Título Original: Vice
Título no Brasil: Vice
Data de lançamento 31 de janeiro de 2019 (2h 12min)
Direção: Adam McKay
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Steve Carell mais
Gêneros Biografia, Drama
Nacionalidade EUA
#27
por Raffa Fustagno
Crítica de Reinaldo Barros
Crítica de Reinaldo Barros
A palavra que melhor descreveria esse longa não pode estar presente nesse texto, porém me esforçarei para compreenderem o tamanho da minha satisfação. Foi com esse filme que Christian Bale (Dick Cheney) ganhou o Globo de Ouro de melhor ator deste ano. Nessa mesma produção sua colega Amy Adams (Lynne) e Sam Rockwell (George W. Bush) foram indicados na categoria de melhor ator e atriz coadjuvante. O diretor e roteirista Adam McKay, que ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 20016 com A Grande Aposta também foi indicado. No Critics Choice Awards o filme recebeu 8 indicações.
Vice conta a trajetória de um dos políticos mais influentes da história dos Estados Unidos, Dick Cheney. Um sujeito reservado, de poucas palavras e de popularidade não tão elevada, contudo uma capacidade incrível de manobrar pessoas. O incrível aqui é o fato dele não ter poderes, talvez por isso tenham escolhido o Batman para esse papel. Dick Cheney não tem o mesmo carisma, tampouco as mesmas habilidades dos políticos mais emblemáticos da história, no entanto possui conhecimento visceral da política estadunidense. Por conta disso se tornou altamente influente e cobiçado por seus pares, além de adquirir prestígio e poder no setor privado. Lembram de alguém assim por aqui?
A atuação de Christian Bale está irrepreensível e nos envolve desde o começo, quando ainda era apenas um lacaio recém convertido aos bons costumes da família tradicional até se revelar um político egoísta e ganancioso. O homem Dick Cheney surge aos poucos, vai sendo moldado ao longo dos anos por Lynne (Amy Adams) e Donald Rumsfeld (Steve Carell), o mentor do jovem Dick. Esses dois são a base de toda a motivação e conhecimento do Cheney, pois um o reergueu e o outro deu condições para que se mantivesse nesse novo patamar. Enquanto “Don” conduz o protagonista, nós somos conduzidos por Kurt (Jesse Plemons) o personagem-roteiro, responsável por fazer com que entendamos as “pontas soltas” antes e depois dos flashbacks, relacionando com outros fatos para além da trama principal.
A princípio Dick Cheney pode parecer um homem simples, com um único objetivo de vida, porém todo o seu entorno não tem nada de simplório. Aqui o meio possibilita a um homem, um ex-alcoólatra se tornar alguém responsável, alguém que pensa no bem-estar das filhas e da esposa acima de tudo, um típico homem tradicional. Ao mesmo tempo se torna um típico político, ganancioso, controlador e corrupto, mas para a sociedade é um exemplo dos bons costumes.
O homem corrompe o meio ou o meio corrompe o homem?
Vou admitir que não é muito meu gênero favorito. Isso de política, bolsa e afins, não me agrade de jeito nenhum.
ResponderExcluirEm contrapartida, filmes com conteúdo me agradam muito e oh, que time de atores!
Bale é fantástico e admiro demais o trabalho do ator e Carell, idem!
Então mesmo não curtindo o gênero, com certeza, verei assim que for possível!
Beijo
Eu adoro filmes baseados em fatos reais. É sempre muito intrigante. Eu gosto principalmente dos que abordam temas políticos, porque nos fazem relacionar diretamente com o que estamos vivendo. O mesmo pelo que vi no trailer, aconteceu com o Benedict Cumberbatch que também fará um político ingles, no filme que vai estrear, Brexit, que foi produzido pela BBC e pela HBO. Com uma produção dessas não tem como ser diferente: parece ser um dos filmes mais aguardados deste ano. A maioria dos filme sobre política são cansativos e este parece estar longe de ser, só pelo assunto que nos faz refletir sobre a política não só no Reino Unido, mas como ela é conduzida no mundo todo.
ResponderExcluirOi Sofia, também amo, e adoro fazer a comparação entre os políticos antigos e atuais porque infelizmente se parecem muito. Esse filme é maravilhoso. Bjs
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