Autora : Joyce Pascowitch
Editora Intrínseca
Ilustrações : Maria Eugenia
Quando decidi ser jornalista muito do que apreciava na área vinha de jornalistas como Joyce. Não exclusivamente os benefícios de se estar rodeada de famosos e áreas VIPS mas sim e também as coberturas em primeira mão de casos envolvendo políticos.
Claro que quando a Intrínseca lançou o livro dela me interessei, ela faz parte daquele seleto time que costumávamos citar na faculdade de Comunicação como exemplo de carreiras bem sucedidas e áreas que gostaríamos de trabalhar.
Dividido em 3 partes o livro é uma delícia de ser lido, e obviamente para quem me conhece bem, as partes envolvendo políticos foram as mais interessantes. Joyce é judia, paulista, filha de um banqueiro e nunca passou necessidade. Pelo contrário, era comum vir ao Rio com a mãe somente para compras de roupas na Bonita - loja de sucesso na época, hoje somente ficou uma em uma galeria bem escondida - em tempos onde o Rio era a cidade da moda e SP pouco encanto tinha.
Frequentava sua casa políticos como Delfim Netto, e estudou com milionários de vários setores. Sabe que isso facilitou sua entrada no Planalto muitas vezes, seu charme e elegância lhe abriram as portas , mas o talento para o jornalismo a manteve no topo até hoje ( Joyce tem um site Glamurama e também uma revista) . Viveu os tempos de PC Farias chegando a andar em sua famosa aeronave, estava no Planalto quando votaram o Impeachment do ex presidente Fernando Collor - inclusive a ex primeira dama tem vários podres que ela conta - e aproveita para citar o que acha que diferencia os ex presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso dos demais , de acordo com ela são figuras que se mantiveram intactas mesmo hoje com um grande número de admiradores ( bem, há controvérsias, eu , por exemplo,não suporto nem ler o nome de Lula , e lá fui eu o digitando mais uma vez!) .
Não só de política vive o livro , temos muito de estilo - como o nome diz - onde habituada com lojas de marca ela cita qual a diferença de se ter uma bolsa Chanel ou não . Confesso que apesar de amar alta costura, não sou escrava da moda e suas etiquetas, então essa parte apesar de interessante sempre me soa supérflua. Pelo menos para mim que o máximo de bolsa de grife que já tive foi Michael Kors....e que vivo passando o cartão na Renner e na C&A.
Gostei muito quando ela cita mulheres fortes que não se deixaram escravizar pela beleza como Charlotte Rampling e Meryl Streep.
Amei os relatos sobre as viagens, as do Brasil - Bahia, que ela sempre viaja no Verão - e as de fora do país.
A parte religiosa achei a menos interessante, talvez porque não me identifique mas ela descreve de maneira rápida e engraçada muitos pontos sobre suas crenças e histórias sobre tudo e todos . Com essa pegada o livro fica leve, sem compromisso e pode ser lido em apenas um dia. Mérito para as lindas fotos e ilustrações que o compõem, achei lindas.
O lado mais " sério" fica por conta da doença que todos temem , câncer. De 2008 a 2013 ela lutou contra ela e conta sua história.
No final temos um livro bem biográfico , sobre muitas histórias que ela viveu e a história de via de Joyce. Adorei !