terça-feira, 27 de março de 2018

Menina que via Filmes: Górgona [Crítica]

Título Original: Górgona
Data de lançamento 29 de março de 2018 (1h 17min)
Direção: Pedro Jezler, Fábio Furtado
Elenco: Maria Alice Vergueiro, Pascoal Da Conceicao, Danilo Grangheia
Gênero Documentário
Nacionalidade Brasil








por Reinaldo Barros


Se você ficar preso ao título vai demorar a entender de quem se trata, porém já lhe dou uma dica: Que tal um tapa na pantera? Ela ficou famosa ao interpretar uma idosa usuária da cannabis, que há trinta anos fumava todos os dias e não se considerava dependente. O vídeo é um curta de humor e foi produzido por três estudantes de cinema em 2006.

Já o Górgona se trata de um documentário independente que nos conta um pouco sobre a vida de Maria Alice Vergueiro, uma atriz aclamadíssima do teatro paulistano. Para ser mais preciso o filme é gravado nos bastidores de seu penúltimo trabalho no teatro, com a peça As Três Velhas. Maria Alice Vergueiro foi responsável pela criação da companhia teatral Teatro do Ornitorrinco e do Grupo Pândega, além de ter sido professora na Escola de Comunicação e Artes (ECA) e na Escola de Aplicação, ambas da USP.

O talento incomparável da atriz andava intimamente abraçado com
seu comportamento irreverente. Maria Alice sempre foi considerada muito ousada fosse por suas atitudes no palco ou fora dele, recusou inúmeros papeis na TV apesar de algumas participações como em “Sassaricando”Brava Gente. O teatro sempre foi o seu foco mesmo que isso não lhe garantisse uma condição financeira estável.
Todas essas informações estão presentes nesse documentário- homenagem, né? Negativo! E essa é uma falha, a meu ver, muito grande! O documentário tem um ar bem amador, sem muita qualidade e as poucas informações são passadas durante as poucas e breves conversas nos bastidores e nenhuma explicando para o público leigo de quem se trata. É como se o filme tivesse sido feito apenas para os que participaram daquela peça (As Três Velhas).
Sem contextualização alguma você é jogado em um universo no qual, por si só, pode perceber um pouco sobre a dificuldade de se fazer teatro sem apoio e também sobre a realidade de uma atriz cadeirante e com Parkinson que não perdeu o prazer de atuar. Sua carreira é admirável! Sua garra é um exemplo a ser seguido por todos os sonhadores! Só a homenagem que pecou em homenagear e apresentar uma estrela para aqueles que desconhecem tamanho brilho.


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* A opinião do filme ou das resenhas pertence ao colaborador que se compromete a enviar uma crítica de sua autoria para ser publicada no blog e divulgada nas demais redes sociais.

*Cabine de imprensa à convite da distribuidora.

2 comentários:

  1. Nossa, só pelo título nunca iria imaginar de quem ou do que se tratava. Recordo da "senhorinha",mas admito que não sabia de sua história ou nem que havia algo assim, não como homenagem, mas como história realmente.
    Como sei que não poderei ver(morar no fim do mundo tem suas desvantagens) valeu ter lido um pouco sobre esse curta!

    Beijo

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  2. Olá!
    Uma pena eu não curtir o gênero viu e toda essa falta de detalhes tbm não consegui me conectar não, uma pena pois a triz merecia uma homenagem digna de seu talento...
    Bjs

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