quinta-feira, 12 de abril de 2018

Menina que via filmes: Berenice Procura [Crítica]






































Título Original: Berenice Procura 
Data de lançamento 24 de maio de 2018 (1h 28min)
Direção: Allan Fiterman
Elenco: Claudia Abreu, Eduardo Moscovis, Vera Holtz 
Gêneros Comédia , Suspense, Drama
Nacionalidade Brasil

por Bianca Silveira



O cinema brasileiro é repleto de filmes excelentes, produções artísticas marcantes. Produções essas muitas das vezes representaram a época na qual foram realizadas, no entanto houveram filmes contestadores, obras com o objetivo de questionar e fazer refletir acerca de alguma questão social. Berenice Procura é um retrato do exato momento que vivemos no país, sem radicalismos o filme aborda a questão da igualdade de gênero, da homo e transfobia. Se pudéssemos resumir essas três questões e correlacioná-las em uma única palavra, esta seria: Representatividade.

O protagonismo aqui é dividido entre Cláudia Abreu e Valentina Sampaio. A primeira atriz interpreta a taxista Berenice que trabalha para ajudar com as despesas de casa, onde vive com seu filho Tiago (Caio Manhente) e seu ex-marido Domingos (Eduardo Moscovis). Logo no início já percebemos que a relação entre eles é meio conturbada. O filho é meio rebelde e está passando por conflitos em relação a sua sexualidade. O pai é um jornalista, repórter desses programas sensacionalistas que falam sobre os crimes da cidade, bem machista e preconceituoso. Já a segunda atriz, Valentina Sampaio, vive uma jovem dançarina transgênero que se dedica à sua carreira artística e é constantemente assediada por sua patroa Greta (Vera Holtz). O filme mostra o submundo do Rio de Janeiro, mostra um mundo de prostituição, de exploração de trans e travestis e não poupa detalhes, como cenas de nudez e sexo.

A trama começa com um assassinato misterioso na praia de Copacabana e enquanto as explicações para tal ato bárbaro são apresentadas, podemos conhecer melhor os personagens e a relação de cada um com o corpo encontrado no cartão postal carioca. Berenice que estava passando pelo local logo após o corpo ser encontrado e chocada e não satisfeita com o rumo das investigações e com a cobertura jornalística sobre o caso feita pelo seu marido Berenice começa sua própria investigação, principalmente depois de descobrir a forte ligação entre seu filho e a morta. O filme não demora em explicar e nem embaralha muito as peças do caso, só o necessário para não descobrirmos o assassino logo de cara. E por que isso é feito? Justamente para enxergarmos as outras questões como a relação abusiva entre marido e esposa, a homofobia do pai contra o filho, a exploração sexual a qual as mulheres trans são submetidas, mesmo aquelas que não desejam e optam pelo caminho das artes.

*filme assistido à convite da Rio2C Creative Conference de 2018

4 comentários:

  1. Olá!
    Não sabia desse filme, eu curti mto o tema abordado, vou procurar saber mais sobre ele.
    Bjs!

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  2. Mesmo sendo um pouco pé atrás com o nosso cinema nacional, claro que tenho consciência do quanto tem coisa boa nesse meio também.
    Ontem vi e li uma crítica aqui e já quero demais poder conferir o longa, agora hoje, mais outro filme que não conhecia,mas que gostei demais de todo o enredo!!!
    É o tipo de filme que gosto, que não só traz atrizes de renome, mas também conteúdo.
    Verei com certeza.
    Beijo

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  3. Achei esse filme muito interessante, quero muito ver!

    Beijos ^_^

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  4. Não estava sabendo desse filme, parece ser incrível, espero ter a oportunidade de assistir, parece ser muito bom!!

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