quinta-feira, 9 de julho de 2015

Menina que via Filmes : Bridegroom [Crítica ]

Título Original : Bridegroom
Documentário
com Shane Britney Cone, Tom Bridegroom, e outros
Assistido no Netflix
Censura : 14 anos
Duração  : 1h 28 min














Se você não vive em Marte certamente viu o Facebook e as redes sociais serem tomadas pela campanha " Love Wins" após os Estados Unidos aprovarem o casamento gay. Pode parecer pouca coisa, distante do nosso mundo se você assim como eu é hétero, mas diversas vezes achei injusto familiares rejeitarem os seus porque tinham optado por gostarem do mesmo sexo. Aí essa pessoa sofrida ia embora com seus traumas, crescia na vida, formava uma família com sua esposa ou marido e quando morria quem recebia tudo eram aqueles que lhe viraram as costas. Injusto? Muito.
Bridegroom é a prova de que a lei estava errada. Quando Shane - o protagonista , quem nos conta toda a história - nasceu seus pais tinham outras filhas já. Ficou para ele o cargo de homem de casa quando eles se separaram. Mas Shane escondia algo de todos, que quando optou por revelar a um colega da escola viu seu pesadelo começar. Ao se declarar para o menino e todo mundo ficar sabendo - mesmo o tal menino tendo uma atitude legal de continuar querendo ser amigo dele, ou seja, ele não teve preconceito - o burburinho ao redor deles se inicia e os pais do menino o afastam de Shane, ele passa então a ser evitado por todos, cidade pequena logo chegam aos ouvidos da mãe que opta por acolhê-lo mas não toca no assunto , se ele é gay ou não. 
Foi assim que ele cresceu, se sentindo diferente e se identificando com Tom Hanks em Filadélfia, tanto se viu naquele personagem que ao terminar de ver o filme acreditou que tinha AIDS. 
O outro lado, nos mostra a vida de Tom, o melhor e mais bonito aluno da escola, desejado por todas as meninas, amigo de infância de personalidades ( como a filha de Tom Hanks e a atriz Anne Hathaway)  e formado na escola militar. Um orgulho para os pais que nunca desconfiaram que ele fosse gay.
O mundo dos dois se encontra em Los Angeles, Tom era tão lindo que virou modelo e fazia entrevistas em programas de tv, Shane foi para longe tentar a sorte e encontrou o amor de sua vida. Juntos, eles eram muito felizes, compraram casa juntos, tinham um cão, chamavam os amigos para passar o final de semana...um típico casal feliz.
A história começou a mudar quando Shane conta a sua mãe que é gay e a família dele inteira o aceita ( e ficam felizes, porque ele era muito depressivo  e agora estava feliz como nunca tinham visto) , já Tom tem uma péssima resposta de seus pais, o pai avança nele e pega a arma para atirar nele, são horas de discussão dentro da casa, Tom volta de Indiana , onde morava, e nunca mais vê o pai, a mãe ainda os visita mas Shane sente que ele a odeia e faz que não para que não perder o contato com o filho.

Entre depoimentos de amigos e familiares notamos o quanto o casal que ficou juntos por quase 6 anos se completava. 
Os dois viajaram juntos para muitos países - incluindo o Brasil, no Rio de Janeiro! - e tinham aquele tipo de amor que todos nós queremos ter pelo menos uma vez na vida. 
Um dos depoimentos é de uma moça com problemas de audição e muito amiga de Tom, ela lembra que ele sempre a incentivou  a fazer tudo que os outros faziam e que sempre foi seu melhor amigo.
Era com ela que Tom estava quando acidentalmente caiu do telhado do prédio em que ela morava tirando fotos da moça.
De uma altura de 4 andares Tom não resistiu. Sem poderem estar casados porque a lei americana não permitia, Shane é impedido de ver Tom no hospital, que morre segundos depois.
Ao contactarem os pais dele, somente a mãe viaja para ver o filho, e é aí que começa a revolta de todos que assistem ao documentário. A mãe de Tom leva tudo que tinha dentro da casa dos dois, fica com os cartões dele para fazer saques, e é , de acordo com a lei a " dona do corpo" do filho, o levando de volta para onde moravam. Ela faz de tudo para que Shane perca o velório, esconde informações dele , que mesmo assim opta por ir até lá, mas como um familiar o avisa que ele estava jurado de morte pelo tio e pai de Tom, ele acaba não indo. 
Difícil não se emocionar, complicado não escolher um lado : o justo. Eles eram um casal, o direito de tudo que construíram juntos era dos dois, e o que me dá mais raiva é que eram pais que viraram as costas para o filho porque ele era gay! Que tipo de pais são esses?
Me assusta pensar que isso ocorreu em 2011, e que a história desse rapaz serviu para que outras iguais não se repitam. Mas ele além de perder quem amava, foi humilhado pela família dele. 
Para quem não sabe, a princípio Shane havia feito um vídeo contando a história deles de apenas 10 minutos para YouTube, mas como bateu em pouco tempo milhões de visualizações, uma diretora o procurou e o filme foi em primeira mão para o Netflix.
Comovente, sincero e humano. Como diz a propaganda, esse filme não é sobre ser gay ou hétero, é sobre ser humano!

7 comentários:

  1. Puxa, nunca tinha ouvido e nem lido nada a respeito desse documentário ,mas confesso que fiquei encantada com tudo que li acima.
    Ainda sou meio cabeça dura para muitos assuntos e esse de homossexualidade é um que não consegui definir realmente o que penso.
    Sou a favor do amor, sempre!!!!Mas certos tabus impostos desde a infância, ainda me bloqueiam demais.
    Verei com certeza e me emocionarei também, tenho certeza!!!
    Beijo

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  2. Nossa fiquei extremamente indignada com essa história toda, caramba independente de serem héteros ou homossexuais eles são gente como qualquer outra e podem e devem ser felizes com quem acharem melhor e, depois de tudo que eles enfrentaram juntos driblando uma sociedade e família preconceituosa acontece essa fatalidade e o parceiro que construiu e ficou ao lado dele até o fim ficar sem nada é um imenso absurdo.
    Achei um egoismo extremo dessa mãe e família sabendo que o filho era feliz e depois da morte tirar tudo do parceiro.
    Fico feliz que mesmo devagar alguns países estejam apoiando o casamento gay e, o que eu quero é que o amor vença no final.
    Eu não sou a favor nem contra o homossexualidade, eu sou a favor do amor assim como a Ângela disse e o mais importante disso é respeitar a opção sexual de cada um.
    Vou ver o documentário mas já vou chorando desde já depois que li a resenha :(
    Beijos

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  3. Amada vou lhe dar um conselho mesmo sem pedir. Você tem que ser imparcial nas criticas que escreve sobre livros ou filmes se quer ser levada a sério e não fazer um blog para garotinhas adolescentes. Pq quando eu (o público adulto) lê suas resenhas só vejo falando que tudo é lindo e maravilhoso. Não existe problema em dar sua opinião se não gostar de algo, afinal ninguém gosta de tudo.

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    1. Olá Maria,

      Tudo bom? Como é a primeira vez que vejo você comentando por aqui, e pelo seu comentário só me leva a crer que você não conhece nada do meu blog. Se o acompanhasse saberia que sempre coloco o que acho de verdade, tanto é que tem uma série de livros e filmes dos quais não recomendei, e como odeio quem mal me conhece como você e sai me julgando, perdi meu precioso tempo para lhe responder com provas de que tenho uma série de livros e filmes que a crítica não foi positiva ( mas certamente você só se deu ao trabalho de vir comentar em UMA crítica de um documentário que amei, e que por sinal, o tema que lidei de adolescente não tem absolutamente nada!).
      Vamos a eles?
      Filmes
      1- Jessabelle
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2015/06/menina-que-via-filmes-jessabelle-o.html

      2- Ida
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2014/12/menina-que-via-filmes-ida-critica.html

      3- A Vida Secreta de Walter Mitty
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2014/01/menina-que-via-filmes-vida-secreta-de.html

      4- Viajar é preciso
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2014/04/menina-que-filmes-viajar-e-preciso.html

      5- Vendo ou Alugo
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2013/09/menina-que-via-filmes-vendo-ou-alugo.html#comment-form


      Viu, nossa, se você ler pelo menos essas CINCO críticas ( e olha que tem mais de 30) de filmes que não recomendo. Ah sim, mas você falou de livros, certo?
      Vamos a eles também...Sra Profunda Conhecedora do meu Blog ( Só que Não!)

      1- Carta de Amor aos Mortos
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2014/07/resenha-cartas-de-amor-aos-mortos.html

      2- Chama Negra
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2013/10/resenha-chama-negra-da-intrinseca.html


      3- Eu Te Darei o Sol
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2015/06/resenha-eu-te-darei-o-sol-novoconceito.html

      4- The Juliette Society
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2013/10/resenha-juliette-society.html

      5- Se Joga
      http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2015/06/resenha-se-joga-editoragente.html

      Antes de escrever besteiras para mim , se informe...eu só aceito críticas construtivas, de quem está sempre por aqui e me conhece de verdade .

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  4. Não conhecia esse documentário, e acho um absurdo a família que abandonou o filho ficarem com tudo do casal e ainda humilhar e negar uma despedida do parceiro do falecido.
    Que tipo de pessoas são essas?!?!?!
    To indignada!!

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  5. Nossa que lindo!
    E triste, muito triste mesmo!
    Gente, que raiva dá destes pais nojentos, desumanos!
    Se dessem apoio, não perderiam um filho e sim, ganhariam outro. Mas não, tem que tratar dessa forma grotesca, eu tenho preconceito é com esses pais e pessoas que agem assim.
    Conheço muito gay mais humano e generoso que muitos héteros por aí. É mais que injusto desrespeita-los.

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  6. Raffa eu estou louca pra ver esse filme, já tinha lido varias resenhas dele, mas a sua me esclareceu bem. É um tema muito polêmico onde o preconceito sempre é levado ao extremo. Eu sempre vi todos como humanos independente de vida sexual ou cor, o que temos que prezar sempre é o carater, que os preconceituosos não enxergam. E sobre a familia dar as costas, quase sempre é assim, innfelizmente :(

    Gosto demais de vir aqui pra ficar atualizada e como vou aos seus eventos vejo sempre sua sinceridade no blog, quem te conhece pessoalmente quase ouve sua voz aqui quando leio suas resenhas. Bjus

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