Título Original: Thunderbolts*
Título no Brasil: Thunderbolts*
Ano: 2025
País: Estados Unidos
Direção: Jake Schreier
Roteiro: Lee Sung-Jin, Joanna Calo
Elenco: Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour
Nota: 4 /5
Por Amanda Gomes
Eu confesso que estava empolgada para “Thunderbolts*”, mas sem grandes expectativas — já fazia um tempo que eu não acompanhava muito dos lançamentos da Marvel, especialmente depois de Deadpool. Parte disso se deve ao fato de que os rumos do estúdio estavam começando a ficar um tanto difíceis de entender. Para ser honesta, o filme acabou sendo um belo respiro em comparação com o que a Marvel vinha entregando recentemente.
Que os filmes da Marvel funcionam como um grande esquema de pirâmide já não é mais surpresa, mas admito — sem vergonha alguma — que fui assistir ao filme sabendo apenas o que apareceu no trailer. Não vi as séries, não li teorias, e para quem está no mesmo barco que eu (ou mesmo para quem não está), pode ficar tranquilo: o filme é perfeitamente compreensível, caso isso seja uma preocupação.
Nessa nova produção, começamos acompanhando Yelena, que realiza missões para Valentina Allegra, diretora da CIA, atualmente enfrentando um processo de impeachment. Yelena, apesar de ser excelente em “limpar” o passado sombrio de Valentina, está claramente insatisfeita com os rumos da sua vida — depois da perda da irmã, ela se sente sem propósito. Bucky, por outro lado, agora é deputado — o que me pegou totalmente de surpresa (talvez eu devesse ter acompanhado as séries...) — e está visivelmente deslocado, tentando abandonar seu lado heróico para seguir o caminho da lei.
Mas, em meio a essas rotinas, Yelena é enviada para uma missão que, a princípio, parece inofensiva. O que ela não esperava era cair numa emboscada. E ela não está sozinha: outros nomes conhecidos como Fantasma, Treinadora e John Walker também são enviados para eliminar um rebelde — mas, no fim, a verdadeira intenção era que todos acabassem mortos. A partir daí, eles se unem a Bucky e ao Guardião Vermelho, formando um grupo improvável com o objetivo de desmascarar Valentina perante o governo. No meio do caminho, ainda se deparam com uma presença surpreendente.
Diferente dos últimos lançamentos do estúdio, aqui temos um filme que sabe rir de si mesmo — e isso funciona. As piadas não são meramente fan service, mas bem pensadas e bem encaixadas num roteiro sólido, fugindo daquela fórmula repetitiva que força o humor e acaba mais incomodando do que divertindo.
As cenas de luta são muito bem coreografadas e entregam exatamente o que esperamos de um filme de herói: bombas, socos e uma sequência eletrizante. E o destaque fica para a dinâmica entre esses personagens tão diferentes entre si — que não são heróis no sentido clássico — cada um movido por razões egoístas, mas que acabam se unindo em prol de um propósito maior.
Em termos de atuação, mesmo sem acompanhar de perto a carreira da Florence Pugh, fica claro que ela é a grande estrela do filme. Rouba todos os holofotes e entrega uma Yelena com quem conseguimos nos conectar facilmente. Lewis Pullman, que eu não conhecia, foi uma grata surpresa — já chegou mostrando uma atuação sólida.
No mais, “Thunderbolts*” não é aquele filme que me deixou obcecada por horas depois da sessão, mas me divertiu, me entreteu e me entregou uma boa experiência. É, sim, uma produção que vale a pena ser assistida nas telonas — e uma excelente pedida para curtir o feriado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)