Menina que via Filmes: Roda Gigante [Crítica]

Título Original: Wonder Wheel
Título no Brasil: Roda Gigante
Data de lançamento 28 de dezembro de 2017 (1h 41min)
Direção: Woody Allen
Elenco: Kate Winslet, James Belushi, Justin Timberlake mais
Gênero Drama

Nacionalidade EUA
#1

Ginny ( Kate Winslet, sensacional como sempre) é uma garçonete que mora em Coney Island dentro do parque de diversões do local, com um filho que aparenta uns 10 anos, casada com Humpty ( James Belushi que agora é chamado Jim Belushi) que controla o Carrossel do lugar. É uma mulher extremamente infeliz e isso é visível em seu semblante, somente seu esposo  finge ou não vê que ela odeia tudo ali, do papel de esposa à moradora do local, tudo para ela é um pesadelo.

Mickey ( Justin Timberlake) é o guarda-vidas da praia existente em Coney Island, ele narra  a história e no como ele virou seu amante, muito mais jovem que ela - que tem 39 para 40 anos- a princípio ele parece entusiasmado com o romance mas depois se encanta com a filha de Humpty, Carolina (Juno Temple) que chega à casa do pai pedindo abrigo por ter se casado com um mafioso e ter contado tudo que sabia dele para polícia.

Parece ser mais um drama familiar de cidade pequena, mas nas mãos de Woody Allen vira um dos melhores filmes que ele fez nessa década. 

Winslet contribui muito para que esse filme seja bom, sua atuação como a mulher infeliz e infiel pode lhe render um Oscar de acordo com a crítica especializada. Ela consegue com que o espectador ao mesmo tempo que sinta pena de seus sonhos destruídos - ela era uma atriz até trair o pai de seu filho e sair fugida com ele - trabalhando como garçonete, casada com um homem muito mais velho que não lhe oferece nenhum luxo e que parece ter cuidado somente com a filha sumida que não falava com ele por 5 anos.

Não há contato físico ou tentativa dele entre o casal oficial desas história. É nos braços de Mickey que ela sorri as poucas vezes no filme, mas ainda assim se torna obsessiva conforme o tempo vai passando e ela percebe que Mickey que é outro frustrado a poeta, não se entrega na mesma medida.

Soma-se à isso um filho com problemas que sente prazer em tacar fogo nas coisas e que tem um ar de psicopata. A vida dela é uma infelicidade só...mas ao passar do longa descobrimos que ela quem plantou algumas coisas que a fizeram estar onde está.

Então de vítima ela vira vilã e a torcida no cinema para que ela se dê mal é grande, mas Allen não se preocupa com isso, ele coloca Kate em cena para saber o que faz melhor: em uma atuação colocar o filme no bolso e a gente nem lembrar mais para que lado torce.

Comecei o ano bem, o filme é incrível.