segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

[Promo} Comentarista Março de 2016




1- Você pode comentar em todas as postagens ou somente em algumas! As postagens válidas serão todas de 01º a 31 de março

2- No dia 31 se tivermos 50 postagens no ar sortearei no RANDOM o número de postagem que será a premiada. Dessa postagem premiada se tivermos 10 comentários farei um novo sorteio de 01 a 10 para saber quem foi o sortudo que ganhará o prêmio :)
3- Se você comentar em todas as postagens a chance é maior, se comentar somente em quatro sua chance é menor.

4- O ganhador levará para casa o livro " A Garota No Trem" de Paula Hawkins

5- É obrigatório o compartilhamento do banner acima no Facebook
6- O leitor tem que seguir o blog pelo GFC 


7- Para receber seu prêmio você precisa informar um endereço dentro do território nacional. E o prazo máximo para entrar em contato comigo é dia 02 de abril!






















Resultado da Promo Comentarista de Fevereiro

Oi gente!! Mês mais curto do ano, mas com um livro bem bacana no sorteio :) 
Vamos parar de enrolar e soltar o nome da ganhadora. Apenas 4 pessoas participaram do nosso sorteio mensal. 



Parabéns Jessica , me mande seus dados para envio do exemplar!
A todos que participaram, meu muito obrigada <3!

domingo, 28 de fevereiro de 2016

[Resenha] Depois de Você @intrinseca

Título Original : After You
Título no Brasil : Depois de Você
Autora : Jojo Moyes
Editora Intrínseca
Número de págs: 318










Certas histórias são tão perfeitas que deveriam ser proibidas as continuações, posso comparar com livros lindos e únicos como E O Vento Levou ... afinal, o que teria acontecido com os protagonistas após a separação? Não se sabe, se imagina somente. Mas a sensação é a de que a autora cumpriu seu dever, o resto a imaginação de cada um faz.
Terminei essa semana de ler Depois de Você e mesmo com medo de saber o que acontece com Lou Clark após a morte de seu amado Will, eu obviamente por ter amado o Como eu era Antes de Você passei a continuação na frente achando que Jojo não me decepcionaria. Pois então, ela o fez.
Agora Lou trabalha como atendente de um bar em um movimentado aeroporto, mora sozinha e não teve ninguém fixo após a morte de Will, apenas um cara de uma noite só.
Sua vida é consolar pessoas com medo de voar, limpar banheiros e ficar com saudades do homem que por 6 meses fez sua vida ser completa. 
Sem ter muito contato com os pais, ela agora trabalha muito e volta para casa sozinha, é em uma dessas noites que ela passa muito mal e cai de uma altura considerável , na varanda de seu vizinho. Jojo gosta de um drama, a moça que já está quebrada por dentro agora está por fora, tendo que passar por cirurgias.Como acham que ela tentou se matar meio que a obrigam a participar de um grupo de apoio para pessoas que tentaram tirar a própria vida. E é lá que ela conhece Sam, talvez o único personagem bacana dessa continuação.
Por outro lado, a autora nos prepara uma surpresa que sinceramente deu vontade de fechar o livro e não continuar vendo a morte de uma linda história . 
ALERTA DE SPOILER!!
Gente, sabe quando você ama um personagem? Idealiza um príncipe, e ainda mais agora que morreu só imagina o como eles teriam sido felizes juntos se tivesse como reverter algumas coisas? Então...nesse caso a autora opta por nos apresentar o lado cafajeste de Will que não assumiu a filha com uma antiga namorada da faculdade. A filha, agora com 16 anos, é a personagem mais mala que Jojo poderia ter criado, se a intenção era irritar o leitor, ela conseguiu. A menina é mimada, culpa a mãe e o padastro , e pasmem, maltrata até o avô quando esse aceita a conhecer. 
O avô por sinal está prestes a ser pai novamente com sua esposa Della e claro está focado nessa nova fase de sua vida, mas a chatinha não entende e só quer atenção. 
O que também não entendo é como e porque Lou se apega tanto a uma garota que parece fazer tudo não por amor, mas sim porque quer chamar a atenção do mundo para si.
Entendo que talvez a intenção de Moyes fosse nos mostrar o como ficou Lou depois da morte da Will, mas  a história soa arrastada e sem elementos, o típico livro que não precisava ter existido.
Me impressionou muito que nada de bom tivesse saído de uma linda história de amor onde as dificuldades os uniram, a impressão que me dá é de que a gente se perde em um novo mundo do que teria acontecido com Will se estivesse vivo e de como ele não era tão perfeito assim. Ok, ninguém o é, mas não acabe com a mágica que criou com esse casa, Jojo, por favor!
Terminado o livro, só uma certeza, a de que vou continuar amando o primeiro e pensando que essa infeliz continuação não deveria ter acontecido.
Se você está se perguntando se deve ler, eu acho que sim. Até para dar sua opinião e para falar mal você precisa conhecer, certo? E depois quando publiquei algo em minha timeline sobre esse livro vi muita gente com a mesma sensação que a minha mas poucas pessoas vendo um lado bom nessa continuação. Leiam e me contem se concordam ou não comigo.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

[Oscar 2016] Indicados e meus favoritos























Não importa a quantidade de filmes que eu assista durante os 365 dias do ano, certamente os mais marcantes e esperados fazem parte dessa premiação. Claro que já amei filmes que nem sequer foram indicados, e odiei escolhas feitas por eles. Mas no final, todo ano eu corro para ver todos os filmes e vibro com meus favoritos.
Quem acompanha o blog diariamente já sabe de muitos dos filmes que irei mencionar e o que achei deles, mas agora eu informo os indicados e meus favoritos para cada categoria.
Não , não coloquei todas as categorias, mas as que minha torcida é maior. Dia 28 de fevereiro, mais uma vez dormirei bem tarde vendo os premiados pela Academia.

MELHOR FILME


Mad Max: Estrada da Fúria

Meu favorito : O Regresso 
De todos os filmes indicados realmente só não consegui assistir a tempo o Mad Max, deles adorei Perdido em Marte, saí chocada de Spotlight, me emocionei com O Quarto de Jack , e quase dormi em Ponte de Espiões e A Grande Aposta. 
O Regresso me fez pular da cadeira, me fez prestar atenção na fotografia, me encantou com poucas falas mas muitas cenas fortes. Para mim o Oscar deveria ser dele.
















MELHOR ATRIZ

Brie Larson - O Quarto de Jack
Cate Blanchett - Carol
Jennifer Lawrence - Joy: O Nome do Sucesso
Saoirse Ronan - Brooklyn
Charlotte Rampling - 45 Anos

Minha favorita : Brie Larson

Essa realmente foi difícil de escolher, amo Cate Blanchett e acho que mais uma vez ela rouba para si o filme , adoro Jennifer Lawrence e é visível o como essa moça se sai bem em diferentes papéis, gostei da Saoirse , mas sua personagem não ajudou a ter empatia por ela. Por fim, Rampling é estupenda, se desse para dividir com Larson, mas essa última conseguiu ser exatamente tudo que eu espetava da mãe de Jack, e quem ama livros e os imagina como eu me entende. 



Ator
Bryan Cranston - Trumbo - Lista Negra
Matt Damon - Perdido em Marte
Leonardo DiCaprio - O Regresso
Michael Fassbender - Steve Jobs
Eddie Redmayne - A Garota Dinamarquesa
Meu favorito : 
É a vez dele. Achei Michael Fassbender ótimo, Redmayne deu um show, mas esse ano é finalmente dele. E estarei acordada para ver Leonardo DiCaprio ganhando o Oscar!

Atriz coadjuvante
Kate Winslet - Steve Jobs
Alicia Vikander - A Garota Dinamarquesa
Rooney Mara - Carol
Jennifer Jason Leigh - Os Oito Odiados
Rachel McAdams - Spotlight - Segredos Revelados

Meu favorito: Que difícil essa categoria. Eu gostei mais da atuação de Jennifer Jason Leigh, ela arrasa no filme de Tarantino. Mas eu tenho quase certeza de que quem irá ganhar é Kate Winslet. Que apesar de adorar a atriz também não é minha segunda preferida, e sim Alicia Vikander. No final , qualquer umas das atrizes que ganhe ficarei feliz, bem, talvez Rooney Mara eu não fique tão feliz assim. 

Ator coadjuvante
Tom Hardy - O Regresso
Christian Bale - A Grande Aposta
Mark Ruffalo - Spotlight - Segredos Revelados
Mark Rylance - Ponte dos Espiões
Sylvester Stallone - Creed: Nascido para Lutar

Meu favorito : 
Apesar de saber que todos os atores que concorrem fizeram papéis fantásticos nos filmes que concorrem, minha torcida vai para aquele que faz parte da minha vida desde criança e que é sempre bem atacado por críticos por fazer filmes de ação B. Stallone é maravilhoso, e prova isso em Creed, minha torcida vai para ele!

Diretor
Adam McKay - A Grande Aposta
Alejandro G. Iñárritu - O Regresso
Tom McCarthy - Spotlight - Segredos Revelados
George Miller - Mad Max: Estrada da Fúria
Lenny Abrahamson - O Quarto de Jack
Meu favorito : 
Claro que é Iñarritu! O cara fez uma das melhores direções que assisti na vida , merece ganhar novamente ( ele recebeu o Oscar ano passado por Birdman) 

Filme estrangeiro
O Abraço da Serpente (Colômbia)
Cinco Graças (França)
O Filho de Saul (Hungria)
Theeb (Jordânia)
A War (Dinamarca)
Favorito : Esse fica difícil porque por enquanto assisti 2 dos 6 filmes. Gostei muito mais de Cinco Graças do que de O Filho de Saul, mas não assisti todos, o que pretendo fazer assim que chegarem aos cinemas nacionais. 


Domingo acontece o Oscar 2016! Não coloquei as demais categorias por não ter assistido todos os filmes, mas a torcida por Leonardo esse ano é grande!
Claro que logo em seguida - segunda, dia 29! - tem postagem completa com a análise do Oscar para vocês!

Menina que via Filmes : Brooklyn [Crítica]

Título Original : Brooklyn
Título no Brasil : Brooklyn
Lançamento 11 de fevereiro de 2016 (1h53min) 
Dirigido por John Crowley
Com Saoirse Ronan, Domhnall Gleeson, Emory Cohen mais
Gênero Drama , Romance

Nacionalidade Irlanda , Reino Unido , Canadá

Mais um filme que todos morreram de amores, e ok, eu também, mas como odiei a protagonista. E com força ( sim, me envolvo com os filmes que assisto nesse nível!) .
Em 1935 Ellis ( Saoirse Ronan) é uma irlandesa que sonha com viver nos Estados Unidos. Sabemos que boa parte da Irlanda fugiu da pobreza e da escassez de alimentos na época sonhando com uma nova vida , a do sonho americano. Acontece que a protagonista não é pobre, vive em uma casa bem bonita e sua irmã e mãe não passam nenhuma necessidade no local, apenas sentem a falta comum da presença do pai que faleceu.
Na Irlanda ela trabalha em uma padaria e realmente a dona é insuportável. Católicos fervorosos ela consegue um visto de estudo através do Padre amigo que mora no Brooklin agora.
Chegando nos Estados Unidos ela vai morar em uma casa com moça bem assanhadas, Ellis é logo destaque, pela postura e pelos estudos e aí ela nos ganha, há momentos engraçados, há cenas românticas e lindas. Ah sim, as cenas lindas, de quando ela conhece o descendente de italianos Tony Fiorello ( Emory Cohen) que não só é uma graça mas também a ama intensamente e os dois tem cenas fofas para romântico nenhum colocar defeito.
As saudades de casa são compensadas pelo trabalho em uma loja, pelos estudos como escriturária e pelas saídas com o namorado, ela troca cartas com a irmã que ama e com a mãe.
Um belo dia - isso não é spoiler- ela tem que voltar para Irlanda por causa da morte de um familiar e essa segunda parte do filme causa uma raiva generalizada em muitas pessoas, inclusive em mim.
Ellis parece esquecer que inclusive se casou com Tony - oi??- e passa a flertar com um cara que antes dela ir para os Estados Unidos nunca lhe deu bola! Sim, surreal, certo?
Enfim, passei a odiar com força a protagonista, como digo a vocês, somente As Pontes de Madison tem traição e não me fizeram ter raiva, até hoje não entendo ....mas ok. 

O final é aquela coisa...para ganhar Oscar falta muito, é um filme fofo até pela metade, depois a protagonista se torna a pessoa mais idiota que conheci pela telona, e sim, me envolvo com os personagens. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

[Resenha] A Sereia @editoraseguinte

Título Original : The Siren
Título no Brasil : A Sereia
Autora : Kiera Cass
Editora Seguinte
Número de páginas : 333










Quando a gente gosta muito de um autor é natural que as expectativas para seus livros sejam sempre baseadas no livro que mais amamos dele. E com Kiera Cass não foi diferente.

Dessa vez a Editora Seguinte publica o primeiro livro da autora, lançado antes de seu sucesso A Seleção. Se compara-lo a minha história favorita de Kiera , será injusto, então já adianto que não crie expectativas de que o livro é tão maravilhoso quanto a história de America Singer. Aprendam que nem mesmo o melhor ator ou diretor do mundo consegue ganhar o Oscar por todos os seus filmes, pois bem , isso também ocorre com os escritores. 
Vamos a história: Kahlen é nossa protagonista da vez, ao lado de sua família ela aproveita um passeio de navio quando acontece um naufrágio, por mais surreal que possa lhe parecer, ela se vê com a opção de morrer ou de virar sereia, por um prazo um tanto quanto longo, de 100 anos. Isso tudo se passa na década de 30 e Kahlen então não vê mais sua família. 
Quando enfim " acorda" para a realidade , ela agora é uma sereia - mas ela não tem rabo de peixe - , se reporta diretamente para Água, assim mesmo com letra maiúscula e colocada no livro como um ser do mal , que somente não invade a parte da terra porque as sereias saciam sua sede de morte naufragando alguns barcos, causando  a morte de alguns e recrutando mais sereias para serem suas servas.
O que elas fazem é cantar atraindo desastres e escolhendo a dedo novas sereias, o caso de Kahlen é um deles, passados bons anos, ela é a melhor " funcionária" da temida Água e inclusive é quem melhor escolhe suas vítimas.
No fundo a personagem pouco sabe do amor, só sabe que perdeu sua vida de verdade para esse desastre e as pessoas que mais amava não verá mais - afinal, pensem comigo, depois de 100 anos, mesmo você  se mantendo jovem todo mundo que  você  conhecia já terá morrido - , acontece que ela além dela atrair os desastres, as tais sereias misturadas com bruxas também se infiltram em faculdades para atrair rapazes com suas vozes - ou seria canto - e afoga-las. É a missão que ela tem quando conhece Akinli, mas obviamente que ela se sentirá super atraída por ele e não terá coragem de matar quem está caidinha, certo?
Gostei da protagonistas e vi a blogosfera pedindo mais maturidade dela...gente, ela era super jovem e vivia nos anos 30! Conhece esse cara 80 anos depois!! É muita coisa, são novos tempos. 
Gostei do livro e acho que não há continuação, o jeito de Kiera esá lá e é uma delícia reconhecer em uma escrita alguém que gostamos tanto, e ela continua nos fazendo torcer loucamente pelo final feliz do casal. Leiam e me digam o que acharam. 

Menina que via Filmes : Boneco do Mal [Crítica]

Título Original : The Boy 
Títulono Brasil : Boneco do Mal 
Lançamento 18 de fevereiro de 2016 (1h37min) 
Dirigido por William Brent Bell
Com Lauren Cohan, Rupert Evans, Ben Robson mais
Gênero Terror

Nacionalidade EUA












Tenho medo de assistir filmes de terror ultimamente. Não porque eles me causem medo - afinal, já aprendi com Stephen King a sempre dormir de luz acesa quando não há mais ninguém no quarto comigo - mas porque são ruins demais mesmo. 
Pois então, tenho o prazer de informar a todos que Boneco do Mal foi uma grata surpresa. E explico o motivo. 
Greta ( Lauren Cohan) é uma moça linda que tentando fugir de um ex namorado que a agredia aceita sair dos Estados Unidos para o Reino Unido para ser babá . Logo de cara ela enxerga uma casa gigante onde passará a viver, como sempre a casa é no meio do nada e mesmo sendo imensa só moram nela um casal idoso e seu filho. Ela é contratada para cuidar dele, mas antes mesmo de conhecer qualquer membro da família se depara com um gato, que é quem entrega as compras do casal, Malcolm ( Rupert Evans) logo fica interessado por Greta mas não é capaz de contar as coisas bizarras que ela verá na casa.
Ao finalmente conhecer o casal, ela repara que o filho deles , Brams é na verdade um boneco, tipo Anabelle , mas que é cuidado como de fato existisse, com horários para ser acordado , vestido , e tarefas como ouvir música e ler para ele. Parece surreal, e é. Mas o que há por trás disso tudo é revelado aos poucos, os pais parecem ter sempre medo, e na cabeça da gente fica o óbvio - que é desconstruído no final - de que o boneco é amaldiçoado e de que a moça que fugia de algo real parou em uma casa cheia de mistérios. Ou seja, acabou se dando mal. 
O ponto alto da história talvez sejam os sustos. Temos muitos e bons, mesmo com o boneco em nada lembrando o Chucky, por mais que menções possam ser feitas ao falarmos de bonecos que matam.
Trata-se sim, de um filme onde o boneco pode ser assustador, mas que vai provando que nada é pior do que a mente do ser humano e do como ela pode ser usada somente para o mal.
As atuações convencem, menos a do ex namorado que parece saído de algum filme bem fraco , e o mistério por trás dos sustos é bom sim, por mais que a crítica especializada tenha falado mal.
Talvez porque eu entenda que pais podem sim ter muito medo do filho e por amor não agirem como devem, eu tenha achado o final ótimo. Porque pode até aparecer surreal para quem nunca viveu nada parecido, mas para quem já presenciou algo do gênero - em níveis menores ou maiores - vai entender o final e ficar impressionado com o final tão realista. 

Menina que via Filmes : DeadPool [Crítica]

Título Original ; DeadPool
Título no Brasil : DeadPool
Lançamento 11 de fevereiro de 2016 (1h48min) 
Dirigido por Tim Miller

Com Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein mais

Gênero Ação , Aventura , Comédia

Nacionalidade EUA , Canadá



Vamos ser sinceros : filmes da Marvel são somente para divertir, certo? Ok. Mas depois de ter assistido tantos filmes maravilhosos com heróis do presente e do passado me sinto no direito de ter realmente não gostado desse.
Deadpool é um anti-herói , politicamente incorreto que deveria ter muita graça, mas para mim não teve nenhuma. Pois é, estou frisando o eu não ter gostado, porque só o que ouvi foi que o filme era fantástico, me desculpem, o filme não é.
Vamos lá : Ryan Reynolds está super a vontade como o mercenário que descobre que tem uma doença terminal e morrerá em breve. Com isso lhe oferecem um tratamento atípico que lhe dará super poderes mas ao mesmo tempo seu rosto parecerá um maracujá de gaveta. Por essa razão ele começa a usar uma máscara e um uniforme vermelho porque , afinal, ele não quer que o vejam sangrando. 
Deadpool – seu nome de guerra- é um herói desbocado, não por acaso,  o filme tem uma censura acima das comuns para  longas do gênero, no Brasil virou 16 anos. Ryan, que também é produtor , gostou e manteve pé firme de que seu Deadpool seria diferente. Bom, parece  que a maioria do público amou, eu o achei extremamente bobo. Parecem aquelas piadas que só fazem rir adolescentes, sabe? 
Há bons momentos no filme, como quando ele faz comparações com fatos atuais para fazerem piada, se você está por dentro das notícias, achará graça. Do contrário, ouvirá os risos da maioria.
Esperava de verdade que apesar de incorreto ele fosse mais adulto, mas o roteirista opta por fazer mais piadas e cenas sem graça, o que me deu sono lá pela metade do filme. Olhando para os lados, rodeada de crianças e adolescentes de 13 a 18 anos, todos achava graça, me senti no lugar errado. Se você estranhou a censura ser 16 e terem pessoas de 13, vale lembrar que nunca vi pedirem identidade para filmes abaixo dos 18 anos...esse é um caso desses. Há quem defenda que na internet ele pode ver coisas piores. Eu, não achei tão forte perto do que já temos na tv aberta. Só achei sem graça mesmo.
Ah sim, ele também tem uma namorada que é prostituta : Vanessa Carlysle (Morena Baccarin),  e que essa sim, com ele, rendem as melhores cenas do filme. Com humor no tempo certo.
Fica lembrando muito um Guardiões da Galaxia piorado. E nem as cenas finais tão esperadas são válidas. Se não fosse meu marido, passaria longe de qualquer sequência, mas sabe como são os homens, amam esse cinema pipoca com humor incorreto. 


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

[Especial O Regresso] A História de Hugh Glass @intrinseca

Quem assiste O Regresso não sai da sala de cinema neutro, muito menos quem leu o livro. Como eu fiz os dois, fiquei inquieta para saber quem de fato tinha sido Hugh Glass, e claro saí pesquisando no Google. O que consegui juntar de informação, vocês conferem abaixo :
Hugh Glass nasceu em  1783 e tem como ano de sua morte registrado o ano de  1833, ou seja, morreu com 53 anos. Ele  foi um desbravador americano, caçador de peles,  e comerciante de pele, caçador, e explorador. Nascido na Pensilvânia , filho de pais irlandeses, ele tornou-se um explorador da bacia do Alto Rio Missouri, na atual Montana, Dakota do Norte, Dakota do Sul, e na área de Platte River que pertence a  Nebraska. É mais conhecido por sua história de sobrevivência e retribuição, depois de ter sido deixado para morrer pelos companheiros, após a sua briga com um um urso pardo. Não muito diferente da experiência de seus colegas homens da montanha, Jedediah Smith e Grizzly Adams, ele viveu para contar a história de seu ataque de urso e  de  sua quase-morte. A história dele foi adaptada em dois filmes de longa-metragem: Man in the Wilderness (1971) e O Regresso (2015). Os melhores relatos históricos dizem que ele  fez o seu caminho rastejando e tropeçando 200 milhas (320 km) para Fort Kiowa, em Dakota do Sul, depois de ser abandonado sem suprimentos ou armas por companheiros exploradores e comerciantes de peles durante a expedição de 1823 do general Ashley .
 A história da briga com a Ursa - talvez o momento mais famoso do filme e do livro - de fato ocorreu , ou melhor, dizem que ele esbarrou com a ursa e seus filhotes ocasionando na sua quase morte após lutar com o gigante animal aparece em todos os relatos , livros e filmes sobre ele. 

A Ursa para proteger seus filhotes deu uma patada em Glass que saiu voando com a força do animal e o resto você já sabe lendo minha crítica e resenha de O Regresso. Mas minha curiosidade me levou para mais longe...porque a história dele ficou conhecida?
Em 1915 John G. Neihardt resolveu escrever um livro contando essa história , intitulado A Canção de Hugh Glass, e assim a história dele foi passando de geração a geração sempre com pitadas de imaginação e verdade misturadas em cada exemplar diferente publicado.

[Evento ] Tudo que rolou no 19º Evento da Menina

Sábado passado teve o 19º evento da Menina e dessa vez foi especial e diferente. Pela 1ª vez o evento contou com somente uma entrevista – a linda  e talentosa escritora Chris Melo – em parceria com a Editora Rocco que lançou seu livro Sob a Luz dos Seus Olhos .
Sol batendo forte fora do Shopping Leblon e dentro dele, na charmosa Livraria da Travessa cerca de 60 pessoas aguardavam o evento começar. Dessa vez não dividimos em blocos, foi uma entrevista só com Chris Melo que contou sobre seus livros anteriores e revelou que o lançamento na verdade foi o primeiro livro que ela escreveu. Um sucesso de crítica, o livro Sob a Luz dos Seus Olhos foi lançado em 2011 pela finada Editora Underworld que foi um sucesso no estande da Bienal do Rio daquele ano. Infelizmente a editora não teve vida longa e Chris então fechou contrato para republicar seu livro fofo pela Rocco, pelo selo Fábrica 231.
Chris contou que é formada e pós graduada na área de língua Portuguesa ,  e isso sempre a ajudou a escrever seus textos. Também disse que prefere ser chamada de “ escrevedora” do que de autora.
Um fato inusitado é que ela própria chorou com o desenrolar de sua história e foi quando ouviu do marido que ela era dona da história, que ela podia mudar se quisesse. Chris, no entanto, respondeu que aquele livro precisava que os personagens passassem por tudo aquilo , que ela não tinha direito de mudar isso.
A plateia, boa parte dela, já tinham lido algum livro de Chris Melo, principalmente seu livro pela Editora Novo Conceito, Enquanto a Chuva Caía, que teve maior número de vendas porque a editora tem um público muito abrangente e maior número de parceiros. 
As perguntas para Chris vieram aos  poucos vindo do público, como porque ela mudou o nome que usava que era Christiane M. para Chris Melo. Revelou também que seu nome é composto, na verdade o primeiro nome dela é Érica.

A autora também brincou respondendo ao Monte sua História , onde autores veem fotos e tem que inserir o que há nelas em uma história que estão contando .A dela misturava Adele com Darth Vader. Foi bem bacana, todos riram muito da história a Chris. A editora Rocco levou 3 kits com livros para o evento, a 1ª ganhadora teve que montar uma história com Chucky e Claudia Leite. Andressa ( vejam foto abaixo) levou o prêmio. 

Em seguida veio o Quiz da Menina, onde mais 2 pessoas responderam perguntas relacionadas ao livro e também saíram felizes com seus prêmios.
Depois de quase 2 horas de bate-papo , fiz o sorteio de muitos livros, e a autora ficou mais de uma hora autografando para uma fila que se formou. 
Uma plateia VIP estava presente , com as autoras Patrícia Barbosa, Graciela Mayrink e Tammy Luciano. 


Espero que todos tenham se divertido tanto quanto eu. O próximo evento acontecerá no dia 19 de março.
A querida Tammy Luciano fez um vídeo no evento , vejam abaixo, no final da postagem.
Ah, claro, os agradecimentos para que o evento de sábado terem acontecido:
  • - Livraria da Travessa – por sempre nos ceder o espaço
  • - Editora Rocco – pela confiança no lançamento
  • - Editora Seguinte , Suma de Letras , Novo Conceito,  Intrínseca – por serem parceiras do blog, cedi livros de parceria para o sorteio
  • - Galera Record – como colunista  

Abaixo mais fotos dos ganhadores dos prêmios do evento:






















sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

[Resenha] Sob a Luz dos Seus Olhos @editorarocco

Título Original : Sob A Luz dos Seus Olhos
Autora : Chris Melo
Editora : Fábrica 231
Número de págs: 320



A história de Sob A Luz dos Seus Olhos pode parecer a mesma de sempre, mas por favor, não se enganem. Chris Melo nos presenteia com um romance lindo e tocante que não deixará você largar o livro até saber o que de fato acontece na vida de seus protagonistas. 
Elisa, a brasileira, se forma em Letras e vai estudar na Inglaterra, no entanto, antes dela chegar a Londres onde irá morar na casa de um casal, ela escolhe passar umas semanas em York. Lá ela esbarra com um rapaz lindo de morrer que logo desperta seu interesse, mas como a autora quer nos matar de ansiedade, não é em York que nosso esperado romance acontece.
De volta à Londres onde irá morar temporariamente, ela conhece sua nova " família" , o Sr. e a Sra. Hendsen. Atenciosos, ela vai aos poucos se adaptando ao local . E como a vida é uma caixa de surpresas, ela descobre que os um dos filhos do casal que não moram com eles mas que virá paras o feriado é na verdade o cara que ela não tira da cabeça : Paul Hendsen.
Fofo e lindo, o aspirante a ator logo demonstra que há reciprocidade e os dois vão fazer as românticas suspirarem com tanto amor demonstrado.
E é aí que a história começa a tomar outros rumos, os pais dele não aceitam a relação , acham que ela é um atraso para a vida e carreira do filho, ela por outro lado descobre algo que a fará voltar para o Brasil mesmo sofrendo por ter que abandonar esse amor.
Elisa não conta  a Paul  o real motivo de seu retorno, e foi aí que entendi porque a autora Chris Melo é chamada de Nicholas Sparks de saia. Sim, a doença famosa e presente em quase todas as histórias do autor mencionado é  a razão dela não querer mais ficar em Londres com ele.
O que torcemos e aguardamos é que não somente ela esteja curada mas que também reencontre o grande amor de sua vida que deixou para trás, na história se passam 6 anos, sem que os dois tenham contato.
E isso acontece quando ela está envolvida com um tal de Cadu que não sente quase nada e recebe um email de seu amado. Ele virá ao Brasil - porque agora ele pode, é rico e famoso! - e ela decidirá se vai encontra-lo.
Lindo do início ao fim, terminei o livro com um sorriso no rosto. Gostoso demais ler um livro fofo assim.  


E amanhã, terei o imenso prazer de entrevistar essa autora querida. Quem for do Rio, cliquem no evento e compareçam. Vai ser lindo <3! Cliquem aqui .

[Resenha] A Escolha @editoraarqueiro

Título Original : The Choice 
Título no Brasil : A Escolha
Autor : Nicholas Sparks
Editora Arqueiro
Número de págs: 232


Eu já queria muito reler o livro por causa do filme. A primeira edição que li tinha uma capa bem menos bonita - sou viciada nos livros com capas de filme - e eu tinha odiado muito a protagonista Gabby. 
Pois bem, dessa vez, após ter visto o filme e amado a personagem eu a vi com outros olhos, mas nem de longe no livro ela passou a ser legal, prefiro pensar nela como a mulher que formava o casal de uma das mais fofas histórias de amor de nosso querido Nicholas Sparks.
De um lado temo Travis, um veterinário gato e super simpático com todos que ama seu cão Moby . A amizade entre os dois é citada em muitos capítulos, mas fora seu fiel companheiro ele também tem muitos amigos que ao contrário dele formam casais, restando para ele cada hora sair com uma pessoa diferente já que não está apaixonado por nenhuma.
Acontece que nosso mestre das lágrimas coloca na vida dele, ou melhor no bairro, já que ela é sua vizinha , Gabby, uma estudante de Medicina que também ama sua cadela mas é bem mala, vive reclamando de tudo com ele. Como uma adolescente ela implica com ele porque no fundo o quer, mas não tem coragem de assumir, as vezes isso irrita.
Travis com certeza é a melhor coisa do livro, decidido e galanteador ele não desiste até reconquistar sua vizinha, e gosta tanto dela que até esquece que ela mais reclama que o beija.
O melhor do livro é ver o crescimentos dos personagens juntos  , o como se completam e o como o " perder" nem que por pouco tempo aquilo que finalmente se achou - o amor! - pode ser desesperador. 
Romântico como sempre, Sparks arranca lágrimas, em minha primeira resenha comparei o livro ao Para Sempre, que é verídico. Continuo achando que tem alguns pontos parecidos mas a esperança e o amor pela esposa são coisas que tanto Travis quanto o personagem do outro livro citado nos mostram a todo momento com suas histórias.

É lindo sim, é para chorar sim, mas não pense que é só isso e que ele mata mais alguém, porque ele assusta, mas o final é surpreendente. 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Menina que via Filmes : O Quarto de Jack [Crítica]

Título Original: Room
Título no Brasil: O Quarto de Jack
Lançamento 18 de fevereiro de 2016 (1h58min) 
Baseado no livro de Emma Donaghue
Dirigido por Lenny Abrahamson
Com Brie Larson, Jacob Tremblay, Joan Allen mais
Gênero Drama , Suspense

Nacionalidade Canadá , Irlanda







Você lê um livro, fica impressionada com a história, conhece a autora e vibra quando ela lhe diz que a história que criou virará filme. Tudo isso aconteceu em 2013, mas somente agora em 2016 o filme baseado no livro Quarto de Emma Donaghue chega aos cinemas. E é um prazer imenso fazer essa crítica, porque o filme era exatamente o que eu gostaria que ele fosse e mais um pouco.
Jack ( Jacob Tremblay, maravilhoso, por favor deem um Oscar, um Bafta e um Globo de Ouro para essa criança!) é um menino de 5 anos, de cabelos imensos, sonhador, que dá bom dia para todos os objetos que compõem o seu " quarto". Para o espectador fica claro ali que ele vive com a mãe em um lugar sem muitos recursos. Mas não fica óbvio o que de fato acontece com os dois.
Como já tinha lido o livro e sabia da história, optei por não contar nada a quem me acompanhou no cinema, e ninguém percebeu o que de verdade é " o quarto" até que o segredo fosse totalmente revelado. Não gostaria de estragar a mágica de quem não sabe nada da história, mas acho difícil não tocar em partes cruciais que fazem do filme um diferencial e das atuações do menino e sua mãe exemplos de como podemos ser fortes nas situações mais fora de nosso controle que aparecem.
Joy ( Brie Larson, indicada ao Oscar desse ano de melhor atriz) é a mãe , vemos que ela faz de tudo para ocupar a cabeça do filho com os poucos recursos que tem, pode ser uma televisão, as cascas dos ovos que usam, qualquer objeto ali naquele pequeno espaço pode ser aproveitado. No mundo de Jack as coisas são diferente, existe o quarto e o espaço que é fora da claraboia , o menino não imagina que há vida fora dali. Ele sabe que a mãe recebe todos os dias o Velho Nick, que ele recebe presentes nos domingos mas que não pode ter contato com ele.
Deu para ter ideia do que se passa?
Para quem vê o filme fica claro que o sonho da mãe é escapar, o de Jack é que ela faça suas vontades de criança, ele não sabe o que há lá fora, ele é rebelde quando a mãe tenta lhe contar a verdade. Gente, ele tem apenas 5 anos, e como trabalha esse garoto. O tempo todo ele leva o filme nas costas, não que a mãe não faça um papel intenso e belo ao mesmo tempo, mas é ele quem faz a diferença.
É ele que nos fará rir e chorar , é ele que faz com que o filme tenha um encanto onde só deveria ter tristeza. A inocência e  o jeito único do menino nos são dados de presente pelo diretor que nos insere no  mundo de Jack e no que ele virá a conhecer.

O trauma existe, está sempre ali . Mas ele se desvincula de um jeito que sua mãe adulta não consegue . Quando sofre, é porque quer a mãe , e na sua ingenuidade encantadora ele até pede para voltar ao quarto, onde tinha mais sua atenção.
Vale destacar a atuação concisa de Joan Allen como avó do menino, mas achei um desperdício escalar William H. Macy para avô e ele aparecer tão pouco.
É um filme para se ver, para se perguntar como pode mesmo isso existir no mundo que vivemos e para sair do cinema impressionado  no como um menino tão pequeno tem um talento tão grande.
Assistam. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Menina que via Filmes : A Garota Dinamarquesa [Crítica]

Título Original : The Danish Girl
Título no Brasil : A Garota Dinamarquesa
Lançamento 11 de fevereiro de 2016 (1h59min) 
Dirigido por Tom Hooper
Com Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Ben Whishaw mais
Gênero Drama , Biografia

Nacionalidade EUA , Reino Unido , Alemanha








Favorito da maioria do público na disputa do Oscar desse ano, A Garota Dinamarquesa realmente emociona e foca em um tema que anda na moda - ou melhor dizendo, sendo mais aceito e discutido - , o transgênero. 
Desculpem se minha crítica levará mais para pontos pessoais, mas tenho observações que não me permitiram fazer desse filme meu favorito do ano.
Dinamarca, 1926, Einar ( Eddie Redmayne, fantástico como sempre) é um pintor jovem e famoso casado com a charmosa Gerda ( a atriz da vez : Alicia Vikander) , também pintora. Os dois são um casal fofo e apaixonado que andam querendo muito ter um filho e o maior problema é que ela não faz sucesso como ele. Em casa, transam, falam sobre as inspirações e volta e meia se entediam em festas da rica amiga Oola Paulson ( Amber Heard, lindíssima, a atual esposa de Johnny Depp) . Um belo dia a amiga não pode servir de modelo para Gerda que acaba pedindo para o marido colocar as meias e sapatos que ela usaria para ser pintada em quadro, ah sim,o vestido também é colocado por cima , e um nome é criado para quando ele vira sua modelo  : Lili. Pois bem, desperta ali uma mulher adormecida, e a fiel e amorosa esposa verá seu marido cada vez virando uma amiga que admira suas roupas, que as veste e que inclusive vai a uma festa fantasiado de mulher incentivado pela própria esposa. E é aí que entram alguns detalhes que eu, casada, não aceito que uma mulher ache comum. Tenho que entender que era o ano de 1926 e que tudo era um escândalo? Claro. Mas a esposa incentiva ele o tempo inteiro a virar mulher como se fosse uma brincadeira e só percebe que ele realmente está virando uma quando ele não sente mais desejo por ela.
Destaco a maravilhosa atuação de ambos, Redmayne se entrega ao papel e é uma Lili perfeita, um homem com o corpo errado que vai se descobrindo e vendo que está infeliz com o que Deus lhe deu, que dentro dele vive uma mulher adormecida que precisa sair do armário. Entendo ele ter se descoberto? Sim. Entendo a esposa amá-lo tanto que não se separa e fica do lado dele mesmo quando ele não a deseja mais? Acho que não. Gerda é a típica mulher daqueles tempos, submissa, fazendo as vontades de um marido que não quer mais ter esse papel. E talvez eu achasse natural se eles já estivessem separados e ele se descobrisse, mas não é o que ocorre e ele precisa dela tanto quanto ela precisa dele, mesmo sabendo que não o terá mais da forma que deseja. No fundo senti pena de Gerda o filme inteiro enquanto Lili ficava feliz com cada roupa feminina que colocava.
Me coloquei no lugar de Gerda e jamais acharia normal meu marido não me querer mais para virar mulher. Ajudaria e apoiaria um amigo, mas não quem me casei.
Há outras participações tão boas quanto no filme, como a de Ben Whishaw como Henrik, o homossexual que se apaixonará por Lili ( ou por Einar) e o galã belga Matthias Schoenaerts como Hans , o amigo de infância de Einar e agora doido pela esposa do amigo que não quer mais ela, mas ela nem ousa gostar de outro homem, vontade de entrar no filme e dizer " miga , sua loka...como assim?".
Sei que o principal do filme não é a esposa aceitar e apoiar e sim a descoberta de um homem que foi pioneiro em submeter se a cirurgia de mudança de sexo ( tão comum hoje na Tailândia) . Nesse quesito o filme cumpre seu papel , é intenso, é belo e forte ao mesmo tempo. Não saímos do cinema neutros. 

E o que dizer do amor de Gerda por seu marido? Há quem ache lindo e incentivador, eu vi com tristeza ela se anular por causa dele , talvez seja eu a errada que não ache que ela deveria ter ficado tão do lado dele, e sofrido mais . Ponto para o diretor e o roteirista que no final já não me fizeram mais pensar tanto nisso e sair apaixonada por Lili, Gerda e Hans. Filme incrível, assistam. 



domingo, 14 de fevereiro de 2016

[Exposição] Frida Kahlo - Conexões Entre Mulheres Surrealistas no México





























Quando soube que a Exposição com quadros de Frida Kahlo viria para o Rio de Janeiro fiquei muito feliz. Sempre tive vontade de ver suas obras e a mesma tinha ficado em SP um tempo. Aliás , a terra da garoa é sempre palco das melhores exposições que vem ao país. 
Agendei com quase um mês de antecedência pelo site indicado - a exposição é gratuita - e fui com meu marido e mãe até a Caixa Econômica Cultural que fica no Centro do Rio de Janeiro.
Vejam infos sobre a exposição :
Exposição de 30 de janeiro a 27 de março
Terça a Domingo das 10 h às 21 h
Caica Cultural do Rio de Janeiro ( ao lado da estação Carioca do metrô na Avenida Almirante Barroso, 25) 
Entrada Gratuita, agendamento pelo site 




















Se engana quem pensa que a exposição é exclusiva de Kahlo. A mostra tem produção mexicana realizada por mulheres que traçaram uma visão potente do país recorrendo a questões oníricas , subjetivas e de raízes populares, sugere caraterísticas de um surrealismo muto diferente daquele observado nos países onde essa expressão já está mais " domesticada". 
Entre pinturas, esculturas e fotografias - além de documentos, registros fotográficos, catálogos e reportagens - a mostra permite confrontar uma face desafiadora do surrealismo, a intensidade, dramaticidade e subjetividade das obras dessas artistas tornam esse conjunto inquietante até para aqueles mais familiarizados com o movimento, que originalmente surgiu na França na década de 1920, tendo como maior predicado a tentativa de escapar ao império do Realismo e da Racionalidade, acenando para o inconsciente  e o acaso. 
Sendo assim, a mostra nos presenteia com obras de Kahlo, Lola Alvarez Bravo, María Izquierdo, junto as radicadas ( que não nasceram no México mas moraram lá)  Leonora Carrington , Kate Horna, Jacqueline Lamba , Alice Rahon e Remédios Varo entre outras. 
Foi tudo muito bem organizado , as filas são formadas com prioridades para idosos e dentro do espaço, diferente de locais como o CCBB que deixam as pessoas no sol por horas aguardando. 
Logo no primeiro andar informam que não é permitido entrar com bolsas grandes e mochilas, para isso, cada grupo - o escaninho é imenso - recebe uma chave para guardar seus pertences. No segundo andar começa e exposição. Paredes verde bem fortes contrastam com o chão escuro, aliás a linha deveria ser amarela ao invés da preta que volta e meia fazia com que os seguranças pedissem para que as pessoas se afastassem.
























Sim, era permitido tirar fotos, filmar , só claro não podia usar flash . Andamos por entre as salas com quadros, esculturas e textos de Frida a outras artistas. Um dos quadros que mais gosto dela é o que ela coloca seu marido Diego em sua testa, para mim significa muito, por mais que os amor deles tenha sido de idas e vindas e que traições fizessem parte desse relacionamento, Frida amava seu marido e tinha com ele uma relação de admiração , como sempre fui romântica vejo no quadro uma declaração de que ele não lhe saía da cabeça ( posso estar viajando, mas é a minha concepção).
Meu marido que não é tão fã de Frida gostou muito e minha mãe que ama ler toda a biografia e história ao lado de cada quadro passou bons minutos dedicados aos espaços. Muito agradável conhecer mais da artista.






















No centro da exposição há cerca de sete  modelos de roupas réplicas de roupas que a artista usava. Suas roupas de verdade ficam em seu museu no México. As cores, as saias longas - que eu amo!- e os chales por cima de tudo além de flores e véus na cabeça completam o figurino tão copiado por todos. 
Frida nunca teve filhos por causa de um grave acidente que sofreu quando tinha apenas 18 anos. 
Morreu em 1954, aos 47 anos, oficialmente de pneumonia, mas como ela já tinha tentado se matar outras vezes, muitas pessoas não descartam ela ter tido uma overdose de remédios.
Quem for do Rio, não percam a oportunidade, lembrando que logo em seguida ela irá para Brasília. 
Fiz um vídeo, como não queria atrapalhar, é só um tour pela Expo para quem mora em cidades que não terão a mostra.


Menina que via Filmes : O Filho de Saul [Crítica]

Título Original : Saul Fia
Título no Brasil : O Filho de Saul
Lançamento 4 de fevereiro de 2016 (1h47min) 
Dirigido por László Nemes
Com Géza Röhrig, Sándor Zsótér, Levente Molnár mais
Gênero Drama

Nacionalidade Hungria









As expectativas para o filme vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e favorito do Oscar na mesma categoria eram grandes. A sinopse dizia que o filme era forte, os críticos que ele era inovador mesmo tratando de um tema já tão representado pelo cinema : a Segunda Guerra.
O que eu achei, conto para vocês agora. Saul ( Gezá Rohrig) é um judeu que está preso em um campo de concentração nazista. Ele tem a a " sorte" de ser chamado para ser sonderkommando, ou seja, ele é um dos que separam quem vai para câmara de gás informando que tomarão um banho, que ajuda a limpar e carregar os corpos ... com isso ele ganha uma sobrevida no campo.
O diferencial do filme e o motivo pelo qual ele foi tão elogiado faz jus ao que vi : o longa é filmado focando o tempo todo no rosto do protagonista, vemos muito poucas cenas sem ele estar presente, o tempo inteiro nossa visão é o que ele está vivendo, mesmo que a imagem fique embaçada e em segundo plano. 
Todos os horrores do campo, todo o terror que os judeus sofreram, está ali nos olhos de Saul, que literalmente enlouquece um dia. Li muitas críticas antes de fazer essa com medo de spoiler, mas desculpe informar que o protagonista não me causou nenhuma comoção, e entendo que de certa forma isso é terrível, mas senti o mesmo com as pessoas que fui ao cinema. O personagem sofrido, que de certa forma tem um privilégio mas também um trabalho terrível, o de escolher os que vão morrer em plena segunda guerra contra seu próprio povo, obviamente é alguém que temos uma empatia , que queremos que seu final seja feliz, certo? Aí que está, quando ele surta e acha que um menino é seu filho - mais uma vez peço desculpas, mas não consegui falar do filme sem citar algo que já havia lido em muitas outras críticas - e faz do enterro dele sua razão de viver, irrita o espectador.
Primeiro porque ele está fora de si, claro que é justificável devido as circunstâncias, mas já lemos e vimos tantas histórias de pessoas que superaram seus medos para se salvar ou salvar outras pessoas que um prisioneiro que mais atrapalha do que ajuda seus outros amigos porque cismou de enterrar um filho que não é seu, é no mínimo revoltante . Afinal, temos que nos preocupar primeiro com quem está vivo ainda, certo?

Sendo esse o mote principal, me restou odiar o personagem, por mais que me sentisse culpada por não compreende-lo , mas ali naquele momento seu surto só atrapalhava. 
Se levar o Oscar vai provar que a Academia gosta mesmo de filmes do Holocausto, sinceramente já vi mais de 20 filmes sobre o tema infinitamente melhores que esse.