segunda-feira, 25 de março de 2019

Menina que via Filmes: Suspíria - A Dança do Medo [Crítica]


Título Original: Suspiria
Título no Brasil: Suspiria - A Dança do Medo
Data de lançamento: 28 de Março de 2019
Duração: 2h 32min
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Dakota Johnson, Tilda Swinton, Chloë Grace Moretz, Mia Goth e Jessica Harper. 
País: EUA, Itália
Ano: 2018
Gênero: Terror
#95

por Bernardo Freitas

ESSA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS

Quarenta anos após o lançamento do filme original dirigido por Dario Argento, Luca Guadagnino homenageia o clássico com uma nova versão tão boa quanto a original. 
Mantendo apenas a mesma premissa da história, Luca consegue inovar em todos os outros quesitos do filme. Seja na fotografia, na direção, ou no desenvolvimento dos personagens, a história passa a ter mais personalidade e profundeza com essa nova versão. 

Susie (Dakota Johnson) chega em Berlim para fazer um teste para a Academia de Dança Tanz. Logo ela é aprovada e começa a morar e estudar lá. Entretanto, sua chegada coincide com o desaparecimento de uma das estudantes da Academia, Patricia (Chloë Grace Moretz), que antes de desaparecer, deixou seus pertences com seu psicólogo, Dr. Klemperer (Tilda Swinton), afirmando que a Academia é repleta de bruxas, destacando a presença de três mães: Mãe Tenebrarum, Mãe Lachrymarum e Mãe Suspiriorum, e que há um conflito interno entre as bruxas sobre quem continuará liderando a Academia: Madame Blanc (Tilda Swinton) ou Helena Markos (Tilda Swinton). Na medida em que o filme avança, é mostrado que desde criança, Susie sempre se sentiu atraída para ir a Berlim. Quase como se uma força sobrenatural a atraísse para lá. Ela rapidamente se torna a favorita de Madame Blanc (Tilda Swinton). A relação de Susie com o ocultismo dentro da academia vai se tornando mais forte, seus momentos puros com si mesmo durante suas danças, resultam em outras estudantes morrendo ou se machucando. É como se ela não tivesse controle de seu poder, até o momento em que ela acorda de um pesadelo- projetado em sua mente por Madame Blanc- em que ela finalmente percebe quem ela realmente é. A partir daí, a personalidade da personagem muda. Ela deixa de ser a garota inocente do início do filme, e passa ser mais decidida e relação a sua vida. Ela sabe o que está fazendo. Enquanto isso, Klemperer procura por Sara, e conta a ela sobre o que Patricia acreditava estar acontecendo na Academia.
Ela passa a investigar e acaba descobrindo que a Patrícia estava certa, e tenta avisar Susie do perigo que ela corre. 
Por fim, as bruxas decidem que é hora de realizar o ritual. Elas sequestram Klemperer para ele servir de testemunha. Elas querem transferir a alma da Mãe Helena Markos (Tilda Swinton) para o corpo de Susie. Durante o ritual, Madame Blanc percebe que há algo errado em relação a Susie, e ao tentar parar, é morta por Markos. Susie invoca uma personificação da morte, que mata todas que estavam a favor da liderança de Markos na academia. Em uma cena perturbadora, um pouco grotesca, e ao mesmo tempo bonita e poética, Susie se junta as colegas e dançam sobre os corpos e sangue daquelas que morreram. Em uma trama secundária, Dr Klemperer sofre com o desaparecimento de sua esposa, Anke (Jessica Harper, a.k.a a Susy do filme original). No epílogo, Susie revela a Klemperer que sua esposa na verdade estava morta esse tempo todo. Ela apaga suas memórias e vai embora. Em uma cena pós créditos, ela faz um gesto com suas mãos em direção a algo que não podemos ver.

A trilha sonora ainda conta com Thom Yorke, do Radiohead, fazendo performances impressionantes e que encaixam perfeitamente na trama. Luca Guadagnino consegue administrar com uma profunda maestria o universo obscuro de Suspiria. Sua direção é novamente impecável e necessária. O remake completa a obra original. Assim, não deve-se comparar as duas obras, mas sim observá-las como uma só. Para quem gostou de A Bruxa (2016), Suspiria é um ótimo adendo ao gênero.

Cabine de imprensa à convite da assessoria
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais, de suas autorias. 


Confira  a crítica em vídeo da Raffa Fustagno


4 comentários:

  1. Mesmo não sendo um dos meus gêneros favoritos, me recordo vagamente da primeira obra(anotar para rever) e pelo que li acima, há realmente essa complementação de uma história na outra e isso é incrível!
    Aliás, tudo que envolve bruxas,mistérios e investigações é sempre prazeroso de ser visto e lido!
    Espero sim,poder conferir(tomara que não sinta medo..rs)
    Beijo

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  2. Não conhecia ao primeiro filme, o original, a história parece boa,a crítica me deixou um pouco curiosa, mesmo eu não sendo lá muito fã de terror.

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  3. Bernardo!
    Não tenho certeza se assisti o original, mas tenho certeza que já quero assistir esse, gosto demais de filmes no gênero e vou ver se consigo o anterior para ver também. Acho bacana quando um ator que fe o anterior, apareça no filme novo.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Não conhecia esse filme, vou tentar ver o original e essa versão. Achei a história bem interessante .
    Beijos 😊

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