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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

[Resenha] As Fúrias Invisíveis do Coração @cialetras

Título Original: The Heart´s Invisible Furies
Título no Brasil: As Fúrias Invisíveis do Coração
Autor: John Boyne
Editora Companhia das Letras
Número de págs: 534
Tradução: Luiz A. de Araujo
#15



Ler algo de Boyne é sempre tão gratificante que sempre quero apreciar mais a leitura. Dessa forma, me entrego á seus livros como quando ouvia histórias de meu falecido avô, sempre atenta, sempre sabendo que dali sairia algo que me marcaria para sempre na memória. Autor de livros que amo, John Boyne me encanta mais uma vez em seu 16º livro. E olhando para a lista deles, percebi que faltam 2 somente para completar as obras de Boyne lidas por mim: O garoto no convés e O Ladrão do Tempo
Dessa vez ele mais uma vez envolve o poder da Igreja Católica em controlar os pensamentos de seus fiéis mas abordando que há muita hipocrisia no que pregam para a forma como as pessoas de fato agem em sociedade.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

[Resenha] O Menino no Alto da Montanha @editoraseguinte

Título Original: The Boy At The Top Of The Mountain
Título no Brasil: O Menino no Alto da Montanha
Autor : John Boyne
Editora Seguinte 
Número de págs: 232










Pierrot é um menino de apenas 6 para 7 anos quando perde sua mãe. Francês, ele já havia perdido o pai que era alemão e após lutar na guerra ficou traumatizado e entregue às bebidas, até que faleceu, e agora se viu sendo enviado para uma orfanato já que a família que morava com ele e para qual sua mãe trabalhava afirma que não poderá ficar com ele. Triste, ele aceita sua realidade, e já´sente falta de seu melhor amigo, Anrshel, um menino surdo que se comunica por sinais e é judeu. 
Quando chega no orfanato ele acaba ficando pouco tempo,  já que a irmã de seu pai o leva para morar com ela em uma casa na Alemanha no alto de uma montanha onde ela é governanta.
John Boyne não seria o autor desse livro se brilhantemente ele não tivesse colocado o menino na casa de ninguém menos que Adolf Hitler, sim, é para ele que sua tia trabalha e o menino terá que mudar seu nome para Pieter, um nome mais alemão para que o temido fuhrer goste dele. Mas como um homem tão odioso pode gostar de alguém? Com o tempo Pierrot vai se encantando até mesmo com as maldades do patrão de sua tia e se filia a juventude Hitlerista, impressiona ver como o menino bondoso vira um monstro e foca nas ideias de Hitler para cumprir seu papel de dedo duro, papel que desempenha muito bem, fazendo até mesmo com que outras pessoas sejam fuziladas mas nunca traindo o fuhrer. 
Incrível perceber em um livro no como o protagonista se transforma em algo que não terá volta, com isso ele ignora o melhor amigo, ele abusa de uma moça - ele cresce, boa parte da história ele já terá 16 anos - e ainda tem " a cena" que chega a dar nervoso quando narrada e essa sementinha do mal nada faz para salvar as pessoas.
Cria-se uma relação de amor e ódio com o protagonista, se por um lado entendemos que ele é fruto do ambiente que cresceu, por outro nota-se que ele tem prazer em ver a dor alheia, em sentir que pode fazer tudo que bem entende porque é protegido de Hitler, o leitor passa então a torcer contra Pierrot, que à essa altura já se transformou em Pieter.
Tal qual a vida real, Boyne sabe que o ser humano é capaz a atrocidades, de ir para o lado das maldades, é como um ímã que os atrai...e o autor nos reserva um final digno de fechar o livro e ficar pensando no como somos, no como as pessoas que nos rodeiam são...mais uma obra prima de John Boyne. 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

[Resenha] Uma História de Solidão @cialetras

Título Original : A History Of Loneliness
Título no Brasil : Uma História de Solidão
Autor : John Boyne
Editora Companhia das letras
Número de págs: 412











Quando eu acho que John Boyne não tem mais como me impressionar, vejo o quão ingênua sou. Em " Uma HIstória de Solidão" entramos no mundo de um padre, Odran, um irlandês que influenciado pela mãe descobre sua vocação para o celibato. Sua história antes disso consiste em ver seu pai após um histórico de bebedeiras e brigas com palavrões com sua mãe, se matar, afogando-se e levando seu irmão mais novo junto com ele . 
Nem essa história triste fez com que o rapaz perde-se a fé, e uma vez na escola que preparava os rapazes para serem padres, ele conhece seu melhor amigo : Tom Cardle. Diferente do amigo, ele se sentia obrigado a estar naquele lugar e tinha horror do pai, com  o qual tinha um histórico de abusos. 
Na Irlanda extremamente católica, ele vê o poder de sua decisão ser um grande orgulho para a mãe e para as pessoas ao redor, nem tem chances de descobrir se gosta de estar com meninas e ter uma família, pois o padre local já informa que é pecado ter visto os peitos da amiga que queria um algo mais com ele.
Resta a Odran agarrar sua vocação e aceita-la, por mais que em alguns raros momentos ele se pergunte se está no lugar certo, ao contrário de seu amigo que tem certeza que não leva o menor jeito para padre mas não tem coragem de mudar sua vida e tomar uma atitude contra o que a família espera dele.
Com idas e vindas na história, conhecemos um Odran jovem cheio de expectativas em se tornar padre querendo ajudar a todos e sua amizade com Tom, que o tempo todo questiona porque os padres não podem se casar se Papas já foram casados? Também é comum que seu colega de quarto se masturbe muitas vezes . Existe entre os rapazes um elo entre a amizade e entre o que se é certo e errado para cada um. O problema aparece quando Odran passa a ser testemunha de muitas coisas que prefere fingir que não estão acontecendo, como quando um menino fura os pneus do carro de Tom com muita raiva, ou quando um rapaz que também está na escola é expulso por ter quase sido estuprado e Tom ter hematomas no mesmo dia. O silêncio de Odran é o que o faz ser cúmplice do que o amigo apronta , afinal , como pode alguém que sofreu abusos fazer o mesmo contra inocentes?
No presente vemos Odran reatando laços com sua irmão Hannah que após a morte do marido tem esquecido de muitas coisas, e também com seus sobrinhos : Jonas, o famoso escritor homossexual que adora o tio e Aidan que foi morar na Noruega e que tem horror do tio por motivos que envolvem algo com o padre pedófilo Tom.
A cada descoberta, ou melhor comprovação de que seu amigo é exatamente o que ele suspeitava, Odran se sente culpado e tenta relembrar de todas as vezes que poderia ter evitado algo e não o fez. Com isso ao ser chamado para substituir o amigo em uma paróquia a desconfiança de que ele nunca parou de abusar de crianças cresce afinal, Tom foi realocado mais de 20 vezes!
Boyne nos coloca no mundo dos que sofreram o abuso, na cabeça de quem não quer acreditar que aquilo exista, e nos pensamentos de uma sociedade revoltada que antes via os padres como amigos e hoje os vê como seres que abusam de crianças. Isso é óbvio e muito bem retratado quando Odran em sua inocência tenta ajudar uma criança perdida. 
Para os católicos é um livro soco no estômago, é como se a gente julgasse internamente quem é inocente ou não pelo simples fato de usar uma batina,  claro que há o questionamento se os padres realmente não deveriam se casar, e meu pensamento sobre isso é que somente se justificaria se esses padres se envolvessem com mulheres na busca pelo prazer. O que ocorre é que são seres doentes que tem prazer com crianças, e isso não os impediria de abusarem deles os fazendo casarem com mulheres  que são adultas. 

Como ler esse livro e não ficar com a frase final na cabeça , martelando como um sino da igreja que toca ao meio-dia? 

sexta-feira, 6 de março de 2015

[Resenha] A Casa Assombrada @cialetras

Título Original : The House is Haunted 
Título no Brasil : A Casa Assombrada
Autor : John Boyne
Editora Companhia das Letras
Tradução: Henrique de Brea e Szolnoky
Número de págs: 291




A história desse livro se passa em 1867, a jovem Eliza Caine mora com seu pai e leva um vida sem muitos luxos mas cercada de amor. Tem uma convivência maravilhosa com ele, aprecia sua paixão por insetos e por Charles Dickens . Sua mãe morreu anos atrás, e seu dia a dia basicamente é lecionar na escola e acompanhar seu pai , como por exemplo quando ele quer ir em uma noite de leitura de Dickens. Vai tudo muito bem na vida da moça de 21 anos até que seu pai morre, com ele também se vai o único bem que tinham,  e ela não entende como por tanto tempo seu pai nunca mencionou que a casa em que moravam não era dele  mas sim alugada. Sem grana para se manter no local ela atende uma chamada de emprego para ser governanta em uma cidade um pouco distante de Londres que é onde residiu a vida toda. 
Larga o trabalho na escola, arruma suas coisas evai rumo ao desconhecido para trabalhar de governanta de uma mansão. Logo no caminho ela já sente coisas estranhas, uma mulher esbarra nela com as mesma iniciais da pessoa que assinou o anúncio, ela também se sente empurrada na estação e não sabe da onde veio essa força que a pressionou...mas o mais bizarro estaria por vir, assim que ela entrasse na casa e somente uma menina chamada Isabella aparentando uns 10 anos lhe abriria a porta. Faltam adultos, onde estão os pais? Muitas perguntas, poucas respostas. Até que com o tempo as verdades vão aparecendo e para o leitor fica aquela vontade de alertar a moça para dar o fora dali. Eliza será governanta de uma casa imensa onde circula uma senhora que some assim que ela se levanta, duas crianças ( Isabella e Eustace, de 8 anos) que nem frequentam a escola e um senhor que fica em um vilarejo próximo e é responsável pelo salário dela.
Na busca por respostas muitas outras dúvidas surgirão, a sensação de que um fantasma a persegue, mãos no seu pescoço, empurrões, tudo isso começa a surgir como se avisasse que coisas piores estariam por vir. A verdade vem a galope, existe realmente uma senhora na casa que é enfermeira e que cuida dos pais das crianças, a mulher é amarga e diria até que insuportável . O pai das crianças não está nada bem de saúde e ela se assusta ao conhecê-lo, o que aconteceu com ele deixo para vocês descobrirem . Assim como estragaria toda a graça das história informar o que aconteceu com a mãe delas.
Ah sim, posso informar que as governantas anteriores, exceto a penúltima que Eliza conheceu e que colocou o anúncio não se encontram mais aqui para contarem história.
A Casa Assombrada é livro para se deliciar lendo de uma vez só , é como um maravilhoso e bem feito filme de terror, tem como pausar sem saber quem sobreviverá? Impossível , John Boyne nos remete a histórias tenebrosas, e que amamos.
Lembrei muito de filmes como Mama e A Mulher de Preto e amei cada página lida.
O autor que capricha na arte de nos contar histórias não permite furos, a história vai fluindo que não nos permite nem imaginar toda a verdade e o final que ele nos deu. Não imaginei aquele final, e amei não ter imaginado. Somente a mente privilegiada de Boyne poderia nos dar de presente um livro de terror tão perfeito. Palmas para ele. 

domingo, 20 de julho de 2014

[Resenha] Fique onde está e então corra @editoraseguinte

Título Original : Stay where you are and the leave
Título no Brasil : Fique onde está e então corra
Autor : John Boyne
Editora Seguinte
Número de págs : 219









Incrível como um autor consegue me prender em todos os livros. É assim que me sinto com John Boyne. Fique onde está e então corra é lindo, é emocionante. Não ache que é um segundo O Menino Pijama Listrado, nem pense que pela capa ser desenhada que ele seja infantil , porque apesar de ser narrado por uma criança ele é maduro, ele é intenso .
A história se passa durante a Primeira guerra Mundial na Inglaterra, Alfie é um menino de 5 anos, exatamente no dia de seu aniversário a Guerra começa, a preocupação dele é já ser grande o suficiente para sair com seu pai, que é leiteiro na carroça dele. A todo minuto o menino pergunta se já está mais velho para poder acompanhar o pai. Alfie é uma criança feliz e ingênua que nem imagina os males da guerra, seu pai se alista e é chamado e aí o menino percebe que a vida em sua casa mudou.
De repente a vizinha que era sua amiga tem que se mudar porque tem descendência alemã, sua mãe começa a trabalhar dobrado e as coisas em sua casa começam a faltar, as mulheres tem medo dos soldados visitarem suas casas e informarem que alguém da família morreu.
De um mundo de brincadeiras, ao mundo de um garoto que amadurece no meio da Primeira Guerra, Boyne nos presenteia com um protagonista deliciosamente na medida, ele é criança quando fala mas adulto quando pensa coisas que podem solucionar os problemas do mundo.
É tentando ajudar a mãe que ele começa a engraxar sapatos na estação de trem, com o dinheiro que ganha ele coloca tudo na bolsa da mãe, mas desconfia que seu pai já tenha morrido porque as cartas que ele mandava sumiram . Seu contato é com a mãe e com a sua avó, não tem mais muitos lugares para brincar e percebe que toda a alegria de sua mãe foi embora. 
Ao tenta ajudar a mãe na busca pelo pai, o menino descobre que é muito mais forte do que imagina, e que não é uma guerra que separa uma família que se ama de verdade. É um romance, mas de um filho por seus pais. E por isso é lindo, é muito lindo!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

[Resenha] Dia de Folga da @cialetras

Título no Brasil: Dia de Folga - Um conto de Natal
Conto de John Boyne
Editora : Cia das Letras
Número de págs: 10
Formato lido: e-book
aparelho : Ipad mini






Neste conto breve e melancólico, John Boyne (autor do best-seller O menino do pijama listrado) acompanha o dia de folga de um jovem soldado inglês e seus companheiros, que passam a véspera de Natal em uma das trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Enquanto relembra os natais da infância e o conforto do seu lar, ele vê e ouve as bombas alemãs caindo a sua volta. Em meio a um dos piores conflitos do século XX, o jovem irá vivenciar um espírito natalino muito diferente do que estava acostumado.

Fica um pouco complicado resenhar um conto de apenas 10 páginas, mas o que me fez querer ler, foram 2 fatores : o primeiro é que amei o filme " O menino do pijama listrado" apesar de até hoje vergonhosamente não ter lido o livro,  o segundo foi o fato de ser Natal e eu ter pouco tempo entre uma confraternização familiar e outra e não querer parar um livro maior no meio.
Ainda teve o fator de que a editora disponibilizou o conto gratuitamente! Eu o baixei pela Amazon!
Bom, vamos a ele, não pensem que é um conto de Natal feliz, porque não o é, ambientado durante a Primeira Guerra Mundial um soldado tem seu dia de folga e é o tempo que tem para esquecer um pouco os horrores que está vivendo e relembrar momentos bons dessa época do ano, como pensar em ter esperança quando tudo a sua volta é somente morte ?
O conto é forte, não procura o sentimentalismo barato e acho que é bem a visão mesmo de um autor que narra com perfeição fatos sobre guerras, talvez porque seja um profundo conhecedor do tema.
De qualquer forma, é um  conto bem bacana, rápido de ser lido mas longe de animador, é forte e por isso mesmo, perfeito para o que se pretende focar, palmas para John Boyne, espero muito em breve poder ler os demais livros desse autor.    

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

[Resenha] Tormento da @editoraseguinte

Título Original: The Dare
Título no Brasil : Tormento
Autor : John Boyne
Editora : Seguinte
Número de págs: 88














Tormento" é daqueles livros bons para se ler em um dia, é uma delícia começar a leitura e ir se prendendo ao protagonista de 12 anos Danny, ele é adoravelmente fofo e com a visão de um menino de sua idade ele relata uma parte de sua vida onde sua família sofre por um acontecimento que envolve a todos eles mas Danny é o que mais aprende com o ocorrido.
Sempre se achando a sombra do irmão mais velho que saiu de casa para fazer faculdade, ele vive com os pais volta e meia tendo que dormir mais cedo quando não tem sono e tentando entender o mundo adulto.
Danny se surpreende quando sua mãe some, com o pai desesperado ele descobre que sua mãe após ser trazida para casa por policiais atropelou uma criança que está quase morrendo. É diante desse trágico acontecimento que o menino nos mostra com a sutileza das crianças o como adultos transtornados não falam a verdade para as crianças que não são bobas e logo detectam uma mentira.
Buscando cada vez mais saber a verdade sobre porque sua mãe ficou tão estranha depois do atropelamento ele sofre pela falta de atenção mas não desiste nenhum segundo de tentar entender porque sua mãe se sente tão culpada por alguém que não morreu, está no hospital e a própria polícia a inocentou?
John Boyne nos dá um livro franco, mas lindo , sobre a visão de uma criança diante de um problema familiar, e vindo dele não poderia ser menos do que maravilhosa a leitura desse livro.