quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Menina que via Filmes: Poderia me Perdoar? [Crítica]

Título Original: Can You Ever Forgive Me?
Título no Brasil: Poderia me perdoar?
Data de lançamento 14 de fevereiro de 2019 (1h 47min)
Direção: Marielle Heller
Elenco: Melissa McCarthy, Richard E. Grant, Dolly Wells mais
Gêneros Drama, Comédia , Biografia
Nacionalidade EUA
#55
por Reinaldo Barros

Hoje temos aqui um filme sobre Lee Israel, jornalista e autora de biografias de sucesso nos anos 70 e 80 nos Estados Unidos, no entanto o que mais lhe marcou foi a sua autobiografia, na qual contava para todos a sua empreitada na falsificação de cartas de escritores falecidos.
O longa conta um pouco sobre o que a levou a escolher essa alternativa e como foi o todo o processo, não dando muito destaque a própria confecção das cartas. Contudo, isso não representa problema algum para a compreensão ou imersão, pois todo o restante foi muito bem produzido. A atriz Melissa McCarthy, mais conhecida pelos filmes de comédia, está excelente nesse papel dramático. E não podemos esquecer de Richard Grant (Jack Hock), que dá vida ao único amigo de Lee e traz para o filme um pouco de humor, deixando menos pesado.

Poderia Me Perdoar? É um filme bem melancólico do começo ao fim, em alguns momentos temos situações mais descontraídas que quebram um pouco com a infelicidade constante que é a vida de uma autora, que é menosprezada por sua própria agente literária. Não é nem um pouco difícil entender e nos solidarizarmos com Lee, pois  após tentar de tudo o crime é o único lugar que lhe abriu as portas para sobreviver, bem como seu amigo Jack, que enfrenta problemas um pouco semelhantes, com o adicional de ser gay numa cidade ainda muito homofóbica. Juntos eles se alinham nessa atividade e conseguem recuperar a dignidade que outrora perderam, porém nem tudo aqui é felicidade e como já sabemos (Ou seja, não é spoiler) não temos um final feliz clássico, as coisas dão bem errado e quase ficam sem conserto.

Apesar de se passar na década de 80 esse filme traz algo que ainda é enfrentado por muitas mulheres anônimas, o peso de chegar a uma certa idade e não ser mais valorizada no universo profissional.
Praticamente nada mudou desde aquela época, ainda somos uma sociedade que desvaloriza a experiência da mulher, que a trata como mero objeto sexual. Outras questões mercadológicas também podem ser observadas aqui como valorizar mais o que traz retorno financeiro imediato para as editoras, independente se o conteúdo reforça preconceitos ou se o autor é alguém moralmente desprezível por reforçar inúmeros preconceitos.


*Cabine de imprensa à convite da distribuidora
* Os colunistas do blog são voluntários. Suas críticas são de suas autorias e publicadas com autorização dos mesmos.


Confira a crítica em vídeo de Raffa Fustagno

3 comentários:

  1. Achei interessante a história, fiquei curiosa para saber mais.

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  2. Estava dando uma olhada no trailer deste filme ontem e particularmente adoro enredos assim. Podem até ser considerados "chatos", por serem lentos e tals, mas eu adoro. Ainda mais que mesmo sendo trabalhado em outra década, os problemas continuam iguais!
    Verei com certeza e oh, amo o trabalho de Melissa!!!
    Beijo

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  3. Até achei interessante, mas não me deu vontade de ver o filme imediatamente. Quem sabe um dia eu vejo ^_^
    Beijos :)

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