domingo, 22 de dezembro de 2019

Menina que via Filmes: Minha mãe é uma peça 3 [Crítica]


Título Original: Minha Mãe é Uma Peça 3
Data de lançamento: 26 de Dezembro de 2019
Duração: 1h25min
Direção: Susana Garcia
Elenco: Paulo Gustavo, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Herson Capri, Samantha Schmütz
País: Brasil
Ano: 2019
Gênero: Comédia
#247
por Bernardo Freitas


Apresentada pela primeira vez em um quadro do programa 220 Volts no início da década, a personagem mais popular de Paulo Gustavo, Dona Hermínia, retorna para seu terceiro filme. Estando nas telonas desde 2013 com o lançamento de seu primeiro filme, a personagem encerra a década se consagrando como uma das figuras mais marcantes da comédia brasileira entre o público contemporâneo. Com seu humor único, Minha Mãe é Uma Peça 3 apresenta uma história comum na vida de toda família, o momento em que os pais precisam deixar seus filhos viverem suas próprias vidas sem interferirem no meio. 

No longa, Dona Hermínia está cansada de ter uma vida monótona depois que seus filhos saíram de casa. Quando seu filho anuncia que irá se casar e sua filha anuncia que está grávida, Dona Hermínia vê uma oportunidade de mudar sua rotina e passar mais tempo com seus filhos, mas sua presença autoritária de mãe acaba sendo um problema na vida de seus filhos. Ela precisa aprender a lidar com o fato de que seus filhos cresceram e que ela não pode mais resolver todos os seus problemas.

Apesar da potência de sua mensagem principal e o carisma dos personagens ser o suficiente para fazer com que o público goste do filme, existem três pontos fracos que fazem com que o longa deixe a desejar. O primeiro é a presença de Dona Hermínia em (literalmente) todas as cenas do filme, podendo se tornar cansativa de um ponto de vista narrativo, fazendo com que os outros personagens não sejam tão aprofundados quanto poderiam ser, ou tenham uma importância maior além de apenas dividirem a cena com a personagem. O segundo é que o filme utiliza a mesma linguagem narrativa simples de todas as comédias brasileiras. Caminhando para uma nova década, já passou da hora dos filmes de comédia serem de fato, filmes de comédia, e não programas de TV exibidos no cinema. O terceiro e último, é a ausência do beijo entre os noivos Juliano e Thiago. Defendendo que a cena em questão era mais importante para Dona Hermínia do que para os noivos, Paulo Gustavo decidiu vetar a cena. Apesar de um discurso contra a homofobia durante todo o filme, a ausência do beijo entre os personagens enfraquece a emoção da cena. 
Numa época onde a homofobia é mais assassina do que nunca, a importância da representação de um beijo gay na franquia de maior sucesso de bilheteria brasileira seria de extrema importância. Não há mais tempo para se preocupar se o público vai gostar ou não de ver um beijo gay em uma sala de cinema. Se o filme trata sobre essa questão e opta por não mostrar justamente com medo de como o público irá receber, então porque falar sobre isso?. O maior defeito do filme é seguir Dona Hermínia incansavelmente em todas as cenas e só priorizar sua história. Mas mesmo com essas questões em evidência, Minha Mãe é Uma Peça entrega uma história e personagens que se relacionam facilmente com o público brasileiro, garantindo boas risadas. 

Confira a crítica em vídeo da Raffa Fustagno

3 comentários:

  1. Assisti ao primeiro e segundo filme, e estou bem ansiosa para assistir esse tbm, espero gostar!!

    ResponderExcluir
  2. Bernardo!
    Vi uma reportagem do Paulo Gustavo dizendo que não quis afrontar as pessoas mais convencionais e nem chocar as criancinhas que por acaso assistissem, e por isso ele vetou o beijo gay.
    Quanto ao filme, não assisti ainda, mas li algumas críticas que acharam esse bem melhor que o segundo filme.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  3. Ruim ler a crítica assim. Pelo que li este terceiro trabalho meio que "estragou".
    Os dois filmes anteriores são incríveis e este terceiro tinha tudo para ser também, ainda mais que traz esse lance da homofobia, infelizmente sim, falada demais hoje em dia.
    E talvez a mensagem de aceitação tenha sido, podada.
    E se é um filme com tantos atores, todos deveriam aparecer e não só a estrela de Paulo Gustavo brilhar.
    Se vou ver? Sim. Agora se vou gostar, aí já é outro comentário!rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

    ResponderExcluir

Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)