Premonição 6 - Laços de Sangue

 

Título Original: Final Destination: Bloodlines

Título no Brasil: Premonição 6 - Laços de Sangue

Ano: 2025 

País: Estados Unidos

Direção: Zach Lipovsky, Adam B. Stein

Roteiro: Lori Evans Taylor, Guy Busick  

Elenco: Brec Bassinger, Teo Briones, Kaitlyn Santa Juana 

Nota: 4,5

Dessa vez, uma família será perseguida pela poderosa e inescapável força da Morte numa trama que atravessa gerações. Premonição 6: Laços de Sangue acompanha os pesadelos mortais da jovem universitária Stefanie. 

Nesses sonhos macabros, ela constantemente testemunha a morte de toda a sua família. Focada em entender o que significam essas visões, Stefanie volta para a cidade onde cresceu para tentar encontrar a única pessoa capaz de quebrar o ciclo fatal: sua avó Iris. Aparentemente Iris salvou a vida de dezenas de pessoas na década de 60, quando era jovem, após ter uma visão da tragédia que aguardava a todos. 

Assim, para salvar sua família de um destino brutal e definitivo, a neta precisará reunir as peças do quebra-cabeça e quebrar a maldição que, após anos de paz, parece estar pronta para fazer novas vítimas novamente.

É curioso como “Premonição 6” consegue, já nos primeiros minutos, te deixar com aquela sensação incômoda de que algo horrível vai acontecer. E acontece. A sequência de abertura é tão ardente, criativa e bem construída que parece ter sido desenhada para ser lembrada por anos. E quando a gente acha que o auge ficou nos primeiros minutos, o filme mostra que estava só esquentando.

A nova entrada da franquia traz de volta o que sempre fez essa saga se destacar: a tensão constante, a brutalidade criativa e a certeza de que ninguém está seguro. Mas aqui, tudo parece ainda mais afiado, mais calculado — e, paradoxalmente, mais sádico. “Premonição 6” é aquele tipo de filme sacana (no melhor sentido da palavra). Ele te faz achar que entendeu o caminho, te tranquiliza com a previsibilidade… e então te dá uma rasteira que faz seu estômago virar.

Essa sensação de instabilidade é orquestrada com maestria. Mesmo sem reinventar a roda da franquia, eles entregam um salto visual notável. A estética retrofuturista da abertura, o ritmo das transições e a montagem precisa criam um visual sofisticado que eleva todo o projeto. “Premonição 6” é, sem dúvidas, o filme mais bonito da franquia até agora — e isso diz muito para uma série que sempre teve um apelo visual forte.

Mas o que mais me encantou foi sentir que este não é um filme feito no piloto automático, como tantas sequências que só existem porque alguém lá em cima decidiu que era hora de lucrar de novo com uma marca conhecida. Aqui há intenção. Há estilo. Há uma preocupação genuína em fazer um filme que funcione como cinema, e não apenas como mais um item de catálogo.

Em “Laços de Sangue”, o que vemos é a essência do que Premonição sempre propôs: mortes elaboradas que beiram o absurdo, mas que funcionam por causa da atmosfera sufocante e da tensão que só cresce. Mas dessa vez, há também um cuidado em aprofundar o tom trágico, quase cruel, do destino. A direção sabe como explorar essa atmosfera angustiante — e mesmo quando você pensa que está preparado para o pior, o pior sempre consegue ser um pouco mais perverso.

“Premonição 6” é, em resumo, tudo o que um bom filme da franquia precisa ser. Ele é divertido sem cair na piada, é tenso sem ser gratuito, e é tecnicamente elegante sem perder o pulso da brutalidade que o público espera.

Fazer um bom primeiro filme é difícil. Manter uma boa sequência já é desafiador. Mas entregar um sexto longa e ainda assim surpreender? Isso merece ser celebrado. Então, se você é fã da franquia ou só está em busca de um terror que entregue tudo o que promete — e com estilo —, vá sem medo. Ou melhor, vá com medo, porque “Premonição 6” vai fazer questão de te lembrar que ninguém escapa da morte. E aqui, ela veio para deixar sua marca.

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