domingo, 8 de junho de 2025

Como Treinar o seu Dragão

 


Título Original: How to Train Your Dragon

Título no Brasil: Como Treinar o seu Dragão

Ano: 2025 

País: Estados Unidos

Direção: Dean DeBlois

Roteiro: Dean DeBlois

Elenco:  Mason Thames, Gerard Butler, Nico Parker

Nota: 4 /5

Por Amanda Gomes


Entrar em uma sala de cinema e ser apresentada, pela primeira vez, a um universo tão querido por milhares de pessoas ao redor do mundo é uma experiência e tanto. Confesso que nunca havia assistido à animação Como Treinar o Seu Dragão, então cheguei ao live-action de 2025 sem qualquer apego nostálgico — mas com bastante curiosidade. E posso dizer que, para uma iniciante nesse mundo de vikings, dragões e laços improváveis, a história me fisgou com um misto de delicadeza, aventura e emoção.


O filme já considerado um dos títulos mais aguardados do ano, adapta a trama do primeiro longa animado da franquia, lançado em 2010 pela DreamWorks. A direção segue nas mãos de Dean DeBlois, que também comandou os filmes anteriores, e que aqui parece ter o cuidado de recontar essa jornada para um novo público, sem perder a essência do que conquistou os fãs ao longo dos anos.


A narrativa gira em torno de Soluço, um adolescente viking que foge completamente do que se espera dele: ele é magro, desajeitado e, diferente de todos à sua volta, não quer matar dragões — criaturas que sua aldeia aprendeu a temer e combater. Quando Soluço encontra um dragão ferido e decide ajudá-lo, nasce aí uma amizade inesperada, que vai desafiar tradições, confrontar medos e transformar tudo ao redor. É o tipo de história que fala sobre coragem, empatia e amadurecimento — e que, mesmo já tendo sido contada antes, ainda soa necessária.


O elenco é um dos pontos fortes. Mason Thames entrega um Soluço sensível e autêntico, enquanto Nico Parker constrói uma personagem forte, mas com espaço para se surpreender. Gerard Butler, no papel do pai de Soluço, é uma presença imponente e emocionante. Mas é impossível falar do filme sem mencionar Banguela, o dragão que rouba a cena com um carisma silencioso e expressivo. Visualmente, ele é de tirar o fôlego — e não à toa sua aparência passou por ajustes até chegar ao resultado final, com uma estética que equilibra realismo e encantamento.


Mesmo para quem não conhece o universo original, é fácil entender por que a franquia fez tanto sucesso. A história tem coração. Há cenas de ação bem conduzidas, sim, mas o que fica mesmo são os momentos de ternura entre garoto e dragão, as descobertas sutis, os silêncios cheios de significado. É uma fábula que não fala só com crianças — ela conversa com qualquer um que já se sentiu deslocado, que já quis pertencer, que acredita que vínculos verdadeiros transformam tudo.




É claro que, sendo um live-action de uma animação tão amada, há sempre o risco de comparações e expectativas difíceis de alcançar. Mas para quem está chegando agora — como eu —, o filme se apresenta como uma história completa, que emociona sem exageros e convida a conhecer mais desse mundo. Saí do cinema com vontade de assistir à trilogia original, o que por si só já é um bom sinal.


Como Treinar o Seu Dragão é, para mim, a porta de entrada para uma saga que já marcou uma geração. E se depender dessa primeira experiência, estou pronta para mergulhar ainda mais fundo nessa história.

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