segunda-feira, 18 de junho de 2018

[Resenha] Todas as Coisas Belas @intrinseca

Título Original: Every Exquisite Thing
Título no Brasil: Todas as Coisas Belas
Autor: Matthew Quick
Editora Intrínseca
Tradução de Alice Mello
Número de págs: 269
#73


Fã assumida de Matthew Quick, já estava com saudades de livros escritos pelo autor. Não é da boca para fora que digo que Todas as Coisas Belas entra na lista de seus melhores livros. Primeiro porque me lembrou outras histórias que amo, segundo porque Quick aborda de um jeito bem bacana uma fase difícil da vida de todos nós, o último ano da escola e a decisão de saber o que queremos ser pro resto de nossas vidas, pelo menos é para isso que a faculdade serve, certo?
Para Nanette que sempre foi boa aluna e jogadora de futebol bem sucedida e como acontece nos Estados Unidos comumente, sua escolha é certa, ela jogará por alguma universidade maravilhosa que lhe deu bolsa desde que ela seja a atleta da mesma. Parece óbvio para seus pais e para qualquer professor que a conheça, até mesmo para ela. Então algo acontece...ela conhece um livro chamado O ceifador de chicletes - e de alguma forma me lembrou o clássico O Apanhador no Campo de Centeio de J.D Salinger - escrito por Nigel Booker, um autor bem discreto que tem pouco contato com o público mas que terá com nossa protagonista. Para quem conhece a história de Salinger vai ver que tem algumas coincidências, o famoso autor da vida real era muito recluso e um mistério para a mídia e para seu público.

Após a leitura ela percebe que não sabe exatamente se quer seguir esses passos, já que o livro é uma espécie de revolta ao que vivemos nos dias atuais, já que indaga se o que a sociedade quer é de fato o que ela deseja para si mesma.
Seus pais não acreditarão no que ouvirão da boca da filha que avisa que não sabe se quer ser jogadora e muito menos ir para Universidade. A única coisa boa da revolta da filha, vamos chamar assim, é que os pais que já estavam quase se separando se juntarão para tentar entender a filha, o que acabará fazendo com que desistam disso.
Na história de Quick lembrei muito de quando era da faculdade que me sentia um peixe fora d ´água porque nunca bebi na vida e as festas pós aula e o famoso trote não tinham a menor graça para mim. Com isso saí dela com poucos amigos, que entendiam que eu não tinha que ser como todo mundo para ser "entendida", que tudo bem eu preferi gastar minha grana com ingressos de cinema. E achei bem parecido com a Nanette porque as pessoas querem que ela aja como elas acham que é certo agir, não parando para perceber o que é bom para ela.
Teremos também o Alex, um garoto que também é encantando pela história do livro, cada um terá sua própria interpretação do texto, ela acha que pode ajudar a sociedade com suas ideias enquanto Alex acha que o livro quer que ele seja mais reativo e que ele reaja aos que pensam que eles é que são estranhos. A amizade dos dois ficará balançada por causa disso, o personagem dele é bem rebelde com a sociedade, o que ao meu ver foi 8 ou 80, as atitudes dela foram bem mais sensatas. Mas entendo que o autor quis trazer para seu livro as diferentes interpretações que um livro pode ter, lido por pessoas diferentes.
Todas as Coisas Belas é sobre nossas escolhas e o direito de fazê-las. Mais um livro maravilhoso desse ator sensacional.

6 comentários:

  1. Oi, Raffa.

    O enredo proposto, é bom, principalmente por levantar questões acerca da personagem em sua busca, através do livro, de respostas... E, no que ele refletiu em sua vida.

    Às vezes, precisamos de algo que nos impulsione a mudar nossa forma de ser.

    O livro parece trazer uma mensagem importante, e por isso, eu o leria.

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  2. Ganhei esse livro num sorteio e por pouco que troco sem saber sua historia. Como li comentários positivos dele, assim como os teus, resolvi dar uma chance e vou ler. Temática adolescente me encanta pois se for bem escrito eu me remeto aquela época, lembrando meus próprios conflitos e me colocando no lugar do protagonista, mas se o livro for juvenil demais se torna chato e cansativo, lógico que pra quem já passou dessa fase a um bom tempo. Só o que me assustou no teu comentário foi ter associado o Apanhador do campo de centeio, que embora eu tenha ido super empolgada em ler (tamanha sua fama), me decepcionei valendo e só terminei por questão de honra.

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  3. Puxa, esse moço parece ter o dom de escrever coisas que parecem nos jogar dentro de nós mesmos né?
    O Lado Bom da Vida foi um tapa na cara de quem pôde ler a obra, tanto pela intensidade do personagem, seus medos e dúvidas.
    E agora ele traz escolhas. Simples assim. As escolhas que cada um de nós tem que fazer no decorrer da vida e que nem sempre são acertadas.
    Vai para a lista de desejados com certeza.
    Beijo

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  4. Ainda não li nada desse autor, mas me interessei por esse livro ^_^

    Beijos :)

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  5. Raffa!
    Não li nada do autor ainda.
    Gosto de leituras que trazem essa abordagem mais pessoal sobre a busca do que fazer, ou de quais perspectivas de vida teremos.
    Fico feliz que tenha se identificado, tem fases que são assim em nossa vida.
    “Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir. “ (Clarice Lispector)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA JUNHO - 5 GANHADORES
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  6. Ainda não li nada do autor, mas sempre escuto muitos elogios, com certeza vou dar uma chance aos livros dele!! :)

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