domingo, 22 de abril de 2018

Menina que via Filmes: Uma Temporada na França [Crítica]






















Título Original: Une Saison en France
Título no Brasil: Uma Temporada na França
Data de lançamento 5 de abril de 2018 (1h 40min)
Direção: Mahamat-Saleh Haroun
Elenco: Eriq Ebouaney, Sandrine Bonnaire, Aalayna Lys mais
Gênero Drama

Nacionalidade França
#40
por Raffa Fustagno
O drama dos refugiados é mostrado diariamente nos jornais, a França vive um gigante problema de imigrantes ilegais que tentando fugirem da guerra e da pobreza de seus países pedem asilo por lá. A facilidade no idioma que é o mesmo de muitos países africanos e a proximidade dos continentes - boa parte chega por navios ilegais- contribui para que suas ruas estejam tomadas de estrangeiros desesperados com a oportunidade de ficarem por lá e com medo de serem deportados.

Abbas ( Eriq Ebouaney) é da África Central viúvo, imigrou ilegalmente para a França há 16 meses atrás com seus filhos que são crianças aparentando 8 e 11 anos de idade. Carole ( Sandrine Bonnaire) é sua namorada, hoje francesa ela conta em certa parte que também veio de outros país e pediu cidadania, certamente ela não veio no boom de refugiados de hoje, porque Abbas tem tido todos seus pedidos negados pelo governo.
Desesperado ele surta e acaba perdendo o emprego que tinha de entregador, não é somente isso que ele perde, pelo caminho o filme que é lento e lotado de dor e drama nos leva para o desespero de um pai que não sabe como continuar fingindo para seus filhos que está tudo bem, ainda que as crianças o cobrem que tenham um teto e parem de se mudar tanto.

Também vemos Etienne, seu irmão que vive em um local precário e que tem uma namorada linda mas já que tem tido negado sua residência tem falhado até mesmo na cama com ela e fugido do relacionamento diversas vezes. 
O que vem em nossa cabeça é porque ambos não casam com elas que são cidadãs francesas? Em certo momento Carole levanta essa hipótese mas Abbas explica que sem papéis  - acredito que sem ter entrado legalmente- ele não conseguirá casar, eles nem sequer tinham passaporte quando entraram na França.
Ou seja, a hipótese do casamento não é uma opção. Tendo todas as opções negadas o final é triste  e nos faz pensar se de fato os países devem receber a todos que fogem das guerras  - afinal minha família veio da Itália nessas condições para o Brasil - ou se não ter emprego e condições de recebê-los deve impedir que as imigrações aconteçam? Como tem sido amplamente discutido pelas entradas de venezuelanos no Brasil por Roraima?

Saí do cinema devastada e com muita pena de todos que passam por isso.

                               Confiram o trailer:

5 comentários:

  1. Eu não assisti,mais pela sua crítica achei muito triste.As pessoas não merecem viver nessas condiçoes.Merecem ter uma vida digna.É muito triste saber,que tem muitas pessoas que vivem assim em meio a tantos problemas e a única solução é fugir pra outro país,por sobrevivência.Até quando vai ser assim.Que Deus tenha misericórdia de todos

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  2. Este drama dos refugiados é realmente um assunto que nos atinge de tal maneira que é complicado falar. Mesmo que no meu caso, não tenha ninguém morando "lá fora", todos os dias a gente se depara com reportagens de famílias inteiras, tendo que deixar tudo que construíram para trás, pelo simples fato de não poderem ficar mais lá ou acabariam morrendo de forma cruel.
    Como não conhecia o filme,já quero muito poder conferir o longa e me emocionar também.
    Beijo

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  3. Esse assunto está super em alta, e é muito bacana que um filme venha mostrar a situação e estabelecer o debate.

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  4. Oii!
    O filme deve ser lindo, eu não tenho mto o costume de ver filmes do gênero, mas este me chamou atenção, vou anotar a dica.
    Bjs!

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  5. Já fiquei triste lendo, imagina assistindo :(
    Mas quero ver o filme.

    Beijos.

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