sexta-feira, 29 de abril de 2016

Menina que via Filmes: Capitão América - Guerra Civil [Crítica]

Título Original: Captain America: Civil War
Título no Brasil: Capitão América - Guerra Civil
Data de lançamento 28 de abril de 2016 (2h 28min)
Direção: Anthony Russo, Joe Russo
Elenco: Chris Evans, Robert Downey Jr., Scarlett Johansson mais
Gêneros Ação, Fantasia

Nacionalidade Eua






Imagina um filme com heróis que você ama? Agora imagina ele estreando no dia do seu aniversário? Pois é, eu poderia ter ganho vários presentes, mas esse foi bem especial!
Agora, aqui entre nós, que delícia é poder curtir um filme desses sem se preocupar se está sendo feminina...quando eu era criança e adolescente isso não era permitido. Meninas não se vestiam com as camisetas do Capitão América ou do Homem de Ferro, mas foi exatamente assim que me arrumei, com uma camiseta com os dois para ir com meu marido assistir ao filme. Que vitória linda ver que as meninas de 15 anos podem usar rosa mas também podem usar a mesma camiseta do irmão ou do namorado. 
Mas vamos ao filme, me empolguei porque o filme merece.
Os Vingadores vivem protegendo a população de vários perigos, mas tal qual em Batman vs Superman, nem todos os tem visto como heróis, os constantes acidentes envolvendo mortes de inocentes na tentativa de prender os bandidos, faz com que a população se divida e as autoridades peçam para que as identidades deles sejam reveladas. O intuito é saber quem são e controla-los. Liderados por Steve Rogers ( Chris Evans) eles se dividem entre os que são a favor da identidade ser revelada e entre os que são contra, Capitão América - Steve Rogers- é contra e chefia o time que não aceita isso. Já o Homem de Ferro - o sempre fantástico Robert Downey Jr-  acha que eles devem agir de acordo com que a lei pede, talvez motivado por uma participação especial de Viola Davis, interpretando uma mãe que perdeu o filho em uma batalha do Homem de Ferro.
Se sentindo culpado, ele toda hora tem recordações de seus pais e cenas que se encaixam fazem o espectador pirar quando reveladas a verdade. Na tentativa de fugir de spoilers, digo que toda a diversão está entre o humor e o drama, se ao mesmo tempo eles sabem o como são importantes para o povo, no dia a dia são bem sozinhos, e travam uma batalha não somente entre si mas também contra antigos vilões, como por exemplo Zemo ( Daniel Bruhl, muito bom no papel). Quem viu todos os filmes vai recordar de tudo que cada um deles já passou. Do contrário vai entender mesmo assim, o filme é diversão pura e ainda há cenas perfeitas com Pantera Negra e  até mesmo um Homem- Aranha teen, que até que superou minhas expectativas e me divertiu muito durante o filme.

Personagens como Viúva Negra ( Scarlet) e a Feiticeira Escarlate ( Olsen) também completam o quadro de heróis que amamos e que vibramos a cada cena que aparece no cinema com eles.
Não há certo ou errado, não há melhor ou pior, há sim muita diversão, cinema de entretenimento de qualidade, e isso, faz toda a diferença. Assistam. 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

[Canal da Menina] Minha Vida de Casada: A Cristaleira - Vídeo 4

Pois é, eu sempre quis ter uma cristaleira. E eu sei que a maioria das pessoas usa a cristaleira para o que ela foi inventada: guardar louças. Mas eu sempre a quis para outra finalidade. 
Confiram no vídeo abaixo como eu arrumei a minha.


terça-feira, 26 de abril de 2016

Menina que ia ao teatro: Roleta Russa [Crítica]






















Título Original :ROLETA RUSSA - ATÉ 28 DE ABR
SALA TEREZA RACHEL
Dia 7, 14, 21 e 28/04  às 21h
Plateia Central e Frisas: R$80 | Balcão I: R$50 | Balcão II: R$30*

Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – aparentemente sem problemas – a participar de uma roleta russa? Depois de um ano da morte desses jovens, uma nova pista – um manuscrito – é encontrada.
Numa trama de suspense noir, o público é convidado a tentar desvendar a história como realmente aconteceu. Rompendo as relações de tempo/espaço, o espetáculo apresenta um suspense arrebatador, com uma dose de humor irônico, personagens dúbios e tramas que se entrelaçam até a solução surpreendente – que só se mostra nas últimas palavras.
Roleta-Russa  é um projeto que transporta para os palcos o universo do jovem escritor Raphael Montes, baseado no romance policial que já é sucesso de crítica e público no Brasil e traduzido em países como Estados Unidos, Holanda, Itália, Espanha, França e Inglaterra, e que será adaptado para o cinema nos próximos meses. Colaborador da atual novela do horário nobre da Rede Globo , “A Regra do Jogo”, e colunista do Jornal “O Globo”, o jovem autor se destaca no cenário dramatúrgico deste novo século.
O romance de Raphael Montes se desdobra em alguns temas por si só importantes: o preconceito e o desrespeito à diversidade, como, por exemplo, nos casos de homofobia e de pessoas portadoras de necessidades especiais como a Síndrome de Down; a auto-afirmação; a aceitação ou a falta de; a falta de discernimento; o orgulho; o egoísmo; a mania de grandeza e a rebeldia.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Dan Rosseto (Ale), Diogo Pasquim (Otto), Emerson Grotti (Dan), Felipe Palhares (Noel), Gabriel Chadan (Lucas), Helio Souto (Zak) , Lorrana Mousinho (Maria João), Maria Dornelas (Ritinha) e Virgínia Castellões (Waléria).
Romance Original: Raphael Montes
Direção e adaptação: César Baptista

Quando soube que a adaptação para os palcos de meu livro favorito de Raphael Montes estaria em cartaz, corri para comprar os ingressos. E a peça foi exatamente o que esperava, mas notem que recomendo que antes se leia o livro para entende-la completamente. Digo isso com conhecimento de causa pois meu marido e minha mãe que não conheciam a história ficaram com algumas dúvidas, que talvez tenha sido tudo tão óbvio para mim por já ter lido o livro duas vezes.
Vamos à história, um grupo de amigos se reúne na casa do mais rico deles para brincarem de Roleta Russa, dentre eles há um deficiente mental que claramente não sabe o que está fazendo e tem confiança total em um deles.
Logo no início há vozes de uma delegada e de mães, todas acusando cada hora o filho de uma delas de ter sido o responsável pelo suicídio em massa, o que nos faz perceber que todos estão mortos e que a história na verdade narra o que aconteceu antes da reunião de pais para prestar seus depoimentos sobre o que teria acontecido na casa.
Zak ( interpretado por Helio Souto, um pouco exagerado no papel as vezes) é o amigo rico, que dorme com tudo e todos e que foi criado ao lado do amigo classe média, Alessandro, ou como a peça toda é chamado : Ale ( Dan Rosseto, muito bem no papel).
A arma é de Zak, assim como a maior parte das confusões que rolam antes da matança, o grupo de amigos que aos poucos nos mostram sentirem mágoa um dos outros, vão se expondo, não tem nada a perder, ou melhor...já perderão o que tem: a vida. Mas a cada tentativa de disparar a arma, o alívio de terem brincando com a morte e mesmo assim estarem vivos.
A falta de recursos da peça pode incomodar quem gosta de coisas luxuosas, eu sinceramente não senti falta de muita coisa, estava ali, todos os personagens, o mesmo local onde acontecia tudo que lembro ter lido, talvez só tivesse inserido as cenas das mães, porque são espetaculares, os diálogos se fazem menores, a falta de presença delas no palco as deixa menores, e não são, na verdade as vejo como parte fundamental do que os filhos se tornaram, e isso fica tão óbvio conforme o texto vai fluindo.
Há cenas fortes, não espere finais lindos, romances e declarações, vá optando por ver algo pesado, sincero e ainda assim incômodo que é falar sobre pessoas que se matam. Temos estupro, muitos tiros e revelações fortes. Os mais puritanos podem estranhar, os que leram o livro vão se deliciar.
O roteiro não deixa a desejar, claro que continuo preferindo o livro, mas que tal esse ser um complemento de um dos melhores livros que já li do gênero? Assistam!


segunda-feira, 25 de abril de 2016

[Resenha] Isso Também Vai Passar @ciadasletras

Título Original: También esto pasará
Título no Brasil: Isso Também Vai Passar
Autora : Milena Busquets
Tradução: Joana Angélica Melo
Editora Companhia das Letras
Número de págs: 137







Sempre ouvi de minha mãe que nada na vida da gente é bom a vida toda e nem nada fica sendo ruim para sempre. Começo essa resenha com um relato pessoal para explicar a vocês como me senti lendo Isso Também Vai Passar , uma frase que ouvi muitas vezes em inglês e quando me deparei com o livro automaticamente percebi que só pelo título o mesmo já me interessava muito.
Blanca tem 40 anos quando o livro começa, ela nunca se imaginou com essa idade, se imaginou com 30 e com 50 e até mesmo com 80 mas 40 nunca foi uma idade que lhe chamasse atenção. Agora ali estava ela, lembrando de várias coisas de sua mãe, inclusive da frase da história que ouvir milhares de vezes, sobre um poderoso imperador que ordenou que sábios de seu reino lhe trouxessem uma frase para ser usada em diversos momentos, e voltaram com a " Isso também vai passar". Ali estava Blanca, recordando que sua mãe que sempre lhe colocou para cima com a tal frase, não a contaria mais, tinha agora se juntando ao pai dela, em algum lugar do céu...ou outro local, já que pelo que ela nos conta sua mãe não era fácil de lidar. No enterro poucas pessoas compareceram...há tanta melancolia nas páginas que o leitor se contamina ou se identifica se estiver vivendo momento parecido.
Não há portanto, início, meio e fim...há sim a história de uma mulher que poderia ser você ou eu, com 2 casamentos que não deram certo, filhos... e uma saudade imensa da mãe que acabou de falecer.
No entanto,não se trata de algo somente sobre a morte, pelo contrário, há vida, há espaço para momentos bobos mas cotidianos, para idas e vindas de personagens que compõem a vida de nossa protagonista.

Romance? Não espere por um. Suspense? Nem de longe. Mas é isso que faz esse livro ser delicioso, ele é tão verdadeiro que poderia ser qualquer pessoa que conhecemos, não há super heróis, não existe o quase impossível, a mocinha não encontra o milionário, as contas não se pagam sozinhas...há melancolia, de uma forma única e acreditem, não sei nem explicar como, mas extremamente agradável, que livro!

domingo, 24 de abril de 2016

[Canal da Menina] Minha Vida de Casada - A estante branca - vídeo 3

Até que mesmo faltando tempo estou conseguindo postar conteúdo para vocês \o/ nossa, fico muito triste quando não consigo postar por mais de 2 dias. 
Dessa vez é o 3º vídeo da série, onde mostro a vocês minha estante branca. Se alguém tiver sugestões de vídeos, me avise :) estou preparando algo bem bacana para vocês !!




Menina que ia ao Teatro: Meu Passado me Condena [Crítica]
















Título Original: Meu Passado me Condena
Elenco:Fábio Porchat e Miá Mello
Texto Tati Bernardi
Direção Inez Viana
Endereço: R. Marquês de São Vicente, 52 - Loja 346 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-040 - Telefone: (21) 2540-6004
Temporada: De 8 de Janeiro a 31 de Julho de 2016
 Horários:Sextas e Sábados às 21h, Domingos às 20h 
Ingressos:R$ 100,00 (inteira)


Sinopse:
O casal Miá e Fábio está de volta em Meu Passado Me Condena – A Peça, versão para os palcos da história que foi sucesso nas telas da TV e do cinema. Miá (Miá Mello) e Fábio (Fábio Porchat) se conhecem na fila do banheiro de uma festa e um mês depois se casam. “A peça se passa antes do filme e do seriado. Fábio e Miá chegam em casa depois da festa de casamento e começam a discutir a relação”, explica Porchat. Assim, depois que chegam ao novo apartamento, o casal até tenta entrar no clima para a noite de núpcias, mas o apartamento pequeno, os presentes que não agradam, as duas famílias e – pior! – o fato de não saberem nada sobre o passado um do outro começa a interferir na lua-de-mel. Será que o amor sobrevive a essa noite? O texto, divertido e inspirado, é de Tati Bernardi, que também assinou os roteiros da série e do filme homônimos, ambos produzidos por Mariza Leão e dirigidos por Julia Rezende. A série teve duas temporadas exibidas pelo canal Multishow, e a terceira já está em fase de produção. Meu Passado Me Condena - O Filme, foi a segunda maior bilheteria nacional de 2013, ultrapassando três milhões de expectadores.




















Confesso que não levei fé nessa peça. Sim, eu tinha visto o filme e rido muito, mas achei que a fórmula estava gasta, para minha felicidade me enganei. Como presente de aniversário para minha mãe comprei ingressos para família toda e foi incrível.
A peça começa com o casal de atores - que tem o mesmo nome no roteiro - entrando e cumprimentando o público, vestidos de noivos eles já fazem os atrasados se sentirem envergonhados ao ajudarem os a encontrar os assentos.
Passado o tempo inteiro em um mesmo cenário a peça não precisa de luxo para acontecer e é notório o como o excelente Fábio Porchat tem química com Miá. Parece que foi ontem - mas foi em 2007 - que Fábio fazia uma participação especial na peça Comédia em Pé no mesmo local, naquele tempo um desconhecido e hoje o carro chefe da mesma. Merecido, é dele grande parte das risadas que se ouve na plateia.
Recém casados, eles chegam na casa de uma peça só e resolvem abrir os presentes antes de partirem para lua de mel na Europa, e é aí que começam os inúmeros acertos da autora Tati Bernardi, as dores e delícias de ser um casal, estão todas lá. As sogras, as tias que dão presentes inúteis, os ex namorados, as dúvidas se realmente fizeram a opção correta de juntarem as escovas de dentes....as falas e improvisos são tão perfeitos que os risos do espectador abafam o som das próximas falas...sim, são muitos risos, para sair da sala com o maxilar dolorido.
Se tiverem a oportunidade, assistam. Alegra qualquer um. 



sábado, 23 de abril de 2016

Menina que via Filmes: A Senhora da Van [Crítica]

Título Original: The Lady in the Van
Título no Brasil: A Senhora da Van
Data de lançamento 7 de abril de 2016 (1h 44min)
Direção: Nicholas Hytner
Elenco: Maggie Smith, Alex Jennings, Jim Broadbent mais
Gêneros Comédia dramática, Biografia

Nacionalidade Reino unido





Mary Sheperd ( Maggie Smith, divina como sempre!) é uma senhora que só tem como sendo sua uma van. Não muito adepta da higiene pessoal ela acaba comprando briga com alguns moradores da rua que decide morar - o filme se passa em 1970 - com sua van estacionada e sua implicância com todos. O único que parece sentir pena da pobre senhora é Alan Bennett ( Alex Jennings) , um escritor solteirão que quando a vizinhança consegue uma liminar para que ela não estacione mais no bairro, ele oferece sua vaga de casa para ela. O que era para ser provisório se torna uma longa amizade onde nem sempre Alan está disposto a aguenta-la, mas respira fundo e pensa consigo mesmo - há muitas cenas onde a consciência dele fala com ele, mas ele no papel dele mesmo...- que ela não deve durar muito tempo, o problema é que já se passaram 15 anos e ela continua exigindo coisas, utilizando seu banheiro e implicando com os vizinhos.
Um retrato da velhice e da solidão é tratado com maestria pelos atores, Maggie domina a cena e dá o tom certo que a personagem exige.

O que somente o espectador sabe, mas que o escritor só vai saber bem lá para frente no longa, é que ela foge de um crime que cometeu, e isso eu deixo para vocês descobrirem.
A senhora que hoje em dia não tem nada, tem apenas um irmão que quer vê-la bem longe, a van que mal anda e muitas tranqueiras que ela espalha pelo local. Fica difícil acreditar que ela foi uma freira mas os relatos dos que a conheceram provam que ela nunca foi uma pessoa fácil de lidar.
Com pitadas de drama e comédia, o cinema se emociona e sorri com as cenas.
Vale muito a pena. 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

[Canal da Menina] Minha Vida de Casada - parte 2 - a arrumação da estante amarela

Queria ter colocado no ar ontem, mas acabou não dando tempo. Mas sem problemas! Aqui está o 2º vídeo sobre minha mudança e dessa vez falando de um tema que vocês amam : a arrumação das estantes. 
Esse vídeo mostra uma delas: a amarela. Mesmo assim já adianto que acho que vou mudar algumas coisas nela...mas pode deixar que farei mais vídeos mostrando as outras estantes para vocês!


quarta-feira, 20 de abril de 2016

[Resenha] Mr. Mercedes @Suma_BR

Título Original: Mr. Mercedes
Título no Brasil: Mr. Mercedes
Autor : Stephen King
Editora Suma de Letras
Tradução: Regiane Winarski
ISBN: 978-855651-002-0
Número de págs:393






2009. O desemprego é grande no país e uma fila de pessoas desesperadas querendo conseguir um se forma à frente da Feira Anual de Empregos da cidade. Augie, um jovem que tem suas ações narradas, vai para essa mesma fila de madrugada e se espanta ao ver que no mesmo local há uma mãe com um bebê novinho embrulhado ao seu corpo. Uma rápida " amizade" vai surgir entre os dois - por um lado o personagem não curte  a ideia de ter um bebê ao seu lado, depois se compadece com o desespero da mãe e até divide seu colchão com ela - mas não irá durar muito tempo. Sem nenhuma explicação um Mercedes com um homem dirigindo com uma máscara de palhaço avança à toda sobre a fila. São mulheres, homens e o bebê esmagados pelas rodas do carro pesado que parece não ficar feliz e passa por cima das pessoas com prazer.
É assim que o mestre do terror começa seu livro, em um capítulo cheio de mortes, mais precisamente 8 inocentes e alguns feridos. E já aviso : ele te prende e você não consegue mais largar até chegar o final.
Fugindo do lugar comum, afinal King é King, o autor nos coloca no mundo do detetive aposentado Bill Hodges, atormentado por nunca ter prendido o culpado e uma carta que chega do próprio psicopata para ele. Muitos autores nos colocariam no lugar comum que é nos envolver na história e tentar identificar o culpado no meio de uma penca de suspeitos, certo? Mas ele não, como quem patina por entre as letras e sabe exatamente aonde quer nos levar, King não esconde quem é o assassino, somos apresentados à ele de cara, Brady Harstfield é daqueles vilões que se ama odiar. Insano e imprevisível ele mora com a mãe alcoólatra e - pasmem- sente prazer de vê-la de camisola ou qualquer parte de suas intimidades, se a relação mãe e filho não é normal, imaginem a profissão dele...o cara é motorista de um caminhão de sorvetes! Sim, a mesma pessoa que matou dirigindo um Mercedes oito inocentes que procuravam emprego é o mesmo que diariamente para e portas de escolas oferecendo a criancinhas deliciosos sorvetes.
Temos então dois personagens fortes : Hodges é o protótipo do cara que se dedicou  demais ao trabalho, hoje é um senhor sozinho que não tira da cabeça encontrar Brady, que ele nem imagina quem seja mas ao receber a carta sugerindo que se suicide, nota que o assassino conhece o melhor do que imaginava. 
A história vai e volta no tempo para nos mostrar como foi  a investigação, não são anos que se passam, mas sim meses, e há coadjuvantes tão importantes quanto os protagonistas dessa história de terror, caso da Sra. Trewlaney que era a dona do carro que Brady roubou para matar suas vítimas. Como não se sentir culpada após receber uma carta do assassino dizendo que ela era sua cúmplice por ter esquecido as chaves do carro na ignição? Sim, a Sra. cuidava de sua mãe debilitada e com pressa acabou deixando para trás as chaves, um prato cheio para Brady que não somente calculou o tempo para que isso acontecesse - gente, ele conhecia cada casa na região, como não sabe os hábitos e costumes de cada morador? - como agora a faz sentir culpada pelo que ele fez. 
Cruel e desumano, Brady é um cara atormentado que afirma se masturbar pensando em cada pessoa que matou. Se só de ler essa resenha você se incomodou com alguns detalhes, imaginem com o conteúdo na íntegra das cartas que ele envia? Somente uma mente privilegiada para o lado mais malvado do ser humano- e aqui entre nós, ninguém entende melhor do que ele- poderia ter escrito algo tão forte e tão incômodo como Mr. Mercedes. 
Ah sim, se você até agora não entendeu o guarda-chuva azul que aparece na capa do livro e em todas as ações de marketing do mesmo, eu explico: Brady  assina suas cartas informando o nome de um site de chat chamado  Under Debbie´s Blue Umbrella ( Debaixo do Guarda-Chuva Azul  da Debbie) e informando seu codinome. O resto - e que resto! - eu deixo para vocês descobrirem.
Um dos melhores livros do mestre, mas sinceramente, eu sempre fico em dúvidas de escolher um favorito. 

segunda-feira, 18 de abril de 2016

[Canal da Menina] Minha Vida de Casada - parte 1

Claro que se você me acompanha nas redes sociais sabe que estou de mudança, e ela ocorrerá ainda esse mês. Lógico que conforme prometido fiz vídeos mostrando o antes e depois...e também como vou arrumar meus livros e dvds no novo espaço.
Espero que gostem do vídeo e me digam, que parte vocês gostariam que eu gravasse no próximo vídeo?


Menina que via Filmes : Ave, César! [Crítica]

Título Original: Hail, César!
Título no Brasil: Ave, César!
Data de lançamento 14 de abril de 2016 (1h 40min)
Direção: Joel Coen, Ethan Coen
Elenco: Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich mais
Gêneros Comédia, Comédia Musical, Policial

Nacionalidades Eua, Reino unido







Mais uma vez os irmãos Coen são garantia de um bom filme, famosos por obras como Bravura Indômita eles agora voltam aos filmes mais leves e de humor com o excelente Ave, César! Passado em 1950, mais precisamente em Hollywood, o filme tem como protagonista Edward Mannix ( Josh Brolin) um cara que tem como principal função defender as estrelas de cinema do lucrar que trabalha, não somente ele prevê se o que elas fazem causará problemas para sua futura bilheteria dos filmes mas também é uma espécie de chefe de todos ditando se as verbas podem ser gastas em determinadas coisas ou não. O filme já começa com ele se confessando, e o motivo já arranca risos da plateia, não cabe a mim contar a vocês, e sim deixa-los com vontade de ver. Casado e pai de dois filhos ele tenta dividir seu dia com a família e com salvar celebridades de escândalos, e elas parecem ter um ímã com esse tema.
Um dos que mais lhe dá trabalho é o ator Baird Whitlock ( George Clooney em ótima forma), mulherengo e beberrão ele simplesmente some no meio de uma gravação deixando todos de cabelo em pé. Onde ele está é o mais engraçado assim como a razão pela qual os levaram. Não deixa de ser uma crítica bem feita à Hollywood e sua cisma com o Comunismo naqueles tempos - vimos isso recentemente em obras como Trumbo!- e com seus astros sem cérebro.

Enquanto ele tenta achar sua maior estrela, também se envolve com DeeAnna ( Johansson) que está grávida e naquela época seria um escândalo ela não ter um marido. E o que dizer da cena mais sensacional do filme, envolvendo Ralph Fiennes como um diretor que perde a paciência com seu ator dotado de pouca inteligência para decorar o roteiro?
Outros atores maravilhosos fazem parte de cenas memoráveis e engraçadas como o sumido Christopher Lambert e o gato Channing Tatum, não descartem o personagem por parecer bobo, ele tem muito mais história para contar do que ousamos imaginar e a cena final dele é impagável. Todos no cinema se deliciaram com ela.

No meio de tanta confusão nos resta ter pena de Edward porque quanto mais ele tenta se afastar do trabalho para dar atenção à família mais o puxam de volta. Fora uma jornalista bem mala interpretada por Tilda Swinton que vive no pé dele.
Inteligente e divertido o filme é garantia de boas gargalhadas e o elenco todo está afinado, recomendo!

sábado, 16 de abril de 2016

[Curso] Minha Participação no Curso Produção e Tratamento de Texto

Em julho passado eu participei do Workshop Bastidores do Livro - se você perdeu, clique aqui - e como vocês viram foi uma delícia conversar com os alunos do curso. Esse mês recebi um convite que fiquei encantada e não teria como recusar, mesmo a falta de tempo sendo uma constante nesse momento da minha vida , para falar durante a aula do Curso Produção e Tratamento de Texto: teoria, prática e capacitação, quem ministra o curso é a querida Michelle Strzoda – Diretora editorial da Babilonia Cultura Editorial, jornalista, tradutora, editora e gestora cultural. Cursou Edição de Livros na Universidad Complutense de Madrid, Jornalismo na ECO-UFRJ e Letras na UERJ. Trabalha há 14 anos com livros, tendo exercido cargos como publisher, editora executiva, coordenadora editorial, de comunicação e conteúdo em editoras, como Grupo Editorial Record, Casa da Palavra e Tinta Negra Bazar Editorial. Colaborou para jornais e revistas como Folha de S. Paulo, O Globo, Jornal Rascunho, Cult, Bons Fluidos. É autora de O Rio de Joaquim Manuel de Macedo: jornalismo e literatura no século XIX (Casa da Palavra | Biblioteca Nacional), finalista do prêmio Jabuti 2011, e coautora da revista 450 anos da Cidade do Rio de Janeiro (Academia Carioca de Letras, 2015).
Na participação anterior falei do blog e dos eventos, nessa foquei mais no ato de resenhar. Confiram abaixo como foi :



















O curso acontece na charmosa Estação das Letras. uma livraria com sala para aulas sobre mercado literário, uma graça o lugar e por incrível que pareça, eu ainda não conhecia!
Cheguei bem em cima da aula, mas a tempo de preparar o material e quando entrei dei de cara com dois rostinhos conhecidos, pelos eventos do blog ou pelas Bienais. 
Comecei falando sobre os números o blog, e as redes sociais que mais utilizo para o contato com o público.






















Depois falei sobre onde minhas resenhas são mais lidas e onde as publico, no Skoob, na Amazon ( já sou a 6ª do ranking , vocês viram?) e no blog. A turma foi muito fofa e pareceu super interessada nos eventos que apresento e na quantidade de resenhas que faço por mês. Confessei que normalmente consegui ler 12 livros por mês mas o ritmo intenso de meu atual trabalho fez com que esse número passasse para 5 livros.
O mesmo não acontece com os filmes que tenho mantido a média por causa dos finais de semana. Sim, também falei sobre filmes, como não falar deles?
Sobre as resenhas e os livros que de fato atraem o público, citei 4 de meus autores nacionais favoritos em cada área -  e também mais recentes - confiram abaixo:
  • Depois do que Aconteceu - Juliana Parrini ( gênero Romance)
  • Suicidas - Raphael Montes ( gênero suspense/ terror)
  • Apaixonada por Palavras - Paula Pimenta ( Gênero YA)
  • Redenção de um Cafajeste - Nana Pavoulih ( Gênero Hot) 
No final eles fizeram perguntas super interessantes e eu saí d elá renovada, depois de uma semana intensa de trabalho participar de uma super aula dessa foi incrível. Mais uma vez agradeço à Michelle pelo convite e aguardem, que 2016 está com muitas novidades vindo por aí ;) 


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Menina que via Filmes : Rua Cloverfield 10 [Crítica]

Título Original : 10 Cloverfield Lane
Título no Brasil: Rua Cloverfield 10 
Data de lançamento 7 de abril de 2016 (1h 43min)
Direção: Dan Trachtenberg
Elenco: Mary Elizabeth Winstead, John Goodman, John Gallagher Jr. mais

Gêneros Ficção científica, Suspense









Talvez a melhor coisa de Rua Cloverfield 10 sejam os sustos, e isso o trailer já nos brindava com momentos ótimos. Vamos a história: Michelle ( Mary Elizabeth Winstead) termina com o namorado, deixa um recado para ele e pega o carro à toda não querendo mais voltar com ele, mesmo que ele suplique para que ela reveja sua atitude. São poucos minutos de filme até ela sofrer um acidente e quando acordar se ver amarrada em um cubículo ligada a um ferro e um soro. Logo ela vai descobrir que seu algoz é um homem que aparenta ter 60 anos, chamado Howard ( o sensacional John Goodman), de acordo com ele o mundo sofreu um ataque, aquilo em que se encontram é um bunker onde ele a trouxe para não ser morta por algo tóxico que estava matando a todos aos poucos. Você acreditaria nesse homem? Nem Michelle...ela fica desesperada para ir embora, ataca o tal homem e só começa a repensar seus atos quando um terceiro personagem entra em cena, Emmet ( John Gallagher Jr.) a impressiona quando ao perguntar à ele se o braço quebrado foi ele tentando escapar e ele afirma que não, que foi na verdade ele tentando entrar! E confirmando que o que Howard disse é verdade.
E o espectador? Nós pouco sabemos, pelas atitudes estranhas só temos certeza de que Howard não é um ser humano comum, ele quer fazer de Michelle e Emmet sua nova família e a trata como uma filha na qual espera que obedeça todas as suas ordens.
Se em determinada cena - vou tentar não contar nada que seja spoiler!- eles descobrem que há realmente algo de bizarro lá fora, ao mesmo tempo percebem que Howard anda mentindo sobre outros pontos.O que fazer quando nem dentro do bunker e nem fora parece algo seguro?
John Goodman personifica o psicopata, basta um olhar para dar medo em qualquer um dos dois personagens, e resta a nós esperarmos mais cenas para entender de fato o que ele é e até onde ele diz a verdade?

São muitos sustos, o filme mantem o ritmo, até o final, onde lamento informar, não me impressionou. Fui ingênua ao achar que esse filme nada tinha a ver com o outro lançado anos atrás e que sinceramente desse lembro bem pouca coisa, mas queria tanto o final que imaginei. Fica para próxima, para mim Rua Cloverfield 10 poderia ter terminado de outra maneira, o final foi fraquíssimo. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Menina que via Filmes: Convergente [Crítica]

Título Original: The Divergent Series - Allegiant
Título no Brasil: Convergente
Data de lançamento 10 de março de 2016 (2h 00min)
Direção: Robert Schwentke
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Jeff Daniels mais
Gêneros Ficção científica, Aventura, Ação

Nacionalidade Eua
Baseado na obra de Veronica Roth




Engraçado perceber que uma série que não amei os dois primeiros filmes e somente li o primeiro livro me ganhou no terceiro filme. 
Dessa vez encabeçados por um elenco de primeira com os ótimos Shailene Woodley ( como Beatrice, a protagonista), Theo James ( como Quatro, o galã) , Jeff Daniels ( David, o malvado ) e Milles Teller ( como o projeto de malvado) os atores estão ainda mais afinados e conseguem retratar exatamente o que se espera de um filme do gênero : ação, reviravoltas e uma pitada de romance.
O filme começa exatamente da onde o Insurgente parou, após a morte de Jeanine, Evelyn ( Naomi Watts) assume o papel de descontrolada à frente de rapazes mais ensandecidos ainda, parece só voltar a si quando algo envolve seu filho Quatro. E na verdade a impressão que temos é de que nada mudou e Evelyn comete os mesmos erros. O que agora o grupo formado por eles quer é saber de verdade o que há fora de Chicago já que recebem uma mensagem, com algumas mortes  e muita ação o que o diretor nos presenteia são cenas recheadas de emoção até que eles finalmente consigam chegar aonde querem, mas claro que o que esperam não é exatamente o que eles terão. David ( Daniels) parece controlar tudo e todos de uma forma que pode parecer a certa mas que logo se mostra como algo que não deveria estar acontecendo, e claro que não estragarei o que de fato está acontecendo para quem não viu o filme ainda. 
Beatrice como sempre é a diferentona, ou melhor, a Pura, que é tratada melhor por todos e que demora um pouco para sair do mundo de Alice que vive quando chega a essa nova vida. 
O que posso afirmar para as meninas é que Theo James está ainda mais bonito e em sintonia com seu personagem Quatro, e lógico que não faltam beijos e juras de amor eterno para nosso casal favorito.

Um soro que apaga a memória, pessoas sendo pessoas e querendo passar a perna nos outros e algo de realmente podre no ar fazem com que o longa ganhe ritmo e apesar dos críticos terem gostado bem pouco desse filme, eu adorei, e foi o único da série que gostei de verdade.
Vale a pena ser conferido.

terça-feira, 12 de abril de 2016

[Resenha] Todos Envolvidos @intrinseca

Título Original: All Involved
Título no Brasil : Todos Envolvidos
Autor: Ryan Gattis
Editora Intrínseca
Número de págs: 383
Tradução : Rafael Mantovani









Acostumados a vermos os Estados Unidos como a terra da liberdade e dos sonhos realizados, é fugir do lugar comum se deixar entregar por essa narrativa. O autor Ryan Gattis no insere no mundo de Los Angeles, em 1992, dessa vez não temos estrelas do mundo do cinema e da música, mas sim um conjunto de várias histórias que culminaram em uma onda de violência como protesto às diferenças raciais e culturais. 
O problema racial americano que não pode e nem deve ser somente lembrado por alguns protestos como o do Oscar, mas sim e também por todas as vezes que policiais brancos agiram injustamente com cidadãos negros os recriminando apenas pelo tom de sua pele, o preconceito parece algo incrustado nessas pessoas.
Suas histórias tem como protagonista homens como Ernesto Vera que sem motivo algum se vê no meio de 3 homens que lhe tirarão a vida. A morte dele desencadeia uma série de protestos que também lembram que o taxista negro injustamente morto por policiais brancos que foram soltos também faze parte do pacote preconceituoso de razão zero e racismo dez a que somos apresentados. É isso que faz também com que a cidade viva 6 dias de caos total no ano de 1992 quando eles - os policiais citados acima - são inocentados.
São ao todo 17 histórias conectadas, que são contadas em 1ª pessoa na  narrativa e para deixar ainda mais real  são baseados em acontecimentos atuais. O livro me fez perceber que esses jovens vivem em um mundo totalmente atípico, composta de diferentes leis, muitas vezes próprias, sem que as autoridades de fato sejam envolvidas. Onde a lealdade fala mais alto. Triste saber que muitos desses jovens poderiam ter vivido mais e contribuído positivamente para a sociedade. Fica aquela lacuna e obviamente uma comparação com o nosso Brasil e todas os nossos problemas sociais.
Ao todo  53 pessoas foram mortas no meio desse caos. Mas o que fica de fato é  e certeza de que algo precisava ser feito com essas pessoas para que problemas como os que já aconteciam fossem dizimados, um exemplo clássico é que para mim  a violência que ocorreu durante esses 6 dias, nada mais foi do que os membros da gangue Los Angeles acertando as contas com  com gangues rivais , disputando o controle e querendo invadir tudo que podiam. 

Eu diria que é um livro tão forte quanto necessário, para entendermos que os EUA não são somente Disney, e onde há muitos lugares onde os sonhos nunca se tornam realidade. 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

[Resenha] A Garota Sem Passado @editoraarqueiro

Título Original: Before He Finds Her
Título no Brasil: A Garota Sem Passado
Autor: Michael Kardos
Editora Arqueiro
Número de págs: 301










Um bom suspense te prende, certo? Mas o que mais um bom suspense deve ter? Para mim não adianta se o livro começa com uma excelente história mas na reviravolta me apresenta um final fraco, o que é o caso desse.  Em A Garota Sem Passado o autor nos apresenta o mundo de Melanie, uma adolescente que leva uma vida de fugitiva por causa de seu passado. Tudo porque seu pai matou sua mãe e depois tentou matá-la. Se isso já rende um bom suspense, o autor conseguiu prender minha atenção até a metade do livro, depois eram tantas idas e vindas que só pensei no como ele tinha se perdido.
Ramsey Miller é o pai de Melanie, um caminhoneiro cuja sua maior paixão não parece ser a filha mas sim sua banda. Com longas viagens pela estrada ele mal vê sua família, e nem ele parece acreditar que casou com uma mulher tão linda como Allie. Indo e vindo no tempo - o livro se passa em 2006 mas a história de Ramsey é de 1991 - somos inseridos nos dias que antecederam a festa que Ramsey deu em casa para depois de se despedir dos convidados matar a esposa. 
No presente, Melanie está empolgada com o namoro com seu professor poucos anos mais velho, e mal acredita que finalmente teve coragem de contar à ele a verdade sobre seu passado, por mais que  saiba que seus tios que a criaram - ou melhor, a esconderam durante todo esse tempo - seriam contra ela ir a um parque de diversões por exemplo, Melanie não tem conta em redes sociais nem permite que tirem fotos dela, tudo com medo de que seu pai que nunca foi encontrado a ache e termine o que tentou fazer quando ela tinha apenas 3 anos.
O que nos prende no livro é exatamente o entender porque um casal que aparentemente era feliz teve um final desses? E onde foi parar o pai dela depois do acontecido? E como não se perguntar o que de fato passou pela cabeça de Ramsey ao vender seu caminhão de trabalho e virar um fugitivo? Ao longo do livro algumas perguntas vão sendo respondidas, enquanto vemos o desespero de Melanie em saber a verdade sobre o que aconteceu no dia com o intuito de defender quem ela mais ama - e me reservo o direito de não contar quem é essa pessoa porque seria um super spoiler - , quanto mais ela mexe na história mais ficamos em dúvida sobre os reais motivos que somente serão revelados quando a história chegar naquele exato dia de 1991 quando tudo aconteceu. E é aí que me vi decepcionada. O que o autor insere na história não faz tanto sentido e o melhor fica mesmo para a imaginação do leitor, o final mais fraco foi a opção escolhida por ele. 
Esperava bem mais, já li suspenses bem mais legais e com finais sensacionais. 

domingo, 10 de abril de 2016

Menina que via Filmes : Casamento Grego 2 [Crítica]

Título Original: My Big Fat Greek Wedding 2
Título no Brasil : Casamento Grego 2
Lançamento 31 de março de 2016 (1h34min) 
Dirigido por Kirk Jones (II)
Com Nia Vardalos, John Corbett, Lainie Kazan mais
Gênero Comédia , Romance

Nacionalidade EUA







Em 2002 um filme romântico entrava para o mesmo hall que já faziam parte : Uma Linda Mulher, Sintonia de Amor entre outros. Casamento Grego não somente era fofo como também tinha como protagonista uma filha de imigrantes nada convencionais que não aceitavam a cultura americana, faziam de tudo para que a filha só seguisse as tradições gregas. 
Agora, na continuação, muito tempo se passou, Toula ( Nia Vardalos) está casada há 17 anos com seu príncipe encantado - sim , a filha deles tem 17 anos, mas não se passou esse tempo todo entre um filme e outro - que continua lindo e super popular sendo o diretor da escola onde a filha deles que lembra muito o marido estuda. Paris ( Elena Kampouris) morre de vergonha da mãe, que tenta ser cool, mas acaba pagando muitos micos com sua insistência em fazer parte dos grupos da escola. Quanto mais ela se aproxima mas afasta a filha que não vê a hora de ir para alguma faculdade bem longe no próximo ano, claro que para desespero dos pais que querem que ela continue morando em Chicago.
Mas, acreditem,não é esse o foco do filme, e sim algo que causa boas risadas, mesmo que os críticos tenham detestado o filme, por favor, não deem ouvidos à eles. Casamento Grego  2 é deliciosamente divertido e sem compromisso.
A avó de Paris, a super plastificada atriz Lainie Kazan ( como Maria) descobre que nunca se casou com seu marido, mesmo que estejam juntos Há 40 anos, quando decidiram vir da Grécia para os Estados Unidos. 

Pronto, isso basta para que um novo casamento seja preparado com todas as confusões que pedem esse evento envolvendo gregos confusos e exagerados, e o marido que continua tentando encaixar gregos em qualquer parte da história. 
O resultado é positivo, os risos rolam solto pela sala de exibição, e o charme de John Corbett continua valendo à pena como no primeiro filme ( ou quando ele era Aidan para Carrie Bradshaw em Sex and The City).
Assistam :) 

sábado, 9 de abril de 2016

Menina que ia ao Teatro : We Will Rock You [Crítica]





















"We Will Rock You"
Quando: A partir de 24 de março. Sessões: Quintas e Sextas, às 21h, Sábados, às 17h e 21h, e Domingos, às 16h e 20h
Onde: Teatro Santander Complexo JK. Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041, Itaim Bibi

Assistir em uma mesma viagem duas das peças que eu mais tinha vontade de ver, foi quase como ganhar na loteria ( sim, porque se tivesse ganho mesmo rodava muitos países para assistir todas que tenho vontade).
E o melhor é que o resultado foi além da minhas expectativas. O Teatro Santander é lindo, logo no hall principal tem uma lojinha com produtos da peça, claro que comprei o que pude, mas não recomendo muito comprar as cadeiras do balcão, que apesar de se moverem exigem que a gente passe as 3 horas de peça apoiados sobre um ferro para conseguir visualizar todo o palco.






Com o aval de Brian May e Roger Taylor a peça já foi vista por milhões de pessoas em Londres e chegou ao Brasil mês passado com um elenco e adaptação 100 por cento nacionais.
300 anos à frente de nosso tempo o rock não existe mais, uma empresa chamada Globalsoft comanda o mundo e não permite que astros do rock tenham ficado na memória das pessoas, chega a ser bizarro imaginar um mundo sem eles, certo? Mas a ideia é exatamente nos fazer perceber o como seria o que temos hoje sem astros do passado, e principalmente sem o Queen.
Os mais novos não entenderão as referências e perderão as piadas, mas o pessoal acima dos 28 anos poderá com certeza se divertir tanto quanto eu me diverti, e digo mais, parece que eu estava em um show de rock.
O casal principal de chama Galileo e ela Scaramouche. Pescaram? Sim, são nomes falados em músicas do Queen, e não para por aí, o casal que tenta salvar o mundo das garras das pessoas que aboliram o rock dá um show de interpretação, eu chorei quando juntos eles cantaram " Under Pressure". 
Ver todos da plateia  cantando e batendo palmas em uma peça não é comum, somente quando a mesma se trata de biografias de músicos, e essa apesar de não se tratar da história do Queen nos presenteia com mais de 10 músicas da banda, todas inseridas perfeitamente no que a história da peça nos apresenta.
Como não se envolver com os sons de Radio Gaga? Ou a que dá nome a montagem... We will rock you? 
Outro ponto importante de se destacar são os atores de apoio, e seus nomes -afinal, lembrem-se que eles não lembram quem foram as pessoas, somente encontraram lps e cds perdidos - fazendo com que um rapaz todo forte seja conhecido como Britney Spears. E uma moça seja a Mick Jagger.
Sem dúvida um dos melhores espetáculos que já fui, fiquei com vontade de ver mais dez vezes.



sexta-feira, 8 de abril de 2016

Menina que via Filmes : Conspiração e Poder [Crítica]

Título Original: Truth
Título no Brasil : Conspiração e Poder
Lançamento 24 de março de 2016 (2h6min) 
Dirigido por James Vanderbilt
Com Cate Blanchett, Robert Redford, Dennis Quaid mais
Gênero Drama , Biografia

Nacionalidade EUA








Mary Mapes ( Cate Blanchett) é claramente contra a reeleição de George W. Bush em 2004. Jornalista investigativa, ela trabalha para o 60 Minutes onde seu melhor amigo Dan Rather ( Robert Redford) é o apresentador. Focada em revelar ao mundo que Bush não combateu na Guerra do Vietnã por se privilegiar por vir de uma família rica, ela se esforça em mostrar ao mundo que o atual presidente não é o patriota que diz ser.
Para o público fica  a certeza de que ela o faz não somente para provar que ele mentiu - ou omitiu - essa informação, mas sim e também porque não apoia o presidente. O que acaba ocorrendo é que mesmo com toda sua equipe voltada em ajudar a encontrar provas que coloquem no ar o que muitos sabem que é verdade mas todo fogem de problemas com o  Bush, o que dificulta e muito a atuação deles.
Ajuda o filme ser com Cate e Redford, dois gigantes em cena que demonstram a tensão na medida certa para que o espectador sinta o como a frustração e o jornalismo andam lado a lado, quando se trata de falar a verdade.
Mary é claramente uma mulher que coloca o trabalho em primeiro plano e o que planeja não funcionar a faz ter ainda mais força para enfrentar quem quer que seja, mesmo que isso lhe cause muitos problemas, sabemos que nem sempre as pessoas estão prontas para ouvirem a verdade.
Enquanto isso, o próprio local que trabalha não parece muito focado em denunciar o presidente, a tratando como uma doida certas vezes que foi atrás de oficiais aposentados que não sabem o que estão dizendo. 
Há tensão no ar, a parte em que  Rather (Redford)  entrevista um ex combatente que está bem doente e a esposa fica com muita raiva de Mary é memorável, no relato dela fica difícil para gente saber se Mary está realmente certa em usar as pessoas para conseguir o que quer. 

A parte em que será investigada, lembrem se , ela acaba voltando o que planeja contra si, já que não tem provas suficientes e se precipita em colocar no ar a tempo das eleições, há um Delmot Muhoney no papel de advogado do diabo, fazendo de tudo para provar que Mary falhou em sua missão. 
É um filmaço, e lembra muito o Brasil, para que vive defendendo a grama do vizinho - EUA - é um filme perfeito para provar que aqui ou lá, o poder fala mais alto e a corda arrebenta do lado mais fraco.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

[Resenha] Minha Vida Mora ao Lado @EdValentina

Título Original: My Life Next Door
Título no Brasil: Minha Vida Mora ao Lado
Autora : Huntley Fitzpatrick
Editora Valentina
Número de págs: 319
Tradução: Carolina Selvatici








Talvez o maior trunfo dessa história seja a simplicidade com que a autora nos coloca no mundo de Samantha. Ela não é linda, ela não tem super poderes e sim, sua vida não tem nada de perfeita, por mais que sua mãe insuportável tente fazer com que se pareça. 
Os Reed são as família de Samantha, que tem uma irmã meio nada a declarar chamada Tracy e uma mãe que só se preocupa com ela mesma, as coisas que já não andavam bem ficam ainda piores quando lhe arrumam um padrasto : Clay. 
Na casa ao lado moram os Garrett, e eles sempre foram tão normais que Sam os inveja, pudera, eles se sujam, não cortam a grama sempre, não seguem as regras e a mãe deles é tão legal que um dia pede para Samantha tomar conta do mais novo, lhe arrumando um emprego de babá da criança que a adora.
Claro que a mãe dela é super contra, os Garrett são algo proibido, já que são tudo que ela não quer que suas filhas sejam, já não basta ela ter sido abandonada pelo pai das meninas, pelo menos não tinha nenhum problema com dinheiro e tinha que manter as aparências para campanha de deputada. O almofadinha do namorado que logo vai morar na casa delas é um dos personagens mais ridículos que já li na vida, sempre tentando tirar vantagem de tudo e fazendo a mãe das meninas de marionete sem que ela perceba.
Mas se você está se perguntando sobre o título do livro, entenda que não é somente o estilo de vida que Sam gostaria de levar, naquela casa também vive Jase, o menino que ela vai se apaixonar e poder fugir da loucura de ser  correta que sua mãe transforma seu lar. Um exemplo é de que a casa mesmo limpa sempre precisa ser limpada. 
Mas obviamente que a história dos dois é linda e a gente torce por um final feliz, acontece que para colocar uma pitada de emoção na história, a autora opta por nos mostrar mais uma vez que para ter uma mãe como a de Sam era melhor ter somente um pai, mesmo que ele tenha fugido. O que acontece dá tanta raiva, e o que Clay e a mãe dela sugerem e como eles agem é tão surreal que o livro tem seus vilões. 
Para mim  o ponto alto do livro foram as atitudes de Sam, provando que nada tinha de parecida com sua mãe, a menina é madura e honesta e age da forma mais bacana possível com todos. Rapaz de sorte esse Jase. Mas...dá aquele friozinho na barriga, porque o mistério do final coloca o romance deles em risco e a gente fica se perguntando se no lugar deles perdoaria ou não. E você, o que faria?
Eu agiria como Sam, me tornei fã! História envolvente e um final acertado fazem desse livro uma excelente opção de leitura.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Menina que via Filmes: Uma Noite de Crime [Crítica]

Título Original: The Purge
Título no Brasil : Uma Noite de Crime
Lançamento 1 de novembro de 2013 (1h26min) 
Dirigido por James DeMonaco
Com Ethan Hawke, Lena Headey, Max Burkholder mais
Gênero Suspense , Terror

Nacionalidade EUA


Difícil escolher um filme no Netflix, mas quando vi que muitas pessoas falaram bem de Uma noite De Crime, logo que me animei, e o resultado foi positivo. Em um Estados Unidos sem crime, passado em 2026, o governo decide que já tem prisioneiros demais em suas prisões. Sendo assim, decretam o dia do Expurgo, zerando a criminalidade do país, mas permitindo durante 12 horas somente em um dia específico do ano que as pessoas usem as armas permitidas no país e descarreguem toda sua raiva matando outras pessoas. Nesse dia ninguém é preso, o cidadão é perdoado.

Parece surreal? Sim, e claro que lembra muito Laranja Mecânica. Ultraviolência é lugar comum quando todos decidem aceitar que isso é normal. 
O foco do filme é na vida de um casal com 2 filhos adolescentes. O pai James Sandin ( Ethan Hawke) ficou milionário exatamente porque se beneficia da lei sendo dono de uma empresa de segurança. A mãe parece não ligar muito para nada, a filha mais velha está com os hormônios à flor da pele e só pensa em se agarrar com o namorado que seu pai não aceita por ser mais velho, enquanto o filho mais novo irrita o filme inteiro.
No dia do expurgo eles se trancam em sua casa protegida e aguardam a noite passar. Perceberam no como por si só  a história já é uma crítica a sociedade americana? A liberação do uso de armas ( afinal, porque tê-las e não usá-las?) . A diferença entre os pobres e ricos,  os mais humildes não tem dinheiro para pagarem a proteção que a casa precisa.
Na noite de terror em questão, o filho que sabe todas as senhas da casa – e achei bizarro isso – permite que um rapaz negro que está fugindo de ricos brancos completamente descontrolados e loucos por violência, se esconda em sua casa. Começa aí a trazer ao espectador vários sentimentos:
1- O filho estava certo ou foi burro demais em deixar uma pessoa entrar em sua casa por estar com pena dele e ser contra essa lei?
2- O pai e a mãe estavam certos em ver somente o lado deles e querer proteger os seus? Vocês fariam o que?
Essas e outras questões são levantadas o tempo inteiro. E tudo leva a crer que não temos a resposta certa, porque se permitimos que um estranho entre em nossa casa ele tanto pode ser bom ou ruim, correto?
Eu confesso que passei boa parte do filme tensa. Fechei os olhos várias vezes e me impressionei com o final. Preparem-se, é um filme para uma auto avaliação, ainda mais se você vive em uma cidade violenta como a minha.