Os Estranhos: Capítulo 2

 

Título no Brasil: Os Estranhos: Capítulo 2

Título Original: The Strangers: Chapter 2

Ano: 2025

Direção: Renny Harlin

Roteiro: Alan R. Cohen, Alan Freedland

Elenco: Madelaine Petsch, Gabriel Basso, Rachel Shenton

Nota: 3/5

Por Amanda Gomes 

Entrar em uma sala de cinema para assistir “Os Estranhos: Capítulo 2” foi uma experiência curiosa para mim. Confesso que não esperava grandes novidades  e, de fato, o filme não tenta reinventar nada. Ainda assim, saí da sessão com a sensação de que, apesar dos tropeços, ele consegue entreter quem gosta de terror direto e sem rodeios.

O longa começa com Maya tentando sobreviver ao ataque dos mascarados. A proposta parece promissora, mas logo fica claro que a história funciona mais como uma ponte para o que possivelmente vem no Capítulo 3 do que como um filme independente. Há momentos em que tudo soa previsível, como se o roteiro tivesse medo de arriscar, e outros em que ideias desconexas (como a cena do javali digital) parecem ter sido colocadas apenas para preencher tempo.

O que segura a narrativa é, sem dúvida, Madelaine Petsch. Sua entrega emocional dá credibilidade mesmo quando o enredo derrapa. E os efeitos sonoros merecem destaque: cada machadada, cada ruído no silêncio do hospital abandonado, reforça a atmosfera de tensão e deixa a gente na ponta da poltrona.

Ainda assim, não dá para ignorar a sensação de que este é um filme de transição. Ele promete mais do que entrega, depende demais do capítulo anterior e deixa claro que suas maiores revelações estão guardadas para a próxima parte. Isso tira parte da força do terror, que deveria ser o coração da história.

No fim, “Os Estranhos: Capítulo 2” não é um desastre, mas também não é memorável. Funciona como entretenimento de uma noite, mistura sustos eficientes com uma pitada de humor involuntário, e deixa o público com aquele misto de frustração e expectativa. Agora é esperar que o terceiro capítulo finalmente encontre o propósito que essa sequência deixou escapar.