sábado, 18 de maio de 2019

Abuso sexual é tema de duas produções do Festival Varilux 2019



















DIRETORES DE “INOCÊNCIA ROUBADA”, ANDREA BESCOND E ERIC METAYER VÊM AO BRASIL PARA APRESENTAR O LONGA
Romper o silêncio para desfazer o tabu em torno do tema e alertar para o número de casos de abuso sexual são algumas das motivações dos realizadores ao levar para as telas filmes que abordam pedofilia. A edição do Festival Varilux de Cinema Francês deste ano, entre 6 a 19 de junho, traz duas produções recentes sobre o assunto, baseadas em histórias reais.

Sucesso de público na França com mais de 665 mil espectadores e vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim 2019, “Graças a Deus” (Califórnia Filmes), de François Ozon, retrata o famoso caso do padre acusado de molestar dezenas de meninos entre os anos 1980 e 1990. Na história, Alexandre (Melvil Poupaud) vive em Lyon com a esposa e os filhos quando descobre que o padre que abusou dele quando era escoteiro, ainda trabalha com crianças. Por causa disso, inicia um movimento ao qual se juntam, François e Emmanuel, outras vítimas do padre, para vir a público e buscar justiça. Mas, eles terão que enfrentar todo o poder da cúpula da Igreja. Em março último, o cardeal francês Phillipe Barbarin, arcebispo de Lyon, foi condenado a seis meses de prisão por não denunciar as agressões sexuais cometidas pelo padre que pertencia a sua arquidiocese.
O outro longa-metragem é “Inocência Roubada” (A2 Filmes), dirigido por Andrea Bescond e Eric Metayer. Adaptação de um espetáculo de dança da bailarina, atriz e diretora Bescond, a produção é baseada em uma história real. A dança foi a forma encontrada por ela para se libertar dos traumas sofridos na infância. Abusada sexualmente por um amigo dos pais, Bescond, primeiramente, levou o tema para os palcos recebendo vários prêmios, entre eles, o Molière de Melhor Solo Cena.
Depois, já com o marido e diretor Éric Métayer, verteram o espetáculo para o cinema, roteirizando e dirigindo a obra em 2017.  O longa integrou a seleção do Festival de Cannes em 2018 na categoria “Un Certain Regard” e garantiu dois prêmios César em 2019 nas categorias Melhor Adaptação e Melhor Atriz Coadjuvante (atriz Karin Viard). Visto por cerca de 220 mil pessoas na França, o filme trata do tema de forma ao mesmo tempo dramatica e leve. Nele, Odette tem 8 anos, adora dançar e desenhar. Assim não tem porque desconfiar de um amigo dos pais que propõe a ela “brincar de cócegas”? Já adulta, Odette (Andrea Bescond) dança sua ira, libera sua palavra e abraça a vida… O filme estreia nos cinemas brasileiros em 18 de julho.
No ano em que completa dez anos, Festival Varilux de Cinema Francês irá ultrapassar a marca de um milhão de espectadores. Serão exibidas produções da recente cinematografia francesa e um clássico: “Cyrano de Bergerac”, de Jean-Paul Rappeneau, em todo o Brasil entre 6 e 19 de junho.
O evento é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinador principal a Essilor/Varilux, além do Ministério da Cidadania por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura; a Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro; a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Outros parceiros importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil, as distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.
Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês, que em sua última edição, em 2018, esteve em quase 88 cidades, com um público de 172 000 espectadores, comprovando sucesso de público e mídia. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival de filmes ópera "Ópera na Tela" ao ar livre no Rio de Janeiro e em cinemas de todo Brasil.
Outras informações emhttp://variluxcinefrances.com
Facebook: Festival Varilux de Cinema Francês (/variluxcinefrancês)

3 comentários:

  1. Esse é um tema que, infelizmente tem que ser muito tratado em filmes, séries e livros. Infelizmente é uma realidade e deve ser combatida. Parabéns ao festival que vai dar voz contra esse crime.

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  2. Um tema tão pesado, e importante de ser discutido!! Mas que tristeza ler aquele baseado em fatos reais... Bem curiosa para saber mais sobre os dois filmes

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  3. Tão cruel que temas assim precisem ser abordados né? Sei lá, dá uma tristeza na gente ver que isso é tão real e que nada disso deveria existir.
    Mas se está aí, precisa e deve sim, ser debatido e levado a muita gente, para que talvez com isso, denúncias sejam feitas e haja um jeito de ao menos, diminuir estes casos.
    Beijo

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