segunda-feira, 13 de abril de 2020

Menina que via Filmes: Branca como a Neve [Crítica]


Título Original:  Blanche Comme Neige
Título Original: Branca como a Neve
19 de setembro de 2019 / 1h 52min / Comédia
Direção: Anne Fontaine
Elenco: Lou de Laâge, Isabelle Huppert, Charles Berling
Nacionalidades França, Bélgica
por Bianca Silveira

O filme recria o clássico da Branca de Neve através de uma narrativa moderna que se passa nos dias atuais. Após ser sequestrada, Claire (Lou de Laâge) é salva por um homem que a leva para casa até se recuperar.
Na casa ela não encontra os 7 anões, apenas 3 homens com os quais logo cria uma conexão de forma diferente com cada um. No pequeno vilarejo em que se encontra, Claire conhece os outros homens que terminam de formar a representação dos 7 anões.
A nova Branca de Neve, apesar de se passar nos dias atuais, aproveita o momento para se desconectar do mundo tecnológico e não tem nenhuma pretensão de voltar para sua vida de antes do sequestro.

Segundo Claire, o lugar desperta desejos que ela não sabia que tinha. Não é à toa que ela se relaciona sexualmente com 4 dos homens. Com os outros 3 a atração é mais mental. Ela é uma mulher misteriosa e isso desperta a curiosidade de alguns, já os outros, voltam seus olhos apenas para o corpo.

No entanto,  Claire deseja ser livre, não se prender à um único príncipe. O filme não tem um enredo muito forte, a única coisa que sabemos é que a nossa protagonista trabalha no hotel de seu falecido pai. Sua madrasta (Uma referência a rainha má, a famosa atriz francesa Isabelle Huppert) decide se livrar da enteada após seu atual namorado se apaixonar por Claire. Depois de descobrir que seu plano não deu certo, ela mesma parte ao encontro da enteada para concretizar seu plano e aí temos mais referências ao clássico dos Irmãos Grimm como a maçã envenenada.
De inocente o filme não tem nada. Com uma personagem sexy, livre, que trabalha e se relaciona com vários homens o filme passa longe do clássico desenho da Disney. Somente alguns detalhes os aproximam, temos a madrasta, uma jovem que sofre uma tentativa de assassinato, não tem os sete anões, mas sim uma representação deles e claro que tem a maçã envenenada. Mesmo se passando nos dias de hoje, a protagonista é retratada ainda como uma mulher indefesa que precisa ser protegida pelos homens. Esse ponto era uma ótima oportunidade de apresentar o   exatamente o oposto. Uma pena.


*Agradecimentos A2 Filmes
*Durante a quarentena nossos colunistas estão assistindo aos filmes em casa. #FiqueemCasa

5 comentários:

  1. Nossa, admito que ainda não conhecia este filme e nem sei o que pensar direito sobre tudo que li acima.
    Sei lá, parece uma versão nada agradável de um grande clássico dos contos de fadas.
    Tá, eu amo releituras, mas não assim..rs
    Não digo que não verei, mas não deu vontade não!

    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Oi, Bianca!
    Poxa, o filmes estava indo tão bem pela sua descrição... Pena que falhou num ponto tão importante!

    Beijos, Entre Aspas

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  3. Bianca!
    Me parece ser uma adaptação e releitura muito mal feita e depreciativa.
    Gosto de releituras, mas quando bem feitas e mesmo com mudanças, que sejam bem explicadas e coerentes.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Não conhecia esse filme, estava parecendo ser bem interessante com todas essas mudanças, uma pena fazerem a mocinha ser dependente dos homens ainda...

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  5. Não conhecia esse filme. Acho legal releituras, contar as histórias de uma forma atual. Uma pena que pecou nesse aspecto super importante retratando a protagonista como indefesa ☹️

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