Título Original: 7 años Título no Brasil: 7 Anos Direção: Roger Gual Roteiro: Jose Cabeza, Cristian Conti, Julia Fontana, Roger Gual Elenco: Alex Brendemühl, Paco León, Juana Acosta, Manuel Morón, Juan Pablo Raba
Nacionalidade e lançamento: Espanha, 2016 (28 de outubro no Brasil – direto na Netflix)
por Raffa Fustagno
Mais uma vez o cinema espanhol no trazendo para a realidade de pensarmos como agiríamos em determinada situação. Pois bem, 4 amigos tem um negócio juntos em Madri, bem sucedidos eles agora se veem em uma situação delicada: a receita federal descobriu que eles sonegam impostos depositando boa parte da grana em contas na Suíça, a advogada da empresa avisa que todos irão presos, exceto se um deles assumir que fez tudo sozinho, essa pessoa pegará 7 anos de prisão, os outros serão eternamente gratos. Mas porque alguém ficaria no lugar sozinho de que também são de culpa de todos eles?
Título Original: Ma Ma Título no Brasil: Ma Ma Data de lançamento em breve (1h 51min) Visto no festival do Rio Direção: Julio Medem Elenco: Penélope Cruz, Luis Tosar, Alex Brendemühl mais Gênero Drama Nacionalidades Espanha, França
Penélope é de uma de minhas atrizes favoritas. Maravilhosa em todos os filmes, mas nesse ela se superou e eu que já esperava chorar um pouco, passei boa parte do filme aos prantos.
Em cartaz no Festival do Rio, o filme Ma Ma conta a história de uma professora desempregada chamada Magda ( Penélope Cruz), lá em Madri assim como no Rio de Janeiro há uma crise imensa e ela não consegue trabalho há meses, com um filho de 9 anos, Daniel, e um marido ( Raul, interpretado por Alex Brendemühl) que está tendo caso com uma aluna e sumiu há semanas, a vida não poderia lhe apresentar nada pior, certo? Infelizmente como diz aquele nosso amigo das estrelas, a vida não é uma fábrica de realização de desejos, e ao fazer um exame periódico de mama ela descobre ter câncer na região.
Muito abalada, Magda ainda tem forças de pensar no que o filho sofrerá e consegue o mandar de férias para casa da irmã, mas um jogo de futebol colocará Arturo ( Luis Tosar) em sua vida. Um homem que também perdeu muito do que tinha - e aqui não cabe a mim contar - e se unirá dela na dor.
Com o seio retirado na cirurgia e sem cabelos, o diretor não nos poupa dos detalhes e da dor da protagonista ao sofrer com não poder ficar nem mesmo com seu mamilo.
A força de Magda, e talvez essa força esteja no amor por seu filho Daniel, é tão imensa que o ginecologista dela se assusta e se encanta com o que ela irá desafiar a medicina, por amor ela lutará contra a doença.
Não menos maravilhoso é ver o como o amor por todos os lados faz milagres, do médico que canta e encanta ( interpretado por Asie Etxeandia) ao amor por um novo homem, Magda tem de sobra amor mas também é movida a esperança. E a plateia chora a cada ida ao médico, a cada abraço dado na família o espectador está envolto de tal moda que nos resta sofrer junto. E claro qeu dá aquela sensação de que devemos dar mais valor às nossas vidas...
Também não há nada escondido, Magda nos mostra sua queda de cabelo, seu seio retirado, suas axilas sem depilação como falta de vaidade no momento mais difícil de sua vida. E se sentimos ódio do ex marido que ainda é atual na verdade, ela apazígua, ela não precisa de ninguém, ela mesma diz ao médico que estar sozinha lhe deixa mais forte.
Pensei nas vezes que não quis fazer a mamografia, no como reclamamos da vida por coisa pequenas perto de uma doença devastadora como a de Magda.
Em interpretações que se encaixam e comovem, Ma Ma não é um filme para todos. Os que não gostam de tristeza devem evita-lo. Os que amam se emocionar e ver a vida como ela é, devem ver.
Não é fácil, o tema é pesado assim como quem tem a doença tem que enfrenta-lo, não há glamour para quem faz quimioterapia.
Fiz questão de colocar a música com a letra, maravilhosa que canta em uma cena marcante do filme e que ficará comigo para sempre. Porque a vida deve ser vivida. Intensamente, sempre.
Pensar en el pasado y ser feliz, ser feliz.
Hablar con uno mismo y sonreír, sonreír.
Soñar que entre los hombres hay amor, hay amor,
es vivir, es vivir, es vivir.
Llorar porque te aflige un gran dolor, gran dolor.