segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Menina que via Filmes: Eu, Tonya [Crítica]

Título Original: I, Tonya
Título no Brasil: Eu, Tonya
Data de lançamento: 15 de fevereiro de 2018
Direção: Craig Gillespie
Elenco: Margot Robbie, Allison Janney, Sebastian Stan, Amy Fox, Bobby Canavalle
País: EUA
Ano: 2018











por Bianca Silveira

Geralmente o que vemos em biografias são histórias de superação, mas em Eu, Tonya é um pouco diferente. Tonya Harding foi uma patinadora artística americana que desde pequena se destacou na patinação devido à sua força e talento, porém se viu envolvida em um incidente que acabou encerrando sua carreira.
O filme conta a história de Tonya Harding vivida pela atriz Margot Robbie (Mais conhecida pelo seu papel como Arlequina) desde sua infância até sua vida adulta.

Tonya sempre foi muito maltratada pela mãe interpretada por Allison Janney. Ela era constantemente agredida tanto verbalmente como fisicamente, sua mãe dizia que com raiva ela patinava melhor e assim batia sempre mais. Já na juventude Tonya conhece seu futuro marido Jeff Gillooly (Sebastian Stan) e a partir daí Tonya, além de ser agredida pela mãe passa a também sofrer abusos do namorado e futuro marido. Mesmo vindo de uma família pobre Harding conseguiu se destacar na patinação artística que é um esporte elitista mas mas acabou sendo envolvida no ataque a sua rival organizado pelo seu marido e por seu segurança pessoal.
O filme usa de um recurso pouco usual em cine biografias, o deboche. O longa mistura drama, crime, abuso doméstico e ao mesmo tempo consegue ser engraçado. Outro recurso usado foi a quebra da quarta parede (Não sabia o que era isso, mas fiz meu dever de casa e fui pesquisar) que é quando o personagem fala direto para a câmera e também interrompe a ação.

Margot Robbie foi indicada ao Oscar de melhor atriz e foi bem merecida. Margot teve o desafio de interpretar Tonya dos 15 anos de idade até os 40. Sua felicidade ao conseguir realizar o salto triplo axel deixando sua marca na história da patinação americana foi cativante e sua reação ao saber que foi banida do esporte que era sua vida foi de partir o coração. Margot precisou aprender patinação artística, que não é um esporte fácil, especialmente para o filme e isso rendeu mais credibilidade nas cenas em que era necessário patinar. Allison Janney, que interpreta a mãe de Tonya, também recebeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante.
Eu não conhecia a história da patinadora e fui pesquisar os vídeos da época e fiquei ainda mais impressionada com a semelhança tanto da atriz com a Tonya da vida real e também com os figurinos usados na época. Cenas que foram reproduzidas no filme perfeitamente iguais. Sem dúvida esse é um filme que merece a tão cobiçada estatueta que premia aqueles que se envolvem com a sétima arte. Nós cinéfilos já fomos premiados com esse filme, agora só falta eles serem reconhecidos pelo excelente trabalho!


* Nossos colunistas são voluntários e não recebem qualquer quantia do blog que não tem fins lucrativos.


* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.






















por Raffa Fustagno

Eu assisti ao filme antes do Oscar, mas já torcia para que Allison Janey ( a cruel mãe de Tonya) levasse o prêmio, uma das favoritas ela merecidamente levou o troféu para casa.
Mas o que o filme tem de diferencial? Primeiro ele trata de um esporte onde por trás de toda beleza que é a patinação artística há um excesso de pressão em cima de meninas muito jovens, sejam pelos pais, como é o caso de Tonya ( Margot Robbie, excelente) ou em alguns casos isso vem dos treinadores.
Criada por uma mãe desbocada que a agredia sempre e que odiava lembrar do pai da menina que as abandonou, Tonya cresceu obstinada a patinar, mas achando que merecia apanhar.
Por mais que fosse ótima no que fazia, para os jurados ela era apenas uma moça pobre, com uma família que era uma vergonha para a tradicional família americana e com um marido que visivelmente não batia bem da cabeça.













O que era ruim fica ainda pior quando seu marido abusivo quer dar um susto em sua maior concorrente e contrata um homem para fazer o serviço mas ele quebra o joelho da moça.
O que espanta é que essa história é real, e isso afetou e muito uma carreira promissora, que não teve um final feliz.
As atuações são maravilhosas, a história é forte e teve indicação do Oscar também para Margot que está excelente no papel. Assistam, vale muito a pena!
Tonya interpretada por Margot e à direita na vida real. 

4 comentários:

  1. Já tinha ouvido falar desse filme, mas não conhecia a história da personagem, fiquei interessada em ver ^_^

    Beijos :)

    ResponderExcluir
  2. Filme muito bom. Gostei da direção, não curti muito a edição, mas num todo o filme é bom

    ResponderExcluir
  3. Raffa!
    Embora não conheça a patinadora, gosto demais de filmes que contam a biografia de vida dela, seus dramas, sofrimentos, vitórias.
    Deve ser um filme bem interessante.
    “Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  4. A atuação de Hauser é outra a roubar a cena, principalmente quando os créditos finais revelam os vídeos das entrevistas originais de Shawn Eckhardt. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção, adoro ver como os adaptam para a tela grande. Tambem recomendo assistir Dunkirk, adorei este filme, é um dos melhores filmes baseadas em fatos reais 2017.A história é impactante, sempre falei que a realidade supera a ficção. É interessante ver um filme que está baseado em fatos reais, acho que são as melhores historias, porque não necessita da ficção para fazer uma boa produção.

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)