Título Original: Mi Mundial
Título no Brasil: Meu Mundial - Para vencer não basta jogar
Países: Uruguai/Argentina/Brasil
Ano: 2017
Direção: Carlos Andrés Morelli
Roteiro: Carlos Andrés Morelli e Martín Salinas
Elenco: Néstor Guzzini, Facundo Campelo, Roney Villela, Candelaria Rienzi
Duração: 1h 42min
Gênero: Drama
por Paulo Maurício Costa
Crítica
Criado em um decadente subúrbio uruguaio, Fernando “Tito” Torres (Facundo Campelo), de 14 anos, tem seu desempenho escolar prejudicado pela paixão pelo futebol. Seu negócio é a bola. Dono de um talento prodigioso, ele chama a atenção de Rolando (Roney Villela, de “Tropa de Elite 2”), um olheiro brasileiro que rapidamente transfere o menino para as categorias de base de um clube de Montevidéu e promove um salto qualitativo no padrão de vida da família. Contudo, Ruben (Néstor Guzzini), pai de Tito, hesita mesmo diante da promessa de fortuna e jamais esquece as lacunas na formação educacional de seu filho.
Em “Meu Mundial – Para vencer não basta jogar”, de Carlos Andrés Morelli, rodado em 2017, estão resumidos os sonhos e conflitos de milhões de jovens sul-americanos que depositam no futebol a expectativa de um futuro abastado. A autenticidade desse painel é conferida pelo roteiro baseado no livro do ex-jogador uruguaio Daniel Baldi. O espectador, porém, não deve se enganar com o universo de fundo infanto-juvenil do filme, uma vez que a trajetória de Ruben reflete com fidelidade os dramas de qualquer pai cujo futuro do filho está na grama movediça do mundo do futebol, repleto das conhecidas miragens de fama e riqueza imediatas.