quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Menina que via Filmes: Histórias Assustadoras [Crítica]



Título Original: Scaries Stories to Tell in the Dark
Título no Brasil: Histórias Escuras para Contar no Escuro
Adaptação do livro: Histórias assustadoras para contar no escuro
Direção: André Øvredal
Produção: Guillermo del Toro. 
Roteiro: Kevin Hageman, Dan Hageman, Guillermo del Toro, John August
Elenco: Zoe Margaret Colletti, Austin Abrams, Natalie Ganzhorn, Gabriel Rush, Michael Garza, Austin Zajur, Dean Norris, Gil Bellows, Lorraine Toussaint, Kathleen Pollard, Jane Moffat. 
Data de estreia no Brasil: 08 de agosto de 2019
#185
por Larisssa Rumiantzeff

Todo escritor em algum ponto da vida já se fantasiou alterando a realidade com suas histórias. Já elaborou histórias e se colocou como protagonista, junto ao gatinho dos sonhos ou à sua banda preferida. Às vezes, incluiu os amigos em sua narrativa. Se você tem um amigo ou amiga escritor, com certeza já foi personagem. Até JK Rowling já confessou que fazia isso. 
Sarah Bellows não era diferente. Até a página dois. 
No século XIX, a adolescente problemática com saúde frágil criava pequenos contos nas horas vagas, para passar o tempo no porão onde fora trancafiada pela família. A diferença é que, se você aparecesse em um de seus contos escritos a tinta vermelha no seu livro, a probabilidade de bater as botas da forma imaginada pela jovem escritora era grande. E Sarah era bem criativa. 

Anos depois, em meio à iminência da guerra do Vietnã e da eleição de Richard Nixon, somos apresentados aos protagonistas do filme. Tommy Milner é o bully residente, recém alistado no exército para lutar no Vietnã. Stella Nicholls é meio deslocada, traumatizada pelo abandono da mãe. Seus melhores amigos são Auggie e Chuck. E a irmã de Chuck está saindo com Tommy. Além deles, conhecemos Ramon Morales, um adolescente misterioso que mora no próprio carro.  
Após uma pegadinha de Halloween com os encrenqueiros locais, os três amigos conhecem Ramon Morales em um drive in. Os quatro se envolvem em uma discussão com Tommy, e depois têm a ideia de visitar uma casa mal-assombrada. E de quem seria a casa, vocês perguntam. Sarah Bellows! Cientes da lenda macabra por trás da mansão, eles entram no local mesmo assim. Não é a ideia mais brilhante, convenhamos. 
É lá que Stella descobre que ela e Sarah têm muito em comum. Por isso, quando a adolescente encontra o livro no porão, a curiosidade fala mais alto e ela afana o objeto. Daí em diante, novas histórias começam a ser escritas. E os seis adolescentes podem ser os protagonistas. E agora, Stella e seus amigos precisam investigar o motivo por trás das histórias, antes do ponto final. 

Histórias Assustadoras para contar no escuro é a adaptação cinematográfica de uma série de livros com contos de terror que fazem parte do folclore e de lendas, compiladas em torno de um enredo. O diferencial aqui é a produção de Guillermo del Toro, encarregado do grotesco. 
O filme é bem feito. Assustador e divertido, com monstros convincentes e sustos bem dados, te prende até o final. Achei legal a forma como cada conto da antologia original foi inserido de forma natural na história. O ritmo e o tom também garantem que espectadores de todas as idades não consigam relaxar na cadeira. 
Ele lembra muito as histórias da série Goosebumps, com uma pegada da franquia “Premonição”, pois deduzimos logo quem pode ser o alvo e o vilão. A graça é saber como acontecerá e como se resolverá. 
E é aí que eu acho que a história derrapou um pouco. A resolução foi anticlimática, na minha opinião. A impressão que dá é que quiseram criar um gancho para uma sequência, o que causou o final pouco satisfatório. 
Outro ponto que pode causar estranhamento é a ambientação histórica. Guerras e escândalos políticos são universais, mas a Guerra do Vietnã faz parte da história dos Estados Unidos e pode exigir um conhecimento prévio para entender melhor um dos conflitos. Foi a guerra televisionada em que perderam. Nós sabemos o desfecho dela para o futuro dos jovens. 
Apesar disso, é uma produção digna de Del Toro, e não decepciona. 
A produção é voltada para adolescentes, então não chega a ser forte demais. Perfeita para os para festas do pijama e maratonas de filmes de terror. Eu pretendo assistir pelo menos mais uma vez. 

*Cabine à convite da distribuidora
*Nossos colunistas são voluntários, seus textos são autorais e de responsabilidade dos mesmos.


Confira  a crítica em vídeo da Raffa Fustagno abaixo:

4 comentários:

  1. Guillermo é um dos grandes do cinema e por isso,cria-se uma certa expectativa, mesmo que a gente saiba que tudo pode sim, dar errado. Desde as divulgações, eu admito que estava meio com medo,mas por ter lido esta primeira crítica, vejo que o diretor mais uma vez acertou a mão, até por ser mais voltado para adolescentes e não ter se jogado demais no medo.
    Com certeza, assim que chegar ao cinema aqui de Lost(se chegar) eu verei!
    Beijo

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  2. Eu não sou chegada muito no terror, mas vi um teaser desse filme e curti bastante e pela critica parece ser muito bom!!

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  3. Oiii ❤ Eu não sou muito fã de terror, mas fiquei interessada por esse filme. Achei bem interessante a trama ser envolta do que Sarah escrevia e das pessoas que morriam por causa de suas histórias, sinistro mas intrigante.
    Estou bem curiosa sobre o que os adolescentes vão descobrir e se todos ficam vivos no final.
    Um dos motivos que me fazem querer assistir a esse filme, é ele ter sido produzido por Guillermo del Toro. Ele é incrível, suas tramas são sempre muito bem pensadas, brilhantes. Então estou curiosa sobre o que ele criou dessa vez.
    Beijos ❤

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  4. Olá! Ainda não conhecia o filme, provavelmente porque não sou fã de terror e por isso sempre estou desatualizada sobre os lançamentos do gênero kkkk!
    A trama é interessante, mas como é de praxe os personagens vêem o perigo e se atiram nele, é uma atitude nada inteligente, mas sem ela não tem filme, então dá pra relevar kkkk.
    Por ser uma produção de Guillermo Del Toro o filme de fato parece ser bom, mas eu não sei se assistiria, apesar de que essa coisa de Sarah incluir uma pessoa em seu conto e a mesma morrer da forma descrita por ela é até interessante.
    Beijos! ♡

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