quinta-feira, 3 de maio de 2018

Menina que via Filmes: 7 Dias em Entebbe [Crítica]

Título Original: 7 Days in Entebbe
Título no Brasil: 7 Dias em Entebbe
Data de lançamento 19 de abril de 2018 (1h 47min)
Direção: José Padilha
Elenco: Daniel Brühl, Rosamund Pike, Eddie Marsan mais
Gêneros Suspense, Biografia

Nacionalidade Reino Unido
#45






por Raffa Fustagno

Voos por si só já são tensos para a maioria dos mortais. Agora imaginem em 1976 quando um grupo a favor da Palestina sequestrou um avião que ia de Israel para França mudando sua rota com todos os passageiros para a África? É para infartar, certo?
Essa é a história real desse longa que tem mãos, pés e ouvidos brasileiros, já que é dirigido pelo ótimo José Padilha ( Tropa de Elite, O Mecanismo) e tem trilha sonora do ex Los Hermanos: Rodrigo Amarante.

Criticado por ter escolhido um lado para contar essa história - é bem visível o como Israel é colocado como "santo" enquanto a Palestina é o vilão - Padilha optou por fazer um filme raso, que não é perda de tempo mas também não chega aos pés de outros filmes do gênero.
A dupla alemã que apoia a Palestina - sim, logo eles, que já são tem a marca na história da humanidade como nazistas, se unem para "o bem" que é libertar palestinos- talvez sejam os melhores do filme. Temos Daniel Bruhl como Wilfried ( ele fez Bastardos Inglórios) e Rosamund Pike ( de Garota Exemplar) como Brigitte. Ele é bem mais humano que ela que não causa empatia nenhuma na plateia, chegaram a bater palmas quando ela se dá mal. Pike está muito bem no papel como a sequestradora fria mas a cena do telefone para explicar seu "surto" ficou perdido no meio do nada e achei bem desnecessária. Ambos falam alemão fluente, ou porque estudaram ou porque já moraram na Alemanha ( caso de Daniel) no resto do filme temos os reféns falando em hebraico e os diálogos maiores são em inglês, ainda que a população não judia seja da França.
Sim, o francês é ouvido, mas muito pouco. Como se aparecesse para preencher uma cota e não ficar ridículo que um filme que nada tem a ver com o inglês tenha boa parte dele na língua de Rainha Elizabeth.











Temos também em destaque como o Primeiro Ministro de Israel, Yitzak Rabin o ator Lior Ashkenazi. Claro que há em cena Shimon Peres e outros símbolos da luta entre o fim da guerra entre palestinos e israelenses. 
O filme tem poucas cenas comoventes, uma coisa que me incomodou muito foi apesar de linda, a utilização da dança para mostrar algumas cenas de guerra. Uma moça que é namorada de um dos soldados aparece em ensaios e depois em uma apresentação em uma coreografia pesada, onde tem que dar tudo de si, se jogando no chão como se caísse morta ou cansada. Essas cenas e a uma música alta ao fundo cantada em hebraico são pano de fundo para cena de invasão do cativeiro dos reféns, não achei que tenha ajudado na cena e sim causado uma certa confusão em ver quem de fato foi baleado ou não.

No geral, é interessante sabermos sobre alguns fatos que não são muito comentados hoje em dia, e como o desfecho foi positivo, é sempre agradável ver filmes onde sabemos que os malvados se deram mal. ( Não cabe aqui nenhum julgamento entre quem está certo se Palestina ou Israel, mas sim a decência de não agir incorretamente porque o fazem do outro lado. Sequestrar e querer matar inocentes não pode e não deve ser uma moeda de troca).
DANIEL BRUHL, JOSÉ PADILHA E ROSAMUND PIKE 

5 comentários:

  1. Acredito que em uma época onde este assunto ainda é, infelizmente, tema central de muitos telejornais, documentários, seja sempre válido trazer um pouco de história também no cinema.
    Pelo que li acima, o filme parece ser rico em detalhes e eu gosto muito disso, apesar de sempre me perder em filmes assim.rs
    Espero poder ter a oportunidade de conferir.
    Beijo

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  2. Oii!
    Faz algum tempo que não assisto filmes do gênero, não sou mto fã mas qdo se tem uma história tão detalhada assim me chama atenção.
    Bjs!

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  3. Uma história "antiga", mas tão atual... Triste, mas sempre bom ver essas histórias nesses formatos, que chegam a muito mais pessoas.

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  4. Raffa!
    Vi a entrevista do Padilha no Pedro Bial e ele disse que é muito mais fácil fazer filme no estrangeiro, do que no BRasil e resolveu falar sobre esse tema porque tem sido bem recorrente no mundo.
    Desejo um MÊS de sucesso e bençãos!
    “Nunca confunda movimento com ação.” (Ernest Hemingway)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA MAIO – 4 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  5. Gosto muito dos atores, mas não fiquei com vontade de ver o filme, pelo menos não agora.

    Beijos ^_^

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