segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Menina que via Filmes: Camocim [Crítica]

Título Original: Camocim
Data de lançamento 13 de setembro de 2018 (1h 16min)
Direção: Quentin Delaroche
Elenco: Mayara Gomes, César Luceno
Gênero Documentário
Nacionalidade Brasil















por Reinaldo Barros



    Um retrato do Brasil fora das bolhas do Sudeste, que nos revela o alcance daquela epidemia iniciada em 2013, a polarização da política. O cenário em questão é esta cidade do interior de Pernambuco, que tem a sua rotina modificada a cada quatro anos e afasta a tranquilidade por alguns meses. Dependendo da visão de cada um, esse interesse por política pode ser um avanço social, no entanto a forma como esse interesse se manifesta pode nos revelar a falta de uma base razoável para a discussão, livre de paixões.

    Como tantas outras, Camocim é uma cidade onde a paixão política incendeia a todos e divide seus cidadãos em aliados e inimigos, azuis e vermelhos. Aquele ódio que se tornou forte há quatro anos atrás pode ser visto no dia-a-dia no período eleitoral, mas também há espaço para o debate, o confronto de ideias, para a aposta na democracia e na reformulação. A protagonista desse filme é Mayara, uma jovem de 23 anos que em eleições passadas acreditou no lado que se corrompeu e agora se empenha em auxiliar seu amigo, César Lucena, na sua candidatura à câmara municipal. 


    Aqui é retratado o cotidiano de uma candidatura humilde, sem fundo partidário, onde todos os recursos são provenientes do próprio suor e de favores de amigos e terceiros. Tudo muito simples e levado muito sério, com a dedicação integral de Mayara, principal entusiasta. Se você estiver perguntando se deve assistir esse filme ou não, a resposta é sim! Sim, e as duas razões para isso são: Alternativa ao ódio e ignorância, pois quando se ateia fogo só agrava a calamidade política na qual nos encontramos e para a solucionar essa questão é necessário arregaçar as mangas e arejar a mente; Preencher-se de conhecimento e dar fim ao preconceito contra o povo nordestino. Bem como alguns partidos, muitas pessoas ainda cultivam o ódio aquele oriundo de algum dos nove estados dessa região. O nordeste brasileiro é fascinante e precisa ser respeitado, não pelo fato de poder mudar os rumos de uma eleição, mas sim por sua maior riqueza, o nordestino.
    No documentário Camocim vemos que ainda há esperança, isso se o exemplo da jovem Mayara puder ser replicado e mantido em diversos municípios brasileiros, incluindo naqueles onde tanto a direita quanto a esquerda contam com militantes apaixonados, ignorantes e cheios de ódio. 


Confiram o trailer




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*Cabine de imprensa à convite da distribuidora

4 comentários:

  1. O filme parece ser bacana, fiquei curiosa, gostei da crítica :)

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  2. Vou confessar que não fazia nem ideia deste longa, e mesmo não sendo nadinha nem perto dos gêneros que gosto, adorei o que li e vi acma!!
    Documentários tem este poder, de ensinar, de fazer entrar na nossa cabeça, coisas perdidas muitas vezes e se tiver oportunidade, quero muito conferir!!
    Beijo

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  3. Olá!
    Raffa eu não vejo documentários, deveria curtir o gênero, mas infelizmente não consigo me interessar ...
    Mas pra os fãs, parece bom.
    Bjs!

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  4. Reinaldo!
    Já gostei de ver que o filme traz uma cidade do nosso nordeste e gira em torno da política e suas vertentes,
    Deve ser um ótimo filme e quero asistir.

    Raffa!
    Valeu pelo trailler.

    cheirinhos
    Rudy

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