terça-feira, 31 de maio de 2016

Resultado da Promo de Maio de 2016

Oi gente!!! Vocês comentaram, participaram e claro que merecem esse prêmio!
Agradeço muito a todos que passam por aqui deixando sua opinião <3!
A sortuda do mês vocês conferem abaixo! Nada de desanimar que hoje à meia-noite entra a promo de junho de comentarista. 


Menina que via Filmes: Alice Através do Espelho [Crítica]

Título Original: Alice in Wonderland 2 : Through the Looking Glasses
Título no Brasil: Alice Através do Espelho
Data de lançamento 26 de maio de 2016 (1h 50min)
Direção: James Bobin
Elenco: Mia Wasikowska , Johnny Depp, Helena Bonham Carter mais
Gêneros Fantasia, Comédia
Nacionalidade EUA


Um dos filmes mais aguardados por mim esse ano, Alice Através do Espelho não fica devendo nada ao primeiro, sendo que o mestre Tim Burton abriu mão de dirigir o longa e atuou como produtor, isso talvez justifique que todos os astros amigos do cineasta presentes no primeiro filme estão também nesse. 
Na continuação 6 anos depois, Alice ( Mia Wasiwoska) é capitã no navio que era de seu pai para desespero de sua mãe que agora mora sozinha e de seu ex que nunca esqueceu o fora que levou dela, mesmo já estando casado e com um bebê nesse segundo filme. Para se vingar ele cancela as expedições dela que a empresa dele patrocina e ainda hipoteca a única casa que Alice tem. 
Um belo dia na casa desse mesmo vilão de décima categoria ela segue uma borboleta com a voz de Alan Rickman - quem não seguiria? Saudades desse ator lindo - e acaba atravessando um espelho, está aí o porquê do nome do filme, e indo parar de novo na Terra das Maravilhas, onde revê seus amigos que estão desesperados porque o Chapeleiro Maluco ( Johnny Depp) está em depressão e não sai mais de sua casa, tudo isso porque morre de saudade de sua família e quer revê-los. Alice avisa que eles estão mortos o que faz com que ele sinta raiva dela e a expulse. Começa aí a saga desse filme, atrás da verdade sobre a família do amigo ela claro que procura o Vilão do Tempo ( chamado de Time) interpretado por Sasha Baron Cohen, que está trabalhando para a Rainha Vermelha ( Helena Bonham Carter) . 















Dessa vez descobrimos que a Rainha Branca ( Anne Hathaway) não é tão boazinha e o passado de muitos personagens quando Alice volta ao tempo para tentar descobrir o que aconteceu de fato com a família do amigo.
O colorido do filme é impressionante, os atores estão em sintonia pura e eu me diverti como uma criança no cinema. Adoro essa história e dessa vez não foi diferente, não sei nem dizer qual filme gosto mais.
Só tenho a dizer que recomendo, Alice através do espelho é diversão garantida. 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

[Resenha] Tá Todo Mundo Mal @cialetras

Título Original: Tá Todo Mundo Mal
Autora : Jout Jout
Editora Companhia das Letras
Número de págs: 196











Começando pelo fato de que pouco sabia de Jout Jout, ou melhor, de Julia Tolezano da Veiga Faria, solicitei o livro de parceria mais por curiosidade, claro que sabia quem era a moça pois já foi parar em minha timeline vídeos bem engraçados como por exemplo do Biscoito ou Bolacha. Mas definitivamente não posso me intitular fã, na verdade antes dessa resenha nem sequer era inscrita no Canal dela. 
Mas então vejo uma penca de amigos vibrando com a chegada do livro dela, e Jout Jout me agrada por uma questão muito simples: ela foge dos padrões de beleza. E com isso ela não é aquele rosto e corpo perfeito da Kéfera e muito menos se preocupa com a maquiagem fora de alcance do bolso da maioria de suas seguidoras, em resumo: ela é muito mais o que eu sou do que outra.
Para completar toda essa identificação apesar da diferença gritante de idade entre nós - ela bate mais com meu irmão 10 anos mais novo! Ah, sim, ela também tem um irmão com essa mesma diferença de idade - me vi nela dizendo que não viu muito sentido de ter feito a faculdade de Jornalismo por 4 anos e meio, aliás a comunicativa que ela é hoje se deve ao fato dela ter nascido assim e não como muitos pensam dela ter cursado isso na faculdade. Ainda completa que o melhor presente que teve do curso foi seu atual namorado e uma amiga, posso fazer coro? Meus dois melhores amigos vieram do curso que nem por um mês trabalhei na área em toda minha longa vida de carteira de trabalho.
Com um subtítulo de " O livro das Crises" a autora vai abrindo sua vida aos seus leitores e sendo ainda mais comum como a gente espera que todo mundo seja, afinal, as pessoas na internet são como nós, vão ao banheiro, dedicam um capítulo sobre puns e despejam seus dramas e aflições para acharmos bizarro ou nos sentirmos mais próximos.
Jout Jout faz bonito em sua estreia como autora, talvez daí venha todo seu sucesso, quantas blogueiras dedicariam um capítulo inteiro de seus livro para explicar as propostas sem nexo que recebem para fazerem comerciais de coisas que nada tem a ver com elas? Tal qual na televisão, sempre teremos os produtos que não combinam com seus anunciantes, como Xuxa usando Monange e Gisele Bundchen balançando seus cabelos com o shampoo da Pantene. Para a youtuber há muito mais do que grana no que faz, claro que é uma delícia ganhar fazendo o que se ama, mas não é o que a faz levantar e gravar os vídeos ou gastar horas editando os, há muito mais por trás disso.
As crises de Jout Jout são tão sinceras que a gente lê cada página imaginando a voz dela e olha que só vi no máximo uns 5 vídeos dela compartilhados em timelines amigas. 
Não sou do time que acha que youtuber não deva escrever livros, acho que devem sim, desde que como foi esse, divertido, acolhedor e sincero. Jout Jout ganhou uma fã, não exatamente da faixa etária que ela costuma agradar, mas alguém que agora entende melhor porque tanta gente curte ela. 

domingo, 29 de maio de 2016

Menina que via Filmes: A Garota do Livro [Crítica]

Título Original: The Girl in the Book
Título no Brasil: A Garota do Livro
Data de lançamento 26 de maio de 2016 (1h 26min)
Direção: Marya Cohn
Elenco: Emily VanCamp, Michael Nyqvist, Ana Mulvoy Ten mais
Gênero Drama

Nacionalidade EUA
Ano:2015









Em uma semana onde o tema abuso e estupro bateram todos os recordes de utilização nas redes sociais no Brasil, assistir A Garota do Livro é quase que obrigatório. O tema que infelizmente não sai de moda é o mote para que a história de Alice Harvey ( Emily VanCamp, excelente no papel) seja como  a de inúmeras mulheres que sofreram com uma pessoa de confiança abusando delas e com a falta de atenção dos pais.
Aos 28 anos a moça trabalha em uma editora, até hoje não conseguiu realizar seu sonho que era ser escritora, mas lembra-se muito bem quando há 15 anos atrás ela sofreu abusos do melhor amigo de seu pai, o famoso escritor Milan Daneker ( Michael Nyqvist). O que a atormentou sempre voltará à tona quando seu chefe lhe pede para acompanhar o novo contratado da editora que trabalha, ninguém menos que o culpado por ter virado a mulher traumatizada que virou.
Ao espectador resta acompanhar em flashback o como Milan se aproximou de Alice já com segunda intenções e se excitava com qualquer coisa que a menina falasse, o diretor deixa claro que faltou atenção dos pais, assustada a moça não reage, quando o faz o abuso já foi consumado, não uma, mas várias vezes.
Quando opta por contar à mãe a verdade, ouve coisas que nos dão vontade de invadir a tela e fazer os pais acordarem, tanto na ficção quanto na vida real sempre acho que muito da culpa é dos pais que desatentos e sem limites para seus filhos o deixam perdidos em um período da vida onde o que mais precisam é de apoio e uma mão para guia-los e ouvir seus conflitos internos.
Um pai egocêntrico, uma mãe alucinada e um amigo da família pronto para tirar proveito disso formam facilmente o cenário propício para que Alice sofra algo que nunca mais lhe permitirá ser a menina que deveria ter sido e a faz uma adulta totalmente perturbada.

Não por acaso - isso está no trailer, não é spoiler - ela passa os dias não se prendendo a homem algum, destruindo relacionamentos com quem a ama de verdade e dormindo com qualquer homem que demonstre sentir desejo por ela, de acordo com a mesma, porque ali naquele momento ela se sente de fato importante para alguém.
Está claro que o que ela faz é autodestruição, mas ela demora a perceber que não só continua se ferindo como também o faz com os rapazes que nada tem a ver com que ela sofreu no passado, na verdade eles nem ousam imaginar tudo que ela passou. 
Alguns críticos acharam o filme fraco, eu achei ele exatamente o que tem que ser: incômodo. Não consegui ficar neutra com as cenas de abuso, e a atriz que a faz mais nova está de parabéns, passando o que geralmente quem passa por isso nessa idade relata : o medo que imobiliza.
Não espere finais felizes, infelizmente não inventaram como deletar cenas do passado.
Para completar - como citei acima -  ela tem que agora trabalhar com o homem que a marcou negativamente para sempre, a princípio ela acha que consegue, mas vê-lo faz com que ela relembre tudo que passou, e a cara dele de que ficou impune e que não fez nada demais aparece a todo momento, que ódio! De um cinismo impressionante. A personagem que ele inventa e é de seu best seller é baseado na menina que ela um dia foi... e que ele destruiu. Como podem existir pessoas assim?
Por favor, assistam. Achei o elenco ótimo e o filme é um alerta, aprendam a escutar seus filhos. E não confiem em todos, por mais que sejam amigos ou da família. 

Menina que via Filmes : Roteiro de Casamento [Crítica]

Título Original : Me Casé con un Boludo
Título no Brasil: Roteiro de Casamento
Data de lançamento 26 de maio de 2016 (1h 40min)
Direção: Juan Taratuto
Elenco: Valeria Bertuccelli, Adrian Suar, Maria Alché mais
Gêneros Comédia , Romance

Nacionalidade Argentina
Ano:2016




Um dos cinemas que mais amo é o argentino. Posso afirmar que ultimamente tem dado um show no nosso, principalmente com seus filmes mais sérios. Não, não é o caso desse, e longe desse ser uma obra-prima como foi O Clã. Mas o casal de atores Adrián Suar e Valeria Bertuccelli tem tanta química juntos para o humor  - algo como um dia tiveram Fernanda Torres e Luis Fernando Guimarães- que é impossível sair da sala de cinema sem dar boas risadas.
Os dois já tinham feito o excelente Um Marido para Minha Esposa e esse apesar de inferior também vale a ida ao cinema.
Fabián Brando ( Adrián ) é um ator desde os 6 anos de idade, reconhecido por onde quer que vá, ele sempre namorou muito mas nunca se casou. Já Florencia ( Valeria) tem pouco talento e só conseguiu seu último papel porque está namorando o diretor, um homem muito mais velho que ela, que não a trata muito bem.
Os dois farão um filme juntos, e ele mais do que ela se apaixonará a ponto de antes das filmagens acabarem a pedir em casamento. O que ela aceita, corrido não? Pois é, mas eles se casam e estão estampados em todas as revistas Caras da vida.















E é depois do casamento que ela percebe que se encantou com o personagem não com o ator. Egocêntrico como sempre, ele mal percebe o quanto ela está infeliz até ouvi-la desabafar para uns amigos, o que faz com que ele procure o roteirista do filme que fizeram para virar exatamente o homem que ela quer.
Durante as quase 2 horas de longa o que se tem é uma raiva da protagonista por ser uma mala e a plateia achando todos os esforços dele fofos. Claro que torcemos para que eles fiquem juntos e há muitos momentos de riso garantido, mas ela é chatinha demais.
É um filme sem muitas surpresas só para diversão mas com a qualidade argentina de se fazer um humor sem baixarias e com dois atores em muita sintonia. Assistam. 

sábado, 28 de maio de 2016

Como foi conhecer Alicia Vikander no Rio

Essa postagem não é para contar a vocês como eu e minhas amigas descobrimos hotéis, ou para ficar em explicando às pessoas que pensam que eu não tenho nada mais o que fazer da vida do que ficar atrás de artistas. 
Pois bem, quem me acompanha aqui sabe que amo cinema, e que tenho paixão por muitos atores ( claro que escritores também, mas isso mais gente sabe ainda) . Foi por essa razão que eu surtei quando soube que Alicia Vikander - ganhadora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante 2016 por A Garota Dinamarquesa - viria ao Brasil para o desfile da Louis Vuitton 2017. Eu e minhas fiéis amigas fomos atrás de informações, e então sabido o hotel era hora de nos arriscarmos. Digo isso, porque nunca sabemos como será encontrar um artista e como ele reagirá a um pedido de foto e autógrafo. Pois é, tão pouco para eles, mas um sonho realizado para quem é fã. Dia 26 de maio, feriado de Corpus Christi e lá fomos nós atrás dela, por sorte a espera demorou muito pouco, acho que menos de 1 hora. 
Tinham somente mais duas fãs com capa de revistas que ela fez para autografar e nós. Eu levava os filmes que tenho com ela na capa, principalmente o meu favorito : O Amante da Rainha. 
Ela saiu a pé do hotel com uma amiga, assim, despercebida. Era como se fosse uma hóspede qualquer.

Fomos atrás, pedi uma foto e ela deu dois beijos em todas as fãs, posou ao lado de cada uma e até esperou minha segunda selfie, a primeira está acima. A segunda que saiu em alguns sites e até no famoso Instagram do blogueiro Hugo Gloss está abaixo.
Quando entreguei os dvds para ela autografar ela disse que amava ver as capas dos filmes dela em outros idiomas dos países que visitava.
Foi muito simpática e agradeceu o tempo inteiro o carinho que tivemos com ela. Por 5 minutos elas fez 4 fãs muito felizes, não custava nada, certo? Não entendo atores/ cantores que não atendem seus fãs.
Para completar essa tarde linda, a blogueira de moda mais famosa do mundo Chiara Ferragni do blog The Blonde Salad, estava por lá e também aproveitei para bater uma foto :) 





































COM CHIARA FERRAGNI

[Resenha] A Baía da Esperança @intrinseca

Título Original : Silver Bay
Título no Brasil: Baía da Esperança
Autora : Jojo Moyes
Editora Intrínseca
Número de págs: Silver Bay










Depois de ter lidos alguns livros de JOJO e de ser encantada e super fã de Como eu era Antes de Você, fiou difícil para mim não comparar os demais livros com ele. Por essa razão lhes digo que a leitura de Baía da Esperança no início durou alguns dias a mais do que esperava e de leio um livro normal de que tenha gostado muito. Para mim Silver Bay foi um livro que eu precisava ler em longas sessões. 
Vamos à sinopse: Quando Mike Dormer parte de Londres para uma pequena cidade litorânea da Austrália, a fim de impulsionar a construção de um resort de luxo, vislumbra apenas mais um contrato milionário que lhe permita subir outro degrau da escada empresarial. O destino, porém, lhe reserva algo diferente. Baía da Esperança não é uma cidadezinha qualquer, e as tripulações de observação de baleias, lideradas pela enigmática marinheira Liza McCullen, logo vão se revoltar contra o apetite predatório do forasteiro Mike. Quando a mega construção começa a ganhar vida, e então se revelam os efeitos na fauna local, os mundos de Liza e Mike se chocam, com resultados dramáticos. Perigos inesperados irão confrontar os nativos, sejam eles criaturas marinhas ou seres humanos. E Mike se vê obrigado a responder à pergunta que paira sobre Baía da Esperança: até onde  se pode chegar, antes de acabar por destruir o que se ama?
Comecei a gostar da história um capítulo sim e outro não, parecia que Jojo pegava ritmo e parava, sabem? Então foi complicado me sentir atraída pela história. Mas então eu comecei a me "apegar" à personagem Liza McCullen, algo tinha acontecido, ou estava acontecendo com ela e eu sabia que JOJO não me decepcionaria. Então comecei a ler direto para descobrir o que de fato era, e quando percebi a história já tinha me ganho, pessoal não desistam facilmente porque a história demora ´para pegar no tranco mas quando pega vale super a pena se envolver. Bom, quando o passado de Lisa é revelado aos leitores fica impossível não se envolver com  a dor dela.
Me encantei com Mike Dormer que começa como o "vilão" se hospedando por lá apenas para destruir uma parte do local e fazer um empreendimento imobiliário mas claro que nossa autora nos reserva uma mudança de personalidade onde o moço virará para o lado do bem e defenderá o local e sua amada. . E que local lindo descrito pela autora, a Baía da Esperança é o tipo do lugar que você imagina e quer estar por lá. 
Senti falta de ir mais a fundo na história dos personagens secundários, acreditei que ali possam ter histórias muito bacana para que o leitor se envolvesse ainda mais com o enredo.
De resto Baía da Esperança é um livro bem bonito que merece ser lido, principalmente pelos fãs de Moyes, não desistam pelo início, por favor ;) 



quarta-feira, 25 de maio de 2016

Menina que via Filmes: A Vingança Está na Moda [Crítica]

Título Original: The Dressmaker
Título no Brasil: A Vingança Está na Moda
Data de lançamento 19 de maio de 2016 (1h 58min)
Direção: Jocelyn Moorhouse
Elenco: Kate Winslet, Liam Hemsworth, Hugo Weaving mais
Gêneros Comédia , Drama
Nacionalidade Austrália








Esse filme está bem longe de ser uma comédia como o trailer e alguns críticos o venderam. Myrtle "Tilly " Dunnage foi uma menina sem pai que sofreu muito na escola, acabou sendo expulsa da pequena cidade que nunca tratou bem e acaba indo parar em Paris onde vira estilista e opta em um belo dia - anos depois - em retornar à cidade que tanto a maltratou e se vingar de todas as pessoas. É aí que o filme apesar de ter Kate Winslet divina como lhe é habitual, peca em muitas coisas. Ele fica perdido entre a comédia e o drama, em um primeiro momento em flashbacks vemos um pouco de tudo que ela sofreu com uma criança tenebrosa, uma menino todo trabalhado no capiroto que achava que poderia bater em tudo em todos, afinal, seu pai meio que mandava na pequena cidade. 
Quando ela volta toda de Dior, linda de morrer, a cidade para, e até mesmo o delegado que a mandou embora pensando mais nele do que nela vira um amigo. Aí que começam as confusões, ela volta na verdade querendo que todos a amem, e não muito querendo se vingar, o que por si só já se perde o foco. Sua mãe é uma criatura detestável que durante todo o filme não consegui entender porque ela deixou a única filha ser expulsa da cidade e não foi com ela? Não há muitas explicações do que aconteceu com a menina, mas nada justifica as atitudes da mãe que quando ela volta a trata pior ainda, para então depois virar uma boa mãe que defende a filha de toda a cidade...oi? Um pouco tarde para isso, não?




















Também não me convenceu o astro de Jogos Vorazes Liam Hemsworth ter  a idade de Kate Winslet e ser o rapaz boa praça, humilde como ela que após anos sem a sua musa na cidade resolve se declarar. A beleza dele ajuda na interpretação, mas o casal não convence muito como tendo a mesma idade. 
Para completar os vilões estão por toda a parte e quando achamos que ela finalmente conseguirá se vingar de tanta gente que não valia nada, voltam para  a vida dela de Maria do Bairro e lhe dão um final sofrido demais.
Esperava muito mais, claro que Winslet salva qualquer filme, a presença dela já vale a entrada do cinema, mas o roteiro é fraco, nem chega a 10 por cento do talento da Sra. Winslet. 

terça-feira, 24 de maio de 2016

[Resenha] Um Novo Amanhã @editoraarqueiro

Título Original: The Next Always
Título no Brasil: Um Novo Amanhã
Autora : Nora Roberts
Editora Arqueiro
Número de págs: 314
Tradução: Janaína Senna







"Nossa, mas como assim você nunca leu Nora Roberts?" Essa pergunta já perdi as contas das vezes que respondi. Foi então que finalmente com "Um Novo Amanhã" resolvi descobrir o mundo da escritora dos milhares de livros. Sim, Nora é uma das autoras que mais publicou livros no mundo e ainda usa outros nomes em uma penca deles. Fica difícil encontrar alguém que tenha conseguido ler todos. 
O que tenho para dizer é que entendi porque tantos são fãs da autora, ela realmente tem um quê de Sparks - eu sei que ele veio depois dela, mas conheço muito melhor a escrita dele- que me encantou tremendamente, e não entendam por isso que ter algo a ver com Nicholas é porque tem cheiro de desgraça mas sim porque os personagens da cidade pequena vão nos sendo apresentados um por um a ponto de nos sentirmos íntimos deles na metade do livro e querermos dar conselhos.
Vindo de uma trilogia chamada A POUSADA, a cidade da ação é Boonsboro que por sinal foca em uma pousada -não diga! rs- que após passar por inúmeros donos chega a ser propriedade de 3 irmãos, o galã da vez atende pelo nome deBeckett, um arquieteto super gato que ama estar ao lado de seus outros irmãos, jogar conversa fora, paquerar todas as mulheres da cidade e comer pizza enquanto vistoria a obra.
Claro que há sua metade da laranja que atende pelo nome de Clare, uma amiga de longa data que ficou viúva e  é dona de uma livraria e que faz de tudo para criar seus 3 filhos, todos super amigos de Beckett que os trata muito bem.
Beckett sempre foi louco por ela mas nunca teve coragem de se declarar, ao mesmo tempo ela não está procurando um amor, ainda tenta se recuperar do falecimento de seu marido e só pensa em criar os filhos.
Lógico que Nora cria todo um cenário perfeito para que os dois acabem se envolvendo e enquanto um sabe bem  o que quer o outro se pergunta se entregar-se é o caminho certo.

Não se trata de uma história com nada de especial, mas com uma escrita envolvente o mundo em que o leitor é inserido faz com que não seja possível largar o livro sem termina-lo, é como um filme que não se vê o final. Já sabemos que terá continuação e estou doida para saber o que Nora - ou seria o destino? - reserva para esse casal. 

[Canal da Menina] Como embalo meus livros

Volta e meia quando eu postava fotos da minha estante vocês me perguntavam o porquê de eu colocar plásticos nos meus livros, a resposta está nesse vídeo.
Sim, eu coloquei " encapo" mas depois percebi que o correto seria " embalo", então me perdoem os que eu confundi.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Menina que via Filmes: X-Men Apocalipse [Crítica]

Título Original: X- Men Apocalyse
Título no Brasil: X-Men Apocalipse
Data de lançamento 19 de maio de 2016 (2h 24min)
Direção: Bryan Singer
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence mais
Gêneros Ação, Ficção científica, Fantasia

Nacionalidade EUA







Vamos logo ao que interessa: vale MUITO a pena assistir a esse filme. Diferente do último filme da safra que dividiu opiniões, X-Men Apocalipse é filme para se apaixonar pelos mutantes e para quem é fã bater palmas no final. Depois de tantos filme ótimos de heróis e seu vilões chegou a vez de uma das minha sagas preferidas bater de frente e não ficar devendo a nenhum deles. Não que seus filme anteriores sejam ruins, eu particularmente os amo. Mas esse teve um quê de especial em trazer o vilão interpretado por Oscar Isaac - brilhantemente - que é bem conhecido pelo nome de Apocalipse e é mal na medida que esperamos nos filmes do gênero.
Logo no início a chegada dele matando um cara que a ameaça já diz ao que veio, interessado em acabar com a humanidade ele está disposto a pegar seus Cavaleiros e cumprir sua missão, e por Cavaleiros entendam como Magneto ( Fassbender totalmente à vontade no papel) Psylocke (Olivia Munn), Anjo (Ben Hardy) e Tempestade (Alexandra Shipp). Do lado do bem temos sempre o Professor Xavier ( James McAvoy) e sua escola para alunos mutantes, trazendo mais 3 alunos novos para se juntar com os que já estavam por lá, claro que contando mais uma vez com minha favorita, a Mística de Jennifer Lawrence, não sei mais separar a personagem da atriz e depois desse filme já acho que elas são a mesma pessoa mesmo.
Não falta nada no filme, e discordo dos que criticaram do vilão, eu o achei convincente, e totalmente integrado ao filme. 
Para os que conhecem X-Men somente pelo Wolverine ( Hugh Jackman), cuidado, ele faz uma pequena participação, quem ver o filme ou já conhecer a história entenderá.
Na falta de Wolverine um filme inteiro, sobra para o vilão Magneto brilhar e não sei se vocês terão o mesmo sentimento, eu não sabia para quem torcer, adoro Magneto. 
O final é sensacional, mas não cabe a mim conta-lo, diferente dos fãs de Facebook ed Game of Thrones eu entendo que spoilers estragam uma história, assistam e me digam o que acharam. 

domingo, 22 de maio de 2016

[Evento] Tudo que rolou no 22º Evento da Menina

























Um dia com exatos OITO eventos literários no Grande Rio, pois é, e o meu era um deles. Lindo de ver mas preocupante para quem imagina : " vai dar público?" Eu mesma, comecei o dia com um desânimo só por causa de problemas que não tem a ver com o blog mas que acabaram influenciando na minha alegria costumeira de apresentar o evento.
De manhã tinha na livraria Cultura um evento da Editora Record imenso que eu mesma fiquei com vontade de ir, mas por causa de problemas não pude ir o que já me deixou triste. À tarde seria o meu, recebi mensagem de uma das autoras Kelly Teixeira que ela não poderia estar presente, claro que eu compreendia o motivo, estando grávida ela deveria repousar, mas isso não me tirou a tristeza que era não ter mais uma vez um autor e isso acontecer bem no dia do evento. Para quem não recorda desde que apresento o evento da Menina isso aconteceu algumas vezes, recordando :
- Em dezembro de 2014 com a autora Rafaela Guimarães;
- Em janeiro de 2015 com a autora Cell Moreira; 
- Em maio de 2015 com a autora Lycia Barros;
-Em outubro de 2015 com a autora Carine Raposo
Já posso pedir música no Fantástico? Enfim, desejo melhoras para Kelly sei que ela queria muito estar com a gente ontem e como eu disse à ela fica para uma próxima oportunidade. Mas nem todos os autores foram educados de me avisar, alguns mandaram recado para outras pessoas e eu descobri no próprio evento, com os leitores com livros deles esperando na plateia. Momento desabafo, vamos ao evento.
Como achei que iriam poucas pessoas levei poucos kits de participação, e apenas 12 livros para sorteio, mas o público presente foram de 87 pessoas! Foi lindo ver todo mundo na fila esperando para entrar e tantos rostos conhecidos e novos!





A 1ª entrevistada do dia foi a autora Renata Ventura, simpática e misturando um pouco de timidez ela nos contou como teve a ideia de criar o personagem Hugo Escarlate. Um bruxinho morador da Comunidade do Dona Marta, na zona sul do Rio de Janeiro. Muitos da plateia tinha lido o livro dela e se encantaram com ela explicando que sua inspiração foi Harry Potter, que ela adora idiomas e que sabe falar esperanto.





Com dois livros já publicados, os fãs podem aguardar que teremos pelo menos mais três complementando a história de Hugo, com as 5 casas que são em diferentes cidades desse nosso imenso Brasil. A primeira história se passa no Rio, a segunda em Salvador e a terceira em Manaus. 
Em seguida foi a vez de Lu Piras que já esteve conosco em dezembro de 2014 subir ao palco para falar de seu mais novo livros lançado em 2015 pela editora LPM  " Além do tempo e mais um dia" que conta a história de um rapaz que perde as duas pernas mas que tem uma força imensa de recomeçar e seu sonho é ser um atleta. 


Seus fãs acostumados com livros românticos podem ter se impressionado no início mas a história é tão inspiradora que ela logo começou a receber emails dos leitores adorando seu novo livro.
Para compor os personagens ela fez todo um estudo com pessoas que passaram pelo mesmo que Benjamin , seu protagonista, e a editora também foi fundamental em apoiar a obra e querer publica-la. Lá no início tanto Renata quanto ela pagaram para poderem publicar seus livros e hoje são autoras reconhecidas que as editoras querem tê-las nos acervos.
No final do evento foi a vez de fazermos o sorteio, confiram os sortudos.


Espero que todos tenham se divertido tanto quanto eu!
O próximo evento acontece dia 4 de junho e já tem evento aberto no Facebook.
Olha a foto de todos juntos que lindo.

E fotos de amigos queridos que compareceram.










quinta-feira, 19 de maio de 2016

[Resenha] A Coroa @editoraseguinte

Título Original: The Crown
Título no Brasil: A Coroa
Autora: Kiera Cass
Editora Seguinte
Número de págs: 311
Tradução: Cristian Clemente









Se você não curtiu A herdeira e por isso se pergunta se de fato vale a pena ler esse livro, lhe respondo: sim! Todo o mimimi de Eadlyn foi deixado para trás e nessa continuação ela lembra muito a mãe dela que amamos: America. Fica difícil fazer essa resenha sem contar spoilers, então se você nunca leu nenhum livro, sugiro que pare por aqui. Agora se leu ou não liga para spoilers, vamos falar sobre minhas impressões.
O final do último livro foi avassalador, me perguntei de verdade se Kiera teria coragem de matar uma pessoa que nos conquistou, digo mais...eu quis continuações com a filha mas vibrava muito mais quando lia qualquer coisa que metesse aos pais, ao amor que os uniu ainda vivo, e confesso que vibrei com cada vez que Eadlyn se indagou se um dia teria o amor que os pais dela tem, concordo minha querida, esse amor, seja na realidade ou na ficção, é difícil de encontrar. Não por acaso, Kiera Cass no presenteou com uma das histórias mais adoráveis do mundo, um enredo que em mãos erradas poderia ser somente um livro teen, mas que com o talento da autora marcou uma geração e conquistou pessoas dos 15 aos 40 anos. 
Como se apaixonar por algo retrógrado que é escolher quem você vai se casar como  quem luta por um emprego em um longo processo seletivo? Poderia ser machista, mas não é...nos envolvemos com a história e vemos nos 2 últimos livros que Iléa mantem a tradição e faz com que agora homens passem pela seleção, ou seja, é Eadlyn quem coloca os rapazes em uma posição de insegurança. E que delícia de história, o crescimento da personagem, a descoberta dela com cada um dos pretendentes, a responsabilidade a fazendo perceber que nada vem de mão beijada. A preocupação em ser popular, com a saúde da mãe e com não magoar aqueles que ainda lutam por conquista-la faz da protagonista uma forte candidata ao posto de queridinha, claro que não há como comparar com America, ela já vive em nossos corações, é por causa dela que quisemos Eadlyn, e é assim que como fã e leitora desse universo me senti feliz ao ver que ao contrário do que acontece com outros livros com sequências desnecessárias, esse cumpre seu papel e nos faz ter certeza de que não foi um erro continuar  a linda história de amor de Maxon e America. 
Como não amar o final escolhido por Kiera? O inusitado...mas uma escolha acertada.  Por mais que vá parecer óbvio para algumas pessoas, para mim demorei a acreditar que ela me surpreenderia tanto. 
De qualquer forma Eikko e Henri já entraram na galeria de personagens masculinos que adoro. Já pode pedir mais livros com todos? 

Menina que via Filmes : O Conto dos Contos [Crítica]

Título Original: Il Racconti dei Racconti
Título no Brasil: O Conto dos Contos
Data de lançamento 12 de maio de 2016 (2h 14min)
Direção: Matteo Garrone
Elenco: Salma Hayek, Vincent Cassel, Toby Jones mais
Gênero Fantasia

Nacionalidades Itália, França, Reino unido
Ano:2014







Não esperava que fosse gostar tanto desse filme, mas o resultado positivo se deve sobretudo aos atores que parecem muito à vontade em papéis não muito comuns contracenando com criaturas bizarras. Filmado em 2014 somente agora o filme chega aos cinemas brasileiros.
Dividido em 3 histórias que somente se interligam no final, o vai e volta pode ser que confunda os menos atentos. A primeira história mostra uma rainha ( Salma Hayek) e um rei ( John C. Reilly) que sonham em ter um filho, ela mais do que ele. Para realizar o sonho dela acabam indo atrás uma espécie de bruxo que lhes manda fazer uma " simpatia"  nada comum, matar um leão marinho, uma virgem cozinha seu coração e a rainha comê-lo. A cena em si já nos causa certa repulsa. E a esposa parece de fato muito mais preocupada com seu filho do que com o marido.
A 2ª história nos traz um rei estranho, sem a esposa e somente com uma filha ele se encanta com uma pulga, a cria como animal de estimação sem que ninguém saiba, o bichano cresce demais e ele se apega ainda mais à ela. Bem pouco preocupado com sua filha ou com o reino que vive.
Talvez um das histórias que mais tenha gostado pelo desfecho, a tal filha será entregue à um ogro, não um fofo como Shrek, mas um ser nojento que a  levará sem que o pai se importe. 

















A reviravolta nesse conto foi a que mais me encantou.
Para fechar, um rei doido por sexo ( Vincent Cassel) é enganado por uma idosa que diz ser nova e querer um encontro com ele. Ela e a irmã vivem em um bairro bem pobre e a irmã mais velha é doida pelo rei, escondendo suas marcas da idade, ela dorme com ele mas quando ele acorda e percebe que que se deitou com uma mulher de pelo menos 70 anos ele não gosta do que vê e manda mata-la. 
O rei acaba se apaixonando por uma moça que vê nua no meio do floresta e que nem imagina que seja a mesma velha que mandou matar. Como ela vira uma moça eu deixo para vocês descobrirem, com o famoso " aqui se faz, aqui se paga" o filme constrói contos com muito da realidade do ser humano e por isso mesmo é fantástico, gostei de verdade desse filme.


terça-feira, 17 de maio de 2016

Menina que via Filmes: Ele está de volta [Crítica]


Título Original: Er Ist Wieder Da
Título no Brasil: Ele está de volta
Baseado na obra de Timur Vermes
Direção: David Wnendt
Elenco: Oliver Masucii, Fabian Busch
Ano: 2015
Formato visto : Netflix
Duração : 1h56 m

Há algo de muito errado se você esperou de verdade rir com esse filme. Talvez as pessoas que imaginaram que era uma comédia ao ler o gênero em que foi classificado tenham esquecido que Adolf Hitler não é digno de piadas que tenham mais que 2 segundos de graça. Você pode começar a rir mas é só se lembrar de todas as atrocidades causadas pelo conhecido fuhrer para ter certeza de que o filme, ainda mais do que o livro, existe para nos lembrar em como o ser humano continua sendo facilmente manipulado e nos espanta quando eles falam o que pensam de verdade. 
E como me chocou ver o tanto que o populismo de Hitler se parece com os do Brasil, Argentina e Venezuela. 
Vamos à história. Adolf Hitler ( interpretado brilhantemente por Oliver Masucci) acorda em uma Berlim mudada, em pleno 2015 ele se espanta ao ver meninos jogando bola com roupas que não são a de sua época e logo vê que há algo de bem errado. Ao passear pelos principais obeliscos da cidade ele percebe que as pessoas tem atos estranhos, todos querem tirar fotos com eles em objetos que ele não conhece como celulares e um mímico briga com ele por estar roubando seu espaço. 
Ele afirma a todos que é Adolf Hitler, o que claro, ninguém acredita. O primeiro " amigo" que faz é um jornaleiro que lhe atualiza sobre tudo que perdeu e acha graça, para todos ele é um ator que não consegue sair do personagem. E até então o livro é igual, mas começam a partir daí a mudarem muitas coisas para o cinema que não me incomodou mas ficou bem diferente o livro. Dando de certa forma uma polêmica muito maior do que a exposta no livro. O que dizer quando ele encontra um jornalista doido por furos e enxerga nele uma verdadeira fonte de ouro com seus discursos?
A bem da verdade, assusta nos ver o como parece que todos os alemães se esqueceram do que Hitler fez, todos querem fotos e fazem o " Heil, Hitler" ao vê-lo, não deveriam odiá-lo? Prender alguém que faz qualquer tipo de " homenagem" ao carrasco nazista é o mínimo que se esperava dessas pessoas, mas o que vemos é o contrário, ele é venerado e faz muito sucesso. Quando todos começam a colocar suas ideias para fora é que acaba a esperança que restava na humanidade. O preconceito vem à tona contra africanos e muçulmanos. E o discurso de " defender os seus" é feito por Hitler ao comparar cães de raças distintas que não podemos cruzar. 
Como isso se parece com o Brasil? Em tudo. Na falta de líderes honestos, nos apegamos à qualquer criatura que em nome da " moral e dos bons costumes" pregue que a ditadura e todos seus malefícios foram  maravilhosos para o Brasil.
Como um filme alemão pode nos dar um soco imenso na boca do estômago? Parece feito para nós...mas aqui como lá, mesmo eles sendo o primeiro mundo, há um preconceito velado igual, uma falsa moralidade que assusta.

O filme tem um final inesperado, e um roteiro tão acertado que impressiona. Para resumo de crítica: Hitler não é para ter graça assim como homenagear carrascos sejam nazistas ou militares não deve ser feito. Mas isso não é algo que deveria ser dito ou ensinado, todos deveriam entender que não se pode gostar dos vilões, eles só tem graça nos filmes da Marvel e da DC, na Alemanha da segunda guerra ou no planalto, eles devem ser extintos e só citados para nos fazerem lembrar no como já erramos e não devemos nem podemos errar nunca mais.  Assistam, está no Netflix. 

segunda-feira, 16 de maio de 2016

[Resenha] Para Poder Viver @cialetras

Título Original : In Order to Live - A North Korean Girl´s Journey to Freedom
Título no Brasil: Para Poder Viver: A jornada de uma garota norte-coreana
Autora: Yeonmi Park
Editora Companhia das Letras
Número de págs: 308




A sensação é de que não fui eu quem terminou esse livro, mas sim esse livro que acabou comigo.Impossível ficar neutro ao ler os relatos da norte-coreana Yeonmi Park, que aos 13 anos conseguiu fugir de sua terra natal com o intuito de encontrar o que nunca conheceu mas que todo mundo dizia que era maravilhoso : a liberdade. Infelizmente o que ela se deparou muito antes de saber o que era liberdade foram com traficantes de pessoas e estupradores que sabendo da ilegalidade das moças norte-coreanas fugindo para países como China,Mongólia e Coréia do Sul abusavam delas que com medo cediam sem querer voltar para o regime ditatorial de seus países.
Imaginem um lugar onde todos os livros só falam do governo? Onde o cinema é proibido assim como qualquer outro meio de comunicação que não passe a vida do ditador e de seus antecessores? Um mundo sem internet? Sim, existe e se chama Coréia do Norte, onde muitos tem mais do que precisam em suas fortalezas e tantos outros morrem de fome, o que quase foi o caso de nossa protagonista. Uma verdadeira heroína, dado tudo que enfrentou.
Acostumada com nada poder fazer e com tomar cuidado até mesmo com seus pensamentos, Yeonmi nos insere no seu mundo de proibições, onde o que se é permitido pode se contar nos dedos de uma das mãos. Com a escassez de alimentos e pobreza de seu bairro e de sua família ela vê que chegaram no limite de viver naquele país sem oportunidades para ela e sua irmã.
Com o pai muito doente elas acabam se separando - ela e a mãe - e pagam para que " as atravessem" pela fronteira.
O que vem pela frente a sinopse nos reserva um pouco, mas lido com detalhes chega a dor o coração, como o ser humano é podre na sua pior maneira e como abusam de seus iguais sem a menor culpa?
Certas partes dão vontade de fechar o livro e pedir para mudar de planeta. A própria mãe dela se oferece a um dos estupradores, para salvar a filha. 
A história dela teve um final feliz apesar de todos os traumas, em tempos de nervos à flor da pele por questões políticas o livro é ainda mais necessário para se lembrar de que ditadores não são solução para nada, e que respeito é a base de tudo. Não se chega a lugar algum com torturas, que bom que ela pode contar sua história para abrir os olhos do mundo. 

Menina que via Filmes: Memórias Secretas [Crítica]

Título Original : Remember
Título no Brasil: Memórias Secretas
Data de lançamento 12 de maio de 2016 (1h 35min)
Direção: Atom Egoyan
Elenco: Christopher Plummer, Martin Landau, Bruno Ganz mais
Gênero Drama

Nacionalidade Canadá









O quão maravilhoso é quando vamos ao cinema e no final do filme o público aplaude? Amo essa sensação e dessa vez achei mais do que merecido. 
Em um asilo dois amigos se reencontram depois de muitos anos, os dois são judeus e  se conheceram em Aushwitz, no campo de concentração. Max ( Martin Landau) não anda mais, preso à uma cadeira de rodas e um respirador ele incentiva seu amigo Zev ( Christopher Plummer em uma das melhores atuações da carreira) com uma carta e as despesas praticamente todas pagas à ir atrás do carrasco nazista que matou toda a família deles.
Zev tem demência e esquece facilmente as coisas, por exemplo, não lembra diversas vezes que sua esposa já morreu e chama por ela. Toda vez que não sabe porque fugiu do asilo, ele relê a carta do amigo. 
Com essa missão ele passa em várias casas de pessoas com o nome do carrasco, ou melhor, que ele adotou depois da Segunda Guerra para fugir. Isso o faz viajar até o Canadá e várias cenas mostrando o como  a idade avançada e o esquecimento são dolorosos, são mostradas na telona. 

Seria um filme comum sobre nazismo, se Zev não fosse interpretado por quem foi, Plummer se destaca sem em nenhum momento deixar claro o que o final nos aguarda. E que final, há tempos não assistia nada tão bom quanto esse filme.
Ao contrário de alguns críticos não identifiquei tantos erros que atrapalhassem o filme, para mim há qualidade nele todo.
Até mesmo o nervosismo que o personagem sente ao se deparar com um filho de um cara com o mesmo nome - seria esse cara  o carrasco? - e super fã do nazismo e seu mini museu dentro de casa, é o mesmo sentido pelo espectador.
Assistam, é um filme estupendo!


sábado, 14 de maio de 2016

[Canal da Menina] Meus Livros Interativos

Uma semana sem voz e o vídeo atrasou muito, mas finalmente minha voz voltou - a tosse não me abandonou ainda rs - e aqui está o vídeo falando sobre meus livros interativos ( que tanto me acompanham).
Confiram meus preferidos e se vocês gostam de algum que não falei, indiquem nos comentários.


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Menina que via Filmes : A Juventude [Crítica]

Título Original: La Giovinezza
Título no Brasil: A Juventude
Data de lançamento 31 de março de 2016 (2h 04min)
Direção: Paolo Sorrentino
Elenco: Michael Caine, Harvey Keitel, Rachel Weisz mais
Gêneros Drama, Comédia

Nacionalidades Itália, França, Suiça, Reino unido





Que dia melhor para assistir a um filme que fala sobre envelhecer do que seu aniversário?
Pois é, foi essa minha escolha e fui feliz nela de certa forma. O diretor e ganhador de Oscar de Melhor filme estrangeiro por A Grande Beleza, volta agora trazendo a história de dois amigos, Fred ( Michael Caine) e Mick ( Keitel) que se hospedam em um hotel nada comum para reviverem os tempos de amizade . O filme não é em italiano, ele foi todo rodado em inglês e talvez isso faça com que perca um pouco a magia.
Mas a história mesmo que se portando como louca em alguns minutos, é tão real que nos faz ficarmos atentos. Beirando os 80 anos, Fred é um maestro que está fora da atividade há um tempo, sua filha está hospedada no mesmo hotel - interpretada por Rachel Weisz - , ele é chamado para tocar novamente mas não tem muita vontade depois que sua esposa foi internada e não se lembra de nada. Já Mick é um senhor em plena atividade que ainda tem que se preocupar com seus atores, como diretor ele não somente lida com egos como com cenas que já o fizeram ter o nome que tem hoje e quer repeti-las.
Seria tudo ok, mas há cenas um pouco fora do contexto, digamos. Vejamos bem: uma moça que é Miss e que aparece nua na frente dos dois. Ou quando em um quarto do hotel um senhor aparece completamente nu. Também há um casal que não se fala, mas que costuma " se amar" no bosque mais próximo.
É comum que o cineasta utilize de sua percepção para nos mostrar as dores e delícias de cada personagem. 

Há uma sintonia bacana em cena dos dois atores - dois monstros do cinema - que faz com que o filme valha ainda mais a pena ser visto.
Trata-se não somente do envelhecer, mas o de tudo que isso acarreta na vida de cada um, é como se os atores em cena abrissem suas recordações e se espantassem em como o mundo mudou desde que se conheceram. Belíssimo. 

quarta-feira, 11 de maio de 2016

[Resenha] Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República @EditoraLeya

Título Original: Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República
Autor : Paulo Schmidt
Editora Leya
Formato Lido : e-book
Aparelho : Ipad
Número de págs: 394







Em tempos onde a política anda fazendo parte de qualquer roda que se preze, ler Guia Politicamente Incorreto dos Presidentes da República é uma boa pedida. O autor optou por fazer um apanhado de todos nossos presidentes e contar um pouco os fatos mais importantes que aconteceram em seus mandatos, com algumas curiosidades como apelidos por exemplo.
O 1º capítulo fala sobre a República Velha para logo em seguida falar sobre o 1º presidente que tivemos: Deodoro da Fonseca ( 1889-1891),  um militar que tinha o apelido de generalíssimo. Em seguida passeia por todos os outros presidentes antes do atual período como Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Sales, Rodrigues Alves, e nos faz mergulhar em um mundo de espanto ao conhecermos mais a fundo muitos dos que só citamos por serem nomes de ruas ou bairros nas cidades que vivemos. 
O autor optou por tratar do tema tão atual, os desastres de uma má  administração, com fatos que provam que nossos problemas começaram muito antes do que conseguimos nos lembrar.
Assusta saber que muitos dos erros cometidos hoje por nossa atual presidente já foram feitos anteriormente, que o país sempre passou por péssimos lençóis com presidentes que pensaram mais em benefícios próprio do que de seu povo.
Todos os coronéis que estiveram no poder, a Era Vargas tão famosa até hoje e todas as suas leis sancionadas de defesa aos direitos do trabalhador -sim, há controvérsias - e fatos conhecidos que já fizeram parte de seriados recentes como por exemplo o atentado na Rua Tonelero em Copacabana à Carlos Lacerda, de acordo com o autor uma mentira que repetida à exaustão acabou se tornando verdade. O final ,todos sabemos, com o presidente se suicidando com um tiro no peito no hoje museu da República no Catete no Rio de Janeiro.
Temos um capítulo especial para falarmos de JK e da construção de Brasília, até hoje amplamente discutido, se havia necessidade ou não de gastarmos tanto com então nova capital federal. Começou assim a era das empreiteiras, onde sempre super faturando - nossa, que atual não? - Juscelino aprovou as obras da cidade futurista projetada por Oscar Niemeyer. Após aprovado, 9 meses depois cerca de 12 mil pessoas já moravam e trabalhavam no que hoje é Brasília.
Sim, temos Jânio Quadros o conhecido Vassourinha, talvez o mais caricato dos presidentes desse país e também um amante do populismo. O apelido veio porque ele prometera em uma marchinha de sua campanha limpar todas a roubalheira. Seu governo, também como todos sabem terminou em uma renúncia que se tratou de uma manobra política mal feita. Dando espaço para vinda de Jânio Quadros, conhecido como Jango.
Não cabe a mim fazer um resumão de tudo que o livro abrange, mas claro que foi com interesse gigante que li os capítulos de que me recordava, mesmo sendo muito nova à época.
Lembro de quando Tancredo Neves faleceu e meu pai chorava muito. Em seguida claro que recordo de Sarney e seus discursos que eram debochados na escola como " Brasileiros e Brasileiras, o pão, o leite e a carne irão aumentar...". Nós crianças sabíamos exatamente que algo andava mal, os pais se assustavam no mercado com os preços sendo remarcados a todo minuto.
Como não lembrar de 1988 e sua eleição presidencial?Eu era mais uma das empolgadas com as eleições, meu pai fazia campanha para Lula - quem diria, meu era um grande Petista -no meu prédio muitos amavam e votaram em Fernando Collor de Mello, e eu, sabe-se lá porquê adorava Leonel Brizola, eu tinha adesivos dele na janela do quarto. Meus pais nunca votaram nele, mas eu me simpatizava muito, se bem que como criança estava perdoada, certo? As outras opções também provaram com o tempo que não mereciam nenhuma confiança. Nem minha nem dos adultos.
O final...obviamente vocês conhecem, Collor ganhou de Lula, teve o 1º Impeachment no Brasil, e eu só lembro que meus pais não gostavam dele, que ele tinha ficado com o dinheiro da poupança dos meus tios e que tinham muitos escândalos, ah, sim, eu amava uma capa da Capricho que tinha uma cara pintada nela, e claro que torci pela saída dele. Em seguida veio Itamar Franco, lembro bem do Plano real, foi exatamente no ano em que fazia 15 anos e o dólar equivalendo ao real me fez ir à Disney, bons tempos aqueles, pelo menos na minha casa nada faltava, e eu só tinha que me preocupar com a morte do vocalista do Nirvana. Após Itamar, veio Fernando Henrique Cardoso, e foram 8 anos dele, sim, muitos o odiavam, o rei da privatização, não tenho ninguém muito próximo que seja funcionário público e muito menos tinha vida de " coxinha", sempre trabalhamos muito na minha casa, mas claro que os menos favorecidos podem ver isso como elite. O FHC como ficou conhecido, manteve o plano real e seu candidato perdeu dessa vez para uma figura famosa: Luís Inácio " Lula" da Silva, nosso presidente também por 8 anos. No início estava tudo bem, o país crescendo, eu mesma tinha empregos ótimos, parecia que ele era realmente " o cara" como dizia Obama, mas a verdade veio quando não tinha mais como roubar e o país sentiu o que era crise. Claro, depois dele veio a Sra. Dilma Roussef que atualmente é nossa presidente. Eu chamo o que temos de desgoverno, não vejo nada de bom  no governo dessa senhora. Há quem defenda e ache que aqueles que estão contra ela então são a favor do PMDB e do PSDB. Eu lhes digo que lendo esse livro senti um misto de orgulho e de vergonha de ser brasileira, nossos governantes para o bem ou para o mal são nossos espelhos. Somos nós quem os colocamos lá, certo? Também não somos o povo mais honesto do mundo...acho que eles se parecem com a gente. 
Não sei que fim teremos, parece que esse livro terá que fazer urgente um novo capítulo colando o Michel Temer, eu sou do lado do país, quero que a gente volte a crescer, que as lojas parem de fechar e que os patrões parem de demitir. A pior sensação do mundo é querer trabalhar e não poder, isso eu já vivi, não desejo a ninguém. Desejo presidentes melhores, que aprendam que são nossos funcionários e que trabalham para cuidar do que pagamos com muitos esforço. Meus impostos devem ir para os locais destinados, não para o bolso deles.
Ufa, foi a resenha mais pessoal que fiz, pelo menos ultimamente. Que venham dias melhores.