sábado, 3 de março de 2018

Menina que via Filmes: Uma Mulher Fantástica [Crítica]






















Título Original: Una Mujer Fantastica
Título no Brasil: Uma Mulher Fantástica
Data de lançamento 7 de setembro de 2017 (1h 44min)
Direção: Sebastián Lelio
Elenco: Daniela Vega, Francisco Reyes, Luis Gnecco mais
Gênero Drama

Nacionalidades Chile, Alemanha, Espanha, EUA
#15

por Raffa Fustagno


Marina ( Daniela Vega) é uma mulher trans, ou seja, ela nasceu homem mas não se identifica com o gênero e se veste e leva uma vida como qualquer outra moça de sua idade. Pelo que o filme deixa a entender, diferente de algumas mulheres trans, ela não fez a cirurgia de mudança de sexo.  A moça trabalha o dia inteiro como garçonete e à noite canta em uma boate, seu namorado Orlando ( Francisco Reyes) vai vê-la sempre. 
Ele é um homem de meia idade, agora separado de sua esposa mas ainda era casado quando se apaixonou por Marina, os dois moram juntos no apartamento dele, ela bem no início da vida e com metade da idade ganha visivelmente menos do que seu namorado.
A morte de Orlando após uma noite de amor fará com a que a vida de Marina mude drasticamente. O diretor optou por nos mostrar uma mulher trans calma, daquelas que aceitam - pelo menos de início- que sua condição é vergonhosa para sociedade. Mesmo que não fosse uma mulher trans a família de seu namorado falecido já a odiaria, agora imaginem essa mesma família sabendo que o pai se relacionou com uma mulher trans e largou a mãe?

É difícil a posição da esposa, correto? Mas o filme foca na dor de Marina, na rejeição não somente pela família dele mas por todos, um policial ao interrogá-la não aceita chamá-la pelo nome social, ela explica à ele que seus documentos ainda estão para serem aprovados e ela poder perante  ajustiça fazer a mudança de seu nome.

Em um exame médico, até mesmo esse profissional parece não saber como se portar diante dela. Já que precisa tirar fotos dela nua, a luta de Marina acaba sendo a nossa.
Afinal, que mal ela cometeu? Se apaixonar? Não ser mais infeliz ficando e um corpo que não reconhece como sendo seu?
O tema é delicado e a atriz na vida real é uma mulher trans, ela entende e muito o que é querer o mínimo: respeito.
Indicado ao Oscar de Melhor Filme estrangeiro pelo Chile, o filme foi muito elogiado pela crítica especializada.

6 comentários:

  1. Eu acho que este tema tem sido bem falado e isso é muito bom. Ainda não tenho uma posição definida sobre o pensar sobre o assunto,mas sei que nosso mundo só terá salvação quando aprendermos a respeitar nossos semelhantes e isso inclui e muito bem incluído, seu jeito de ser e viver.
    Só o amor salva uma pessoa e pelo que li acima, este longa trata disso, o amor. Mas não na forma poética,mas na dor de se sentir indigno de amar.
    Espero poder ver!
    Beijo

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  2. Raffa!
    Achei bacana abordarem esse tema em filme e imagino o quanto deve sre difícil para Marina a todo momento.
    Só não entendi bem porque o filme tem tantas nacionalidades.
    Desejo um mês mais que abençoado, carregadinho de luz e paz e um final de semana esplendoroso!
    “Acredite, existem pessoas que não procuram beleza, mas sim coração.” (Cazuza)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA MARÇO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  3. Olá!
    Pelo tema já se percebe que o qto o filem é bom Raffa, comecei á ler o post e já me interessei demais, qro ver !
    Bjs!

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  4. Realmente o filme tem uma temática bem forte e ainda não é bem aceita pela sociedade. Acho que isso é sentimento ou escolha de cada um, o que todos merecem é serem respeitados independente da sexualidade de cada um. Espero ter a chance de ver esse filme

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  5. Esse deve incomodar bastante. É difícil assistir cenas de preconceito, humilhação..

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  6. Fiquei com vontade de ver o filme, parece ser muito bom.

    Beijos ^_^

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