sexta-feira, 27 de setembro de 2019

[Resenha] Tempo de Luz @intrinseca


Título Original: Age of Light

Título no Brasil: Tempo de Luz
Autora: Whitney Scharer
Editora Intrínseca
Tradução de Alessandra Esteche
Nº de págs: 381
#49


Desde que solicitei a obra em parceria com a editora Intrínseca, sua sinopse me deixou interessada, passado no ano de 1926, nossa protagonista se chama Lee Miller é modelo, ela  chega a Paris  deixando para trás uma carreira de sucesso na Vogue ( uma as revistas de moda mais famosas do universo feminino, lembram do maravilhoso O diabo veste Prada? Anne Wintour é a chefona de lá), mas agora ela está pronta para ocupar seu lugar atrás da câmera, e não na frente dela, o que era um antigo desejo. Depois de convencer o surrealista Man Ray a contratá-la como sua assistente, ela  logo se vê entrando  no papel de musa e amante. Mas com um esse  homem  é preciso traçar linhas e encontrar um equilíbrio - Lee pode realmente ser feliz com um amor que lhe custa à própria criatividade?
O livro é o primeiro escrito por  Whitney Scharer e é um relato rico e cativante de uma história de amor da vida real. Lee e Man Ray lideram um elenco de personagens excêntricos com Lee fazendo um papel cativante.
Vemos  a desconstrução da personagem que achávamos conhecer, da mulher que era insegura de si mesma e de suas habilidades, até o relacionamento que mudaria seu mundo, até os anos de guerra que definiriam sua carreira, a autora consegue com que a história continue   interessante, não há nenhum ponto em que tenha achado que estava ficando morno, para ser sincera, levei cerca de 5 dias para finalizar a leitura porque foi uma semana intensa no trabalho, de férias teria lido em apenas um dia. Pode ser que para muitos leitores seja frustrante pela decisão que tomará colocada brilhantemente pela autora, até onde devemos ir por amor? O que vale mais na vida? Um romance ou  a carreira? 
 Complexo e fascinante,  a Lee Miller, de Scharer, é provocante e ao mesmo tempo ficamos nos perguntando até onde é real, já que a jornalista/modelo de fato existiu ( coloquei alguns trechos do Wikipedia para conhecerem mais sobre ela abaixo). 
Como amo tudo que envolve os cenários de Segunda Guerra, e ver os pontos de vista diferentes de cada história, essa foi uma que amei e recomendo demais. Que história fascinante!

Quem foi Lee Miller?
Elizabeth "Lee" Miller, Lady Penrose (Poughkeepsie, 23 de abril de 1907 – Chiddingly, 21 de julho de 1977), foi uma fotógrafa e fotojornalista estadunidense. Foi modelo na cidade de Nova Iorque durante a década de 1920 antes de se mudar para Paris e começar a fotografar moda e arte.
Durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se correspondente na Europa da revista Vogue, sendo muito elogiada por seus trabalhos dessa época. Ela cobriu acontecimentos como a Blitz de Londres, a libertação de Paris e fotografou os campos de concentração em Buchenwald e Dachau.
Em 1929, Lee viajou para Paris com o objetivo de aprender fotografia e arte surrealista com Man Ray. Inicialmente, Man alegou que não aceitava estudantes, mas logo Lee se tornou sua assistente e modelo, bem como musa e amante. Em Paris, ela abriu seu próprio estúdio fotográfico, em geral pegando os trabalhos de Man para deixá-lo livre para pintar. Várias fotos desta época foram atribuídas a Man, mas são de autoria de Lee Miller.
Participante do movimento surrealista, entre seu círculo de amizades estavam Pablo Picasso, Paul Éluard e Jean Cocteau. Em uma discussão com Man Ray sobre a autoria de uma série de fotos, Man a agrediu com uma lâmina e cortou o pescoço de Lee, que o deixou em 1932 e voltou para Nova Iorque, onde abriu um estúdio fotográfico junto de seu irmão Erik, que vinha trabalhando com o fotógrafo de moda Toni Von Horn.
Lee alugou dois apartamentos no mesmo prédio, a um quarteirão do Radio City Music Hall. Um apartamento era sua casa, o outro se tornou o Lee Miller Studio. Alguns de seus clientes eram Henry Sell, Elizabeth Arden, Helena Rubinstein, BBDO e Jay Thorpe.Em 1932, seus trabalhos foram exibidos na Galeria Julien Levy, em Nova Iorque, ena exposição de fotógrafos internacionais no Museu do Brooklyn, junto de László Moholy-Nagy, Cecil Beaton, Margaret Bourke-White, Tina Modotti, Charles Sheeler, Man Ray e Edward Weston.


*Trecho acima do Wikipedia

4 comentários:

  1. Também penso que tudo que envolve ou traga um pouquinho da Segunda Guerra sempre valha a pena ser lido,visto e sim, sentido!
    Ainda não conhecia esta obra,mas por ser tão real assim,já despertou a curiosidade com certeza.
    Já vai para a lista dos desejados!!
    Beijo

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  2. Não tinha ouvido falar sobre esse livro ainda mas, só de saber que ele é uma história de amor real e ainda envolve um período da guerra, já me fez brilhar os olhos. Ainda mais com a personagem sendo fotógrafa, aí é tudo. Com certeza está nos meus desejados.

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  3. Raffa!
    A época era difícil, tanto em termos políticos com uma antecipação da guerra, e a moda na época era algo grandioso, adoro as roupas dessa época, acredita?
    Fato é que ter de decicir entre o amor e carreira naquela época, deve ter sido difícil e cheia de dramas pessoais.
    Quero ler.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Ainda não tinha ouvido falar desse livro, paracetamol interessante, e para quem gosta do tema como você, deve ser muito bom

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