domingo, 3 de novembro de 2019

Menina que via Filmes: Parasita [Crítica]

Título no Brasil: Parasita
Data de lançamento: 7 de novembro de 2019 (2h 12min)
Direção: Joon-ho Bong 
Elenco: Kang-Ho Song, Woo-sik Choi, Park So-Dam
Gênero: Suspense
Nacionalidade: Coréia do Sul
Não recomendado para menores de 16 anos
#230
Por Luciana Machado






Sinopse: Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.


Crítica
A família de Ki-taek sobrevive fazendo uns bicos, usando Wi-Fi de graça dos vizinhos ou de estabelecimentos próximos, moram num apartamento pequeno e numa espécie “porão” com vista para uma lixeira, onde um bêbado sempre aparece para urinar. Até que um dia o amigo do Ki-woo aparece para dar um presente a ele e dizer que irá recomendá-lo para trabalhar dando aulas de inglês para uma adolescente de família rica, que iria ganhar bem. Ki-woo logo vê a oportunidade de trazer sua irmã para trabalhar para essa família rica, e sua família se une para que todos consigam trabalhar nesta casa, armando para demissão de funcionários de confiança da casa.
Quando tudo parecia ir bem, com planos de crescerem mais ainda na vida, e usufruindo da casa na ausência dos patrões (e eu agoniada, esperando a hora que tudo iria começar a dar errado), a ex-governanta reaparece dizendo que havia esquecido algo muito importante no porão da casa, revelando um segredo enorme e descobrindo também o segredo da família Kim, o que acaba desencadeando ações violentas e irreparáveis.
Eu não sei como expressar o que senti com esse filme, ainda estou digerindo o que acabei de ver, fiquei muito confusa com toda a situação do filme. O trailer não entrega muito do que acontece no filme. Desde o início eu vi que os pobres foram tratados como parasitas, se aproveitando de quem tinha um pouco mais que eles até chegarem aos ricos, de quem se aproveitam ainda mais. Tem uma parte em que eles estão fugindo, e que descem tanto, mas tanto para chegar em casa, que fica abaixo do nível do chão, que não dá para ignorar a distância social que há entre essas famílias, tão opostas e semelhantes de alguma forma. Tem várias outras situações onde a diferença fica bem clara, mas não tem como falar sem entregar partes importantes do filme. Achei compreensível a parte em que um personagem acabou surtando, cansado de ser humilhado, apesar de ter feito de tudo para chegar aonde chegou, ele continuava se sentindo inferior. Também achei que a família Park foi retratada sendo ingênua demais, aceitando certas situações facilmente.
Apesar de ainda estar processando o filme, gostei bastante, as atuações estão ótimas, reconheci uns rostos (eu costumava assistir muitos filmes e doramas coreanos, reconheci a Jo Yeo Jung – que interpreta a Yeon-kyo Park – do filme 100 Days with Mr. Arrogant, o Lee Seon-Gyoon – que interpreta o Sr. Park - em The 1st Shop of Coffee Prince muitos anos atrás e esse continua sendo o meu dorama coreano favorito até hoje! Também reconheci Song Kang-Ho - que interpreta o Ki-taek – de vários outros filmes que adoro e recomendo). A fotografia é muito boa, enquadramentos interessantes também.

O filme começa leve, com um pouco de humor, no meio vira suspense, com momentos tensos e termina como um drama, com um final um pouco esperançoso. Recomendo para quem adora cinema asiático, filmes com críticas sociais, filmes com várias reviravoltas e que te fazem pensar nele por horas (talvez dias) depois de assistir.


Confira a crítica de Raffa Fustagno em vídeo


3 comentários:

  1. Este filme meio que tem dado o que falar,mas é o tipo de filme que sei que não chegará aqui no fim do mundo.
    Eu amo o cinema coreano e verei com certeza assim que tiver uma oportunidade!!!!
    Beijo

    Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Eu já tinha visto pessoal elogiando esse filme pela internet, mas ainda não sabia sobre o que era, fiquei curiosa em assistir, não costumo assistir cinema asiático, então seria bem interessante...

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  3. Luciana!
    Não tenho muito costumo de assistir filmes asiáticos, a não ser quando maridão quer assistir aqueles filmes de luta.
    Mas gosto de dramas que mostram as divergências sociais, as diferenças e se o fin al promete um pouco de esperança, melhor.
    cheirinhos
    Rudy

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