domingo, 21 de janeiro de 2018

Menina que via Filmes: Me Chame Pelo Seu Nome [Crítica]

Título Original: Call me by Your Name
Título no Brasil: Me Chame Pelo Seu Nome
Baseado na obra de André Aciman
Data de lançamento 18 de janeiro de 2018 (2h 13min)
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Armie Hammer, Timothée Chalamet, Michael Stuhlbarg mais
Gêneros Drama, Romance

Nacionalidades França, Itália, EUA, Brasil
#04


Aclamado pela crítica especializada mas com a certeza de que veria a paixão de um menor de idade por um homem mais velho, fui com receio de que o filme me incomodasse. Mas não só achei o sensível como percebi que seria um preconceito muito grande de minha parte se achasse que um rapaz de 17 anos já não está mais do que na hora de conhecer o sexo e descobrir do que gosta. E foi dessa forma que enxerguei esse filme. Nem sempre mesmo quando os casais são hétero a diferença de idade me agrada, quando acho a moça nova demais ou vice - versa para viver aquela experiência, sou careta, eu sei.

Mas nesse caso, envoltos em um cenário charmoso da Itália, a história não só cabe como emociona, e eu torci demais pelos dois, mesmo prevendo que não seria feliz nisso...e isso não é um spoiler, ou seria? 
Elio ( Timotheé Chamalet) é o rapaz de 17 anos, ele ama tocar piano, escrever suas músicas, fuma vez ou outra e curte o verão italiano com seus pais em uma casa onde mesmo sendo judeus não se levam a religião a fundo. Ali ele fala com facilidade em um mesmo dia inglês, francês e italiano. Seu pai, o professor Perlman ( Michael Stuhlbarg) costuma hospedar na imensa casa junto com sua mãe amigos do trabalho ou estudantes que passam cerca de 6 semanas com eles. Dessa vez receberão Oliver ( Armie Hammer) um lindo pesquisador americano que nunca mais deixará a casa da mesma forma.

Fartos de comida, as vezes falando de política - se passa em 1983!- e volta e meia na piscina Elio desde o primeiro momento sentirá que algo lhe foi desperto com a chegada de Oliver, ainda que ele ensaie um namoro com uma italiana da sua idade, nada se compara a quando Oliver lhe encosta, mesmo que seja sem querer.
A diferença dos dois está não somente na idade, como disse Elio tem 17 e Oliver 24, seus corpos são muito diferentes. Oliver é todo malhado, um verdadeiro Deus Grego que fazem as mulheres suspirarem por onde passa. Elio é franzino, e chama atenção por sua musicalidade e seus conhecimentos sobre História. Não por acaso ele passa o dia lendo também.
O filme pode soar como lento se lembrarmos do ritmo de Azul é a cor mais quente, filme que amo e sempre recomendo! Aqui a descoberta dele da sexualidade existe sim, mas é mais sensível, não há cenas de sexo intenso como no citado, ao menos que minha sessão tenha tido cortes, ele é até mais leve que o famoso Brokeback Mountain. 
Elio e Oliver nos envolvem quando se deixam entregar pelo que sentem, e a atuação dos dois convence muito, não esperava algo assim vindo de Hammer que estou acostumada a ver em filmes bobos e sem destaque de sua atuação. 
Ali as chances de que dure mais que o Verão são mínimas, mas a gente torce até o fim, porque já shippa esse casal para sempre!
Há com o que se emocionar, não posso deixar claro, mas há um diálogo chegando o final envolvendo o pai dele que é algo para se guardar para sempre. E para ser copiado pelas próximas gerações. 
Tem dedo claro do sensacional James Ivory, o mesmo de Vestígios de um Dia. Ele sempre arrasa.
Vão ao cinema, preparem os lenços e sejam felizes, eu achei esse filme lindo.

3 comentários:

  1. Acho que me sairia melhor lendo do que assistindo esta história, assim poderia parar e segurar o choro. Ouvi em algum lugar que os finais são diferentes, assim é bom porque se não gostar muito de um, o outro pode ser perfeito.

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  2. Já tinha ouvido comentários sobre esse filme, e fiquei com muita vontade de ver, espero assistir logo ^_^

    Beijos :)

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  3. Raffa!
    Parece um filme sensível, cheio de descobertas e sem rótulos e o melhor, tem apoio familiar que para mim é tudo.
    Deu para notar por sua empolgação que tocou fundo em você, reportando a experiências pessoais e não há nada melhor que isso para apreciarmos a beleza, seja ela de que forma for, em filmes, livros, na vida...
    “Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy

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