sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Menina que via Filmes: Lembranças de um Amor Eterno [Crítica]

Título Original: La Corrispondenza
Título no Brasil: Lembranças de um Amor Eterno
Data de lançamento 22 de setembro de 2016 (1h 56min)
Direção: Giuseppe Tornatore
Elenco: Olga Kurylenko, Jeremy Irons, Shauna Macdonald mais
Gêneros Drama, Romance

Nacionalidade Itália
Ano: 2016
Música de Enio Morricone






Claro que um filme de Giuseppe Tornatore que nos deu de presente Cinema Paradiso com o elenco tendo Jeremy Irons que já atuou em filmes como o maravilhoso A Casa dos Espíritos e com trilha sonora de Enio Morricone,só poderia ser uma obra prima, certo? Pois é, errado.
Infelizmente o filme deixou muito a desejar, e vamos aos fatores disso. 
Amy ( Olga Kurylenko) é uma estudante  que leva seus estudos muito a sério, e se apaixona pelo professor casado Edward ( Jeremy Irons). Os dois tem uma diferença bem grande de idade, e além disso ele vive em outro país. Eles se veem pouco e a moça trabalha como dublê de filmes de ação colocando sempre sua vida em risco. Em casa, ela flerta com seu amante e vive um namoro intenso mas com doses excessivas de skype e whatsapp há 6 anos, já que os dois nunca se veem. 
Irons se esforça para que o filme valha a pena e Olga até não faz feio no início mas lá pela metade o espectador já está cansado das caras e bocas de sofredora dela.
O casal apaixonado vai sofrer um baque: a morte dele. Não é spoiler, está em todas as críticas, mas o que até poderia servir para um recomeço dela com alguém que a assuma e tal, vira na verdade um P.S Eu Te Amo muito inferior. Ela começa a receber vídeos, cartas, mensagens de um defunto. E o que já era triste fica ainda pior, porque o ar melancólico toma conta do filme e o roteiro não segura razões suficientes para um homem covarde que já traía  a mulher e que não libertava a amante - ou seja queria manter a família e amante- ainda não dar sossego para a moça nem depois de morto, não há como torcer para um casal desses.
Quando ela viaja ao encontro da verdade - ele mora no Reino Unido e ela na Itália, mas nem isso é bem explicado - encontra mais mistérios e uma filha que mais deixa dúvidas do que esclarece o espectador.

Confuso, com um roteiro fraco e somente salvando ver Jeremy Irons e a trilha sonora, o filme não é nada do que esperava, me admira Tornatore ter dirigido algo tão abaixo de seus outros filmes.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

[Resenha] A estrela que nunca vai se apagar @intrinseca

Fiz a resenha em vídeo para vocês, achei bacana abordar o assunto em uma semana onde algumas informações erradas foram divulgadas sobre quem inspirou John Green a escrever a história de A Culpa é das estrelas.










quarta-feira, 28 de setembro de 2016

[Resenha] Achados e Perdidos @suma_BR

Título Original: Finders Keepers
Título no Brasil: Achados e Perdidos
Autor: Stephen King
Editora Suma de Letras
Tradução de Regiane Winarski
Número de págs: 350









No segundo volume da trilogia King volta com tudo, e no maior estilo Misery conheccemos Morris Bellamy, um cara que entra na casa de seu escritor favorito, conhecido como um gênio da escrita, chamado John Rothstein. Ele não gostou do final que o escritor deu a um dos personagens e vai com amigos mascarados na casa dele cobrar justificativas além de rouba-lo, só que ele leva seus textos ainda não publicados além de matar o cara. Não, isso não chega a ser um spoiler, porque é através dessa morte que sua vida mudará. Ele infelizmente não será pego por esse assassinato mas mais tarde o prenderão por outro crime, o assassino passará exatamente 35 anos na cadeia. Sempre com a ideia na cabeça de rever esses escritos, mas para sua surpresa os mesmos não estarão no local que ele deixou. 
Ele então vai descobrir que um garoto o pego e vendeu e aí sim sua vida viará um inferno, o que de fato, cá entre nós, ele merece.
Dessa vez King não guarda nenhum segredo, já que quando ele existe já o desvendado em poucas páginas, o mote é mesmo entender que há louco para tudo e que agente paga por aquilo que fazemos nessa vida mesmo, ou as vezes temos ajuda de algo sobrenatural, o que não acontece nesse livro. Não espere monstros, como ele mesmo costuma dizer os monstros existem e estão dentro de nós mesmos.
Apesar de fazer parte de trilogia de Bill Hodges, o detetive dessa vez tem uma pequena participação,muito inferior aquela que teve no primeiro livro, Mr. Mercedes.

Tem que ler para entender como King é genial, construindo e desconstruindo personagens, o cara arrasa sempre. 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Menina que via Filmes: Conexão Escobar [Crítica]

Título Original: The Infiltrator
Título no Brasil: Conexão Escobar
Data de lançamento 15 de setembro de 2016 (2h 07min)
Direção: Brad Furman
Elenco: Bryan Cranston, Diane Kruger, John Leguizamo mais
Gênero Suspense

Nacionalidade EUA
Ano: 2016







Pablo Escobar, o poderoso chefão da Colômbia já rendeu inúmeras histórias para a sétima arte, além da excelente série da Netflix: Narcos. Pensando por esse ponto, o que mais se tem para contar sobre ele? Muita coisa se vermos o filme Conexão Escobar onde Bryan Cranston vive o papel de Robert Mazur, ou Bob, um agente da alfândega que vê sua vida mudar radicalmente quando aceita ser um infiltrante no mundo do crime.
Baseado em fatos reais, vemos o durão policial se transformar em amigo dos traficantes na pele de um investidor que quer lavar o dinheiro deles, passado na década de 80- mais precisamente em 1985- o filme nos leva ao mundo em que os Estados Unidos como maior consumidor de drogas do mundo, sofre para vencer o que seus próprios nacionais amam consumir.
Com isso Bob esquece a família para se jogar de corpo e alma na operação perigosa que conta ainda com John Leguizamo no papel Emir Abreu, um outro agente que irá ajudá-lo a se parecer mais com os latinos que irá conhecer e com Diane Kruger como Kathy, a moça que se fará passar por noiva de Bob, ou melhor de Musella, seu nome falso para chegar até os parceiros de Escobar e sonhando alto, com ele mesmo.
Do lado do crime ainda temos um sumido Benjamin Bratt no papel de Roberto Alcaino, um dos importantes colombianos que viviam nos EUA comandado por Escobar. Vale ressaltar que o filme nos mostra o tempo inteiro o como apesar de crápulas no mundo das drogas para suas famílias eles eram ídolos e extremamente religiosos, quem via a esposa e filha de Alcaino por exemplo, jamais diria que seu pai era braço direito de Escobar.

Os críticos especializados alegaram que o filme deixa faltar muitas informações, como razões para que Bob e Kathy aceitem arriscar tanto suas vidas. Para mim a idade do protagonista é que foi um ponto de interrogação, já que ninguém questiona sua diferença de idade da falsa noiva por exemplo, o que me faz acreditar que até mesmo pelo cálculo das datas o ator escolhido é bem mais velho do que o Mazur original. 
O que importa fora esses detalhes é que saímos felizes do cinema por termos tido aquilo que esperávamos, boas atuações e um roteiro que segura firme as pontas até o final. 

Menina que ia ao teatro: 5 x Comédia [Crítica]





















Título Original: 5 x Comédia
Teatro Oi Casa Grande
Até 30 out 2016
qui, sex e sáb 21:00 | dom 20:00 

R$ 50.00 (balcão setor 3), R$ 70 (balcão setor 2), R$ 100 (plateia setor 1) e R$ 120 (plateia vip e camarote)

Texto: Antonio Prata, Jô Bilac, Cristina Julia Spadaccini, Gregorio Duvivier, Pedro Kosovski
Direção: Monique Gardenberg, Hamilton Vaz Pereira
Elenco: Bruno Mazzeo, Debora Lamm, Fabiula Nascimento, Lucio Mauro Filho, Thalita Carauta


Quando soube que a peça estava passando no Oi Casa Grande me animei, e comprei entradas para ir com a família toda. Uma pena que a peça não tenha sido nem 10 por cento do que esperava.
Com 5 atores de peso, conhecidos do grande público por serem humoristas e volta e meia estarem em produções da TV Globo e de filmes nacionais, o espetáculo acerta na escolha do elenco, mas erra a mão nos roteiros, cada um faz um ato escrito por uma pessoa diferente.
O primeiro deles mostra Debora Lamm e é escrito por Antonio Prata e fala sobre uma atriz de teatro infantil que sempre foi a Branca de neve e agora as crianças só querem as irmãs de Frozen, é engraçado algumas vezes mas não traz nada de extraordinário por mais que a ótima atriz se esforce muito.
Depois temos o melhor: Bruno Mazzeo ( sempre ele!), engraçado como de costume ele arrasa fazendo o pai que é preso porque quer ajudar o filho a dormir e está enlouquecendo com a criança que só chora. O teatro inteiro riu muito de todo diálogo dele com o delegado quando interrogado e se fosse ele o tempo todo eu teria amado a peça.
Então vem uma 3ª cena trazendo Fabiula Nascimento, uma atriz que gosto muito mas que no texto mala se fazendo de um pássaro muito chato só consegue deixar a plateia olhando pro relógio. Na 4ª cena temos Thalita Carauta, uma figurante bem engraçada que apesar do texto também não ajudar muito se sobressai e consegue que sua encenação seja a 2ª melhor da noite.
Quando as coisas vão melhorando entra Lucio Mauro Filho, e que pena que um cara que gosto tanto que para mim sempre será o Tuco de A Grande Família tenha se prestado a um papel tão chulo que combina bem com quem o escreveu: Gregorio Duvivier. Esse ator/ roteirista deve ter feito algo a mim em outra encarnação, porque nada justifica o horror que tenho dele nessa, para vocês terem ideia não vejo filmes com ele e quando assisto vídeos do Porta dos Fundos eu evito os que ele está. Sem contar sua posição política ( esquerdista morando no Leblon, assim fica fácil né queridão) que não suporto nem ouvir.
Mas vamos à essa parte, eu nem sabia que o texto era do Gregorio, e a cena começa, Lucio Mauro é casado com uma atriz que está fazendo uma suruba e ele se sente super mal com isso, finge que está tudo bem mas não está à vontade. Com palavrões e deixando boa parte da plateia sem graça - inclusive eu que levei mãe e sogra para ver essa baixaria- a cena termina sem necessidade alguma de ter sido inventada.
Uma pena que essa peça não seja nada do que esperava, de todos que foram comigo, ninguém saiu feliz, a gente só falava no como poderia ter tido somente a parte do Bruno Mazzeo. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

[Resenha] Contos Peculiares @intrinseca + Vídeo com Razões para Ler Ransom Riggs





























Título Original: Tales of the Peculiar
Título no Brasil: Contos Peculiares
Autor: Ransom Riggs
Editora Intrínseca
Número de págs: 208


Amar um autor é pegar seu livro e não consegui largar, é não sossegar enquanto não virar a última página, e se isso acontece depois de você ter lido 3 livros do autor, é paixão eterna. Por essa razão falar de qualquer livro de Ransom Riggs já virou um imenso prazer para mim.
Dessa vez uma edição linda e super bem trabalhada da Editora Intrínseca chega às livrarias trazendo suas histórias e desenhos entre cada capítulo. As crianças e adultos peculiares são sem dúvida uma das melhores histórias criadas recentemente, e Ransom merece todos os elogios.
Em Contos Peculiares entramos no mundo de 10 peculiares, cada qual da sua forma e com o seu aprendizado, que genialmente escrito pelo autor passa para nós também.
No primeiro conto intitulado Os Esplêndidos Canibais conhecemos uma aldeia de peculiares, a Swampmuck, onde todos viviam de forma muito humilde até chegarem ao local canibais desnutridos. Ao explicarem sua condição um dos aldeões Hayworth ficará com pena por eles se alimentarem somente de carne podre e oferecerá a perna que perdeu trabalhando. Confusos, mas gratos os canibais aceitam de bom grado e se espantam ao saber que a perna cresce novamente. Dão lhe então uma boa quantia de dinheiro o que faz crescer os olhos de toda a aldeia que se envolverá em um ciclo de ganância sem volta, uma tremenda lição para aqueles que fazem tudo por grana. Depois ele nos leva ao mundo de A princesa da língua bifurcada que me lembrou muito os X Men, a tal princesa é linda, seu pai se orgulha de sua beleza, mas ele nunca parou para prestar atenção no motivo dela falar tão pouco. E a razão é porque ela teme escamas nas costas e uma língua bifurcada, nesse conto a aceitação dos parentes e da sociedade faz toda a diferença, coisas que a pobre da princesa não vai conhecer.
A primeira Ymbryne fala muito sobre família também e seus valores, uma mulher que se transforma em ave e é usada pelo pai para a luta de terras e ao ver sua família ser dizimada percebe que seu pai nunca aceitou sua condição de verdade, mesmo literalmente batendo asas para outro local vai achar preconceito por onde passa por ser diferente.
Um dos contos que mais amei foi A Mulher que era amiga de fantasmas , uma menina que perde  a irmã muito jovem e que começa a se comunicar com ela, a irmã passa a ser então sua melhor amiga, só que um belo dia a fantasma camarada some e ela percebe que não tem amigos vivos, na busca por eles ela vai até mesmo querer vender a casa dos pais e comprar uma casa mal assombrada para ter muitos amigos. O final é surpreendente, o que começa melancólico finaliza de forma tão divina que só mesmo Ransom para escrever dessa forma.

Os demais contos também trazem temáticas interessantes, são ao todo 10! Destaco também A Menina Que Domava Pesadelos trazendo a personagem Lavinia, uma menina cujo pai é médico e seu maior sonho é virar médica também, o que seu pai lhe desencoraja porque naquela época mulheres não tinham essa profissão, ela então descobre seu dom,de tirar o pesadelo das pessoas e seu primeiro paciente é seu irmão, o caminho que o conto toma é sensacional e terminamos ele com um sorriso no rosto.
Por favor leiam, Ransom nos leva a mundo de ficção com pitadas de realidade, a nossa mesmo, a de que ainda temos muito que aprender com as histórias inventadas. 


Se você não viu o vídeo, clica aqui embaixo!

domingo, 25 de setembro de 2016

Menina que via Filmes: Viva a França! [Crítica]

Título Original: En Mai Fais Ce Qu´il Te Plait
Título no Brasil: Viva a França!
Data de lançamento 8 de setembro de 2016 (1h 54min)
Direção: Christian Carion
Elenco: August Diehl, Olivier Gourmet, Mathilde Seigner mais
Gêneros Drama, Guerra, Histórico

Nacionalidade França
Ano: 2015


Não vá ao cinema imaginando encontrar um A Vida é Bela francês. Apesar do filme ter muito da relação pai e filho, aqui não há ilusão. Hans ( August Diehl) é um alemão militante que ao ver que será preso junto com seu filho (não encontrei em nenhum site o nome do ator que faz a criança) foge para França. Desde cedo ele treina o filho para fingir que não são alemães e sim franceses. A princípio achei que fossem judeus, mas depois pelo que o filme leva, acredito que sejam somente alemães que não eram a favor de Hitler e como toda ditadura ele mandava matar também. Hans perdeu a esposa e agora só tem seu filho que aparente ter uns 8 anos. Ele e  a criança vão somente com a roupa do corpo para França e lá encontrarão um grupo de franceses que também tenta fugir das maldades alemãs, o que o filme tem de diferente é que os filmes de Segunda Guerra muitas vezes somente mostram o que os nazistas faziam com os judeus, dessa vez o diretor nos leva ao mundo das pessoas que não eram judias mas que foram expulsas de suas casas e muitas mortas apenas pelo prazer de matar. Ou seja, nada justificava o que faziam. 
Nesse grupo dessa pequena cidade que tenta fugir pela estrada há um prefeito gente boa Paul ( o ator Olivier Gourmet) e uma professora, a Suzanne ( Alice Isaaz)  que ao ver que Max ( o menino) se afastou do pai "o adota", criando laços com o menino que a faz o proteger como a um filho.
Max vai ver muitas mortes, vai sentir falta do pai que se perderá do grupo no meio do caminho,tudo isso embalado pela trilha sonora perfeita de Enio Morricone. O filme emociona muitas vezes, e a gente fica querendo que o pai encontre logo o filho, que a guerra acabe, etc

Há outros papéis de destaque como do soldado britânico que ficará amigo de Hans e  o ajudará na caminhada ao encontro do filho ( o soldado é interpretado por um ator que gosto muito mas poucas vezes aparece: Matthew Rhys).
O final é maravilhoso, apesar dos críticos especializados terem achado o final mais do mesmo, eu achei que era um sinal de esperança no meio de tantas atrocidades. 

sábado, 24 de setembro de 2016

[Resenha] Imperfeito @astralcultural

Título Original: Imperfeito
Autor: Robson Gabriel
Editora Astral Cultural
Número de págs: 223











Confesso que tive medo de ler  o livro e não gostar. Calma, nada que o desabonasse, mas sobre o tema LGBT eu sou super fã de David Levithan e o Robson é meu amigo, já pensou criticar livro de amigo? Mas....depois do primeiro capítulo e com o livro lido em praticamente um dia, posso afirmar que o autor não só me surpreendeu positivamente como também deixou aberta a minha vontade e a de todos que leram o livro depois do final bafônico.
Vamos à história: Daniel ama jogar futebol e tem 15 anos, tem uma namoradinha mas ainda não sabe do que gosta. Sim, ele nunca transou com ela e depois de ter trombado em Eric durante o jogo de futebol ficou realmente na dúvida de seus gostos. Para piorar, Eric o segue até o chuveiro do vestiário querendo algo mais, aquele moreno lindo, alto, bonito e sensual poderia ser a solução dos seus problemas? Não por enquanto, ele prefere dizer não e enganar a si mesmo.
Pula pra o fim do ensino médio, Daniel está então com 18 anos, em uma das milhares de festas que vai com seu grupo ( Andy, Line e Bia) ele acaba beijando Andy, que pede para ele se libertar mas ele continua afirmando que gosta é de meninas. Por mais que seu corpo diga outra coisa. 
Na faculdade ele vai continuar lutando contra suas vontades, mas ao conhecer Bernardo, um gatíssimo que até lembra a Branca de Neve, e que é professor de Sociologia - está aí um ótimo motivo para não acabar com a matéria, rs por favor governo, deixa ela ficar! - os dois vão trovar olhares e Daniel vai tentar mais uma vez se desvencilhar do que ele sente vontade.
É nessa que vai acabar se envolvendo com Ingrid, uma moça que vai se apaixonar por ele sem saber do que seu namorado curte de verdade. O autor teve a sensibilidade que esse tipo de livro pede, o de mostrar ao mundo o como tempos de adolescente já são complicados, imagina para quem gosta do mesmo sexo? São cruéis, nem todos tem a mesma receptividade ao se assumirem, seja com os amigos, seja com a família. Daniel sofre com isso e acaba por tentar negar o que é magoando as pessoas ao seu redor, mesmo que essa não seja sua intenção.
Ao leitor cabe torcer para que o mundo dele e de muitos que passam por isso seja mais justo, mais compreensivo e menos julgador. 
Não posso contar mais nada, só pedir que leiam, e pedir ao meu querido amigo autor Robson que nos dê a continuação, vai ter né?

Para quem prefere resenhas em vídeo, também fiz:

Menina que via Filmes: Um Namorado para Minha Mulher [Crítica]
























Título Original: Um Namorado para Minha Mulher
Baseado em Un Novio para Mi Mujer ( filme argentino) 
Data de lançamento 1 de setembro de 2016 (1h 40min)
Direção: Julia Rezende
Elenco: Ingrid Guimarães, Caco Ciocler, Domingos Montagner mais
Gênero Comédia
Nacionalidade Brasil

 Eu amo a versão original desse filme e quando vi que tinham feito uma brasileira eu disse que não veria. Primeiro porque o filme argentino já está marcado em minha cabeça com dois atores que amo, então pensei que seria perda de tempo assistir.
Mas aí eu vi o trailer e ri tanto que me rendi. Acabei assistindo na segunda semana, e tinha hora que ria tanto que não ouvia o diálogo da próxima cena.

Nena ( Ingrid Guimarães) se parece demais comigo, odeia que puxem assunto - como falar de signos por exemplo, odeio forte!- e acorda de mau humor diariamente. Casada com Chico ( Caco Ciocler) ela tem como distração reclamar de tudo que ele faz, aliás ela reclama da vida, talvez porque ela não trabalhe. Ok, eu sempre trabalhei e também reclamo muito, mas ela é mais mala.
No futebol de toda quinta ele comenta com os amigos o como a Nena é chata, coisa que os amigos já sabem, mas ele é bem medroso e não tem nem coragem de dizer que gostaria de se separar. Então seu melhor amigo Veloso ( Marcos Veras) o incentiva a contratar o Corvo ( Domingos Montagner) um homem que é famoso por conseguir que as mulheres se separem.
Ao conhecer o tal Corvo ele se assusta porque o home não é nada bonito, é bem cafona e parece um irmão do Sidney Magal. Só falta colocar a rosa na boca e cantar Sandra Rosa Madalena...mas daí para frente o filme fica muito engraçado e tudo gera piadas. Chico quer arrumar um emprego para esposa, Corvo quer conquista-la,  e Ingrid está ótima como sempre.
O FILME ORIGINAL NO QUAL È BASEADO
É triste ver que Domingos que morreu recentemente afogado, não está mais entre nós, o cara atuava super bem e era muito eclético.
Não vou falar mais nada para vocês terem vontade de assistir, corram para o cinema mais próximo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

[Resenha] O Ano Em Que Disse Sim @Edbestseller

Título Original: Year Of Yes : How to dance it out, Stand in the sun and be your own person
Título no Brasil: O Ano em que disse sim - Como dançar, ficar ao sol e ser  a sua própria pessoa
Autora: Shonda Rhimes
Editora Bestseller
Número de págs: 254



O ano mal acabou mas eu já tenho uma das maiores decepções de livro do ano: esse. Vamos por partes, eu comprei esse livro porque ele apareceu na minha timeline onde 3 amigas minhas diziam que ele era ótimo. Então pesquisando sobre ele achei que seria uma ótima chance de me "colocar para cima" já que o livro ensinava a "dizer sim" e me perguntei se meu problema atual seria esse.
Shonda Rhimes é famosa, é autora de séries de sucesso como Grey´s Anatomy e Scandal. A primeira delas sou super fã. Então claro que pensei que ler o livro dela seria maravilhoso e fui lá gastar 40 reais com o exemplar.
Shonda já nos revela que a análise com o que estava fazendo de sua vida veio da sua irmã na noite de Natal -ou de Ação de Graças, não lembro!- quando ela disse que Shonda nunca falava sim para nada. Ela resolveu ver se era verdade e chegou a conclusão que com 3 filhos pequenos ela se achava no direito de usar as crianças para se desculpar dos lugares que não estava muito afim de ir, o que era quase todos. Não é de todo um livro péssimo, mas quando criamos expectativas nos arriscamos  a decepção. Então gostei da parte que ela diz que é um mentirosa nata, afinal ela escreve sobre pessoas mas é ficção, então mentir é algo que ela sabe fazer muito bem.
Também gostei quando ela conta porque não aceitava ir no Jimmy Fallon ou na Oprah, mas isso eu deixo para vocês descobrirem...a verdade é que ela se escondia da vida, mas talvez a forma como ela escolheu para contar e o título do livro nos leve a imaginar outra coisa. E aí ok, entendo que talvez o problema seja meu de esperar que Shonda tenha meus problemas e me ajude  a resolvê-los com suas histórias. Não espere isso porque ela não faz, ela se compara a Beyoncè, que é quem ela gostaria de ser. E também faz comparações um pouco bobas como com Malala para dizer que tem consciência de que ela é uma péssima pessoa e a menina paquistanesa é boa. Ou Madre Teresa...ou ainda Anne Frank, dá vontade de entrar no livro e dizer: "Querida, Anne não fez bondade alguma, ela sofreu maldades, você não leu o livro?".
Certamente ela não deve ter lido, porque na busca por fazer graça acaba deixando o livro bem parado e sem interesse pro leitor.
Na busca por algo que me animasse, finalizei a leitura bem para baixo. Shonda é capaz de escrever muito melhor do que isso, uma pena que tenha caído na compra desse livro. 

[Canal da Menina] Respondendo as Perguntas sobre o livro da Menina

Oi pessoal!!! Primeiro eu queria agradecer o carinho de sempre de vocês comigo. Agora se você fez perguntas, é a hora de ver eu as respondendo!
Se...não deu tempo de você fazer a sua pergunta deixa aqui nos comentários que terei o maior prazer de responder, ok?


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Menina que via Filmes: Star Trek :Sem Fronteiras [Crítica]

Título Original: Star Trek: Beyond 
Título no Brasil: Star Trek - Sem Fronteiras
Data de lançamento 1 de setembro de 2016 (2h 03min)
Direção: Justin Lin
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Simon Pegg mais
Gêneros Ficção científica, Ação, Aventura

Nacionalidade EUA

Para mim é questão de honra ver todos os filmes da série. Cresci vendo Jornada nas Estrelas e sempre fui apaixonada pelo personagem do Dr. Spock. Aproveitei meu dia de folga para colocar o filme e dia e fui na companhia de quem me ensinou a amar Star Trek: meu pai.
Dessa vez a história se passa quando a nave eles, a Enterprise está no terceiro ano de uma missão que estava originalmente programada para durar 5 anos. Chris Pine está muito bem no papel de Capitão Kirk, um homem que está até entediado com nada estar acontecendo, ou seja, com nenhum inimigo os atacando.
Mas, para alegria deles, a nave recebe uma mensagem do malvadão Krall que quer algo que está com o líder da Enterprise e que fará de tudo para tê-lo.

Uhura ( Zoe Saldanã) termina com Spock que fica desolado. Há outra personagem feminina que entrará na história, Jaylah interpretada por Sofia Boutella fará uma guerreira que acaba se juntando com a Enterprise para destruir Krall, que ela tem pavor.
Há diálogos bem feitos, o roteirista é ninguém menos que Simone Pegg, sim um dos atores principais no papel de Montgomery, o atrapalhado mas esperto engenheiro tem cenas inteligentes e seu personagem é um show à parte.
Tudo que amamos está no filme: lutas, diálogos à altura e boas atuações, ponto para Justin Lin que conseguiu fazer um filme para fã nenhum colocar defeito.
OBS: Foi o último filme de Anton Yelchin, o ator que interpretava Pavel, faleceu esse ano em um acidente de carro. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

[Resenha] Para Além do Diário de Anne Frank @editoraleya

Título Original: Anne Frank in het Achterhuis- Wie was wie?
Título no Brasil: Para Além do Diário de Anne Frank
O Dia a dia do esconderijo de todos seus habitantes
Autor: Aukje Vergeest
Apoio: Casa da Anne Frank
Tradução: NL Translations.com
Editora Leya
Número de págs: 189




Se tem um livro que marca para sempre todos que o leem, é O Diário de Anne Frank  Dessa vez a Editora Leya publica no Brasil um livro que foi feito com o apoio do museu onde até hoje existe a casa pela qual ela passou presa por 2 anos com mais 7 pessoas se escondendo dos nazistas. 
Trata-se de um livro para ser lido após O Diário de Anne Frank, sem ter lido esse não temos base para entender a importância de cada personagem na vida de Anne. Toda história de grande interesse gera continuações ou spin offs, não pense que o livro não agrega nada, ele é sim um anexo maravilhoso da história dolorida que infelizmente é verídica e da qual o mundo não pode e não deve esquecer.
Com curiosidades e a história de cada um dos demais personagens dessa história sem final feliz, vamos conhecendo os nomes verdadeiros de cada um deles - para quem não lembra, o pai de Anne, Otto, o único sobrevivente dessa história, não permitiu que fossem colocados os nomes reais dos envolvidos!- e sabendo o como morreram pós diário. Otto como único sobrevivente acabou tendo todos os direitos de publicação da obra da filha, ele inclusive constituiu outra família, eu resenhei o livro da "irmã" de Anne chamado Depois de Auschwitz. Também soube através desse livro que Margot, a única irmã de verdade de Anne, também escrevia um diário que infelizmente nunca foi achado.
Nessa edição sofremos ainda mais com cada um dos envolvidos, ao saber, por exemplo, que eles ficavam em um cômodo pequeno com somente um banheiro e sem poder dar descarga a semana inteira, se alimentando muito pouco e quando ficavam doentes não podiam ser tratados adequadamente. Lembrando que o esconderijo também contava com pessoas de mais idade.
Há também explicação de porque a família alemã de Anne foi parar na Holanda e não fugiram para países da América do Sul como muitos fizeram durante a Segunda Guerra, como sabemos, a Holanda foi invadida por Hitler assim como muitos outros países europeus. Famílias inteiras foram enviadas para campos de concentração. Anne que entrou no esconderijo com apenas 14 anos, saiu dele com quase 16 anos ( completaria em junho e morreu em fevereiro), enviada de volta para Alemanha para o campo com sua irmã e mãe, ela vê as duas morrerem e perde as forças para lutar pela vida. 
Essa e todas as outras histórias dos envolvidos são contadas com detalhes e a verdade que dói mas em se tratando dessas atrocidades deve sempre ser contada, para como sempre digo, evitar que isso aconteça novamente. 

Também fiz um vídeo no Canal falando dos dois livros, se você quiser assistir, basta clicar abaixo:


Perguntas para Menina

Oi pessoal!! Não é segredo para ninguém que escrevi um livro ( sim, até agora ainda não caiu a ficha!). Desde que divulguei nas redes sociais sobre ele que muitos tem me feito perguntas a respeito, então resolvi respondê-las todas em único vídeo!
Podem perguntar à vontade, todas as perguntas serão incluídas no vídeo que será gravado essa semana e colocado no ar.
Para os que me acompanham pelo blog, basta colocar a pergunta nesse post.
Estou doida para responder as perguntas de vocês ;) 


terça-feira, 20 de setembro de 2016

[Evento] Noite de autógrafos da Megan Maxwell no Rio de Janeiro






























No dia 09 de setembro, cerca de 70 fãs da autora Megan Maxwell aguardavam a chegada dela na Mega Store da Saraiva no Botafogo Praia Shopping para uma noite de autógrafos. A alemã radicada na Espanha, foi atenciosa  e simpática com todos, inclusive não seguindo com as regras impostas pela editora de que ela somente autografaria 2 livros, muitos que levaram mais de 4 exemplares foram atendidos. 
Na minha vez ela elogiou meu espanhol e foi extremamente educada comigo, assim como em nosso primeiro contato, foi lindo.
Confiram abaixo algumas fotos e o vídeo que meu marido fez da gente conversando e tirando foto.
Megan veio ao Brasil 









segunda-feira, 19 de setembro de 2016

[Resenha] Apenas um Garoto @editoraarqueiro

Título Original:Openly Straight
Título no Brasil: Apenas um Garoto
Autor: Bill Konigsberg
Editora Arqueiro












Nossa, eu já devo ter finalizado essa leitura há mais de uma semana, mas toda vez que falava que resenharia algo acontecia. Pensei até em fazer um vídeo para vocês, para depois cair na real e ver que não estou com tanto tempo e poderia esquecer de algo super importante no caminho.
Rafe é um rapaz assumidamente homossexual. Todos sabem que ele é gay, inclusive sua família que o apoia. Então ele tem que mudar de cidade e consequentemente de escola. Na nova ele finge não ser gay, sim, essa decisão dele é porque ele está cansado de rótulos, de ser o menino gay da turma. Por mais que não sinta o preconceito como muitos. Explico: seus pais são tão bacana que não o recriminam por ser gay. Pelo contrário, o diálogo da mãe dele com ele, é impagável. Ela fica nervosa porque seu filho não quer mais ser gay, ou melhor, ele continua a ser gay sim. mas finge que não é. Até inventa que namora sua melhor amiga.
Tudo isso não vai muito para frente quando ele se apaixona por um dos garotos héteros da escola. As cenas narradas pelo autor são de uma sutiliza ímpar que nos prendem na leitura.
Também há uma amizade especial entre ele e Claire Olivia, sua melhor amiga com quem vai inclusive inventar para todos da escola que namoram para tornar mais real ser hétero.
O professor Sr. Scarabough também é parte importante da trama por mais que eu tenha sentido falta de mais cenas com ele.
É uma história para sair da caixa, para pensar muito, quando as pessoas aceitam o gay ele não deixa de ser conhecido como "o gay", é como uma pessoa acima do peso, ser sempre "a gorda", e por aí vai..são rótulos que colocamos para identificar as pessoas que nem sempre pensamos - aliás, na maioria das vezes- o como são são preconceituosos. Você se refere a alguém como : " Ali vai a hétero?" ou "Aquela sua amiga, a que gosta de meninos!". Não, né? Porque criamos expectativas de que todos gostem das mesmas coisas. E quando alguém sai da maioria, rotulamos, é um livro maravilhoso sobre se descobrir, sobre se esconder e sobre perceber que o que somos não adianta mudar, só seremos felizes quando nos importarmos menos....com a opinião dos outros.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Menina que via Filmes: O Homem nas Trevas [Crítica]

Título Original: Don´t Breathe
Título no Brasil: O Homem nas Trevas
Data de lançamento 8 de setembro de 2016 (1h 28min)
Direção: Fede Alvarez
Elenco: Stephen Lang, Jane Levy, Dylan Minnette mais
Gêneros Terror, Suspense

Nacionalidade EUA

A história de O Homem nas Trevas parece comum, mas o ponto alto do filme são os sustos e não ter nada sobrenatural para se temer, o medo está exatamente em um homem que parece inofensivo mas que é pior que Jason da Sexta-feira 13.
Um trio de amigos formado por Rocky ( Jane Levy), Alex ( Dylan Minnette) e Dinheiro (Daniel Zovatto) fazem pequenos furtos- sempre abaixo de 10 mil dólares para não serem presos em uma lei tal americana- em casas de família seguradas pela empresa que trabalha o pai de Alex. 
É visível o como Alex dá em cima de Rocky e faz todos os roubos por causa dela, enquanto ela pensa somente na filha e namora Dinheiro ( sim, esse é o apelido do personagem) .
O próximo roubo que eles juram que será o último acontece na casa de um senhor que é cego e veterano de guerra. Ele perdeu a filha atropelada e foi indenizado pela família da responsável em muitos milhões de dólares.
Quando entram na casa nada dá certo e então começam os sustos que amamos, o " não respire" do título é exatamente porque como ele não enxerga, ele desliga a luz da casa para que as pessoas que estão tentando rouba-lo percam essa vantagem. Uma simples respiração para quem tem a audição aguçada pode colocar tudo a perder mesmo.
O roteiro nos apresenta muita coisa boa, não precisamos de meninas possuídas, já temos um vilão que parece uma presa fácil mas se mostra um clone do capiroto.
Talvez o que tenha me irritado é que Rocky não é uma personagem cativante, ela usa do amor de Alex não correspondido por ela para obter a grana que precisa para fugir com a filha e quando tudo dá errado, a plateia torce pra ela morrer e o garoto se salvar, já que Dinheiro não tem a mesma sorte.

Pode parecer um filme só de suspense, mas é terror sim, e daqueles bem sinistros que nos fazem dar pulinhos na cadeira e amar quando machucam o vilão e sofrer quando ele retorna ainda pior.
Para a cena no porão, tem que ter estômago forte.


[Resenha] Pipocando @novo_conceito

Título Original: Pipocando - Os Bastidores do Maior Canal de Cinema da América Latina
Autores: Rolandinho e Bruno Bock
Editora Novo Conceito
Número de págs: 191


É bem impressionante ver o como tem gente garantindo  a renda com o YouTube. Se por um lado é super bacana, por outro talvez nem todas as leituras de livros com youtubers funcione se você não é fã de verdade do canal. Eu mesma, me interessei pelo livro Pipocando sem nunca ter assistido a um vídeo do Canal. Então depois de ler o primeiro capítulo eu me aventurei em pelo menos 2 horas de vídeos deles e fui certa de que iria amar, me inscrever no Canal e acompanhar tudo. Já que eles falam de cinema e como vocês sabem sou viciada na sétima arte.
Mas não rolou empatia. O jeito principalmente de Bruno Bock não me encantou, e gente, Canal no Youtube é como você gostar de um programa de tv, você não pode odiar o Faustão e ver o programa dele todos os domingos, certo? Não faz muito sentido.
Para quem é fã, e assiste os vídeos sempre - eles primeiramente publicavam vídeos diários, e agora publicam 3 vezes na semana pelo que apurei - fica sim a vontade de ler o livro inteiro e saber da onde vieram, como surgiram no Youtube, etc
Se isso ainda não tinha sido contado em nenhum vídeo, então é garantia de livro vendido para muitos seguidores na certa - e olha que eles já passaram dos 1 milhão e novecentos mil !- mas se você não acompanha ou nem sequer curte assim cinema, não vale a pena conhecer a história deles, porque obviamente perderá o interesse no segundo capítulo.
Claro que é sempre bacana falar de cinema, eu perco horas com isso, falando ou assistindo um filme, respirar cinema é maravilhoso. Imagina ganhar a vida falando disso? Os rapazes certamente tem seu valor, mas não rolou aquela paixão clássica, aliás conto nos dedos os canais que sou inscrita exatamente por isso, tem que gostar de quem fala, e isso nem sempre acontece.
Curiosidades e maneiras de criar um canal, se você se interessa, tem tudo lá, para mim não serviu tanto. Achei um livro mediano. 

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

[Resenha] É do Babado! @evelynregly

Título Original: É do babado!
Autora: Evelyn Regly
Editora Astral Cultural
Número de págs: 157












Porque a gente gosta e acompanha um Youtuber? Pelo conteúdo? Ok. Mas há um fator muito mais forte, e eu diria que é o carisma dele. Sabe quando um ator nunca te fez nada mas você não o suporta? Eu tenho vários...e YouTubers também. Tem uns que mal aguento escutar a voz, e outros que amo, como é o caso da Evelyn Regly. E olha, ela não tem muito a ver comigo. Ela não fala de livros - muito raramente!- , ela ama funk ( eu amo Rock) e as roupas dela são daquelas apertadas para ostentar o lindo corpão que ela tem e como vocês sabem eu sou toda trabalhada " no Islã", ou seja mais me cubro do que mostro algo.
Mas ainda assim, eu a adoro. Vejo quase todos os vídeos, e adoro os tutoriais de maquiagem ( nisso combinamos!) . 
Na Bienal de SP ela estava lá, eu já tinha comprado o livro dela mas não o levei, então achei que não poderia ter perdido a chance de tirar uma foto e ter um autógrafo. Evelyn é mais adulta, já tem 32 anos, é casada e uma história de vida que só descobri após ler esse livro, se ela contou em vídeo deve ser uns do que não vi.
Carioca, ela conta que a coisa mais louca que já fez na vida foi conhecer um cara pela internet, ir atrás dele em SP e tcharam....casar com ele! Sim, quem conhece Evelyn não a separa de Diego, seu marido e um fofo tanto nos vídeos quanto pessoalmente.
Com Otávio Mesquita no dia dos autógrafos
Mas ela já foi casada antes, e o casamento como ela mesma diz, foi do babado! Se você está se perguntando porque ela merece uma biografia...dê uma olhada no canal da moça. Ela tem 2 milhões de seguidores, tudo que ela coloca o nome vende como água no deserto, e olha que ela começou lá atrás, fazendo o blog de muitas famosas, da área de TI a moça se formou - foi na faculdade que conheceu Diego- chegou a trabalhar muito e então viu seu canal no YouTube despontar para  o sucesso.
Talvez seja ela a Youtuber com história mais bacana de vida - não é tipo: eu ia para escola,coloquei um vídeo no YT e caraca, que louco, fiz sucesso!- uma verdadeira lição mesmo, principalmente para as mais novas que a seguem. Odiar os pais, casar com qualquer um que apareça para fugir deles...e outras coisas que ela passou estão no livro, assim como os abortos que teve. Forte, não? Acho que isso já prova bastante o quão a moça diz ao que veio e não é uma deslumbrada que apesar de amar maquiagem fica só falando de maquiagens e como postar vídeos no YT ( adorei o livro da Kéfera, como vocês viram aqui, mas ela é, até pela diferença de 10 anos de idade entre as duas, bem mais imatura do que Evelyn).
Isso não quer dizer que seu Canal seja 100 por cento relacionamentos e lições de moral, ela se veste de vaca ( seu bordão mais famoso!) e faz todos rirem com suas interpretações nos vídeos falando de exs, e da vida em geral.

Como não gostar de seu " Chegueieiiiii!! ê ê ê!" ? A moça não passa batida e ainda vai longe.
Ainda a encontrei no aeroporto e ela foi maravilhosamente fofa comigo, que mais pessoas assim apareçam na sua timeline.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

[Evento]Noite de autógrafos Lucinda Riley

Lucinda é uma de minhas autoras preferidas. Já a vi 4 vezes, em 2012, 2013, 2014 e 2015!Obviamente que tendo uma noite de autógrafos dela eu saí do trabalho no horário certinho para chegar na Livraria da Travessa do Shopping Leblon no horário. Quando cheguei a fila já tinham 40 pessoas, levei todos os livros que ainda não tinham sido autografados. 





















Sim, Lucinda linda sentou na mesa assim que chegou e acabou fazendo um bate-papo simpático com todos. 
Foi maravilhoso ver mais uma vez a autora que escreveu dentre outros livros maravilhosos, meu favorito: A Casa das Orquídeas.
Ela tirou fotos com todos, autografou todos os livros e no final ainda tirei mais uma casquinha dela para tirar fotos exclusivas.
Agradeço muito ao Fernando Mercadante da Editora Arqueiro e a minha querida amiga Loen Fragoso. Sem eles, a noite não teria sido tão maravilhosa!

Menina que via filmes: Amor e Amizade [Crítica]

Título Original: Love & Friendship
Título no Brasil: Amor e Amizade

Data de lançamento 11 de agosto de 2016 (1h 32min)
Direção: Whit Stillman
Elenco: Kate Beckinsale, Chloë Sevigny, Morfydd Clark mais
Gêneros Comédia , Drama
Nacionalidade Reino unido


Lady Susan é um de meus livros preferidos de Jane Austen, lançado anonimamente por causa de seu conteúdo avançado para época. Marca aliás, de Jane Austen, seus livros sempre parecem surreais quando lemos que mulheres com mais de 25 anos eram consideradas velhas já para  o casamento.
Com uma história bem mais ousada, temos no papel principal de Lady Susan está a maravilhosa e sumida Kate Beckinsale. Viúva, ela está cansada de ouvir fofocas com seu nome, e quer se deitar com quem bem entende, um escândalo para época.
Então ela foge para a casa longínqua de seus antigos cunhados. Lá ela vai destilar diálogos venenosos, ter mais casos amorosos do que podemos imaginar e luta para não somente arrumar um homem fixo para si mas também para sua filha ( interpretada por Chloe Sevigny, engolida em cena por Kate).
O filme tem um ritmo parado e quem não gosta de comédias de época - sim, tem um tom de humor bem peculiar- pode ser que durma no cinema. Para ser um filme do gênero também é visível o como a produção se esforça em não deixar parecer o óbvio: não tinham grana para uma produção do gênero. Soa pobre se comparados com outros filmes de época.Também falta um posto de galã no filme, os atores não tem sequer charme mas no conjunto acabamos esquecendo isso ( não consigo ver filmes assim e não sonhar com Colin Firth em todos!).
Mas se você é assim como eu fã de Jane Austen, gosta de Kate e quer ver um filme inteligente com um roteiro que foge da mesmice então esse filme é exatamente isso.
Corra pro cinema, ou espere sair no Netflix, eu adorei o longa.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

[Resenha] Lugar Nenhum @intrinseca

Título Original: Neverwhere
Título no Brasil: Lugar Nenhum
Autor: Neil Gaiman
Editora Intrínseca
Número de págs: 333












Tudo que tem o nome de Neil Gaiman, faço questão de comprar. Ele escreve do Batman aos livros como Lugar Nenhum e todos, até hoje lidos, foram perfeição pura. Dessa vez li um dos livros mais conhecidos dele, lançado originalmente em 1997 e baseado em uma série televisiva o livro já tinha sido publicado no Brasil por outra editora e agora chega em uma versão definitiva pela Intrínseca. Anunciada como a edição preferida do autor, mas se tratando de Gaiman fica bem difícil escolher o que é o preferido do leitor.
Seu protagonista se chama Richard e é um cara comum mas que vê sua vida mudar da água para o vinho quando faz a boa ação de ajudar uma moça ferida no chão. Ele acorda invisível em sua cidade natal, Londres, e não entende absolutamente nada do que está acontecendo, muito menos nós.
Ele literalmente perde tudo que tinha, inclusive sua noiva e vai viver em um mundo estranho que lhe abre as portas, mundo esse que é subterrâneo e que é conhecido como a Londres de Baixo, antes ele viva na Londres de cima.
Os diálogos travados são dignos do autor, de uma genialidade única. Hà bom humor e sarcasmo mas na medida certa para prender a atenção do leitor do início ao fim. 
Por mais que o protagonista possa não combinar com as loucuras  do autor, afinal ele é o cara mais certinho do universo, ao se deparar com um mundo novo ele fica muito mais interessante e duela com o vilão Marquês – um cara que é super mau!- o posto de personagem preferido do livro.
Sim, não tem como não encontrarmos no vilão um pouco de todos nós, ou de alguém que amamos odiar. As surpresas dali para frente também são bem vindas e aplaudidas pelo leitor que se surpreenderá com um final inesperado.

Lugar Nenhum é mais uma obra imperdível de Neil Gaiman, que absurdo ter lido tantos  livros antes e só ter lido agora esse. 

domingo, 11 de setembro de 2016

[Resenha] Bordados @cialetras

Título Original: Broderies
Título no Brasil: Bordados
Autora: Marjane Satrapi
Editora Quadrinhos na Cia.
Tradução : Paulo Werneck








Sim, corri atrás de tudo que a maravilhosa Marjane já escreveu depois de me apaixonar por Persépolis. Mas infelizmente descobri que ela tem somente 3 livros publicados e um deles está esgotado.
Com Bordados na mão, iniciei mais uma prazerosa leitura sobre o mundo iraniano islâmico onde mulheres tem poucos direitos e homens são tratados somo seres supremos. Contado também no formato de quadrinhos, o livro pode ser lido em apenas um dia, dessa vez a autora nos leva ao mundo da avó dela, que sempre reunia as mulheres para " tricotar", só que lá são chamados de "bordados", daí o título ao livro. Enquanto após o jantar as mulheres lavam a louça, os homens descansam...mas há sempre tempo para as histórias engraçadas e escondidas ás vezes as sete chaves de seus maridos.
Agora, Marjane é mais uma coadjuvante, deixando para a avó e suas amigas serem as protagonistas que irão nos contar casos bem bizarros aos olhos de nós brasileiros por exemplo, como o de ter que fingir que ainda é virgem, o de casar com um porta-retrato...ali o que sentem de verdade é exposto uma à outra e somos " mosquinhas" que entramos na vida delas através dos bem feitos quadrinhos de Marjane.
É como se os homens compactuassem com o governo e ditassem as regras machistas e as mulheres quando mais velhas somente se sentissem libertas de toda essa opressão que de forma alguma é escolha delas.
O sonho de muitas é casar com um europeu e fugir da rotina de cama, mesa e banho que são fadadas pelo visto da vida só para satisfazerem seus maridos.
Há , claro, as que caem em ciladas por irem com sede ao pote atrás do sonho e isso gera histórias maravilhosas que nos fazem dar boas gargalhadas, mesmo que as vezes eu tenha achado que eu estava rindo da desgraça alheia.
Marjane tem um jeito único de nos inserir no mundo de seu país de origem, e quando você tiver tempo de ver algo, vai perceber que o livro acabou e que você queria muito mais.

Menina que via filmes: Aquarius [Crítica]

Título Original: Aquarius
Data de lançamento 1 de setembro de 2016 (2h 25min)
Direção: Kleber Mendonça Filho
Elenco: Sonia Braga, Maeve Jinkings, Irandhir Santos mais
Gêneros Drama, Suspense

Nacionalidades Brasil, França








Vamos lá, talvez essa seja uma das críticas mais tensas publicadas no blog, e peço aqui desculpas por colocar não somente minha opinião mas tudo que o filme envolve. 
Aquarius poderia ter ficado famoso por muitos motivos: 1- pela volta da maravilhosa Sônia Braga aos cinemas; 2- pela maravilhosa direção e roteiro; 3- pela história que é muito do que vivemos no Brasil. Mas ele ficou muito falado porque em Cannes, esse ano, todos os atores - incluindo Sônia - resolveram utilizar o tapete vermelho para protestar como vocês veem na foto abaixo:
















Sim, foi exatamente na semana que Dilma Roussef estava em votação sobre ela sofrer impeachment ou não. De um lado, o país cansado da crise, com raiva dos empregos perdidos e vendo nos homens mais desonestos do país uma solução para volta do crescimento do país. De outro, aqueles que acreditam que os 12 anos de governo do PT ( com Lula e Dilma) foram um avanço e que como ela tinha sido escolhida pela maioria em voto ela deveria ficar. Esse segundo time composto também da população afro- brasileira e de gays que nunca tiveram sua causa defendida por governos anteriores e que focaram nisso para apoiar que ruim com ela, pior estava sem.
E então entra o elenco inteiro de um filme no festival de cinema mais famoso da França, Sônia Braga que sempre foi lembrada por mim e por muitos como a atriz brasileira que deu certo no exterior, inclusive mora lá desde que me entendo por gente, e fez filmes memoráveis como O Beijo da Mulher Aranha e seriado de sucesso como Sex and the City. Eu, fã assumida, e contra Dilma, me vi a odiando, não tem como separar o ator do que ele apóia, foi assim que deixei de gostar de Chico Buarque e dela. Se estou sendo infantil de não querer ver ou ouvir nada dos dois, também acho que foi errado feio protestarem em uma premiere, como se fosse algo que 100 por cento da população apoiasse, ali estavam para divulgar o filme, eu em meu trabalho não posso expor meus partidos, fazer campanha no meio do expediente...porque eles acham que podem? Desculpe, não acho certo. 

Mas venci meus preconceitos e resolvi assistir ao filme. Não me arrependo, e discordo de quem disse que deveríamos boicotar o mesmo por causa da escolha política do elenco.
Clara ( Sônia Braga) tem mais de 60 anos é uma viúva que teve 3 filhos que a visitam muito pouco, mora em um apartamento gigante de frente à praia de Boa Viagem em Recife e recebe diariamente somente a visita da empregada. O filme na verdade começa em flashback mostrando Clara bem nova, com os filhos ainda criança. O que o direto quer nos mostrar são duas coisas: Clara acabou de vencer um câncer nos seios e tem uma história linda com  o apartamento em questão onde viveu com o amor de sua vida.
Hoje, sozinha, ela dá entrevistas sobre sua vida de jornalista e autora e briga diariamente com a construtora que quer que ela venda seu imóvel para demolir  o prédio e fazer um edifício de luxo. Sempre lembro de uma história real onde na Praia de Botafogo um prédio inteiro - de no máximo 6 andares- era mantido de pé por causa de um casal de idosos que não aceitava vender o imóvel de jeito algum. O local ficou assim até ambos morrerem e a família aceitar vendê-lo. A questão que é amplamente mostrada no filme é de o que é certo fazer: 1- manter sua memória e não ceder por causa dos outros e principalmente da construtora; 2- Pensar que diversas famílias estão dependendo de receber o dinheiro da venda e estão sem recebê-lo por causa dela.
Sônia está estupenda no filme, pega o ritmo que o filme pede, é uma mulher sofrida e forte, já perdeu seu maior amor, não tem vergonha de pagar por sexo quando precisa e tem consciência de que seus filhos sejam anjos, coisa que nem toda mãe aceita. Os duelos de diálogos travados com a filha Ana são um presente para os espectadores.
Se não fosse por toda questão política apresentada na premiere, o filme estaria sendo muito bem visto por todos. Tem a crueldade brasileira de achar que só o novo vale, enquanto é entrevistada por uma repórter com a idade de seus filhos, Clara tenta explicar á ela porque ainda mantem discos em casa, mesmo que a jornalista não faça muito esforço em entender. Para os mais jovens manter mídias é antiquado, tudo cabe em HD e ela está errada por deixar que suas recordações sejam objetos que valem muito para ela. É uma batalha que eu mesma travo diariamente com meu irmão 9 anos mais novo, que se recusa a entender porque compro livros e cds até hoje, se tudo pode ser um arquivo que não me ocupará espaço.
Vale lembrar que Clara é uma mulher de condição, tem mais 5 apartamentos, mas foi naquele que viveu com seu esposo e criou seus filhos, mas eles não tem qualquer amor pelo local, e as vezes parecem nem ter muito carinho pela mãe. 
Aquarius é um filme que merece ser visto, seja você contra ou a favor do impeachment, é um excelente filme.