompanham as postagens escritas, certamente não amam tanto os vídeos..ou estou errada? Para agradar a todos, fiz vídeo com as leituras do mês !
Confiram abaixo!


Menina que via Filmes : A Grande Aposta [Crítica]

Título Original : The Big Short
Título no Brasil : A Grande Aposta
Lançamento 14 de janeiro de 2016 (2h11min) 
Baseado no livro de Mark Willis 
Dirigido por Adam McKay
Com Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling mais
Gênero Drama , Comédia , Biografia

Nacionalidade EUA










Está aí um filme que toda vez que passava o trailer eu dizia que queria ver e minha mãe torcia o nariz dizendo que esse ela  não veria de jeito nenhum. Para variar, minha mãe estava certa.
A Grande Aposta tem suas qualidades, mas não sendo do mercador financeiro acho bem difícil alguém amar esse filme e suas milhares de explicações sobre a crise americana de 2008.
Michael Burry ( Christian Bale, arrasando como sempre, não por acaso concorrendo ao Oscar de Melhor ator pela atuação) é um nerd bem estranho, vai  trabalhar de chinelos, fica descalço, usa bermudas e camisetas e é dono de uma empresa de médio porte que graças a sua visão está indo bem no mercado mas os investidores tomam um susto quando ele informa a todos que apostará na quebra do mercado imobiliário que ele acredita que irá acontecer em breve.
Boa parte de sua atuação se passa na sala de seu escritório , ouvindo uns bons rocks ( e aí soma-se a trilha sonora maravilhosa que inclui Guns n´Roses e Metallica) , batucando na mesa e recebendo esses investidores. 
Jared ( Ryan Gosling, moreno e de lentes de contato escuras) também percebe a oportunidade no mercado e passa a oferecer a seus clientes, o que mais aparece deles é ninguém menos que Steve Carell  no papel de Mark Braum , que é dono de uma corretora, casado com Marisa Tomei ( que aparece pouco) e que está sofrendo muito com o suicídio de seu irmão.
As coisas não andam bem para nenhum lado. O problema do filme é que ele parece um documentário, e os termos que usam são tão complicados que o diretor usa por exemplo a famosa cantora Selena Gomez para falar " a nossa língua" e entendermos melhor o que está se passando no filme. Sinceramente achei bem chato.
Por mais que a crise imobiliária americana já seja algo complexo, o filme lida de uma forma como se somente economistas estivessem assistindo...aí eles lembram do público em geral e colocam atrizes e cantoras para explicar para os leigos.

E você está se perguntando onde anda Brad Pitt? Ele está no papel de Ben Rickert , uma espécie de guru de Wall Street ( local onde fica a Bolsa de Valores de NY) . Faz pequenas aparições e nos deixa com sono, nem a beleza dele ajudou nesse filme. 
Os críticos de verdade claro, acharam o filme sensacional . Devem ter diploma de Economia por Harvard, para mim, que mal entendo um ciclo de ações, ficou chato. Para meu marido que é de TI também. E para um monte de pessoas que iam ao banheiro " dar um tempo" do filme e saíram falando mal, também.
Pode ser que funcione para muitos, para mim , não. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

[Resenha] Poder, Estilo & Ócio - Joyce Pascowitch @intrinseca

Título Original : Poder, Estilo & Ócio - Joyce Pascowitch
Autora : Joyce Pascowitch
Editora Intrínseca
Ilustrações : Maria Eugenia








Quando decidi ser jornalista muito do que apreciava na área vinha de jornalistas como Joyce. Não exclusivamente os benefícios de se estar rodeada de famosos e áreas VIPS mas sim e também as coberturas em primeira mão de casos envolvendo políticos.
Claro que quando a Intrínseca lançou o livro dela me interessei, ela faz parte daquele seleto time que costumávamos citar na faculdade de Comunicação como exemplo de carreiras bem sucedidas e áreas que gostaríamos de trabalhar.
Dividido em 3 partes o livro é uma delícia de ser lido, e obviamente para quem me conhece bem, as partes envolvendo políticos foram as mais interessantes. Joyce é judia, paulista, filha de um banqueiro e nunca passou necessidade. Pelo contrário, era comum vir ao Rio com a mãe somente para compras de roupas na Bonita - loja de sucesso na época, hoje somente ficou uma em uma galeria bem escondida - em tempos onde o Rio era a cidade da moda e SP pouco encanto tinha.
Frequentava sua casa políticos como Delfim Netto, e estudou com milionários de vários setores. Sabe que isso facilitou sua entrada no Planalto muitas vezes, seu charme e elegância lhe abriram as portas , mas o talento para o jornalismo a manteve no topo até hoje ( Joyce tem um site Glamurama e também uma revista) . Viveu os tempos de PC Farias chegando a andar em sua famosa aeronave, estava no Planalto quando votaram o Impeachment do ex presidente Fernando Collor - inclusive a ex primeira dama tem vários podres que ela conta - e aproveita para citar o que acha que diferencia os ex presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso dos demais , de acordo com ela são figuras que se mantiveram intactas mesmo hoje com um grande número de admiradores ( bem, há controvérsias, eu , por exemplo,não suporto nem ler o nome de Lula , e lá fui eu o digitando mais uma vez!) . 
Não só de política vive o livro , temos muito de estilo - como o nome diz - onde habituada com lojas de marca ela cita qual a diferença de se ter uma bolsa Chanel ou não . Confesso que apesar de amar alta costura, não sou escrava da moda e suas etiquetas, então essa parte apesar de interessante sempre me soa supérflua. Pelo menos para mim que o máximo de bolsa de grife que já tive foi Michael Kors....e que vivo passando o cartão na Renner e na C&A. 
Gostei muito quando ela cita mulheres fortes que não se deixaram escravizar pela beleza como Charlotte Rampling e Meryl Streep.
Amei os relatos sobre as viagens, as do Brasil - Bahia, que ela sempre viaja no Verão - e as de fora do país.
A parte religiosa achei a menos interessante, talvez porque não me identifique mas ela descreve de maneira rápida e engraçada muitos pontos sobre suas crenças e histórias sobre tudo e todos . Com essa pegada o livro fica leve, sem compromisso e pode ser lido em apenas um dia. Mérito para as lindas fotos e ilustrações que o compõem, achei lindas. 
O lado mais " sério" fica por conta da doença que todos temem , câncer. De 2008 a 2013 ela lutou contra ela e conta sua história. 
No final temos um livro bem biográfico , sobre muitas histórias que ela viveu e a história de via de Joyce. Adorei !









Menina que via Filmes : 45 Anos [Crítica]

Título Original : 45 Years
Título no Brasil : 45 anos
Lançamento 29 de outubro de 2015 (1h35min) 
Dirigido por Andrew Haigh
Com Charlotte Rampling, Tom Courtenay, Geraldine James mais
Gênero Drama

Nacionalidade Reino Unido





Um casal que está junto há 45 anos. Uma notícia que chega há 1 semana da festa de casados deles colocando tudo que viveram juntos em segundo plano. Pelo menos para o marido. O que você faria?
Essa é  a história de 45 anos, Kate ( a maravilhosa Charlotte Rampling, concorrendo ao Oscar de melhor atriz) é uma professora aposentada, não teve filhos e é muito querida pelo povo da cidade que vive no Reino Unido. Sua vida é andar com cão Max, tomar conta da casa e de seu marido que há 5 anos atrás estava doente e que por essa razão não puderam comemorar com uma grande festa os 40 anos juntos.
Agora, pronta para realizar esse sonho, vê Geoff ( Tom Courtenay) com uma carta nas mãos que lhe abalou muito. O motivo? O primeiro amor da vida do marido, quando ele tinha cerca de 27 anos, sua então namorada Katia morreu enquanto escalavam montanhas na Suíça. Como se literalmente voltasse ao passado, Geoff divide com a esposa a dor de receber aquela notícia , esquece que isso pode magoá-la, conta detalhes da relação que tinha com Katia, explica que ela continua com aparência jovem por esta congelada todos esses anos. Em um exercício digno de Sidarta, Kate ouve o marido, finge que não liga e continua focada na festa.
Se você só de ler isso já ficou com raiva do marido , imagina o espectador vendo esse filme? São 45 anos juntos, eles tem na faixa de 60 anos...o diretor deixa claro o tédio de relação, o convívio diário, a velhice...a falta de sexo e de novidades na relação. Tudo isso ajuda a justificar porque para Geoff sua amada namorada é tudo que ele gostaria de ter vivido, mas a morte dela lhe privou.
A esposa dedicada está ali ouvindo atenta, a dor dela é apresentada em gestos, em olhares...todos percebemos, menos o marido, que afundado em um poço de egoísmo cogita ir até a Suíça para ver o corpo da namorada morta uma última vez.
Parece absurdo? E é. Uma relação de anos sendo " atrapalhada" por alguém que já morreu...como pode? O roteiro nos mostra, e é digno de aplausos. Como uma adolescente em início de namoro Kate pergunta ao marido " Se ela não tivesse morrido você teria se casado com ela?", a resposta é injusta. Soa absurdo para alguém que está prestes a comemorar boa parte de sua vida ao lado daquela pessoa, e sabemos que a verdade nem sempre deve ser dita.
Você continuaria com a festa? Aquele homem que lhe trai em pensamento com um amor do passado esquecendo que estão prestes a mostrar a todos o como são felizes juntos há 45 anos...merece que se esconda de todos o que ele tem feito? Merece que ela se divorcie?

São cenas seguidas onde fica complicado manter se indiferente as atitudes de Geoff.
Em cena, ele fica pequeno ao lado da gigante Charlotte Rampling, não precisam de muitas falas, mas de expressões que nos fazem sermos cúmplices do sofrimento de Kate. Quem não se indignaria no lugar dela? Vale a pena ficar casado tanto tempo? Então ele nunca a amou? Não terem tido filhos pode ter " estragado" a relação? São muitas perguntas e sabemos que não existe receita de bolo...mas em menos de duas horas de exibição o diretor consegue nos fazer satisfeitos, de termos visto um filme ótimo e que a cena final vai lhe fazer ficar pensando...no casal da tela, em você e no seu cônjuge, nos seus pais casados há anos... que filme!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Menina que via Filmes : Pacto Maligno [Crítica]

Título Original : Mercy
Título no Brasil : Pacto Maligno
Baseado na obra de Stephen King 
Lançamento 11 junho 2015 - Lançamento diretamente em DVD (1h19min) 
Dirigido por Peter Cornwell (II)
Com Chandler Riggs, Joel Courtney, Mark Duplass mais
Gênero Terror , Suspense

Nacionalidade EUA
Formato visto : DVD



Quando soube que seria lançado diretamente em dvd fiquei doida, como assim uma adaptação de um conto de King não veria na telona? Foi difícil achar uma locadora que tivesse o dvd .Baseado no conto Gramma, o filme é bom, mas um tanto quanto confuso ( não li o conto então não poderei ajudar na comparação entre um e outro) .
O filme já começa mostrando um homem metendo o machado na própria cabeça na frente da esposa. Ok, já sabemos o que virá pela frente, certo? 
Encontrei em comentários muitas pessoas falando mal sobre o filme, não é para tanto, nem de longe é um dos melhores do mestre, mas prende a atenção. A tal mulher que vê o marido se matando é Mercy ( Shirley Knight) , a avó de Buddy e George, o primeiro menino é uma graça e o preferido da avó, já o segundo é uma mala. A mãe deles resolve se mudar para a casa - lógico que longe de tudo e todos - da avó depois que essa fica doente e passa a não dizer coisa com coisa. Por amar a avó Buddy entende, seu irmão não. Há também o típico vizinho de infância que não se casou com a mãe dos meninos mas que a ama até hoje, papel de Dylan McDermott. Parece que ele está lá mais para enfeitar o filme mesmo. 
A avó passa a agir estranhamente, como se estivesse possuída, atira objetos, fala palavras que ninguém entende...e como em tudo de terror o fato surpresa fica por conta do motivo dela estar agindo assim : ela tem um segredo, algo que fez no passado para realizar um grande desejo e agora está sofrendo as consequências. O problema é que o filme é confuso nas explicações, os sustos aparecem muitas vezes mas o roteiro nem sempre segura um longa de terror como deveria. Há também uma das melhores personagens, uma amiga imaginária - ou seria um fantasma? - que aparece somente para Buddy que já entendeu que ele é especial de alguma forma por vê-la.

A avó assusta bastante, vi muita gente comentando que ela era o melhor do filme, eu já acho que é o garoto ( Joel Courtney) , ele trabalha bem como o neto assustado que faz tudo por amor para tentar salvar a avó que ama, até mesmo enfrentar seus medos. 
Já a mãe  o irmão e todos os demais são meros figurantes que nem precisavam estar no filme. 
Vale a pena pelos sustos, mas não é um grande filme de terror, tenho minhas dúvidas se foi fiel a algo que King tenha de fato escrito.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

[Resenha] Os 5 Desafios das Equipes @sextante

Título Original : The Five Dysfunctions of a Team 
Título no Brasil : Os 5 Desafios das Equipes
Autor : Patrick Lencioni
Editora Sextante
Tradução : Simone Lemberg Reisner
Número de págs: 207








Pode parecer livro de auto-ajuda, e talvez isso afaste muitos potenciais leitores que hoje sofrem em seus trabalhos por não entenderem como sendo líderes ou não de uma equipe são todos peças fundamentais para que a empresa aconteça. Trabalho em RH há pelo menos 7 anos, nesse tempo fui de assistente para analista, de analista para coordenadora. Nada foi simples, nada foi rápido. Mas ao voltar a tudo que vivi e vivo na empresa que estou, tenho consciência de que minhas vitórias não são somente minhas, mas sim e também da empresa que trabalhava ( ou trabalho) . 
Quando um grupo de executivos de uma empresa é surpreendido pela troca de de seu CEO , a primeira reação é de compreensão, já que a empresa que era líder de mercado está perdendo para seus concorrentes que tem muito menos potencial do que ela. Então o susto veio quando colocaram uma mulher para assumir o cargo e dela tomou decisões no mínimo inusitadas para aquele grupo de executivos caros que não estavam trabalhando em equipe como deveriam, ou melhor, como a empresa precisava, mas isso somente Kathryn, a nova CEO, teve a sensibilidade de perceber. 
No meio de 150 funcionários da empresa de Tecnologia, aqueles executivos não somente tinham salários mais altos que todos mas também agiam como se estivesse tudo funcionando as mil maravilhas. Acostumados com o trivial, eles se espantam quando ela pede que eles vão com ela para um retiro, onde lá ela analisa um por um e exemplifica porque juntos não estão conseguindo gerar o lucro que a empresa precisa, ou que no mínimo espera deles .
Ali há uma briga de egos presente em qualquer empresa e mesmo com pessoas de nível hierárquico mais baixo. Sempre há o que acredita que é melhor que o outro , que mereça ganhar mais, ser mais destaque...e que se preocupa demais com o que o colega faz ou deixa de fazer ao invés de focar no seu trabalho. 
Kathryn consegue provar através de seus gestos e gráfico - uma pirâmide- quais são os fatores que estão levando aquele grupo desunido a um quase fracasso sendo esmagado em um futuro próximo pelos concorrentes.
Ali, ela apresenta tópicos como falta de confiança e comprometimento e com suas observações vai dobrando um a um que se reconhece no que a nova CEO expõe. Ela que princípio era vista como " estranha" por apenas observar seus executivos em reuniões e manter o ex CEO a frente delas, consegue provar a todos que está no lugar certo e com as ideias certas para que as atitudes fadadas ao fracasso deles sejam corrigidas.
É um livro rápido e colocado de uma forma sensacional nas explicações, reconhecemos nossos colegas de trabalho em cada um dos executivos e mais uma vez fica a certeza de que todos somos peças de um imenso quebra-cabeça, não pode faltar uma peça, senão ele se completa. E a imagem só fica bonita com tudo completo. 

Menina que via Filmes : Creed - Nascido para Lutar - Crítica

Título Original  : Creed
Título no Brasil : Creed- Nascido para Lutar
Lançamento 14 de janeiro de 2016 (2h14min) 
Dirigido por Ryan Coogler
Com Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson mais
Gênero Drama

Nacionalidade EUA







A música, as cenas de luta, a corrida com as crianças atrás, um dos meus atores favoritos...como não lembrar de Rocky Balboa? O lutador descendente de italianos mais famoso do mundo que deu a Stallone o Oscar de melhor roteiro está de volta , e dessa vez fazendo o astro concorrer a estatueta como ator coadjuvante!
Preparem os corações, quem cresceu vendo os filmes da série vai se emocionar, quem nunca viu vai querer ver todos os anteriores.
Dessa vez o protagonista é Adonis Creed ( o ótimo ator Michael B.Jordan, que apesar de ter o mesmo nome não é filho do ex jogador de basquete dos EUA) , filho de nada menos do que Apollo Creed.
O rapaz nunca conheceu seu pai que morreu quando ele ainda estava na barriga da mãe , o menino foi uma pulada de cerca do campeão e a esposa traída tem o lindo ato de adotar Adonis ( que também perdeu a mãe). O sangue de campeão está nas veias dele, tanto que mesmo trabalhando em um banco ele pede demissão para lutar, a " mãe" obviamente é contra já que perdeu o marido para o mesmo esporte.

Mas as coisas começam a esquentar quando ele resolve sair de casa para ir atrás de seu sonho, e isso inclui sair de Los Angeles e ir para Filadélfia onde mora ninguém menos do que Rocky Balboa ( Stallone) . Claro que ele não vai querer ouvir no assunto de ser treinador, lógico que sua vida carente tomando conta do restaurante italiano com nome de sua amada esposa Adrian.
A cena em que ele convence o a ser seu treinador é perfeita, Stallone estava inspirado na atuação e me animei muito assistindo o filme.  O treino, as cenas românticas de Creed - sobrenome que ele demora a assumir porque não quer ficar famoso por causa do pai - com Bianca ( Tessa Thompson) , uma aspirante a cantora, são todas aperitivos na medida certa para o que queremos assistir de verdade.
As lutas! E quando começam a gente torce, apanha junto com ele...e fora da luta também sofremos com algumas cenas que envolvem a saúde de nosso eterno Balboa. 
Contar mais seria soltar spoilers...algo interessante de se citar é que mesmo quem nunca viu o filme vai entender perfeitamente, claro que faltarão as emoções dignas de quem assim como eu ama a série e lembra de todos os ganchos deixados pelos filmes anteriores. 
Creed tem um final que os fãs esperam e é puro deja vú para quem tem em Balboa um ídolo. Assistam.