O pior vizinho do mundo

 Título Original: A Man Called Otto

Título no Brasil: O Pior Vizinho do Mundo

País: Estados Unidos 

Ano: 2023

Direção: Marc Forster

Roteiro: David Magee, Fredrik Backman

Elenco: Tom Hanks, Mariana Treviño, Rachel Keller

Nota: 5/5

Por Amanda Gomes

Otto é um homem aposentado, que é descrito pelos vizinhos como chato e rabugento. Todos os dias ele segue a mesma rotina, realiza a ronda na rua em que mora e reclamando do quantos seus vizinhos são inúteis, além de reclamar da grande construtora que vem tentando a todo custo desapropriar os idosos do bairro. 

Contudo, essa vida rotineira começa a ter algumas modificações quando Marisol, uma doce mulher mexicana, se muda para a casa em frente a de Otto, acompanhada pelo marido, as duas filhas e o bebê que está em seu ventre. Com o seu jeito amigável, ela irá aos poucos se aproximando de Otto e descobrindo um lado dele que estava a muito tempo escondido. 

“O Pior Vizinho do Mundo” é uma comédia dramática sobre amizade, amor e trata de forma bem humorada sobre o luto. É importante dizer que o filme pode ser fonte de gatilho com relação ao suicidio. O longa me encantou tanto que é difícil colocar em palavras o que tanto me encantou na história.

O filme é simples e é isso que o torna tão bom, temos um elenco excelente e talentoso, repleto de carisma. Tom Hanks nos brinda com mais um espetáculo de atuação, dando vida a senhor rabugento que com o desenvolver da história se torna um tiozão. A dinâmica do ator com Mariana Treviño é uma grandiosidade, os dois simplesmente funcionam muito bem e se completam em seus personagens. 

O roteiro trabalha muito bem o desenvolvimento do personagem de Otto, pois no início só conseguimos enxergá-lo como um velho ranzinza sem entender porque ainda existem pessoas que insistem nele, mas com o desenvolver da história o próprio telespectador vai se efetuando ao velho reclamão. É justamente nesse desenvolvimento que a história nos ganha, pois ficamos tão absortos em Otto que começamos a criar laços com a sua dor. 

Eu particularmente deixei a sala do cinema aos prantos e completamente encantada com a história, sem dúvidas se tornou um dos meus filmes queridos que apesar de ter alguns momentos tristes ainda assim é capaz de dar aquele quentinho no coração. Para aqueles que possuem a oportunidade, confiram essa história nas grandes telas.