quarta-feira, 9 de maio de 2018

Menina que via Filmes: Praça Paris [Crítica]

Título Original: Praça Paris
Data de lançamento 26 de abril de 2018 (1h 52min)
Direção: Lucia Murat
Elenco: Joana de Verona, Grace Passô, Alex Brasil mais
Gênero Drama

Nacionalidades Portugal, Argentina, Brasil
#56









por Raffa Fustagno

Eu amo o cinema nacional. Corrigindo, eu amo o bom cinema nacional. Infelizmente nem todas as produções que chegam às nossas telas tem sido gratas surpresas. 
Praça Paris tinha tudo para ser um filme 5 estrelas, mas não o é. E lamento muito que não o seja porque uma das pessoas que assina o roteiro é o maravilhoso Raphael Montes juntamente com a diretora Lucia Murat, e quem me acompanha sabe o como gosto desse autor. A razão do filme não ser excelente é exatamente a atuação e a falta de sentido nas atitudes de uma das protagonistas.
A premissa parte de 2 mundos muito distantes: Camila (  a atriz portuguesa Joana de Verona) é uma estrangeira vinda de Portugal que trabalha como terapeuta na UERJ, já Gloria ( Grace Passô) é uma mulher que vive na comunidade próxima e trabalha na universidade como ascensorista. 

De países e realidades distantes as duas vão se conhecer porque Glória se tornará sua paciente. A princípio sabemos muito pouco das 2 personagens mas aos poucos conforme o longa vai passando começamos a entender as dores de Glória e a chatice de Camila.
Para início de crítica, a portuguesa não desempenha muito bem seu papel, quando há duelos com a atriz brasileira dá vontade de bater palmas para segunda e mandar a outra fazer Malhação em Lisboa.
A personagem também não ajuda, que psicóloga sofre mais que a paciente absorvendo o que ela fala, avança na pessoa e tem atitudes tão incorretas que irritam? Querem um exemplo, dou alguns.  Em determinada cena Camila quebra as coisas em sua casa com raiva de tudo e todos, e em outra ela comenta com o namorado a seguinte frase: "Todo mundo disse que a culpa da minha avó ter se matado era do Brasil, eu nunca acreditei." Como quem agora concorda com isso. Agora me explica: quem prefere morar aqui do em Portugal? Logo no Rio de Janeiro com comunidades à cada esquina e violência beirando os índices da insanidade da população? 

Nada explica ainda mais que alguém que tem um trauma da avó ter tirado a própria vida escolha justamente esse país que de acordo com a família foi a razão disso. 
Mais bizarro é quando ela esbarra em um rapaz humilde, o rapaz a ajuda a pegar o que ela deixou cair, ela vê a polícia achando que ele fez algo com ela e a criatura permite e vai embora assustada.
Querida, se você é medrosa assim, como diria Marisa Monte: "Volte para o seu lar, volte para lá"
Mas então vocês devem estar se perguntando o que se salva nesse filme, e eu lhes digo, a atuação e a história de Glória, que personagem maravilhosa. Sofrida, ela mescla sua dor com o medo que sabe que causa nas pessoas ao saberem que seu irmão é um poderoso traficante. Ela sabe que aquele é seu carma, ela já levou uma vida de abusos em casa com o pai e seu irmão não permite que ela escolha que tipo de vida quer viver, ele dita as regras mesmo estando preso.
Glória por muitas vezes quer ter a vida de Camila, ainda mais quando vê o lindo namorado dela, chega a se imaginar no lugar da terapeuta. Isso faz com que Camila morra de medo dela, eu queria era mais, ô portuguesinha mala. 
Nessa troca de experiências de realidades tão próximas pela geografia  e tão distantes pela economia, é a brasileira quem leva a melhor com um final merecido, ela não é vilã, até mesmo o que aos olhos de Camila é maldade, na visão e criação de Glória ela chama de sobrevivência.
Uma pena que Camila estrague o filme, porque Glória, é daquelas que queremos abraçar e dizer "se liberta, mulher! O poder é seu!".

5 comentários:

  1. Olá!
    Eu já tinha visto o trailer do filme e confesso que de imediato pensei, vai sr um filmão, mas li mtas negatividades sobre o filme e tbm não é mto o que curto acompanhar, uma pena pq nacionais têm crescido tanto né...Bjs!

    ResponderExcluir
  2. Só de ler o nome de Raphael Montes já dei aquela animada, mesmo se tratando de cinema nacional. Mas...rs
    Fui lendo a crítica e fiquei meio que perdida totalmente no roteiro e não por sua crítica ser mal feita ou algo semelhante, pelo contrário, mas pelo roteiro ser totalmente perdido.
    Senti vontade ver não.rs
    Beijo

    ResponderExcluir
  3. Que decepção esse filme. Primeiramente, pelo Raphael estar envolvido na produção! E, segundamente, por essa Camila, que tanto atrapalha o filme!!! Que pena de ver um trabalho que poderia ser bom, sendo jogado fora por uma escolha errada de atuação!!!

    ResponderExcluir
  4. Que triste que não gostou do filme, não estava sabendo dele, mas até que fiquei curiosa com a história da Glória, pena ter essa Camila aí no meio... Hahahahaaha :)

    ResponderExcluir
  5. Eu tinha me interessado pelo filme, mas agora perdi um pouco da vontade de vê-lo ^_^
    Quem sabe algum dia eu dê uma chance.

    Beijos ^_^

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)