terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Menina que via filmes: Matrix: Ressurections

 


Título Original: The Matrix Ressurections

Título no Brasil: Matrix: Ressurections

País: Estados Unidos

Ano: 2021

Direção: Lana Wachowski

Roteiro: Aleksandar Hemon, David Mitchell

Elenco: Keenu Reeves, Carrie-Anne Moss, Neil Patrick-Harris Jessica Hanwick 

Nota: 4 (4/5)

Por Amanda Gomes


Depois de 20 anos após os ocorridos em Matrix Revolutions, retomamos a saga de Neo (Keanu Reeves), que agora vive uma vida humana comum, fazendo uso de sua identidade original como Thomas A. Anderson, ele é apenas um excelente programador de jogos e tudo o que viveu nos filmes anteriores é apresentado apenas como uma criação de sua mente, que deu vida ao famoso jogo de videogame chamado ‘Matrix’. Ele frequenta regularmente um terapeuta, este que lhe fornece sempre pílulas azuis para ajudar com seus surtos psicóticos e criativos, quando dizem que ele não está mais separando a realidade do jogo.



Ele também acaba conhecendo uma mulher que se parece muito com Trinity, que coincidentemente ele possui a lembrança de sendo apenas uma personagem do jogo que criou, as duas inclusive possuem o mesmo gosto para motocicletas. No entanto, os dois não se reconhecem, até o momento que uma nova versão de Morpheus oferece a ele uma pílula vermelha, fazendo com que sua mente reabra para o mundo da Matrix. Este que acabou por se tornar mais seguro e perigoso nos anos desde a infecção de Smith. 


E assim se reinicia a saga de Neo se juntando a um grupo de rebeldes para lutar contra um novo e mais perigoso inimigo, buscando libertar todos que são aprisionados mentalmente pelas máquinas.


Revisitar o universo de Matrix após tantos anos é sem dúvidas um misto de sensações, dentre elas boas e ruins. Assim como é inegável o fato de que a franquia revolucionou o cinema quando lançada. Trouxe ao público ideias inovadoras e instigantes, abrindo um debate acerca do que de fato é realidade e o que poderia estar sendo manipulado pelas máquinas, um diálogo que segue vivo até os tempos atuais com cada avanço tecnológico. Desta forma, é possível dizer que um assunto plantado lá em 1999 nunca foi tão atual quanto agora.


‘Matrix Resurrections’ é um filme que vem trazendo uma ideia nova, que não parte por completo dos seus antecessores. Essa diferença é marcada por completo devido a grande mudança visual da trilogia original para a produção atual, sendo notada pela diferença na paleta de cores do filme, aqui não encontramos mais aquele filtro verde característico da franquia. 


Seguindo a diferença entre os longas, temos aqui uma narrativa de tom mais cômico e brincalhona, trazendo muitas piadas com o próprio universo, quase como uma sátira. O que faz com que o filme seja taxado sem sombra de dúvidas como um enorme ‘Blockbuster’, daqueles que prende a atenção do início ao fim, mas que ao sairmos da sala passa a ser um pouco esquecível. 

Nesta nova produção seremos apresentados a uma Trinity com mais destaque, mostrando todo o seu poder e relevância. Mostrando sim que Neo é “o Escolhido”, uma grande força, só que no entanto, ele pode ser ainda maior e mais poderoso quando complementado por Trinity. A química entre Keanu e Carrie está excelente, o que por um lado acaba transformando a narrativa em um enorme romance. 


No entanto, a caracterização de Keanu durante o filme foi algo que acabou por me incomodar um pouco, pois senti que durante as 2h 28min de filme eu estava assistindo a John Wick no universo de Matrix . É algo que estraga o filme ou diminui a experiência? Não, mas obviamente um ponto que poderia ter sido trabalhado de outra forma.


Por outro lado, as cenas de luta que sempre foram o grande forte da franquia e que inclusive ajudaram a revolucionar a indústria, tendo seu estilo copiado inúmeras vezes, segue nesta nova produção de forma magistral, em especial devido aos novos recursos disponíveis. Não é nada diferente do que encontramos disponível no mercado atualmente, mas eleva um pouco o patamar do que foi apresentado no passado fazendo com que seja uma viagem mágica e nostálgica.


Por fim, é um filme que acende a nostalgia dos fãs e proporciona um encontro com personagens queridos, assim como acentua a saudade de alguns rostos conhecidos, ao mesmo tempo em que apresenta uma nova turma com o potencial de cativar os fãs antigos e novos. Fator esse que faz discutir se seria ‘Matrix Resurrections' um pontapé inicial para mais produções da franquia. Lana Wachowski proporciona uma revisita que acaba por trazer uma história um pouco menos pretensiosa e menor em comparação com sua antecessora. É empolgante e levemente decepcionante na mesma medida.


*Amanda Gomes assistiu ao filme à convite da assessoria em cabine presencial


3 comentários:

  1. Mesmo não sendo aquela fã assumida de Matrix, admito que estou ansiosa para ver essa nova obra.
    Adorei isso do lado cômico rss tempos modernos!
    Que chegue em Lost logo!!
    Beijo

    Angela Cunha

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  2. Irei assistir dia 27, fui assistir novamente ao filme de 1999 no cinema e assisti novamente os demais em casa. Espero que esse não decepcione, acredito que será mais um filmaço da série.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  3. Sempre bom revisitar o universo dessa trilogia que revolucionou o gênero

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