quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Menina que via Filmes: Hebe- a estrela do Brasil [Crítica]



















Título Original: Hebe- a estrela do Brasil
Data de lançamento 26 de setembro de 2019 (1h 52min)
Direção: Maurício Farias
Elenco: Andréa Beltrão, Marco Ricca, Danton Mello mais
Gêneros Biografia, Drama
Nacionalidade Brasil
por Michelle Fraga



Oi, gente. Aqui é a Mich e dessa vez eu venho a convite da Warner Bros falar para vocês um pouco sobre o filme « Hebe, a estrela do Brasil » que estreia nesta quinta-feira, dia 26 de setembro em todos os cinemas. 
Resumindo em uma palavra, o filme é forte! 
Eu sempre amei a Hebe, me lembro perfeitamente de passar minha infância e adolescência no sofá de casa assistindo ao programa semanalmente ao lado de minha mãe e minha tia que sempre foram muito fãs da Hebe. Então, assistir aos programas dela já fazia parte da rotina da minha família, pela qual eu tomei muito gosto. No entanto, apesar de acreditar que eu a conhecia bem, aquela apresentadora sempre muito alegre, até um tanto exagerada, que adorava falar no diminutivo e dar selinhos em seus convidados, eu não fazia ideia do que havia vivido a Hebe mulher, mãe, esposa. 
Se você não assistiu a nenhum trailer e acha que irá ao cinema para ver a história da Hebe como um todo, eu devo lhe advertir que filme faz um recorte da vida dela dos anos 80 aos anos 90, focando especialmente no período de transição que o país passava entre a época da ditadura militar e o início da instauração da democracia. 

A Hebe sempre foi uma figura muito emblemática, polêmica, que sempre falou o que bem quis, com opiniões formadas e uma personalidade muito forte. E justamente por isso ela sofreu diversos ataques da censura que tentou de todas as formas silenciá-la, editar seu programa e cortar a participação de artistas LGBT (aos quais a Hebe foi uma pioneira a ceder espaço para que a voz deles fosse ouvida). 
Em contrapartida a imagem da apresentadora mais amada do Brasil, somos apresentados a uma Hebe muito sofrida, que teve uma origem humilde, que sofreu num relacionamento abusivo em seu segundo casamento, que foi perseguida e processado pelos políticos brasileiros, que sofria com alcoolismo e que ainda assim seguia aumentado cada vez mais o ibope das emissoras por onde passava, angariando uma legião de fãs.

Nas personagens principais temos Andrea Beltrão no papel de Hebe e apesar de não ter ficado exatamente igual, afinal a Andrea e a Hebe possuem biotipos e feições diferentes, a atriz trouxe uma personalidade na sua atuação e eu juro por Deus que em alguns momentos eu achei que fosse dublagem, pois em algumas falas tão características da apresentadora eu pude realmente ouvir a Hebe falando através da Andrea. Temos também Marco Ricca (como esse cara domina a cena) no papel de Lélio Ravagnani, segundo marido extremamente ciumento e violento de Hebe Camargo, e Danton Mello interpretando Claudio Pessutti sobrinho da apresentadora, um dos grandes apoiadores de sua carreira e, inclusive, um dos responsáveis por ajudar a tia a sonhar alto e vislumbrar a potência que ela realmente era (pois a sensação que eu tive é de que a Hebe não mensurava o poder que a sua voz tinha, se via muito inferior a realidade, sempre achando que havia outros mais importantes que ela no showbiz).
Há no filme muitas participações especiais como Otávio Augusto no papel de Chacrinha e Felipe Rocha como Roberto Carlos, em quem a Hebe adorava dar seus famosos selinhos... por falar em selinhos, esses foram bem escassos no filme, assim como o « gracinha » tão característico da apresentadora, mas estes são pequenos detalhes que me fizeram falta enquanto fã, nada que tenha comprometido a proposta do filme.  
Eu gostei bastante do filme de forma global, mas eu confesso que fiquei com uma sensação nostálgica esperando um pouco mais do glamour da apresentadora nos palcos, enquanto o filme nos mostra mais sobre a sua vida por trás dos holofotes. 
Tendo tudo isso em mente, minha nota para « Hebe, a estrela do Brasil » é 4 claquettes. É um filme forte, que apesar de abordar uma época que se passou há mais de 30 anos ainda permanece muito atual.

4 comentários:

  1. Este filme tem sido muito aguardado não somente pelos fãs da apresentadora e mulher que é Hebe, mas também por quem sempre teve uma pontinha de curiosidade em saber quem era a mulher por trás do que ela se mostrava nos palcos da vida.
    Sempre forte, sempre com uma armadura invisível né? Mas ali também estava a mulher que era apenas uma mulher.
    E é isso que pretendo encontrar e pelo que li acima, vou encontrar a mulher humana e isso é maravilhoso!!!
    Verei!
    Beijo

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  2. Que gracinha!
    Está aí um filme que quero muito poder assistir no cinema. Eu lembro muito da Hebe e toda aquela loucura que era ela nos seus programas. Assisti uma entrevista com a Andréa Beltrão em que ela dizia que não sabia porque tinha sido chamada para o papel porque ela não era parecida em nada com a Hebe. Mas, pelo trailer que eu vi a atriz foi genial e não tentou fazer uma caricatura da Hebe. Estou muito curiosa para ver o filme.

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  3. Lembro muito pouco da Hebe, nem lembro de assistir muito ao programa, mas foi uma grande estrela mesmo e esse filme deve ser bem interessante, ainda mais se passando numa época tão crítica do Brasil!!

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  4. Mich!
    Quero demais poder assistir esse filme, não apenas por ser fã da Hebe desde criança, mas justamente por tê-la conhecido um pouquinho mais de perto, mesmo sendo criança, já era encantada por ela. Painho e mainha trabalhavam em Televisão e rádio, então tive esse imenso prazer, quero conferir.
    cheirinhos
    Rudy

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