segunda-feira, 20 de julho de 2015

Menina que Via Filmes : Uma Nova Amiga [Crítica]

Título Original : Une Noivelle Amie
Título no Brasil : Uma Nova Amiga
Dirigido por François Ozon
Com Romain Duris, Anaïs Demoustier, Raphaël Personnaz mais
Gênero Drama

Nacionalidade França
Ano  : 2014
Duração : 1h 57 min


















Fui assistir a esse filme porque me disseram que ele seguia a escola Almodóvar, diretor que amo, depois vi que o diretor era o mesmo do filme Dentro de Casa dei uma desanimada, e mesmo sabendo que tinha e envolvido com o trailer tomei um susto quando vi do que realmente se tratava. Vamos ao que senti ao ver o filme.
A primeira cena do filme já é forte, ao som da Marcha Nupcial uma moça muito nova é vestida de noiva para seu velório. Não vemos quem a maquia, quem a veste...mas ali está ela, linda como se estivesse se preparado para subir ao altar . Bom, na verdade ela irá ao altar, mas ser velada. 
Claire ( Anais Demoustier, ótima no papel) é a melhor amiga da moça morta, Laura ( Isild Le Besco), desde a infância parece obcecada pela moça, após cada ato ela parece querer imitar a amiga, é assim com um " pacto", com um namorado, com o casamento... tudo isso nos é mostrado, até no dia em que ambas conhecem seus respectivos maridos, Claire se casa com Gilles ( Raphael Personnaz) e Laura com David ( Romain Duris) . Ao mostrarem o batizado do filho do segundo casal, nota-se que Laura não está bem, em uma cadeira de rodas, todos olham para ela com pena. 
Sabemos que Laura morrerá por causa da primeira cena, e ao fazer um discurso na igreja Claire reforça que prometeu a Laura que cuidaria de sua filha e de David. Por causa do trailer, já vi com segundas intenções o que viria pela frente, mas não previa o que de verdade nos revelaria o diretor.

Em um luto um pouco exagerado, como se tivesse perdido o grande amor de sua vida - e talvez de verdade o fosse - Claire parece não ligar para o marido lindo e atencioso que a apoia em tudo, acha que vê a amiga na rua e se apavora ao lembrar que ela está morta , e foge do marido da falecida e da criança que ela prometeu ajudar, a dor é tanta que tira 1 semana de férias do trabalho para se recuperar.
Não cabe a mim contar o filme inteiro, mas não posso falar dele sem citar o susto que levei ao descobrir que ele ( David) se veste de mulher e é assim que tem criado seu bebê. A princípio Claire parece espantada - que é o que realmente acredito que seria a minha reação à mesma cena - mas depois opta por ajudar David a se descobrir Virginia e até o acompanha nas compras.
O que me incomodou - e essa é uma questão totalmente pessoal - é que ela não conta  a verdade para Gilles, por mais assustador que possa parecer, porque não dizer ao marido que o falecido de sua amiga tinha descoberto que gostava de homens e não mulheres?
Bom, aí eu abro dois pontos :  1- Claire não é honesta com o marido em momento algum, talvez porque já sinta o que viria pela frente ; 2- Me lembrando o caso de Caitly Jenner ( ou Bruce Jenner) que após anos casado e com filhos se declarou transgênero e assumiu um novo nome, Virginia na verdade explica que não gosta de homens e sim de mulheres. Ela é clara em afirmar isso.

O diretor opta em não abordar a polêmica se a sociedade aceita ou não essa nova condição, algumas pessoas o olham na rua mas é só, até mesmo os sogros que o sustentam, não há qualquer indício de como reagiram ao saber a verdade ( sim, até o final fica óbvio que eles saberiam) . A mulher falecida parecia aceitar a condição do marido e só pede a ele que não se vista de mulher na frente de outras pessoas.
Diferente de qualquer filme que eu tenha visto , ali o que se quer notar é como o ser humano é imprevisível e Claire é muito egoísta, chega a irritar ela não saber o que ela quer da vida e engana Gilles o tempo inteiro.
Quando acreditamos que o final está próximo temos uma grande reviravolta, Romain e Anais são tão brilhantes juntos que só completam a maestria da direção de Ozon. São cenas que muito mostram e completam as lacunas deixadas em cenas anteriores, são olhares que já nos dizem o que virá pela frente . Atitudes que os personagens tomam que não imaginamos mas que ao vê-las nos despimos dos preconceitos e a abraçamos quando o sorriso parece ser sincero, e sim , isso é apenas um filme.

Meu tom de indignação se deu ao mesmo de sempre : você pode gostar de meninos, de meninas, do que quiser, você só não tem direito de enganar as pessoas, traição me dá nojo, é baixo demais e não consigo assistir e achar nada bacana ( a não ser quando o traído é tão filho da mãe que merece!) .
Assistam e me digam o que acharam! ;) O filme está em cartaz no Rio e em São Paulo, pesquise na sua cidade.

4 comentários:

  1. Achei um pouco confuso, vou dar uma olhada no filme para saber o que eu acho do filme.

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  2. Acabei me perdendo um pouco na crítica e acabei lendo duas vezes, pra entrar nessa minha cabecinha vazia! rsrs
    Mas o cinema francês acho que já meio confuso por natureza,né?
    Não gostei muito do que li acima. Sei lá, começou bem e depois ficou tudo estranho.
    Não sei se verei,mas obrigada pela dica!!!
    Beijo

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  3. Não curti muito, não faz meu tipo, por causa da traição + morte.
    Gosto de romances bem açucarados kkkk e comédias.
    bjs

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  4. Eita que louco esse filme, provavelmente não verei no cinema já que só passa bem longe, mas quando começar a passar no Netflix ou afins assistirei para poder entender essa bagunça toda rs
    Beijos

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