sábado, 6 de novembro de 2021

Menina que via filmes: 438 Dias

 














Título Original: 438 Days

Título no Brasil: 438 DIAS

País: Suécia

Ano: 2019

Direção: Jesper Ganslandt

Roteiro: Peter Birro (Baseado no livro de Johan Persson e Martin Schibbye)

Elenco: Gustaf Skarsgård, Matias Varela, Faysal Ahmed, Josefin Neldén, Stephen Jennings, Jesper Ganslandt, Philip Zandén, Graham Clarke

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Por Amanda Gomes




Dirigido por Jesper Ganslandt, 438 Dias conta a história dos jornalistas Martin Schibbye e Johan Persson que buscavam relatar como a caçada implacável por petróleo estava afetando a população da região de Ogaden. Com o propósito de documentar tudo o que estava ocorrendo, resolvem atravessar de forma ilegal a fronteira da Somália com a Etiópia. Entretanto, alguns dias depois, os dois são baleados e capturados pelo exército etíope. Ambos são dados como mortos pelo relatório inicial, então começa a se desenrolar o pesadelo que os dois irão viver durante 438 dias. 




O filme começa com um ritmo narrativo ágil, em que passamos a acompanhar Martin e Johan entrevistando o exército da ONLF, a força que está contra o governo atual, e que são tidos como terroristas. Os dois estão em busca de ajuda para cruzar a fronteira para Etiópia, onde está ocorrendo a escavação desenfreada de petróleo por parte de uma empresa privada e com total apoio do governo, o mesmo que vem provocando grande represália na população que tenta lutar e denunciar os abusos sofridos. 


438 Dias é indiscutivelmente um filme político, que por meio de olhos europeus retrata a dificuldade do povo etíope devido ao grande abuso de poder do governo vigente, como a grande dificuldade e represália sofrida por jornalistas independentes que se aventuram em países com governos totalitários, com o propósito de levar informação real e defender a população. 


O filme conta com uma belíssima fotografia, mostrando uma Somália e Etiópia que apesar das dificuldades enfrentadas não perde a sua beleza, assim como também mostra um povo que apesar de sofrido se mantém unido. 


A narrativa começa de forma ágil, já nos inserindo de cabeça na história e apesar da momentânea sensação de confusão até acompanharmos a linha temporal, não é nada que influencia de forma negativa. Mas ao decorrer do filme alguns pontos acabam se tornando um pouco maçante, pois ao mesmo tempo que temos a impressão de que as coisas estão passando muito devagar, na realidade já se foram muitos dias.


Por se tratar de filme baseado em acontecimentos reais, é possível sentir que a história tomou um peso ainda maior, imaginar o quanto foi dolorido para os dois jornalistas permanecerem em um território completamente desconhecido, sem qualquer conhecimento de como era o andamento para as suas solturas e vivendo o tempo inteiro a dúvida se algum dia vão conseguir se reunir com suas famílias novamente. 


*Amanda Gomes é nossa colunista e assistiu ao filme em Cabine on-line à convite da A2 Filmes

*Com distribuição da A2 Filmes, os filmes chegam essa semana com cópias dublada e legendada (com áudio original) e pode ser adquirido no NOWLookeVivo PlayGoogle PlayMicrosoft e iTunes.

4 comentários:

  1. Caramba que história forte! Só vendo o filme para imaginar o horror que os jornalistas viveram.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  2. Para os não europeus pode parecer uma história distante mas ainda assim é um drama forte, carregado de política e que com certeza marcou muita gente

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  3. Este filme parece interessante! Ótima review

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  4. Ah gente. O tipo de crítica que dá uma agonia só de imaginar a realidade e o peso disso nas pessoas que passaram e ainda passam por isso!!!
    Já vai pra listinha dos que verei assim que for possível.
    Beijo

    Angela Cunha

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