Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

 

Título Original: Everything Everywhere All at Once

Título no Brasil: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

País: Estados Unidos

Ano: 2022

Direção: Daniel Scheinert, Daniel Kwan

Roteiro: Daniel Scheinert, Daniel Kwan

Dubladores: Michelle Yeoh, Ke Huy Quan, Jamie Lee Curtis

Nota: 4/5

Não é novidade para ninguém que “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” tem sido um dos filmes mais comentados de 2022 e sem dúvidas, um dos mais aguardados para os fãs brasileiros de cinema. Muito tem sido falado sobre o quão bom e revolucionário o filme é, assim como todos, eu estava desde Abril aguardando por novidades desse filme por aqui, e elas finalmente chegaram. 

Neste longa iremos acompanhar Evelyn, uma imigrante chinesa, que cuida de uma lavanderia junto com o marido e a filha, e que agora precisa ir até a receita federal prestar conta dos seus impostos já que anda acontecendo algumas inconsistências com seus recebimentos.

No meio dessa dor de cabeça vamos perceber que o casamento de Evelyn não anda em seus melhores dias, já que ela considera o marido o pateta, está em constante conflito com a filha que recentemente se assumiu lésbica e para a cereja do bolo, seu pai crítico e autoritário está chegando da China para uma visita. 

E enquanto ela tenta conciliar tudo o que está acontecendo a sua volta, ela parte sem querer e sem qualquer conhecimento para uma aventura onde, sozinha, precisará salvar o mundo, explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido. Contudo, as coisas se complicam quando ela fica presa nessa infinidade de possibilidades sem conseguir retornar para casa.

No início o filme parece apenas mais uma produção sobre conflitos familiares e com apenas uns dez minutos de tela já se transforma em uma das produções mais loucas que assisti. Eu ainda não consegui processar tudo o que ocorreu nas duas horas do longa e é muito difícil falar sobre a história sem dar spoilers. 

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" é realmente uma produção insana e bizarra, que mescla diferentes gêneros em um único filme, ao mesmo tempo que apresenta um excelente conceito de multiverso, esse que já vem sendo bem explorados em outras produções, principalmente quando o assunto é super herois. Contudo, ainda consegue se destacar e apresentar algo diferente de tudo que já foi visto.

Eu admito que até os primeiros 60 minutos do filme, eu ainda não tinha compreendido muito bem o rumo da narrativa e nem estava curtindo muito. No entanto, quando saímos da primeira metade do filme, os diversos plot twist começam a se encaixar e fazer sentido, assim como a narrativa vai entrando mais em foco e foi ganhando a minha atenção. 

Na minha concepção, o filme tem ganhando um grande destaque não por seu roteiro fora do comum e que surpreende, mas sim por ser uma produção mais “modesta” que consegue entregar o que franquias com bilhões de dólares não foi capaz de entregar: um roteiro bem montado, efeitos especiais que por mais simples que sejam são bem feitos e ajudam na imersão da história, assim como boas atuações e foco no seu elenco central, sem que precisar ficar inserindo personagens atrás de personagens para se tornar interessante. 

“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é um filme que valeu a espera e, que eu pretendo muito rever daqui a um tempo, pois parece ser daqueles filmes que a cada vez que você assiste novamente é capaz de ir notando novas coisas e chegar a novas percepções. Sem dúvidas uma trama que talvez não agrade a muitos ou não conquiste tão de cara, mas que assim é capaz de despertar algo em quem assiste.

*Cabine presencial à convite da assessoria