Menina que via filmes: A última vítima

                           Título Original: The Last Mark

Título no Brasil: A última vítima

País: Canadá

Ano: 2022

Direção: Reem Morsi

Roteiro: Cheryl Meyer

Elenco: Alexia Fast, Shawn Doyle, Bryce Hodgson

Nota: 4/5

Por Giselle Magno

Tudo seria apenas mais um dia de trabalho para o matador de aluguel Keele. Matar mais um alvo, descartar o corpo e passar para a próxima vítima. Porém, tudo muda quando ao matar o alvo, ele e seu parceiro percebem que há uma testemunha. Uma call girl que estava no quarto e presenciou tudo.

Peyton, a call girl, só estava no lugar errado, na hora errada. E assim acaba se tornando testemunha daquele crime e novo alvo dos dois matadores de aluguel. Quando ela consegue escapar, ao revirar seus pertences Keele percebe uma coincidência absurda e agora ao invés de querer matá-la, ele passa a querer protegê-la de seu parceiro a qualquer custo, até ele se tornar o próprio alvo.

Todo o enredo de “A última vítima” é baseado numa grande coincidência. Então se você não gosta desse tipo de história ou não consegue “comprar” essa ideia, esse filme não é para você. Porém, mesmo se você acreditar nessa grande coincidência que gera toda a trama, ainda ela não é suficiente para você “comprar” todo o restante.

O filme peca em não conseguir construir uma base para a ligação entre os dois personagens principais, então quando as cenas finais e decisivas vão acontecendo fica difícil acreditar que eles teriam aquelas atitudes. Creio que faltou mais algumas cenas de conexão e explicações entre eles.

E todos os personagens são tão caricatos e bidimensionais que beiram o exagero. Como o parceiro de Keele que parece que sua única motivação é ser “louco”. E até o protagonista, ora é como um matador de aluguel cansado dessa vida e que tem um código de honra, ora toma decisões precipitadas e sem fundamentos lógicos.  

Em contrapartida, o longa é bem dinâmico e prende o espectador em querer saber onde aquela perseguição toda vai acabar. E por ter uma duração curta, as cenas entregam bastante ação.

“A última vítima” até traz um enredo um pouco diferente, porém a execução deixa a desejar. Um filme de ação dinâmico e nada mais. 

Cabine on-line à convite da A2 filmes