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domingo, 25 de outubro de 2015

[Resenha] Antes de partir desta para uma melhor @editoraarqueiro

Título Original: One Last Thing Before I Go
Título no Brasil : Antes de Partir Desta para Uma Melhor
Autor : Jonathan Tropper
Editora Arqueiro
Número de págs : 251










O que amo em Jonathan Tropper são seus protagonistas sofredores e politicamente incorretos. Diferente dos livros considerados de meninas sobre coisas como pés na bunda, gastar demais e encontrar o verdadeiro amor, Tropper nos mostra personagens nada fofos, que tem uma vida muitas das vezes infeliz e que não se preocupam nada com a opinião alheia,muito menos são românticos.
O protagonista da vez se chama Silver, tem mais de 40 anos e vive em um condomínio rodeado de homens como ele : divorciados que babam por meninas com metade da idade.
Sua ex mulher da qual ele não tem nenhuma reclamação - afinal, o problema sempre foi ele mesmo e ele sabe disso - vai se casar com um médico super rico e que sua filha Casey ama mas do que a ele mesmo. Casey por sinal está indo para faculdade grávida e o único conselho que ele tem a dar para filha é que aborte. O diálogo deles nesse momento também beira o drama , ao lhe perguntar se a mãe já sabe que ela engravidou ela diz que não porque se importa bem menos em magoar ele do que a mãe.
Silver não trabalha, passa seus dias vendendo esperma para um banco de sêmen e vive dos direitos autorais de sua ex banda por uma única música que fez sucesso há mais de 7 anos e que hoje em dia toca muitos em festas e em casamentos. A banda acabou porque o mais famoso dela, o cantor , quis fazer carreira solo, Silver então seguiu sua vida mas sem se juntar a nenhum outro conjunto e gastando o que tinha .
A vida dele muda quando ele sofre um derrame exatamente no dia em que a filha vai fazer um aborto, óbvio que ele será atendido pelo novo marido de sua ex esposa e ele lhe dirá que se ele não operar o coração morrerá em poucos dias. O mais assustador é que ele não aceita operar e decide morrer mas quer nesses dias que faltam consertar todos os erros do passado, seja com sua vida como com a das pessoas que ama, no caso sua filha que nunca deu atenção direito.
Ah sim, ele também quer muito se apaixonar e na busca por um amor ele também opta por dizer sempre  a verdade a todos, dando ao livro uma narrativa bem ágil onde ao dizer o que pensa o leitor ri do outro lado, hilário no mínimo , o autor tem essa pegada de nos fazer rir mesmo no drama.

O carente protagonista nos ganha de vez e no final a gente nem lembra mais que ele já errou tanto. Leiam . 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

[Resenha] Sete Dias sem Fim @editoraarqueiro

Título Original : This is Where  I Leave you
Título no Brasil : Sete Dias sem Fim
Autor : Jonathan Tropper
Editora Arqueiro
Número de págs : 295







Não fazia ideia sobre o que era Sete Dias sem fim, sabia sim que ia virar filme  e pedi o livro a editora de parceria porque como sabem amo ler o livro antes de ver o filme.
Me deparei com uma história muito parecida com o recente filme Álbum de Família que tem no elenco nomes de peso como Meryl Streep e Julia Roberts. Judd Foxman tem 34 anos, há pouco tempo descobriu que sua esposa o traía com seu chefe. E não foi de um jeito fácil, ele se preparou para comemorarem os 5 anos de casados ( depois de um relacionamento de 9 anos) e a pegou na cama com seu chefe. Como se não bastasse seu ai morreu , e ele tem que voltar para a casa que viveu  a vida toda e encontrar seus outros irmãos com quem não tem uma relação ideal. Phillip, o mais novo está namorando uma mulher bem mais velha e nunca ligou para família, Wendy tem 3 filhos que o enlouquecem, Paul, seu irmão mais velho, se casou com sua ex namorada Alice e sua mãe traumatizou a família inteira ao escrever um livro ensinando as mães sobre como ser mãe. 
Para piorar a sua vida, sua ex Jen descobre estar grávida, primeiro ela pensa que é do chefe de Judd, depois descobre que é de Judd. No momento mais frustrante de sua vida ele encara o último pedido de seu pai, o shivá , que na tradição judaica reúne a família durante 7 dias após a morte de um ente querido. Para surpresa de todos o pai os força a conviverem por 7 intermináveis dias, daí o nome do livro.
Não achei em momento algum que nenhuma das cenas narradas possam lembrar uma comédia , extremamente intenso no momento em que narra o protagonista pegando a esposa o traindo, o livro é sim triste, terminei o em um dia e senti uma mágoa como se revivesse traições que já vivi. Não recomendo a ninguém que esteja passando por crises de relacionamento por esse motivo ou que tenham perdido alguém recentemente.

Profundamente depressivo , não sei como alguém pode ter dito que era de chorar de rir. E não achem que essa resenha é falando mal dele, porque não o é, o livro é muito bem escrito e relata exatamente o que uma família que não se vê há tempos e se reencontra passa na vida real. São segredos desvendados, passados trazidos a tona e traumas que nunca se foram. Quem nunca se sentiu em um túnel do tempo ao rever familiares que não via há tempos que atire a primeira pedra. Judd é somente mais um que no pior momento da vida reencontrou a família que não queria mas que acaba de alguma forma se achando no meio dos destroços, por mais que não cheire a final feliz, e sim a conformar-se.