terça-feira, 16 de abril de 2019

Menina que via Filmes: O Anjo [Crítica]

Título Original: El Ángel Título no Brasil: O Anjo Direção: Luis Ortega Elenco: Lorenzo Ferro, Chino Darín, Daniel Fanego mais Gêneros Biografia, Drama, Crime Nacionalidades Argentina, Espanha
por Jéssica de Aguiar

Carlos, ou Carlitos como gosta de ser chamado, é um jovem argentino, estudante de escola técnica, possui pais amorosos, uma namorada e uma vida aparentemente comum, exceto por sua maior habilidade: roubar. Essa aptidão especial é considerada um dom por Carlitos (Lorenzo Ferro), que pratica a furtos com o prazer de quem realiza um hobby, e sua placidez em situações limite se torna um diferencial nessa prática. A primeira vista, Carlos pode parecer apenas mais um jovem de espírito livre, que não enxerga sentido na vida padrão que as demais pessoas levam na sociedade. E para romper com esse ciclo, encontra na aventura dos furtos uma saída, e se autodeclara "ladrão de nascimento".
Sua aparência angelical, com cachos dourados, lábios carnudos rosados, e o aspecto de um corpo imberbe se tornam mais um diferencial, pois acrescidos à tranquilidade do rapaz, transmitem a imagem de um ser pueril e inocente. Acima de qualquer suspeita, Carlitos seduz inocentemente aqueles se mostram úteis para o rapaz, e consegue se desvencilhar facilmente de testemunhas ao longo dos crimes. Na escola, encontra no colega Ramón (Chino Darín) o parceiro ideal para seus crimes, e com a ajuda dos pais do amigo inicia o ciclo de roubos que se desenrolam também em homicídios ao longo do país. Graças a essa trajetória, Carlitos se torna um dos criminosos mais procurados da Argentina e recebe pela imprensa os apelidos de “O anjo” e “O anjo da morte”. O destaque da obra cinematográfica vai para a interpretação de Lorenzo Ferro, que, em seu primeiro papel, consegue atrair a atenção do público e até criar uma conexão, mesmo durante as maiores brutalidades cometidas.
A trilha sonora, inspirada em clássicos dos anos 70, unida à ambientação meticulosa, que passa por motos da época, decoração e figurino, transporta com facilidade o espectador para a atmosfera da época. Destaque também para a direção, de Luis Ortega, que deu o tom da trama, sem tornar a história sangrenta ou acelerada demais. “O anjo” não é apenas mais um filme de assassinos ou bandidos, é uma obra sobre a arte de roubar e todas as artimanhas e seduções que estão envolvidas no processo. Consegue manter a atenção do público voltada para as telas durante toda a exibição, e até em alguns momentos, tirar algumas risadas, dadas as situações irônicas e reações incomuns apresentadas.


Cabine de imprensa à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, os textos assinados por eles são originais de suas autorias. 


Confira a crítica da Raffa que já foi publicada na época do Festival do Rio 2018



4 comentários:

  1. Um dos filmes mais aguardados por mim! Não vejo a hora de conferir esta obra, por trazer esse diferencial de não apresentar mais um filme de "bandido" e sim, trazer uma obra completa, uma espécie de manual usado pelo moço durante tanto tempo.
    A beleza do ator é de dar aquela suspirada..rs e condiz demais com o título do filme!
    Verei com toda certeza!
    Beijo

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  2. Gente, que filme em kkkkkk fiquei curiosa para ver o anjo envolvendo outras pessoas para os seus crimes kkkkk

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  3. Vi muitos comentários positivos sobre o filme. Pretendo vê-lo.
    Beijos 😊

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  4. Olá!
    Uau, que filme!
    Não tinha tanto conhecimento sobre ele, mas fiquei bem interessada e me chamou bastante atenção a historia. E esse cara realmente é o cara que disfarça bem sua verdadeira historia.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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