sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Menina que via Filmes: Square- A Arte da Discórdia [Crítica]

Título Original: The Square
Título no Brasil: The Square - a arte da discórdia
Data de lançamento 4 de janeiro de 2018 (2h 22min)
Direção: Ruben Östlund
Elenco: Claes Bang, Elisabeth Moss, Dominic West mais
Gênero Comédia dramática

Nacionalidades Suécia, Alemanha, Dinamarca, França





por Bianca Silveira


The Square é um filme provocante, capaz de instigar o espectador. Christian (Claes Bang) é o gerente de um museu de arte contemporânea em Estocolmo. Num belo dia Christian é furtado e tem seus pertences levados, aconselhado por um de seus assistentes ele entrega uma carta ameaçadora para todos os moradores de um prédio onde o GPS de seu smartphone está indicando. Além de ter que lidar com as consequências da carta, Christian precisa lidar com a campanha desastrosa da nova exposição de seu museu.

Uma dessas consequências envolve uma criança empenhada em infernizar a vida do gerente do museu, isso porque seus pais acreditaram na carta entregue e a colocaram de castigo. Por sua vez, a criança exigia um pedido de desculpas a ele e sua família pela falsa acusação.

O filme provoca uma reflexão sobre os limites da arte e sobre o que é arte, reflexão muito pertinente no Brasil após os recentes acontecimentos em alguns museus brasileiros. Como forma de divulgação, o museu realizou algumas campanhas bem desastrosas como por exemplo o Homem-Macaco que realiza uma performance em um jantar de gala sendo inicialmente considerado engraçado e divertido acaba gerando um grande desconforto para os presentes e também para quem está assistindo ao filme. No entanto a campanha mais desastrosa mesmo é o vídeo viral lançado na página oficial do museu no YouTube em que explodem uma criancinha. Como Christian, como o gerente do museu pode deixar isso passar?
O furto e suas consequências levam Christian a ter contato com pessoas de várias etnias, coisa praticamente impossível de acontecer em seu mundinho intelectual do museu. O furto em si foi um gatilho para diversos acontecimentos fundamentais para nós e o protagonista repensarmos não apenas o campo das artes, mas também o universo para o qual os olhos dela estão sempre voltados. Diferentemente do modo que é consumida, a arte nos serve como refeição principal para a compreensão dos dilemas mundanos e espirituais. Se te choca, te incomoda e te faz pensar isso é arte. Palavras vazias, pinceladas a esmo e corpos por si só não passam disso.


Filme assistido por nossa colunista à convite da Em Branco. 

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4 comentários:

  1. Olá !!
    Não sou lá muito fã de comédia dramática mas esse parece ser bem provocante!

    Bjus

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  2. Fiquei um pouco confusa, precisaria ver para entender, mas parece interessante ^_^

    Beijos :)

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  3. Olá...
    Achei a história um tanto quanto confusa... Não sei se vou assistir esse filme em algum momento...
    Beijinhos...

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  4. Me assustei ao ver gênero comédia, mas acho que veria sim, acho legal a crítica voltada para o que as pessoas tentam fazer hoje pensando que podem fazer qualquer coisa para chamar a atenção do publico que ao invés de atrair (clientes) acaba afastando o público.

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