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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Resenha: Terra Faminta

 


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📕Título no Brasil: Terra Faminta
Autor: Andrew Michael Hurley
Tradução de Andre Cznarnobai
Editora Intrínseca
Nº de págs: 240
#40

❤️exemplar recebido em parceria com a editora

terça-feira, 12 de julho de 2016

[Resenha] Loney @intrinseca





























Título Original: Loney
Título no Brasil: Loney
Autor: Andrew Michael Hurley
Editora Intrínseca
Número de págs: 301

Loney não é um livro de fácil leitura. Seus acontecimentos são extremamente lentos, o que nos leva a uma curiosidade aguda para sabermos quando o autor nos apresentará o mistério que a capa sugere. E foi assim, de olhos vendados, sabendo muito pouco sobre a história e ainda tirando a jacket do livro - aqui preciso dizer que a edição de capa dura é a coisa mais linda!- para poder ler no metrô que embarquei um pouco perdida, para ir me encontrando no ritmo que ele sugere e tirando, como acho que o autor deseja, minhas próprias conclusões sobre a história.
Narrado pelo irmão mais velho, Tonto, cujo irmão mais novo Hanny é mudo, a família é toda voltada para a fé e para a cura que a mãe deles acredita que terá o menor indo a Loney, um local sinistro, onde as pessoas não são sorridentes como as de cidades do interior e onde verdades são escondidas há muito tempo na mesma proporção que a maré costuma subir.
Todos os anos a família toda passa as férias nesse local, sempre acompanhada do padre Wilfred, que virá a falecer. Sendo substituído pelo padre Bernard, cujo a mãe dos meninos não aceita que ele não tenha o mesmo grau de devoção do antecessor. 
Trata-se de uma família extremamente católica, mais a mãe do que os demais, mas que acaba contaminando a todos, e sendo tão radical que assusta até mesmo o padre. Ela de fato acredita que Deus pode curar seu filho e as rezas são sagradas assim como todas as leituras da Bíblia feitas ao menos 4 vezes por dia.



















Não espere um livro de terror, Loney é na verdade um livro sobre família, hábitos e religião. Mas não é somente isso, o autor optou por nos mostrar o como certos trechos de nossas vidas nos deixam marcados para sempre, mesmo quando somos crianças  e mesmo quando não lembramos 100 por cento das cenas que presenciamos.
A cada página imaginamos que um grande segredo será revelado, mas tudo nos leva a crer que apesar de os segredos existirem, nossas neuras e nosso credos são o que mais alimentam nossos traumas. É visível o como a mãe é exagerada em sua devoção, fazendo com que o filho mais velho se sinta na obrigação de cuidar do menor e de forçar o padre  a mudar seus hábitos para atender suas necessidades. O pai parece inerte à tudo que ocorre.
O grande desafio do autor é nos prender até o final sem decepcionar, quem espera levar sustos não sairá dessa leitura contente. Eu saí satisfeita mas gostaria de mais ação, me pareceu por muitas vezes que o autor não quis terminar o livro e desapegar de sua obra, nos dando páginas a mais do que seria necessário.
Por outro lado o positivo da leitura é o inesperado, se mesclando o passado com o presente achamos que dali virá uma revelação, temos uma surpresa ao vermos que nem tudo foi revelado e mesmo assim não teremos uma resposta clara sobre o que indagamos. Incomoda? Talvez...não é um livro para todos se apaixonarem e indicarem, pode até ser tido como leitura pesada, mas a meu ver é na verdade uma leitura passado a limpo de uma família que focou na religião acima de tudo, esquecendo diversos fatores que formam um lar normal. 



















Fechar o livro com mais perguntas do que respostas pode ser incômodo para muitos, para mim foi uma leitura única, e pensei muito nas entrelinhas por algumas horas.