quinta-feira, 19 de abril de 2018

Menina que via Filmes: Frágil Equilíbrio [Crítica]

Título Original: Delicate Balance
Título no Brasil: Frágil Equilíbrio
Data de lançamento: 24 de outubro de 2016 (mundial)
Direção: Guillermo García López
Produtora: Sintagma Films
Roteiro: Guillermo García López
Prêmios: Prêmio Goya de Melhor Documentário
Produção: Guillermo García López, Pedro González Kuhn, Pablo Godoy-Estel

por Reinaldo Barros

Frágil Equilíbrio foi concebido e costurado com as palavras de um dos líderes mais populares e emblemáticos da última década da América do Sul, sim eu falo de José Mujica, aquele presidente do fusquinha, da casa simples e da língua afiada. O presidente da antiga província cisplatina ficou mundialmente conhecido pela sua simplicidade, que chocou e despertou admiração ao mesmo tempo, pois era mais um chefe de estado socialista eleito pelo povo.

Assim como o ex-presidente uruguaio esse documentário chama a atenção para questões importantes acerca da humanidade. O foco da narrativa é no drama vivido em três histórias de diferentes lugares do mundo. O ponto em comum aqui é a liberdade e a felicidade, que assumem trajes diferentes de acordo com cada grupo abordado e em certo momento até antagonizam seus significados. Os três grupos são: Executivos japoneses trabalhando escravos do trabalho e consumismo; famílias espanholas destruídas por conta da crise econômica e da corrupção do governo; e uma comunidade subsaariana de pessoas que tentam escalar um muro em forma de grade para chegarem à Europa.

Esse é um daqueles documentários que devem ser obrigatórios nas universidades, pois traz uma experiência humana muito dura e muitas das vezes invisíveis para indivíduos incapazes de refletir e olhar para o outro como semelhante. É impossível sair indiferente após assistir esse filme, sair sem pensar sobre as dificuldades que enfrentamos, os privilégios que possuímos e aqueles que estão abandonados, indesejados pelo consumismo. O mais cruel de tudo isso é constatar o quão certo está Mujica ao falar sobre a dificuldade de se romper com esse sistema, pois o oprimido acaba se tornando o opressor e repetindo a opressão. 
Como mudar tudo isso? Como tornar o mundo mais justo, mais feliz? E o que é ser livre? Foram essas algumas das indagações que fiz a mim mesmo e tenho certeza que outras surgirão em sua mente quando você assistir. 
Frágil Equilíbrio conquistou o prêmio de Melhor Documentário Espanhol no Festival de SEMINCI e também o de Melhor Documentário da Academia de Cinema da Espanha (Goya) e vem para o Brasil na plataforma Vimeo On Demand.


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*Cabine de imprensa à convite da distribuidora.

3 comentários:

  1. Nossa, parece ser incrível esse documentário. Sempre que assisto algo assim, também penso que deveria ser obrigatório, para conscientizar e abrir a mente de todos.

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  2. Mujica e seu fusca, Mujica e sua língua ferina, que sempre fala o que pensa e sente. Mujica!
    Minha irmã fala tanto neste homem que um dia fui obrigada a dar uma olhada na vida dele e pelo pouco que li e vi, o homem é maravilhoso.
    E sem sombra de dúvidas, este documentário deve ser realmente ímpar.
    Não só verei como indicarei ele a minha irmã, fã incondicional do trabalho e vida deste grande homem(ela tem até um gato com o nome de Mujica e outra gatinha chamada Dilma e dois cães(Fidel e Luis Inácio, vulgo Lula)
    Sim, minha irmã é doida.rs
    Beijo

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  3. Oii!
    Uma pena eu não curtir documentários, mas para os apreciadores do gênero parece excelente.
    Bjs!

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