terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Tomb Raider: A origem [Crítica]



Tomb Raider: A Origem, lançado nos cinemas em março deste ano, foi mais uma tentativa de reproduzir fielmente a última versão criada pela indústria dos games. 
Enquanto algumas adaptações mudaram grande parte do roteiro e trocaram personagens para agradar a audiência, o remake não fez quase nenhuma alteração no enredo. Foi uma das adaptações mais fiéis a um jogo de videogame, principalmente na parte visual e na ação.
De toda forma, neste caso não funcionou como deveria, pois há alguns ajustes que devem ser feitos para que a transição dos games para as telonas funcione de fato. Contudo, quem é fã da franquia – e principalmente dos últimos jogos que foram lançados – e ainda não assistiu ao novo filme lançado em 2018, gostará de ver que várias cenas, movimentos e até expressões faciais da protagonista são idênticos aos dos jogos criados pela Crystal Dynamics. A película traz uma Lara Croft totalmente fiel àquela vista nos games.
A versão de 2018 é mais um filme da saga Tomb Raider, baseado em um dos melhores games dos anos 90. Contudo, o remake é baseado especificamente no jogo de 2013 publicado pela Square Enix, que traz a protagonista ao início de tudo, quando ela tinha apenas 21 anos de idade. 

Lara é uma estudante e entregadora (de bicicleta) na cidade de Londres. Após o desaparecimento do pai, ela não quis assumir seu Império global no mundo dos negócios. Contudo, após 7 anos desse misterioso sumiço, Lara vai atrás de investigar o ocorrido, o que a leva para uma ilha próxima do Japão em sua primeira grande aventura.
No remake, Lara Croft não tem mais toda aquela sensualidade e poder como nos outros filmes da saga, que retrata a personagem como uma heroína segura de si, inabalável e sexy. 
Em vez disso, o filme acaba mostrando um lado mais humano de uma Lara mais jovem. As cenas mostram suas fragilidades e erros como um ser humano normal, não como uma heroína com superpoderes. Assim, apresentam uma personagem com uma vertente feminista, que se recusou a viver no luxo desfrutando da vida milionária que ela poderia ter, para ir contra seu destino, trabalhando e ganhando o próprio dinheiro. Pode-se dizer que essa nova Lara é o reflexo do empoderamento feminino que têm ganhado força nos últimos anos.

Em relação ao longa, a parte que demonstra maior fragilidade é o roteiro em si. As situações são recheadas de clichês e os personagens são muito superficiais -  apesar de o elenco ser constituído por ótimos atores como a protagonista Alicia Vikander (de A Garota Dinamarquesa e Ex Machina). Mesmo existindo certa emoção e aventura na história de Lara e sua busca por descobrir incessantemente a história por trás do desaparecimento de seu pai, não há nada que prenda totalmente a atenção na personagem durante o filme.
Tendo em mente essas diferenças dos outros filmes estrelados por Angelina Jolie para Tomb Raider: A Origem, podemos dizer que este é basicamente dividido em duas partes distintas. 
Enquanto na primeira metade há um grande trabalho em restabelecer a protagonista, o final é bem típico de jogos de videogame, mostrando vários desafios seguidos – e por vezes absurdos – que precisam ser vencidos pela protagonista. 
O filme possui um vilão extremamente raso, interpretado pelo ator Walton Goggins (de Django Livre e Os Oito Odiados), tornando as cenas de ação tediosas e sem o grau de emoção esperado para tal. Isso já que houve diversas tentativas frustradas de criar várias cenas de ação subsequentes que pouco acrescentaram ao enredo.
No geral, os efeitos especiais e a parte visual do filme não deixam a desejar, pois foi um trabalho bem executado e representou de maneira fiel ao game. Porém, acabou sendo o único ponto positivo do filme de modo geral, já que o enredo foi no mínimo decepcionante pela falta de emoção nas cenas. 
Para quem gosta de remakes fiéis aos jogos de videogame e quadrinhos, vale a pena assistir para poder tirar suas próprias conclusões, no mais não é um filme imperdível de se assistir.

3 comentários:

  1. Eu vi este filme já tem um bom tempo. E por ter gostado demais da versão com a Angelina, achei esse bem fraco. Aliás, fraco demais.
    Tá, é apenas uma cópia modificada,mas sei lá, a atuação da personagem ficou bem abaixo do desejado e um roteiro meio sem fundamento. Até a parte dos efeitos ficou pequena.
    No máximo, vale uma sessão da tarde.
    Beijo

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  2. Eu não assisti ao filme, mas adoro os jogos de Tomb Raider, não são muitos os games que pego para jogar mesmo, mas TR é um que sempre está na lista e não consigo largar até fazer final kkkk :)

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  3. Raffa!
    Meu maior problema quando assisti esse filme foi que não conseguia deixar de ver a poderosa Angelina Jolie na minha frente...kkkkk
    E por isso, mesmo vendo pouquíssimas mudanças do original, de certa forma não gostei, achei que a Angelina dava mais vivacidade ao papel.
    cheirinhos
    Rudy

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