domingo, 30 de abril de 2017

Menina que ia ao Teatro: Dias Perfeitos [Crítica]


















Título Original`: Dias Perfeitos
Baseado na obra de Raphael Montes
Adaptação e direção: César  Baptista
Teatro Cândido Mendes - RJ
Elenco: Dani Brescianini, Helio Souto,Arno Alfonso,  Leonardo Vasconcellos, Virginia Castellões
De 10 de março a 30 de abril de 2017
Animada em assistir mais uma peça de um dos meus autores favoritos brasileiros, corri para comprar os ingressos de Dias Perfeitos, adaptação para o teatro do livro de mesmo nome lançado pela Companhia das Letras.
O teatro extremamente pequeno é um pouco desconfortável para o espectador, por mais que já tenha ido nele centenas de vezes.  Meu marido por ser alto só dá na primeira fileira - vale lembrar que o teatro Cândido Mendes mesmo você comprando o ingresso no site e imprimindo na entrada você deve trocar por outro! Mas não informam no site, para completar o lugar não é marcado- o que também nao ajudou muito nessa peça.
Clarice ( a ótima Dani Brescianini)  é uma moça de 24 anos que ama responder aos pais, faz faculdade e não se importa de fumar, beber e transar muito, tudo com ela é intenso. Até o dia que em um churrasco ela conhece Teo ( Helio Souto) um estudante de Medicina que já se apresenta dizendo que sua melhor amiga é um cadáver de 70 anos chamado Gertrudes! Eles se conhecem em um churrasco, ele se apaixona por ela mas ela não, muito sozinho , só tendo a companhia da mãe que é tetraplégica ele segue Clarice e a sequestra, o local é um hotel onde ela ia escrever seu roteiro chamado Dias perfeitos. 
Totalmente fora de si ele prende a moça mas não faz nada envolvendo sexo com ela, mas quer que ela aja naturalmente mesmo na condição de estar presa com um homem que mal conhece em quarto de hotel e armado.
 Diferente do livro que a história funciona muito bem, na peça -talvez pela proximidade conosco - me incomodou as tragadas de cigarro, a melancia espalhada e as tintas jogadas nos atores.
Não há espaço físico para aquilo, eu na primeira fileira tinha hora que mal prestava atenção no diálogo porque eles detruíam melancias em suas corpos na hora das mortes ou machucados, o cheiro forte, a água da fruta quase encostando em nossos pés foi uma experiência bem desagradável.
Por mais que a atriz seja sensacional e praticamente leve a peça nas costas - arrisco dizer que essa moça vai longe! E merecido, porque atua super bem!- o cenário e as falas não sustentam a história, tive que explicar para quem estava comigo e não tinha lido o livro detalhes cruciais da história que me permito o direito de não postar porque acredito ser um imenso spoiler.
Não sei se  a peça estendeu a temporada, queria ter postado a crítica antes, porque ela hoje teve sua última exibição, muitos me perguntaram se eu tinha gostado e se valia a pena ir, para quem leu super vale a pena, mas recomendo que se sente bem longe.
Boa parte da peça tem apenas os 2 atores em palco e se passa no quarto do hotel que eles se hospedam. Outros 3 atores se revezam em outros papéis e também não fazem feio, um deles que não sei o nome arrancou aplausos e risos da plateia. 
Se continuar em cartaz ou for para sua cidade, recomendo que primeiro leia o livro e depois assista.
 
 

 

3 comentários:

  1. Oi Raffa!
    Quando a peça foi anunciada pensei:como será que vão levar uma história dessas para o teatro?Pelo visto não deu muito certo,mas valeu a pena pela performance dos atores.Só achei que poderiam ter feito no Net Rio ou em algum teatro maior,talvez desse para abranger mais a história.
    Beijos!

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  2. Ainda não li o livro, mas queria ter ido ver a peça.
    Fica pra próxima (se tiver uma).

    Beijos ^_^

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  3. Eu ainda não li esse, embora queira mto! Mas pelo visto foi bem esquisito né? Kkkk Eu tô rindo, só cheiro da melancia e do caldo se espalhando kkkk

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