quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Estranho Caminho (Crítica) Festival do Rio 2023

 


Título Original: Estranho Caminho

País: Brasil 

Ano: 2023

Diretor: Guto Parente

Roteirista: Guto Parente

Elenco: Lucas Limeira, Carlos Francisco, Tarzia Firmino, Rita Cabaço, Renan Capivara, Ana Marlene

Nota: 4  /5

Por Amanda Gomes


Em “Estranho Caminho” iremos acompanhar a trajetória de David, um jovem cineasta que ao visitar Fortaleza, sua cidade natal, é pego de surpresa pelo avanço rápido da pandemia do Covid-19 e acaba sendo obrigado a procurar o pai, Geraldo um sujeito peculiar com quem não tem contato ou notícias há mais de dez anos. 


Após um reencontro dos dois, coisas estranhas começam a acontecer. O filme se propõe a retratar a dor de uma reconciliação, como também a alegria do absurdo.


“Estranho Caminho” apresenta uma fotografia belíssima e bem iluminada, pensada para contribuir com a narrativa do filme.


A produção conta com um magnetismo do protagonista principal, que apesar de não conhecer trabalhos anteriores, me senti hipnotizada pela sua performance quase como se ele exigisse ser visto. 


O filme mergulha de forma profunda na relação entre pai e filho, abordando sobre a ausência, ao mesmo tempo em que trata sobre aquilo que “permanece” quando somos confrontados pela ausência. É incrível perceber como o diretor soube mesclar a alternância de vozes, tornando a narrativa mais sensível e imersiva. 


E descobrir que o filme foi todo gravado em Fortaleza, é magnífico ver a força do cinema nacional crescendo cada vez mais, apresentando belas paisagens e belos enredos. 


Para aqueles que tiverem a oportunidade de conferir ao longo, seja no Festival do Rio ou em sessões em suas cidades, sem dúvidas é uma aposta que vale muito, uma experiência única, imersiva e reflexiva.


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